Only The Brave | Larry Stylin...

By biggerthanfuture

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O mistério que sonda o primeiro dia de aula da universidade assombra grande parte dos jovens desde o dia que... More

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21. Always By Your Side
22. You're My Everything
23. Starry Sky
24. Piscine
25. Sun and Moon
Epílogo

1. The Beginning

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By biggerthanfuture

Harry estava animado ao se arrumar naquela tarde. Nunca gostou muito de primeiros dias de aula, mas, poxa, agora era diferente! Ele tinha entrado em uma faculdade, certamente seria melhor que o Ensino Médio! Estava nervoso, pensar em recomeçar o ciclo de amizades e criar vínculos lhe dava arrepios, aquela com certeza era a parte mais difícil para ele.

Não tinha dificuldade em falar com as pessoas, pelo contrário, ele gostava muito de ouvir os outros e trocar ideias, mas aquilo era bem diferente do que ter um amigo. Demorava para confiar nas pessoas e amizade para ele era como um casamento: só considerava seu amigo mesmo quem passava por tudo ao seu lado. Se a pessoa o abandonava em algum momento de dificuldade, ele excluía de vez de seu círculo de confiança.

Estava apreensivo, os primeiros dias de aula dos anos do Ensino Médio não haviam sido tão angustiantes pois estudara com as mesmas pessoas que o acompanhava desde o Ensino Fundamental, alguns entravam e outros saíam, mas a maioria permanecia igual. E ele sabia que aquele primeiro dia não seria como os outros, todos vinham de escolas diferentes, grande parte nem se conhecia. Aquilo o assustava, mas também servia de consolo ao rapaz, já que todos estavam no mesmo barco.

Ele mordeu o lábio ao se olhar no espelho, achava que estava bonito o suficiente para o dia. Usava uma calça preta colada, um suéter de gola alta da mesma cor e, por fim, um sobretudo verde-escuro. Seus cachos estavam espalhados pelos ombros, longos e sedosos, e ele não tardou a colocar seus anéis e completar o visual. Pegou a bolsa preta com seus materiais e a pendurou no ombro, gemendo com o peso. Tomara que tenha armário, pensou.

Harry havia escolhido o curso de Relações Internacionais, seus olhinhos brilhavam ao falar de política e assuntos sociais, ele era uma pessoa completamente de Humanas e há pelo menos cinco anos que seu desejo era fazer o curso. Queria trabalhar para o governo inglês, ser embaixador ou cônsul em algum país ou ter um cargo em um dos Ministérios. Ele gostava de política e de diplomacia, era o seu grande sonho trabalhar na área.

Em seus vinte anos de vida, tinha planos para os próximos vinte. Desde criança que era muito focado e dedicado e sempre colocou na ponta do lápis todos os seus objetivos. Poderia ter começado a faculdade um ano mais cedo, era um fato, mas disse aos seus pais que queria ter uma pausa entre o Ensino Médio e a universidade e, com o apoio dos dois, passara seu último ano em Paris, em um intercâmbio incrível que o fez crescer muito como pessoa. E ainda foi ótimo para aprender mais sobre a França e sua política.

Ele não vinha de uma família pobre, mas também não tinha pais milionários. Seus progenitores tinham uma boa renda, seu pai era dono de uma livraria e sua mãe tinha uma pequena loja de roupas. Sua vida sempre foi muito confortável, tinha tudo que queria e seus pais nunca o negaram nada. No entanto, ele sabia ouvir um 'não', sempre foi bem consciente que na vida nem tudo eram rosas, mesmo que em sua família fosse mimadinho, ninguém fora dali dava a mínima para aquilo e ele sabia disso.

Sua boa condição financeira permitia que ele não precisasse trabalhar enquanto cursava a faculdade e era grato por aquilo, pois tinha receio de não conseguir conciliar. Claro que sempre que possível ajudava seus pais em suas respectivas lojas e ganhava alguns trocados como recompensa, mas não era fixo, teria tempo para estudar e se dedicar ao curso.

Respirou fundo e saiu de seu quarto, descendo as escadas de sua casa. Sorriu grande ao ver seu pai na sala e Desmond abraçou seu menino, dando um beijo demorado em seu filho.

— Você está lindo, bebê. — sorriu e tirou algo do bolso. Era um spray de pimenta. — Leve isso com você.

— Pai... — suspirou.

— Filho, leve. — pediu. — Sabe como as pessoas podem ser cruéis e não quero nunca ver meu garotinho sofrer. — afagou suas bochechas. — Com certeza tem homens escrotos nessa faculdade, eles parecem baratas, estão em qualquer lugar. Use isso caso algum vier te perturbar.

— Se eu levar o spray te deixar menos preocupado, então eu levo. — Harry sorriu e deixou o frasco no bolso lateral da bolsa, em um lugar de fácil acesso. — Você vai me levar?

— Claro! — Desmond ficou animado ao pegar as chaves do carro e balançar na frente do filho. — Vamos.

Harry seguiu o seu pai para a garagem e se acomodou no banco do passageiro da Land Rover. Colocou o cinto e abraçou sua bolsa. Ele sabia dirigir, tinha habilitação, mas Desmond gostava de levá-lo aos lugares e saber que estava protegendo seu menino, então o rapaz aproveitava aquilo. Apesar de saber dirigir, não era algo que ele realmente gostava, então deixava que seu pai o levasse e buscasse, já que Desmond gostava tanto de ser seu motorista particular.

— Quando acabar, me ligue que vou te buscar, huh? — seu pai falou ao manobrar o carro para fora da garagem. — Tem certeza que não quer um carro, filho?

— Se me levar e buscar na faculdade te incomodar, então sim. — murmurou.

— Eu gostava de te levar na escola, então vou te levar para a faculdade, a menos que você não queira ou fique com vergonha. — arqueou as sobrancelhas. — "Ai, pai, tem um monte de gente olhando. Ai, pai, me deixa na esquina que vou andando". — Desmond afinou a voz para debochar e Harry riu, balançando a cabeça.

— Sabe que nunca vou ter vergonha de você. — acariciou seu ombro.

— Mas se quiser um carro, me avise que te dou um. — sorriu. — Para sair com os seus namoradinhos. Como é que vocês dizem? O crush?

— É. — riu. — Não tenho interesse em ninguém e espero não ter tão cedo. Minha carreira primeiro, namoro depois. — mordeu o lábio. — Estou um pouco apreensivo.

— É normal. — sorriu compreensivo. — Vai dar tudo certo, pequeno. Faça como a sua irmã, coloque a cara no mundo.

Harry tinha uma irmã cinco anos mais velha que ele, Gemma. Ela havia partido para a América para cursar o Ensino Médio e ele tinha apenas dez anos na época, não se lembrava muito bem dela. Eram raras as vezes que Gemma aparecia para visitá-los, quando vinha a Londres nem falava com a família e seus pais e irmão não entendiam o motivo de tanto distanciamento sendo que ela só tinha chegado onde chegou devido ao esforço e dinheiro de Desmond e Anne. Devido a isso, Harry era tratado como filho único.

— Não quero ser como ela. — murmurou. — Não vou deixar minha família.

— Eu sei, amor. — Desmond sorriu orgulhoso de seu menino e minutos depois parou diante da faculdade. — Vá. Boa aula.

— Obrigado, pai. — Harry soltou o cinto e saiu do carro, segurando sua bolsa. — Eu te ligo mais tarde.

Desmond acenou e partiu assim que Harry passou pelos portões. O rapaz caminhou pelo pátio, vendo alguns bancos espalhados, poucos alunos haviam chegado, ainda era cinco e meia e as aulas só começariam às seis, ele supôs que muitos trabalhavam e por isso ainda não estavam ali. Curioso e um tanto envergonhado pelo olhar de algumas pessoas sobre si, ele se sentou em um banco perto da grade do estacionamento, apanhando seu celular e fuçando suas redes sociais.

Sem nada para fazer até as aulas começarem, ele gravou um story do prédio da universidade com o céu amarelado de fundo, o pôr-do-sol estava belo como na maioria dos dias e ele não perderia a chance de registrar o momento. Ouviu um ronco alto e soltou um gritinho quando seu iPhone despencou de suas mãos e foi direto para o chão. Resmungou e pegou o aparelho, aliviado por não ter sofrido dano algum devido à capinha protetora.

Olhou ao redor, querendo saber de onde vinha o ronco horrível de um motor e seus olhos se fixaram em um carro preto, alto, que havia acabado de parar no estacionamento. O dono abriu a porta e saltou lá de dentro com uma bolsa de couro preto e várias pastas na mão. Deus, tenha misericórdia, foi o pensamento de Harry ao ver o homem caminhar pelo estacionamento.

O desconhecido usava jeans pretas coladas, tênis Adidas da mesma cor, uma camiseta escura com uma boca estampada e uma jaqueta de couro com alguns zíperes decorativos além do principal. Seus cabelos estavam em um topete alinhado e ele tinha uma barba sensual contornando seu rosto bonito. Infelizmente Harry estava longe para ver mais detalhes, mas ele mordeu o lábio discretamente ao olhar aquele badboy caminhar para dentro da universidade, só faltava o cigarro atrás da orelha para completar o visual.

Ora, ora, mas se não é o Danny Zuko dessa uni, Harry arqueou as sobrancelhas e desbloqueou seu celular. Queria saber o nome daquele rapaz para poder caçá-lo no Instagram e ver suas fotos, saber um pouquinho mais dele. Era muito bonito e olhar não tirava pedaço, então Styles com certeza o observaria bastante como um colírio aos seus olhos.

Sabia como badboys eram, sua escola do Ensino Médio estava cheia deles e infelizmente se relacionou com alguns para saber que eram babacas. No entanto, ele tinha algo com homens daquele tipo, achava tão atraentes e proibidos. Suspirou e arqueou as sobrancelhas, analisando os rapazes que passavam por ali. Alguns estavam sozinhos, outros acompanhados por namoradas, grupinhos de amigos. Haviam jovens bonitos e muito sensuais que certamente Harry adoraria beijar. Era solteiro e não devia nada a ninguém, então poderia se dar ao luxo de pegar alguns.

Às seis em ponto, ele se ergueu de sua mesa com a bolsa pesada no ombro e com o celular na mão, caminhando para dentro do prédio. Apanhou sua grade na secretaria e foi para a sala de aula, sua primeira matéria era Geopolítica e ele ficou animado. Sorriu tímido ao entrar e viu alguns alunos lá.

Escolheu uma mesa em uma das fileiras próximas da janela, a primeira. Era na frente da mesa do professor, o lugar ideal que sempre gostou de ocupar no Ensino Médio. Tirou seu caderno e estojo da bolsa, aguardando. Os outros alunos entraram aos poucos e logo a sala estava lotada.

Harry mordeu o lábio ao ver o badboy de mais cedo entrar na sala e fechar a porta, ele estava sério e carrancudo. Olhou para todos e arqueou uma sobrancelha, carregava sua bolsa e uma pasta, aproximando-se cada vez mais de Styles. Ele franziu o cenho, não havia mesas próximas para que ele se acomodasse e ficou com medo que aquele cara expulsasse alguém do lugar.

Porém, ele simplesmente deixou sua pasta e bolsa na mesa do professor e a sala mergulhou em um silêncio sepulcral. Apanhou um giz e escreveu na lousa "Geopolítica", logo cruzando os braços e caminhando no tablado diante da sala.

Meu Deus, ele é o professor?, Harry se questionou, o olhando com surpresa. Ele deve ter acabado de sair do Ensino Médio!

— Boa noite. — a voz do homem cortou a sala e Harry lambeu os lábios. Era firme e bonita. Ele diria até que tinha uma doçura escondida ali. — Sejam bem-vindos à faculdade e ao curso de Relações Internacionais. — falou, permanecendo sério. — Eu sou Louis Tomlinson, professor de vocês. — se apresentou. — Sou formado em História e Geografia e dou aulas de História, História da Arte, Geografia e Geopolítica. — ficou no centro do tablado e levou as mãos para trás. — A única que vocês não tem é História da Arte, mas vão me ver ainda mais caso escolherem como optativa. Acho que sou o professor que mais vai dar aula para vocês nesse semestre. Não vou exigir apresentações de vocês, vou aprender seus nomes na lista de chamada. Alguma dúvida? — indagou e um aluno ergueu a mão. — Sim?

— Qual é a sua idade, Sr. Tomlinson? Apenas por curiosidade.

— Trinta. — franziu o cenho. — Bem, como aqui é uma universidade, já aviso que é totalmente diferente do Ensino Médio, aqui é cada um por si e Deus por todos. Esqueceu o trabalho? Nota zero. Não entregou relatório? Nota zero. Professor nenhum vai pegar no pé de vocês para cobrar as atividades, então estejam cientes que vocês são responsáveis por suas notas e seus deveres. — seu tom foi duro. — Não entregou e não tem nada para justificar sua ausência no dia? É zero e ponto. A maioria aqui é adulta então espero que estejam cientes de seu papel. — caminhou para a mesa e abriu a pasta. — Eu e qualquer professor daqui estamos disponíveis para tirar suas dúvidas e orientá-los, jamais negaremos isso a vocês. É o nosso dever. Mas também é dever de vocês saber de suas responsabilidades.

Louis pegou uma folha e anotou algumas coisas na lousa. Explicou o sistema de notas da faculdade e disciplinas optativas, como funcionava em caso de reprova e coisas do tipo. Depois, abriu o notebook que havia sobre a mesa e fez a chamada. Poderia passar uma lista de presença, mas registrar no sistema era muito mais fácil. Ele olhava para cada aluno que respondia fixamente para gravar o nome e Harry engoliu em seco quando chegou sua vez.

Por estar na frente de sua mesa, via com clareza os traços do homem, seus olhos azuis e brilhantes, a tatuagem nos dedos de sua mão esquerda – provavelmente tinha mais espalhadas pelo corpo – e o nariz de bolinha. Seu perfume masculino era amadeirado e gostoso, Harry ousaria dizer que era sensual.

Ele não parecia ter trinta anos, conseguiria passar por aluno sem dificuldade. Aquela pinta de badboy o deixava ainda mais atraente aos olhos de Harry e ele começou a se questionar se havia sido uma boa ideia escolher um lugar tão perto do professor.

Assustou-se quando Louis se ergueu rapidamente após terminar a chamada e escreveu uma data na lousa, era um dia da próxima semana.

— Vou pedir um relatório. — falou. — Nada muito complexo, mas também não quero ver trabalho relaxado. Quero um relatório sobre a geopolítica desde o fim da Segunda Guerra Mundial até os dias de hoje. Não quero nada mirabolante ou que tire noites de sono de vocês, ainda é o primeiro trabalho. — esboçou um sorriso. — Não quero que me mandem por email, não quero impresso. Eu quero manuscrito e com a letra razoavelmente legível, por favor.

— Professor! Por favor, deixe a gente te mandar por email! — algum pobre coitado falou e Louis o olhou de sobrancelhas erguidas.

— Não. — disse. — Quero manuscrito, todos na minha mesa na segunda-feira que vem. Individual, mínimo de trinta linhas e duas folhas de máximo. — sua voz ficou rígida. — Se eu ver algum trecho igual a site ou partes parecidas ou iguais às de outro aluno, vou descontar nota.

— Professor, quanto vale?

— Cinco pontos. — suspirou. — Quero os quarenta na minha mesa segunda-feira. Com nome, sobrenome, e turma.

— Precisa de capa?

— Não, pega folha de caderno, de fichário ou até sulfite. — balançou a mão. — Mas quero tudo na minha mesa semana que vem. — ele tirou um livro da bolsa e abriu nas primeiras páginas. — E quero que leiam o primeiro capítulo do livro, vamos discutir sobre isso na próxima aula. São só dez páginas, vocês conseguem. — escreveu na lousa o número da página em que a leitura começava. — Podem incrementar o relatório com informações daqui. Isso não significa cópia, hein! Vou ler tudo, então tenham cuidado com suas fontes.

Os alunos resmungaram e Louis deu tempo para que começassem a leitura. Não pegaria pesado logo no primeiro dia, mas na próxima semana já estabeleceria um ritmo. Notou o olhar curioso do aluno diante dele, de cachos compridos e olhos verdes e sorriu pequeno, logo folheando o livro.

Ele gostava muito de lecionar e não se via fazendo outra coisa na vida.

~•~

Assim que chegou em casa naquela noite, Harry correu para o seu quarto após dar boa noite para o seu pai e se trancou ali. Era quase meia-noite, mas estava empolgado. Sentou-se em sua mesinha de estudos e pegou seu bloco de folhas pautadas, iniciando seu relatório. Conseguiu ler boa parte do capítulo que o Sr. Tomlinson pediu ainda durante a aula e faltava pouco para terminar.

Tivera apenas uma aula de Geopolítica, duas de Economia e mais duas de Estatística. Os outros professores não eram tão bonitos quanto Tomlinson, mas eram tão bons quanto. Harry, pelo menos, o achou um bom professor, mesmo que ele não tivesse dito muita coisa. Era rígido e exigente e ele gostava de educadores assim, exceto quando passava dos limites.

Aproveitou para fazer seu relatório e conseguiu finalizá-lo pouco depois das duas da manhã. Guardou suas coisas, tomou um banho e se deitou na cama, feliz pelo seu primeiro dia de aula ter sido bom.

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