O sócio do meu pai

By Ggambinii

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[LIVRO CONCLUÍDO] [SEM REVISÃO] Aron Gerard representa muitas coisas, mas com certeza a melhor palavra para o... More

P e r s o n a g e n s
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EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
Amor sobre rodas
Insta dos livros

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By Ggambinii

Não esqueçam da ⭐.
Boa leitura.

Deixo a caneta sobre a mesa no exato momento em que o relógio apita indicando o fim da prova.

A professora Joane toma minha prova e leva até sua mesa. Seus olhos sob os óculos de grau avaliam meu rosto por alguns segundos, até que finalmente se focam em minha prova, começando a corrigí-la.

Suspirando, deixo minha cabeça cair sobre a mesa, fechando os olhos e tentando dormir.

A Srta Joane demora mais para corrigir do que eu para fazer o exame.

— Professora, será que poderia me avisar se passei por e-mail? — Questiono. Ela abaixa a prova lentamente e me olha sem demonstrar nada. Essa mulher me assusta. — É que eu tenho um almoço importante do meu pai para ir, sabe como é né... — Abro um sorriso amarelo, rezando para que ela deixe.

— Não, eu não sei, senhorita Grader. — Diz afiada. — E pode até ser um almoço com o presidente, eu não me importo. Portanto, fique aí e espere.

Reviro os olhos e cruzo os braços. Prefiro ficar quieta, não vou conseguir sair mais cedo mesmo.

— Posso pelo menos enviar uma mensagem ao meu pai avisando o atraso?

A Srta Joane resmunga alguma coisa que não entendo, mas pega meu celular em sua mesa e estende para mim. Agradeço com um sorriso, ligando o aparelho.

Papai resolveu fazer uma espécie de parceria com um cara que não conheço, vão trabalhar juntos em alguns projetos. Pelo o que Gabe me explicou, dividiremos o custo e o lucro dessas obras. Assumiremos cinquenta e cinco por cento do custo de cada projeto, e receberemos cinquenta e seis por cento do lucro.

Não entendo muito dessas coisas para falar a verdade.

Meu pai resolveu marcar um almoço em um restaurante italiano que amo, irá nos apresentar ao seu novo sócio. Só estou indo pela comida e para dar apoio, mas tenho certeza que será um tédio.

Irei atrasar alguns minutos, a professora me prendeu aqui.

Não demora muito até ele responder com um “ Okay. ”

Irá apenas eu e Gabe. Minha mãe precisou viajar a trabalho ontem à noite, mas volta hoje quase no mesmo horário, Elena foi com ela.

Gabe adora conversar sobre a empresa, o mercado de ações, investimentos.... Esse menino é um prodígio.

Meu celular vibra com uma nova mensagem. É Elena.

“Sel, não fala para o papai, mas a mamãe acabou de encontrar um ex namorado dela da época da escola e o cara está dando muito em cima dela.”

Se papai descobrir, ele vai surtar. Mas, ele é gato?”

Papai é melhor, mas até que é pegável.”

— Senhorita Grader. — A voz de Joane me faz levantar o rosto da tela do celular. Ela está me olhando com repreensão. Desligo o aparelho e deixo sobre a mesa. Ela suspira e se levanta, guardando minha prova em sua pasta. — Pode se retirar, a senhorita passou.

Abro um sorriso convencido. Claro que passei, eu sou ótima em quase tudo, mas nessa matéria eu mando muito bem.

Pego minha mochila e guardo meu celular. Irei para o restaurante assim mesmo, de calça jeans, regata e tênis.

Meu carro é o único na vaga dos alunos. Os únicos automóveis além do meu nesse estacionamento é o do diretor e o da Joane.

Jogo minha mochila no banco do carona e coloco o cinto de segurança. Meu carro é um Audi RS5, cinza. Eu sempre gostei de carros esportivos, pena que Seattle não seja a cidade mais indicada para usufruir da potência dele.

Dirijo sem pressa. Quanto mais demorar chegar, melhor. Realmente não estou nem um pouco animada para    fingir interesse em papos sobre negócios.

Será que papai me deixaria beber? Só para descontrair, sabe?

— Você tem certeza que não quer que eu vá? — Pierre pergunta pela décima quinta vez, começando a me irritar.

— Tenho. Aproveita que não está fazendo nada e vá procurar apartamentos, e de preferência, um que seja perto da Grader Tower. — Termino de arrumar a gravata e abotoar as mangas do terno.

Um almoço para conhecer pessoalmente Theodore Grader. Nos falamos apenas por telefone, mas já deu para perceber que o cara é do tipo sério.

Não que seja estranho, já que ele é bem mais velho que eu e bilionário. Provavelmente eu me veja nele daqui umas três décadas.

— Estou indo. — Meu celular apita, avisando a chegada do táxi. — E veja algum carro também.

— Quer que eu veja mais alguma coisa, senhor? — Debocha. Olho sério para ele, que ergue as mãos em sinal de rendição. — Tudo bem.


O táxi para em frente ao restaurante onde foi feita a reserva pela assistente de Theodore.

É uma construção bonita. Suas paredes são completamente brancas e possuem janelas enormes que vão do chão ao teto. Posso ver vários lustres do lado de dentro, cortinas no estilo nórdico ao lado das janelas, tão brancas quanto as paredes.

— Com licença, tenho uma reserva no nome de Theodore Grader. — Digo a recepcionar, que sorri abertamente.

— É o senhor Aron Gerard? — Afirmo com a cabeça e ela se levanta de sua cadeira. — Venha, o levarei até o senhor Grader.

Passamos pelo meio do restaurante e entre algumas pessoas que estão almoçando. A mulher começa a subir as escadas, parando no topo dela.

— O senhor Grader te espera naquela mesa. — Ela aponta para uma das três únicas mesas presentes do andar. Vejo apenas as costas do homem, há uma criança ao seu lado.

Caminho calmamente até ele, que assim que me vê, se levanta e estende a mão direita. Aperto.

— É um prazer conhecê-lo, Theodore. — Digo, ele sorri levemente e aponta para a cadeira a sua frente.

— O prazer é meu, por favor, sente-se. — Assim faço.

Olho para o menino, que está arrumado socialmente, mas de forma mais despojada. Ele estende a mão e o cumprimento de forma adulta.

— É um prazer, Aron. — Ele diz. — Pesquisei sobre a Gerard inc, é famosa na França, mas de fato, essa parceria será bastante vantajosa para vocês.

Ele fala de forma profissional, deixando-me abobado. Qual a idade desse guri?

— Aron, esse é Gabe, meu filho. — Theodore o apresenta, olhando de forma orgulhosa para o menino. — Ele gosta dos assuntos da empresa.

— Entendo, e acho isso incrível. — Digo sincero. Se eu tivesse sido como ele, meu pai teria tido bem menos dor de cabeça comigo. — Há mais alguém? — Questiono achando estranho ter outro lugar arrumado ao meu lado.

— Ah, sim, minha filha. Mas ficou presa na faculdade, chegará um pouco atrasada.

— Como se ela quisesse chegar na hora... — Debocha o menino. Acabo rindo, pelo visto, a irmã não gosta tanto dos assuntos da empresa.

Um garçom aparece e fazemos nossos pedidos, Theodore faz pela filha, e acho absolutamente estranho e um pouco nojento ao o ouvir pedir um suco de couve para a menina. Ele a odeia?

— Dieta? — Questiono.

Não é possível que alguém beba suco de couve por gostar disso, não pode ser alguém minimamente normal.

— Não. — Ele ri. — Ela diz que faz bem para saúde, mas ao mesmo tempo que bebe essa coisa, come  dois hambúrgueres do McDonald's.

— Equilíbrio é tudo. — Digo achando graça. Ele confirma com a cabeça e engatamos em um assunto sobre a parceria das nossas indústrias. Gabe participa da conversa, dando sua opinião sobre tudo e mostrando o quão entendido é.

Quando nossos pedidos chegam, pausamos a conversa para deixar que o garçom coloque a mesa. Faço uma careta ao vê-lo colocar o líquido verde no prato ao meu lado. Que nojo.

— Cheguei bem na hora.

Não.
Não pode ser.
Eu não seria tão azarado a esse ponto, seria?

— Que bom que chegou, filha. Esse é Aron Gerard, Aron, essa é Selena, minha filha.

A garota me olha como se eu fosse um fantasma. Eu não devo estar diferente de um agora, porque sinto que perdi totalmente o sangue do meu corpo.

E aqui está a garota que fodi durante horas há duas noites atrás. A desgraçada que me fez ter o melhor orgasmo da minha vida, que me fez bater punheta durante meu banho esta manhã enquanto pensava nessa maldita boca maravilhosa em volta do meu pau.

É a porra da filha do meu sócio.

— Olá, Aron Gerard. — Agora ela tem um sorriso malicioso nos lábios. Porra, não sorri assim garota. — É um prazer.

Estendo a mão para cumprimentá-la, mas sou surpreendido ao ter seus braços ao meu redor, dando-me um abraço que aparenta ser inocente.

— E olha só, esse almoço acabou de ficar mais interessante. — Ela sussurra em meu ouvido, fazendo-me engolir em seco.

Inocente é o caralho.

Selena... Selena....

Você acabou de foder com minha vida.

Sim, mais um. Não me julguem, estou entediada kkkk.

Até o próximo.

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