A voz do povo é a voz de Deus. E sei lá queria alegrar vocês de alguma forma, acho que tá todo mundo muito mal, eu inclusive, precisava distrair a mente um pouquinho. Espero que gostem.
P.s: não liguem pra horários por favor.
P.s 2: gente não conheço o Rio direito, só fui uma vez, não tenho noção da distância dos lugares, então vamo fanficar fingindo que é uma distância aceitável ok? Obrigada.
E vamos de fanficar
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Point of view Rafaella Kalimann
- Manoela, o que é isso? - Perguntei à Manu. Ela deu um sorrisinho, mandou um beijo de longe, virou as costas e voltou pro seu carro. Mari, que estava na minha porta também, me entregou outra flor e também saiu sem dizer nada.
Eu não estava entendendo nada. Acordei com o interfone tocando, olhei para o lado e não vi Bianca, o que era muito esquisito já que ela sempre acordava depois que eu. Ao atender, vi que era Manu. Fui em direção à porta ainda de pijama. Ela me entregou uma única flor, um lírio azul, e Mari me entregou outra igual.
Voltei para o quarto e peguei meu celular, pronta para ligar para Bianca, mas não precisei pois havia mensagens dela.
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Eu odiava ser a última a saber das coisas, aquilo me irritava profundamente. Tentei pensar o que poderia ser. Não era meu aniversário, não era nosso aniversário de namoro, não tinha nada no meu trabalho para ser comemorado hoje, não conseguia lembrar nada especial. Que droga. E se fosse alguma data importante que eu devesse lembrar também? Era eu quem lembrava a morena essas coisas, ela sempre esquecia.
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Levantei irritada e fui tomar meu banho. Olhei ao redor e suspirei. Eu já estava incomodada com a situação de estar praticamente morando na casa da Bia sem realmente estar morando lá, e ela ainda saiu e me deixou sozinha, como se a casa fosse minha. Eu precisava conversar com ela.
Pouco menos de 1 ano desde o pedido de namoro havia se passado, e eu estava vivendo a melhor fase da minha vida. Eu mantinha contado com todas as meninas do BBB, mas Manu e Gi haviam se tornado quase irmãs, e Ivy, Mari e Flay muito próximas devido ao convívio com a Bia e com a Gi. Toda semana nós nos viamos, as sextas-feiras era um ritual, íamos para a casa de uma de nós falar besteira e beber ou às vezes assistir filmes.
Minha família ainda estava em Goiânia, e sempre que dava ou eu ia visitá-los ou eles vinham me visitar. O mesmo com a família de Bia, que estava no Rio. Nossas mães tinham virado muito amigas, aquilo era praticamente o paraíso para nós. Até o Natal as famílias passaram juntas, não poderia ter sido mais perfeito.
Quanto ao trabalho, estava tudo dando cada vez mais certo. Em breve eu iria estrear na minha primeira novela, e estava trabalhando muito para isso. Além disso, tanto meu canal quanto o de Bia haviam bombado, éramos as influencers mais faladas e seguidas na internet.
Na segunda metade de 2020 eu havia ido para a África, ainda não tinha conseguido construir minha tão sonhada comunidade lá, mas havia feito projetos mais incríveis ainda graças a essa visibilidade do pós BBB.
Quanto a Bianca, nós estávamos extremamente felizes. Era como se tivesse sido um encontro de almas. Eu não conseguia mais imaginar minha vida sem chegar em casa cansada e ver ela comendo sorvete de chocomenta assistindo bob esponja, ou tentar trabalhar a noite enquanto ela canta, muito mal inclusive, em um microfone de brinquedo, ou ouvir ela falando séria no telefone sobre a empresa que ela comandava majestosamente, ou sentir seu corpo se derreter com mínimos toques meus. Ao mesmo tempo que nós éramos diferentes, nós nos completávamos.
Saí do banho, vesti um cropped e uma calça jeans, fiz cachos no cabelo, me maqueei, dei comida pra minha filha Luete e fui para o trabalho.
Eu havia conseguido ficar nos estúdios Globo de São Paulo, o que facilitava muito minha vida com a carioca, com minhas amigas e com minha carreira. Assim que entrei no estúdio, Vivian, uma das minhas melhores amigas, se aproximou.
- Bom dia, meu anjo! - ela me entregou um lírio igual os que Manu e Mari haviam me dado, me deu um beijo na bochecha e saiu.
Point of view Bianca Andrade
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Eu estava prestes a entrar em colapso. Passei o mês preparando uma super surpresa pra Rafa, e hoje parecia que ia dar tudo errado.
Eu estava completamente apaixonada por aquela mulher, queria fazê-la feliz de todas as formas possíveis.
Minha vida estava ótima. Estava tudo perfeito com minha família. Tudo perfeito no trabalho, Boca Rosa Beauty era a maior marca de maquiagem do país, e estava se tornando internacional, eu não poderia estar mais realizada. Tudo perfeito com minhas amizades. Tudo quase perfeito com a Rafa.
Point of view Rafaella Kalimann
- Corta! Vamos dar uma pausa de 15 minutos. - a diretora anunciou e eu fui para o meu camarim.
- AAAAH! - coloquei a mão no peito respirando ofegante com o susto. - Gizelly! TÁ FICANDO DOIDA? -a capixaba estava deitada no meu sofá comendo um salgadinho.
- Bom, eu deveria vir aqui te entregar essa flor sem falar nada e ir embora, mas como tô com saudade e amei seu camarim quero papear. Não conta pra Boca Rosa. - ela veio até mim, me entregou mais uma flor, abriu a geladeira e pegou uma lata de refrigerante.
- Você é muito folgada! E seu camarim deve ser bem melhor. - Falei me jogando no sofá observando a flor em minhas mãos. Era muito linda.
- Meu bem, você é Global global, eu sou da Multishow, tá achando o que? Levanta essas pernas, deixa eu sentar. -Fiz o que ela pediu.
- Mas você é dona do programa né, fia.
- Enfim, como você tá?
- Cansada e ansiosa. Que que a Bianca tá aprontando, cara?
- Ah não, se você for falar disso eu vou embora.
- Tá bom, não tá mais aqui quem falou. - Revirei os olhos.
- Agora vamos fofocar, me conta aí, o que a Manu te falou sobre ela e a Mari terem brigado?
- Ah, mó bobagem, a Mari queria viajar pra um lugar e a Manu pra outro. Mas elas estavam bem hoje de manhã, devem ter entrado em consenso.
- Nada que uma boa noite de chá não tenha resolvido.- Ela falou e eu bati as pernas nela.
- Elas não fazem isso! Manu é meu bebê!
- Ai Rafaella, você é tão bobinha. - olhei para ela semicerrando os olhos.
- Enfim, aquelas duas são o casal mais fofo que eu já vi.
- Ei, eu e a Ivy Lavigne somos mais!
-Fofas? Vocês são duas loucas juntas. Eu amo, mas são loucas.
- É verdade. Manu e Mari parecem conto de fadas.
A conversa se estendeu mais um pouco até que precisei voltar pro estúdio e Gi foi embora. Ao longo do dia recebi apenas mais duas flores, uma da Ivy e uma da Flay, que também foram até meu trabalho. Eu estava cada vez mais curiosa. 6 lírios. O que significava?
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(AUTORA: gente eu esqueci de mudar o papel de parede, desculpa. Mas é print da Rafa tá? Beijos.)
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Cheguei no meu apartamento, o qual eu não ia há séculos, e me deparei com dois buquês de lírios azuis GIGANTES na mesa.
"Lírios azuis: beleza e segurança. 180 em cada buquê. Vista o que está no seu quarto. Me encontre no telhado da BRB. Eu amo você.
Ass: Bia.
P.s: use Boca Rosa Beauty rs"
Entrei no quarto e havia uma caixa grande no centro da cama. Abri curiosa e dentro tinha um vestido curto cinza brilhante. Ele era perfeito, tinha as costas nuas e uma fenda ao lado. Eu estava apaixonada na peça. Além disso, tinha um salto lindo junto.
Tomei um banho, me arrumei, chamei um uber e fui até o local indicado pela morena cheia dos mistérios. Ao chegar na porta, um segurança me aguardava, o educado senhor me guiou até o terraço.
Assim que abri a porta avistei um helicóptero, graças a boa iluminação do local pude ver Bianca, ela estava nervosa, andando de um lado para o outro. Minha namorada estava simplesmente a coisa mais linda do mundo. Ela havia tirado a extensão de cabelo e feito luzes. Usava um vestido lindo preto de couro e um salto preto. Meu coração acelerou mais ainda quando ela me olhou e sorriu.
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(AUTORA: ignorem o fundo, foco no vestido, obrigada)
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Point of view Bianca Andrade
- Amorzinho! Achei que não ia chegar nunca! Meu Deus Rafaella, você tá simplesmente perfeita! - caminhei em sua direção e ao final da fala plantei um beijo em seus lábios. Meu coração ia sair pela boca a qualquer momento.
- Olha pra você então, olha esse cabelo que coisa mais linda, olha esse rostinho, eu vou morrer de amor. - ela dizia passeando os dedos da mão direita no meu rosto, enquanto sua mão esquerda segurava minha cintura.
- Obrigada, Rafa. Agora vamos, temos dois destinos.
- O que você tá aprontando hein, Bia?
- Você vai ver! - entrelacei nossos dedos e a puxei até o helicóptero.
- Você tá muito, mas assim, MUITO, linda. Eu amei demais esse cabelo. - ela disse me fitando enquanto o piloto aguardava permissão pra decolar.
- Obrigada, amor. - dei um selinho nela.
O helicóptero subiu e nós estávamos encantadas com a vista. As luzes da cidade brilhavam pequenas lá embaixo, e o céu era iluminado por uma linda lua cheia e muitas estrelas. Olhei para a loira ao meu lado e sorri. Como eu a amava.
Descemos em um prédio que tinha heliporto, o qual eu havia graças a Deus conseguido permissão do dono para pousar. Ao chegar na frente do edifício, um carro e um motorista nos esperavam, mais uma coisa que tinha dado certo, amém. Peguei a mão de Rafa e a conduzi até o automóvel.
- Boa noite, senhoritas. - o homem educado nos cumprimentou.
- Boa noite! Obrigada. - ele abriu e fechou a porta para nós.
- Podemos ir?
- Claro!
- Bia, eu tô curiosa. A gente pegou um helicóptero e veio pro Rio de Janeiro, não to entendendo nada.
- Calma meu amor, você vai gostar. - dei um selinho nela.
Após algum tempo conversando, chegamos no local.
- Bianca, você é louca. - descemos no restaurante que eu queria.
- Boa noite, reserva de Bianca Andrade. - Falei com o recepcionista.
- Boa noite, senhoritas. Podem me acompanhar.
Caminhamos até o local indicado, eu havia pedido para separarem uma mesa com mais privacidade possível. Estava com uma iluminação baixa, tinha poucas pessoas perto, uma leve música saía pelas caixas de som. Era o ambiente romântico perfeito.
- Então, eu sei que não foi exatamente aqui que tudo começou, foi em São Paulo mesmo, mas eu queria te trazer pro Rio então é isso. Paris 6, onde nossa história começou. - Falei e ela começou a rir.
- Você é absolutamente tudo na minha vida. - Rafa pegou minha mão que estava em cima da mesa e plantou um beijo.
- Boa noite, hoje eu irei atender vocês. Posso ajudá -las? - o garçom se aproximou.
Depois de fazermos os pedidos ficamos conversando.
- Como foi seu dia, amor? -perguntei a ela.
- Esquisito ne, até a FLAY foi no meu trabalho me entregar uma flor. Tô tentando desvendar o mistério até agora.
- Nossa como essa água tá boa, né? Enfim, e no trabalho, tá tudo certo?
- Hoje eu tive que fazer uma cena difícil, era assim...
Eu poderia ouvir ela falando por horas e horas que não cansaria. Primeiro que graças a Deus ela não tinha perdido o lindo sotaque, segundo que ela falava com tanta paixão, era tão emocionante. Depois que terminamos de jantar e eu paguei a conta, voltamos para o carro.
- Por que você não me deixou comer sobremesa? Eu quero sobremesa. - ela estava realmente chateada.
- Rafinha (selinho) você (selinho) parece (selinho) uma (selinho) criança (selinho). - Falei dando beijinhos entre as palavras. Estava nervosa demais.
- Bianca do céu, eu vou explodir de curiosidade. - estávamos nos aproximando do local que ela conhecia muito bem, e ela não estava entendendo nada.
- Olha, agora você vai precisar ficar com os olhinhos bem fechados até eu dizer que pode abrir, tudo bem?
- Ai meu Jesus Cristo, tudo bem. - caminhamos um longo caminho até onde eu queria. Deixei ela meio afastada e fui cumprimentar a pessoa responsável.
- Você não tem ideia do quanto eu tô feliz, muito muito muito obrigada por isso!
- Você merece, Bia. Aliás, vocês duas merecem. Toma a chave.
- Obrigada! Depois a gente conversa direito. - abracei o homem que prontamente retribuiu e voltei para perto de Rafa.
- Vamos? - entrelacei nossos dedos e a puxei com o coração mais acelerado que tudo. - Não abre os olhos.
Chegamos em frente a porta, estava tudo escuro como eu havia pedido, já que o cenário estava diferente pois a nova edição iria começar em breve.
- Bem-vinda à onde o que mal havia começado, continuou, da melhor forma que poderia acontecer. Pode abrir os olhos, amor.
Abri a porta do quarto e estava tudo exatamente como eu havia planejado. O quarto do líder, onde havíamos dado nosso primeiro beijo no programa, estava idêntico à época. Havia o quadro da sua liderança, os mesmos móveis, a mesma colcha da cama, os mesmos doces, as mesmas fotos, tudo igual. A diferença era que havia várias pétalas de rosas no chão, fazendo caminho até o meio da cama, e estava tudo iluminado a luz de velas.
Ela pegou minha mão e me guiou pelo quarto para observar tudo. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, seu sorriso ia de orelha a orelha, e sinceramente eu estava igual ou mais emocionada ainda.
Caminhei até a cama e peguei o único lírio azul que tinha lá. Ela se aproximou ficando na minha frente.
- Lírios, particularmente uma das minhas flores favoritas. Além de ser extremamente linda e ter um cheiro ótimo, significa pureza, e lírio azul especificadamente, significa segurança. Olha eu tô muito nervosa, Rafa, se eu falar besteira você me perdoa?
- Você está indo perfeitamente bem, amor... - seu sorriso me passava confiança.
- Tá, olha, eu não quis escolher uma data exatamente comemorativa porque senão não seria tanta surpresa, mas o dia de hoje também é especial. Hoje faz exatamente um ano que nos beijamos aqui. Exatamente 366 dias desde o dia em que me entreguei a você. - entreguei o último lírio a ela. - Na época eu não sabia, mas Rafa, desde aquele dia você se faz presente em cada parte de mim, você se faz presente em meus pensamentos, em meus piores e melhores momentos, até meu olhar e meu sorriso têm você. Nós tentamos fugir disso aqui, inclusive já brigamos tanto nesse tempo todo, mas essa é a vida sabe? A gente briga porque a gente se importa, eu sinto em cada momento nosso o quanto a gente se ama. E eu quero construir mais com você, eu quero segurança pra nossa relação, eu quero estar contigo pra absolutamente tudo. Parece cedo, mas já vivemos tanta coisa juntas, principalmente aqui dentro, foi tudo tão intenso. E lá fora eu acompanhei cada surto seu, você me deu colo todas as vezes que eu chorei, nós estávamos juntas nos momentos das nossas maiores conquistas, nós somos intensas, Rafa. Eu quero você por inteiro, Rafaella. Eu quero cada pedacinho seu na minha vida, sem tirar nem acrescentar nada. Eu quero conquistar você de novo e de novo e de novo todos os dias da minha vida. Rafaella Freitas Ferreira de Castro, você quer se casar comigo? - tirei uma caixinha de dentro da bolsa e abri, com dificuldade inclusive, pois meus rosto estava banhado em lágrimas, assim como o dela. Dentro havia um par de alianças que eu havia comprado. Eu não gostava muito dessas coisas, mas queria fazer tudo direitinho.
- Bia... meu Deus... eu- eu não tenho palavras. SIM! CLARO QUE SIM!!
Meu mundo girou. Eu nunca fiquei tão feliz na minha vida quanto naquele momento. Abracei ela o mais forte que eu conseguia.
- Amor, você tá me esmagando. - ela falou com o som abafado no meu pescoço.
- Rafaella, eu te amo tanto!
- Eu te amo mais!
Colei nossos lábios em um beijo. Ao ser aprofundado, pude sentir uma linda dança protagonizada por nossas línguas. Aquele com certeza era o dia mais feliz da minha vida. Quebramos o beijo e sorrimos com as testas coladas.
- Eu não sei nem o que dizer. Bia, tempo não é nada. Intensidade e sentimentos são o que importa. E eu posso afirmar que estamos prontas, nossa conexão é algo tão surreal. Eu não poderia escolher outra pessoa pra passar o resto da vida junto. Sou muito grata a Deus por Ele ter colocado você na minha vida. - ela me deu um selinho e depois se afastou. - Você quase me matou meu Deus. Todo mundo já estava sabendo?
- Sim, todo mundo ajudou, Rafinha. - fui ao frigobar e peguei dois potinhos de sorvete de chocomenta que eu havia pedido pra deixarem ali. Entreguei um a ela e abri o outro, e nos sentamos na cama. - Se a Manu e a Mari não forem as madrinhas e a Gi e a Flay não forem damas de honra, já podemos nos considerar pessoas mortas viu?
- Elas vão ser com certeza! E eu quero me casar na praia viu? - começamos a comer o sorvete.
- Ai que brega, Rafaella.
- É lindo, ok? - ela "deu língua" para mim, me fazendo rir.
- Tá, tudo bem. Tudo que você quiser!
- Ai Bia, eu odeio ser a última a saber das coisas, mas você tá perdoadissima.
- Eu sei! Eu sou demais!
- Convencida. Ei, o Boninho permitiu isso aqui ou você tem contato com alguma pessoa que certamente vai ser demitida? - ela pergunta rindo.
- Minha filha, o homem me ama, eu pedi e ele mesmo mandou a equipe reformar o quarto. Queria dormir aqui, mas eles vão reformar de novo hoje a noite, pra próxima edição.
- Caramba, foi obra de Deus essa edição ter atrasado o início ne? Porque já era pra estar acontecendo.
- Sim! Foi tudo perfeito! - respiro fundo. - Amor?
- Sim?
-Tem mais uma coisa...
- Mais, Bia? Você quer me matar, né?
- Sim. - abri minha bolsa e entreguei um envelope a ela. - Abre. - analisei seu rosto ansiosa.
Ela abriu e quando viu o que tinha dentro juntou as sobrancelhas como que sem entender aquilo e me fitou.
- Bia? O que é isso?
- Você sabe que minha empresa atingiu níveis surreais esse ano né? E eu não quero que seja só mais uma empresa que só investe em algo específico, eu quero fazer mais Rafa, você me inspirou a isso, quero ajudar sempre que eu puder estar ajudando. Bom, não consegui tudo isso aí sozinha, tive colaboradores, claro. Mas é isso, juntei tudo que tá nesse cheque nesse tempo, e estou fazendo essa doação.
- Bianca! Isso aqui era exatamente o que faltava pro projeto! É sério isso? Não brinca comigo. - Ela voltou a chorar muito, mas ainda estava em choque, com as mãos tremendo.
- É claro que é sério, amor. - e ela me abraçou novamente. Muito apertado. Comecei a chorar também. Sim, aquele certamente era o dia mais feliz da minha vida.
[...]
Point of view Narrador
- Amor, vamo pro quarto. - Bianca disse em meio aos beijos. As duas mulheres já haviam retornado para São Paulo, e se encontravam na entrada da casa da morena, se beijando.
Ao chegarem no cômodo, Bianca engatinhou até o meio da cama sob o olhar atento de Rafaella, que logo se juntou a mais nova.
- Eu quero te amar a noite inteira, como nunca amei antes. - Rafa disse olhando no fundo dos olhos da outra, voltando a beijá-la depois.
E assim aconteceu, as duas mulheres se amaram a noite inteira, como nunca haviam se amado antes. Ambas exalavam paixão e felicidade. Aquele era apenas o fim de um ciclo, e o início de outro.
FIM.
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Mais um e acaba! Beijoss