O peso de ser um Guardião

By MiraculousLBfangirl

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Depois de receber a caixa dos Miraculous para tomar conta, Marinette descobre que terá que saber a identidade... More

Capítulo 1 - O anúncio
Capítulo 2 - Um duro golpe
Capítulo 3 - Uma conversa muito necessária
Capítulo 4 - Aceitação
Capítulo 5 - Uma espiadinha na mente de Adrien
Capítulo 6 - Seguindo em frente
Capítulo 7 - Visita inesperada
Capítulo 8 - Hora da patrulha
Capítulo 9 - Conforto
Capítulo 10 - Rejeição
Capítulo 12 - Reafirmação
Capítulo 13 - E agora?
Capítulo 14 - Heróis
Capítulo 15 - Um pouquinho de Marichat
Capítulo 16 - Felicidade (Finalmente!!!)

Capítulo 11 - Confissão

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By MiraculousLBfangirl

Até que enfim mais um capítulo,

Desculpa a demora pessoal, mas vai ser assim mesmo. 

Estou sem tempo para escrever e não gosto de escrever algo mais ou menos. 

Boa leitura.

____________________________

Marinette deu um suspiro de alívio quando o dia escolar terminou na sexta-feira. Adrien realmente a havia evitado desde quarta-feira, mesmo assim ele se certificou de dar-lhe sorrisos tranquilizadores quando ninguém estava olhando. Era um pouco reconfortante saber que ele estava mantendo distância apenas para manter as aparências. Fazia apenas dois dias e ela já sentia muita falta dele. O caminho para a escola perdeu toda a sua cor sem as gracinhas dele. Ela só podia esperar que eles voltassem a ser assim um dia.

Alya havia engolido a desculpa de Marinette e, portanto, esperava que a melhor amiga entendesse que ela passaria mais tempo com Adrien do que com ela. Afinal, era ele que precisava de conforto. Nino não saiu do lado de Adrien, agindo como um escudo entre Marinette e ele.

Isso causou um problema; Chat Noir não foi capaz de aparecer em um ataque que ocorreu durante o horário escolar. Ladybug teve que lidar com o akuma sozinha, pelo qual Chat se desculpou profusamente por mensagem.

Eles ainda não haviam se encontrado em suas formas de super-herói e ele não mencionou Marinette em suas mensagens. Ela sabia que deveria falar com ele o quanto antes, então ela o convidou para patrulhar naquela noite. Com a ajuda de Tikki e Wayzz, ela se preparou o melhor que pôde para ouvi-lo falar sobre a rejeição.

Ele estava sentado no telhado quando ela chegou, uma perna encostada no peito, o queixo apoiado no joelho. Ela se sentou ao lado dele e não disse nada por um momento, observando sua expressão sombria.

— Você está bem? — ela perguntou por fim.

Chat olhou para ela e suspirou, voltando sua atenção para lugar nenhum específico à sua frente.

— Eu disse que não me declararia para a Marinette.

— Você se declarou? — Ladybug perguntou para incitá-lo a falar.

— Não exatamente. Eu não queria estragar nossa amizade com uma confissão, então só dei a ela algumas oportunidades para mostrar seus sentimentos por mim, se ela tivesse algum. — Ele bufou balançando a cabeça. — Ela propôs uma falsa rejeição. Para encurtar a história, ela me rejeitou sem que eu me declarasse.

— Eu... eu sinto muito. Quero dizer, sinto muito por ouvir isso. Tenho certeza de que ela não quis magoar seus sentimentos, já que ela nem sabia que você gosta dela, certo.

Ele suspirou.

— Eu até deixei um pouco da minha personalidade do Chat Noir aparecer para ver a reação dela. Sabe, eu pensei que ela gostaria mais de mim dessa maneira, já que ela se declarou para Chat Noir antes. Eu acho que apenas a irritei. — Ele deu de ombros.

Ladybug pousou a mão levemente no braço dele.

— Você vai encontrar alguém que o merece um dia no Chat. — A voz dela soou mais fraca do que ela pretendia e ela esperava que ele não notasse. Ele notou.

— O que está incomodando, Ladybug? — Ele olhou para ela franzindo a testa.

Ela retirou a mão do braço dele e entrelaçou os dedos no colo.

— Só estou um pouco cansada. Semana longa.

— Naquele dia em que você desabou no meu quarto, eu disse que não posso ajudá-la se você não me contar o que está acontecendo. Eu também disse que não gosto de ser deixado na ignorância. — Ele mudou de posição para encará-la. — Eu sei que quando o Mestre Fu estava por perto, vocês dois costumavam esconder muitas coisas de mim. Eu entendo que ele estava treinando você para ser guardiã e que eu não tinha que me meter. Mas faz meses que você está agindo de forma estranha comigo e piorou quando minha identidade foi revelada. Isso me faz pensar que você está escondendo algo sobre mim e isso não está certo. Eu quero saber o que é.

Ela não podia negar. Ele tinha que ser completamente cego para não notar seu comportamento estranho.

— Eu não quero te machucar. Algumas coisas são melhores não ditas.

— Eu não ligo se vou me machucar. Eu posso lidar com isso, não importa o que seja, desde que eu saiba o que é.

Ladybug fechou os olhos com força e respirou trêmula.

— Certo, vou te contar.

E ela contou a ele sobre Chat Blanc, o pouco que sabia sobre aquela linha do tempo: o fato de ele conhecer sua identidade, o relacionamento deles, a destruição. Ela viu as expressões dele mudarem de surpresa para confusão e depois horror. Ele ouviu silenciosamente, cerrando os dentes, apertando os punhos, fechando os olhos para segurar as lágrimas que ameaçavam escapar. Uma miríade de emoções que ela nunca pensou que uma pessoa pudesse mostrar em tão pouco tempo.

Ela não pôde evitar as próprias lágrimas. A dor dele cortava profundamente dentro dela, mas ao mesmo tempo era libertador. Aquele segredo a estava comendo viva.

—... naquela noite, tive que ter certeza de que você era você de novo. Que seu traje ainda era preto e seus olhos verdes. Então eu liguei para você apenas para vê-lo.

— E você não achou que deveria me contar o que aconteceu? — A voz dele estava estrangulada, mostrando como ele estava ferido.

— Mestre Fu e eu concordamos que isso iria machucá-lo desnecessariamente.

Chat Noir riu secamente.

— Às vezes duvido que o Mestre Fu sabia o que estava fazendo. — Ele levantou os olhos para o céu e respirou fundo. — Eu tinha o direito de saber.

Ladybug queria discutir, mas ela também tinha suas dúvidas. Mestre Fu não havia sido muito consistente e havia duvidado de seus próprios julgamentos algumas vezes. Ela havia aceitado que a revelação das identidades era perigosa porque havia pensado a mesma coisa antes mesmo de conhecê-lo. No entanto, a maneira como ele colocou isso foi confusa. Qual era o sentido de Chat ter que desistir do miraculous dele se ele descobrisse a identidade dela? Ela não deveria entregar o dela já que ele ainda saberia quem ela era? E pior, ele seria um civil com o conhecimento de sua identidade. Ocorreu-lhe que o Mestre Fu estabeleceu essa regra para eles não tentarem descobrir a identidade um do outro porque não estavam prontos.

— Eu não queria que você se culpasse pelo que aconteceu. — Ela verdadeiramente temia aquilo.

— Você quer dizer, por matar você? Por destruir o mundo? — ele perguntou tristemente.

— Nada do que você fez enquanto estava akumatizado foi sua culpa, você sabe disso. — Ela tocou o rosto dele e ele a olhou com relutância. — Chat, nunca culpamos uma pessoa que foi akumatizada, mas sabemos que a maioria delas se sente culpada pelas coisas que fez. Eu não queria que você passasse por isso. Especialmente porque não conhecemos as circunstâncias que levaram você a ser akumtizado.

Ladybug deslizou a mão do rosto dele e pegou as duas mãos nele nas dela. O silêncio caiu entre eles e ela sabia que ele precisava daquele tempo para fazer as pazes consigo mesmo e ela lhe mostrou seu apoio, apertando mais firmemente a mão dele.

Depois do que pareceu uma eternidade, Chat Noir quebrou o silêncio com um tom de provocação em sua voz:

— Sobre as circunstâncias, você disse que de alguma forma naquela outra linha do tempo estávamos namorando e aparentemente felizes, até Hawkmoth nos descobrir.

— Foi o que Chat Blanc me disse. Mas eu não sei...

Ele a interrompeu:

— Não posso deixar de me perguntar se você não queria que eu soubesse que estávamos juntos porque temia que eu pudesse ser mais insistente do que já era. — Ele sorriu maliciosamente. — Ou talvez você estivesse com medo de seus próprios sentimentos. Eu acho que você perdeu algumas noites de sono imaginando como conseguiu se apaixonar por mim, duas vezes agora, se considerarmos o Oblivio.

— M-meus sentimentos? — Ladybug gaguejou.

Ele sorriu presunçosamente e deliberadamente se inclinou para frente.

— Naquela noite, quando lhe mostrei minha identidade, pensei muito sobre tudo o que aconteceu. Você mencionou que não poderíamos ficar juntos por causa do Hawkmoth, mesmo se você me amasse. Faz muito sentido agora. Você está com medo de me amar, mas ama, não é?

Ladybug estava tendo dificuldades para respirar. Sim, ela estava com muito medo.

—Adrien, por favor — ela implorou.

— Diga na minha cara que você não me ama e eu nunca mais vou incomodá-la — ele disse suavemente, mas com firmeza. O rosto dele a poucos centímetros do dela.

Depois de alguns segundos sem resposta, ele suspirou e se afastou, mas não foi longe, porque ela o agarrou pelo sino e o beijou.

Ia contra todas as resoluções dela, mas ela o beijou com desespero. Quando ele se havia se afastado, ela sentiu como se seu coração estivesse sendo arrancado do peito, como se ele estivesse levando sua alma com ele. Ela soube naquele momento que se o deixasse ir, seria definitivo. Tinha sido a última tentativa dele depois de todas as oportunidades que ele lhe dera, nos dois lados de sua máscara. Ela encerrou o beijo com o pensamento e ele a abraçou afetuosamente.

— Devo considerar isso como um 'eu te amo'? — ele perguntou enquanto ela enterrava o rosto na dobra do pescoço dele.

— Eu nunca fui boa com palavras. — Ela deu uma risadinha.

Chat a afastou o suficiente para dar um beijo carinhoso em seus lábios e depois descansou a testa na dela.

— Eu posso ser bom em entender você sem palavras, mas eu preciso delas agora. Você tem me dando sinais confusos por um tempo.

— Eu estou lhe dando sinais confusos? Não estamos discutindo seu relacionamento com outra garota apenas alguns minutos atrás? — Ladybug sabia que era ela mesma, mas ele não sabia disso, então ela pensou que deveria pelo menos fingir estar ofendida.

Ele jogou a cabeça para trás e riu.

— Tenho certeza de que o único relacionamento com outra garota que comentei com você foi o que tive com a Kagami.

Ladybug cruzou os braços na frente do peito.

— Você acha que vou ignorar o quão apaixonado você se parece quando fala sobre Marinette? — Ela sentiu as bochechas queimarem quando disse isso. Corpo traidor.

— Não. Na verdade, quero que você se lembre de tudo o que eu disse sobre a Marinette. — Ele sorriu e levantou uma sobrancelha quando perguntou: — Até que ponto você iria para proteger sua identidade, My Lady?

— Minha identidade? — ela estava confusa.

Chat Noir suspirou, apertando os olhos por um instante, resignado.

— Regras são regras, certo? — Ele tirou o anel sem hesitar e o colocou na mão dela.

— Regras? — Ela perguntou e depois olhou para o anel, perplexa. Ele sabia.

________________

Estou pensando em escrever o próximo capítulo no ponto de vista do Adrien. 🤔🤔

Editado em: 24/07/2020
Não desisti da história não.  Só não estou tendo tempo para escrever.
Meus alunos são minha prioridade no momento.

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