Capítulo 28

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Point of view Bianca Andrade.

Uma semana depois do jantar por facetime, Rafa estava à caminho de São Paulo. Eu estava muito nervosa. Essa semana foi simplesmente perfeita, a gente trocava mensagens todo dia o dia inteiro, como duas adolescentes vivendo o primeiro amor. Eu mal conseguia trabalhar direito, estava pensando nela o tempo inteiro. Com ela eu podia ser 100% eu mesma, sem tirar nem pôr, e podia sentir ela da mesma forma.

Eu tinha aprendido tantas coisas sobre Rafa, escutado tantas histórias da vida dela, compartilhado tantas coisas também, era como se nos conhecessemos há anos já. Como Rafa só chegaria a noite e eu precisava diminuir a ansiedade, marquei um almoço com Mari e Manu, que não se desgrudavam mais.

Cheguei atrasada no restaurante, como de costume, e as duas já estavam sentadas. Sorri observando a cena: Manu fazia biquinho implorando alguma coisa pra Mari, e a baiana de braços cruzados segurava o riso negando o pedido.

- Que algazarra é essa aqui? - falei quando já estava próxima, me abaixando um pouco para cumprimentar as duas e logo depois me sentar.

- Oi Bia! Fala pra sua amiga que eu que vou escolher o filme que a gente vai assistir mais tarde. - Manuzinha disse.

- Bia, fala pra Manu que ela só escolhe umas coisas muito difíceis de entender, eu que vou escolher!

- Eu vou é pedir um remédio pra enjoo que todo esse doce aqui me deixou mal. - Falei e as duas deram língua para mim. - Muito adultas!

- E aí Bia, tá ansiosa pra chegada da namoradinha? - a baiana falou.

- Não é minha namoradinha, e não... estou tranquila. Eu morei com ela quase três meses gente...

- E eu sou a fadinha Tinker Bell. - Manuzinha disse e eu sorri.

- Mas você é mesmo, certeza que em um universo paralelo você era ela. - Falei fazendo as outras duas rirem. - Mas tá, falando a verdade, tô muito nervosa, faz 1 mês que não nos vemos.

- Moraram juntas 3 meses, cara. - Manu afirmou.

- Mas é tudo diferente aqui fora...

- Realmente! - Mari confirmou.

- Inclusive, e vocês hein? Quando vão assumir o namoro? - as duas arregalaram os olhos e sorriram cúmplices. - O que?

- Então... a gente realmente tá namorando... - Manu disse baixinho sorrindo de canto e Mari entrelaçou seus dedos dando um beijinho na mão da menor.

- COMO ASSIM? POR QUE NÃO ME CONTARAM? MEU DEUS? PARABÉNS! - Eu estava em choque, mas muito feliz por elas.

- Aconteceu ontem, a gente quis te contar hoje pessoalmente. - Mari respondeu empolgada.

- Nossa, toda a felicidade do mundo pra vocês! E que rápidas, hein? - eu estava realmente muito feliz por elas, quando se convivia com as duas, era impossível não ver a conexão.

- Ah, obrigada. E sim, mas foi inevitável, a gente se vê todo dia, toda hora, sabemos o que sentimos, não tinha mais porque prolongar a enrolação. - Manu era muito madura pra essas coisas.

- Quem foi que pediu? Vocês vão assumir pra mídia? VOCÊS TRANSAM? - eu estava muito feliz e chocada com a notícia.

- Primeiro, óbvio que a Mari que pediu. - Mari semicerrou os olhos. - Tá bom, eu que pedi, fiz uma música pra ela.

- Muito sapatonas emocionadas!

- E você parece homem hétero enrolando a boazuda lá. - Mari disse e eu dei língua pra ela.

Linha Tênue Where stories live. Discover now