Linha Tênue

By jurabia_

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Há quem diga que o amor e o ódio estão em uma linha tênue... será? A pressão de um confinamento traz à tona... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 28 parte 2
Epílogo
ÚLTIMO
Novas fanfics

Capítulo 20

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By jurabia_


--------------♡

Point of view Rafaella Kalimann

Gigi Furacão finalmente ganhou sua liderança. A prova foi tensa e no final eu estava feliz se qualquer uma das duas finalistas ganhasse.

As duas últimas semanas foram rápidas e sem grandes acontecimentos. Graças a Deus, e ao público, os meninos estavam saindo um por um, o que me trazia paz. Essa semana o paredão surpreendeu, ou nem tanto assim.

Daniel havia se envolvido em muitas polêmicas com Gizelly e Ivy. Ele mentiu para Ivy sobre Gizelly ter falado mal dela, mas depois de as coisas entre elas serem esclarecidas, as duas brigaram com ele e com a Marcela, que o defendeu. Era todo um grande drama, que resultou na saída do menino em um paredão contra Babu e Flay.

Na casa restava todas as meninas, Pyong, Babu e Chumbo. Estavámos no VIP Gigi, eu, Manu, Mari, Flay, Bia e Ivy.

Minha relação com a Bia, se é que podia ser chamada de relação, parecia cada vez mais certa, cada dia eu ficava mais boba por aquela mulher. O que me preocupava muito. Eu tinha medo de como as coisas poderiam estar lá fora, mas evitava pensar nisso.

Por fim, hoje era Quarta-feira, dia da festa da líder. A Furacão estava muito ansiosa e animada, e eu estava muito feliz por ela.

Ela havia pedido uma festa meio barzinho, com muqueca capixaba que ela queria muito que a gente provasse, muita cerveja e dizendo a figura, queria "um cabeção na entrada". Devido ao tema, não houve figurino, mas como sempre, todas estávamos muito bonitas.

A festa abriu e estava perfeita, porém antes que pudéssemos ver os detalhes, o rosto de Marília Mendonça apareceu no telão, indicando um show da cantora. Eu, Gigi, Gabi e Flay surtamos e saímos correndo para a frente do telão.

Ao longo da apresentação reparei Mari e Ivy abraçadas cantando as músicas com toda a força, sofrendo, achei graça. Do outro lado, Bia comia seu espetinho vegano enquanto dançava como se tivesse tocando funk, comecei a rir.

O show acabou e Gi estava em prantos, ela amava muito a Marília, qualquer um sabia disso.

- Rafa Kalimann, você viu o que eu vi? Você viu Marília Mendonça, a rainha desse Brasil todinho, na MINHA festa? -Ela falava chorando.

- EU VI, GI! Meu Deus, estou muito feliz por você!

- Titchela tá chique! - Manu comemorou com a advogada.

- Vamos beber pra comemorar! - a capixaba nos puxou para o barril de chopp.

Depois, nos sentamos em uma mesa e ficamos ali conversando. Aquela festa estava simplesmente perfeita, parecia que estávamos realmente em um barzinho. Estávamos rindo de algo que Manu disse, até que alguém tampou meus olhos com as mãos.

- Hum... quem será? - brinquei.

- Se você descobrir, ganha um prêmio. - Bia disse baixinho no meu ouvido, me fazendo arrepiar.

- Deixa eu pensar... essa voz, esse cheirinho, essa mãozinha... só pode ser a Gabizinha! - todos começaram a rir.

- Ih Rafaella, vai ficar sem prêmio, tchau! - a carioca disse risonha e saiu. Ela já estava meio bêbada com certeza.

Aos poucos as pessoas foram saindo da mesa ou indo para pista, ou para as comidas, ou para as bebidas, restando apenas eu, Mari e Ivy no local.

A música "Refém" do Dilsinho começou a tocar, e elas começaram a cantar daquele jeito forte, realmente sofrendo com a letra.

Muitas coisas tinham mudado ao longo dessas duas semanas. Mari e Manu não se desgrudavam, tinham uma vibe muito boa juntas, eu estava desconfiada de algumas coisas, mas era difícil ter confirmações ali dentro. Era tudo muito discreto, só quem estava lá dentro entenderia. Ivy e Gi não eram diferentes, mas ja demonstravam mais um certo carinho, mesmo nunca tendo verbalizado nada. "É... Boninho soube escolher bem um elenco feminino." ‐ pensei.

- Quando a gente sair daqui, a gente vai se falar de uma coisa que só eu e você tá sentindo, e tá sentindo igual. - A baiana disse pra Ivy, me surpreendendo. Elas já estavam alcoolizadas. Ivy fez uma cara surpresa e começou a rir.

- Ai, será? - A modelo questiona.

- Tá. Você sabe o que é também, só eu e você sabe... você sabe o que é. - Mari afirma. Fico só observando a interação. A modelo ri e bebe um grande gole de chopp.

- Tchau! - Ivy rindo fez menção de levantar.

- Você sabe o que é, né? Eu acho bom que a gente sabe, a gente se entende. - Mari fala rindo também. Ivy finge que vai embora, mas volta. Eu estava rindo muito com a cena.

- E aí... você não ta sabendo lidar com isso e nem eu. Eu saco você, menina. A gente é parecida. A gente ó, se fodeu. - gargalharam. - Eu quero só ver quando a gente sair daqui, que que a gente vai aprontar. Não tem jeito... pra mim não tem, não sei pra você, mas pra mim não tem jeito. - a baiana falava.

- Ó, nem ó. - deu de ombros. - Vou sofrer.

- Arrasta o cu no asfalto e chora...

- Merda.

- E guarda pra você, e eu guardo pra mim, e foi. Fodeu! Eu sabia Ivy, eu sabia! Quando eu comecei a sentir, eu falei "Ah a Ivy ta sentindo". - a morena dos olhos claros fez sinal de "shiu" com o dedo indicador em na boca.

- Não... ninguém vai saber... só eu e você.

- Ceis vão ter que ser um pouquinho mais discretas, porque tô só catando aqui as coisas na minha cabeça. -me pronunciei semicerrando os olhos, enquanto elas me olhavam surpresas. - Ai gente, vou nem falar nada, cadê minha carioca?

Me levantei e fui atrás de Bia. Mas antes de alcancá-la, observei Gizelly sentada ao lado de Marcela, fazendo carinho no seu cabelo, enquanto a loira chorava, provavelmente pela saída do Daniel.

Se tinha uma coisa que a Gi era com as amigas, essa coisa era leal. Eu sabia que Marcela tinha magoado minha amiga, e ainda assim ela estava ali, limpando as lágrimas dela. Era a festa dos sonhos dela, e ela estava ali, cuidando de Marcela.

Encontrei Bia sentada em uma mesa perto da porta, com uma carinha pensativa, comendo um prato cheio. Manu fazia companhia à ela, conversando algum assunto, mas quando cheguei aparentemente a conversa morreu.

- Nossa, o assunto chegou por acaso? - Sentei ao seu lado.

- Pior que sim. - ela sorriu de canto e me olhou.

- Ok, é a minha deixa, tchau, amo vocês. - Manu se levantou e saiu.

- O que ta rolando, amor? - AMOR, RAFAELLA? AMOR? Soltei a palavra naturalmente, sem nem perceber. Burra.

- Nada demais. Só tava desabafando sobre nós. - Sua cara travada e sua demora de resposta me fez querer me bater por ter dito a palavra. - Enfim...

- Hum... tipo, é algo que eu não posso saber? - não sabia como conduzir aquela conversa.

- Não, é que, sei lá... Rafa, eu não sei o que que a gente tem, não sei como vai ser lá fora, você sabe que la é tudo diferente... - Ela olhava no fundo dos meus olhos tentando ler minha reação.

- Bia, confesso pra você que tenho pensado muito nisso ultimamente também, tenho medo. - ela suspirou.

- Eu não sou muito acostumada com relacionamentos, eu sou um espírito livre, viver isso aqui desse jeito com você é uma experiência muito louca pra mim, e não sei como vou lidar com isso lá fora. - Ela desabafou.

- Eu entendo... cada dia que passo com você aqui fico me questionando quando foi que deixei você virar de cabeça pra baixo todos os meus planos aqui dentro, e todos os meus pensamentos.

- Mas... isso é ruim?

- Não! De um jeito bom. Com você eu posso ser quem eu realmente sou, me sinto em casa, sabe? A intensidade é que me assusta.

- Entendo. Também sinto isso. Mas outra coisa, tenho medo de estar atrapalhando seu jogo, desde o começo você me disse que veio focada.

- Não fala isso! Você só tem acrescentado coisas boas na minha vida. Acho que a gente só precisa se permitir viver aqui dentro do jeito que a gente se sentir feliz. Lá fora é lá fora.

- Eu concordo totalmente! Ei, eu que disse isso pra tu, inclusive. - Ela fala rindo.

- Sim, mas é o que eu acho também. -sorrio.- Enfim... não tem problema pensar, eu também penso, mas, não fica noiada com isso.

- Não ficarei. - dei um beijo na sua bochecha. - Você está muito linda hoje. Sempre, mas hoje... -ela me diz e eu coro. Nunca ia me acostumar com seus elogios.

- Ah,  me inspiro em você ne, esse mulherão. - dou uma piscadinha.

- Ah, é pra ser cantada? - Segurou o rosto. - Beleza, gata teu pai é mecânico?

- Não, porque? -perguntei ja rindo.

- Porque tu é uma graxinha. - caímos na gargalhada juntas.

- Ai, meu Deus, você é muito besta.

- AAAA minha música, vem, vamo dançar! - Ela tenta me puxar quando funk começa a tocar.

- Vou pegar mais bebida e já vou.

Chego no balcão e infelizmente encontro Chumbo la.

- Rafa, a gente pode conversar? - Ele pede.

- Sobre?

- Nós.

- Nós? Que "nós"?

- Nossa convivência...

- Chumbo, eu to tão felizinha hoje, não quero perder a minha paz. - Não queria conversar logo na festa da Gi.

- Não, Rafaella, eu quero falar agora, olha, você... -ele foi interrompido pela chegada da Bia.

- Tá tudo bem aqui, Rafa? Sua cara me diz que não. - Ela parecia um cachorrinho pinscher, baixinha e bravinha.

- Não se mete, Bianca. -ele disse.

- Ok, vamos parar. Tchau. Vem, Bia. - peguei minha bebida, entrelaçei nossos dedos e a levei de volta pra pista.

Gi estava louca dançando com Thelminha e Gabi, Marcela provavelmente tinha ido dormir, o que me deixou mais tranquila pois minha amiga poderia aproveitar sua festa.

- Gente, olhem que fofa a Manuzinha dormindo no meio da festa. - Mari disse vendo Manu estava deitada em um puff na lateral da pista, em sono profundo.
Como que de propósito, o Dj escolheu a música da Manu pra tocar. Era a música "Don't start now" da Dua Lipa, Manu tinha inventado uma coreografia e todo santo dia tocava e a gente dançava, tinha ficado marcado.

- Maria Manoela! Sua música! - Gritei, a chamando. Ela acordou e foi pra pista rapidinho.

Quando acabou, fui pegar mais comida, e Gi foi comigo.

- Dorme comigo e com a Ivy hoje no líder? Pode chamar a Bia. - Ela convida.

- Uai, tudo bem, mas não quer dormir só com a Ivy não?

- Não daria certo... -Ela sussurra e sai, me deixando rindo. Essas duas achavam que ainda conseguiam esconder algo.

A festa acabou e foi simplesmente incrível, comida boa, bebida boa, música boa, decoração boa, Gi feliz, Bia feliz, eu feliz. Milagrosamente nos encaixamos as quatro na cama e dormimos.

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