Alina Stark

By _llondongirl

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#EM CORREÇÃO Quatorze anos, essa era a idade dela. Quatorze anos, esse foi o tempo que ele passou sem saber... More

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Estagiária
Agulhas
Flasbacks, Confusões e Festas de Aniversário
Um Segredo Revelado
Conselhos e Aviões
O Início de um Fim de Semana Agitado
Como Dar um Fora em Alguém
Noite de Festas, Danças e Diversão
Segredos e Histórias Passadas
O Mundo de Cabeça pra Baixo
Tempestade
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Cartas Para Alguém Que Está Longe
Segredos Trocados, Poetas Amados
Um Dia de Reencontros
A Luz da Lua
Ciúme Paterno
Conhecidos Desaparecidos
No One, But You
Um Tempo de Paz
Fim de Semana na Fazenda
Retorno

Uma Nova Casa

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By _llondongirl

Quando Alina desceu as escadas novamente, voltou a ficar impressionada com os sons que saiam dos degraus.

O tempo frio a fez colocar uma blusa de mangas compridas e uma calça quente de moletom. Os cabelos soltos passavam os ombros.

Ela não achou ninguém na sala.

- Tony. - chamou - Pepper!

Mas não obteve resposta. Imaginou que eles ainda estivessem nos quartos. Ela usou o tempo para admirar a decoração da casa que era impecável. Cada objeto era elegante e sutil, e parecia se adequar perfeitamente ao local onde havia sido colocado. Aquilo se parecia com algo que a senhora Stark faria, Alina pensou.

Em um dos cantos daquela sala enorme, a garota avistou um piano. Era com certeza uma das peças mais lindas que ela já tinha visto. Sua cor branca parecia brilhar sob a iluminação do ambiente. Ela caminhou até o instrumento e se sentou na poltrona vermelha que estava à sua frente.

Passou a mão delicadamente sobre as teclas e admirou o instrumento. Uma das teclas foi tocada e o som extremamente limpo e suave começou a dar vida ao ambiente, até que desapareceu novamente.

Alina colocou as duas mãos sobre as teclas e começou a tocar a primeira melodia que veio em sua mente. Fazia algum tempo que não tocava, não havia tido tempo devido aos últimos acontecimentos, mas jamais esqueceria aquela música. Não era uma melodia famosa ou nada do tipo, era algo que ela própria havia criado após algumas aulas de piano. Tinha sete anos na época. A música que havia se tornado a favorita de seu avô, e que ela sempre tocava para ele.

Mas fazia tempo que ela não a tocava. A última vez havia sido a anos atrás, no velório do homem que ela tanto amava e admirava. Depois disso não sentiu vontade de voltar a toca-la, até aquele momento.

Quando seus dedos tocaram a ultima nota, ela sorriu e um som de palmas ecoou no ambiente e ela se assustou um pouco virando-se para trás.

- Isso foi lindo. - disse Tony impressionado.

- Obrigada. - sorriu um pouco sem graça. - Eu não sabia se podia tocar mas... - tentou se explicar.

- É claro que você pode. Quando quiser. - ele cruzou os braços e sorriu - Onde aprendeu?

- Eu fiz algumas aulas.

O homem se aproximou mais e se sentou ao lado dela na poltrona.

- E essa música que estava tocando? De quem é? Perdoe minha falta de senso, mas não decoro muitos nomes dos artistas atuais. Se bem que essa música parecia bem clássica.

- Na verdade não é de nenhum artista que o sen... que você possa conhecer. - explicou voltando a olhar as teclas - Fui eu quem fiz isso.

- Você? - ela apenas afirmou. - Essa com certeza é uma música muito bonita. Você tem talento.

- Verdade?

- Claro que sim. - Respondeu - Estou orgulhoso.

- Obrigada. - agradeceu com um singelo sorriso, embora por dentro estivesse muito contente por ele ter gostado.

- Poderia me ensinar?

- Claro.

- Perdoe minha falta de prática. Estou bem enferrujado. - ele estalou os dedos e a garota riu de sua expressão. - Vamos lá.

Alina começou a ensinar ao pai nota por nota que compunha a melodia. A cada tecla que ela tocava, ele repetia. Tony não teve muita dificuldade em aprender, pois assim como a filha, era um ótimo pianista, embora realmente não tocasse a um bom tempo.

Alguns minutos depois, os dois conseguiram tocar a melodia juntos. Ele estava realmente impressionado com o quanto era bonito. E teve a certeza de que aquela música era especial para a filha, que parecia um tanto emocionada, mesmo que desfarssasse bem.

Pepper que estava curiosa para saber quem estava tocando, chegou na sala a tempo de ver o marido e a garota tocando o piano e rindo, dos pequenos gestos infantis que Tony fazia entre uma nota e outra, na intenção de fazê-la rir.

  Quando o som da última nota terminou, Tony disse:

- Obrigada por me ensinar.

- De nada. Foi bem legal. - sorriu.

E havia mesmo sido legal. Como um daqueles momentos fofos, igual ele perguntar sobre o problema de saúde, ou se preocupar com ela ajudando Peter, ou quando ela ensinou ele a dançar no fliperama. Mas agora era ainda melhor, porque ela sabia que ele era seu pai.

- Temos uma telespectadora. - Tony avisou olhando pra esposa.

  A mulher sorriu e se aproximou.

- Eu não poderia interromper. Estava tão bonito.

- A senhora quer tocar com a gente?

- A não, esse é um talento que eu não tenho. - riu.

- Mas ela canta maravilhosamente bem. - Tony disse. - Devia ver ela cantando Cruisin, é a melhor versão possível da música.

- É sério? Amo essa música! Pode cantar pra mim? - Alina perguntou animada.

- Eu não faço isso a muito tempo...

- Por favor, eu toco pra você.

Pepper realmente não cantava a algum tempo, mas Alina parecia tão contente com a ideia, que ela não teve coragem de dizer não.

- Okay.

O marido se levantou para que ela pudesse sentar ao lado da filha.

Alina fez as notas no piano, se lembrando da cifra, e Pepper começou a cantar. Era uma música tão bonita. E ela cantava mesmo muito bem.

- Isso foi lindo. - ela disse para a mulher, quando a música acabou.

- Obrigada. Talvez da próxima você cante comigo.

- Talvez.

Tony observava aquela interação. Era incrível como sua esposa tinha o dom de se dar bem com as pessoas.

- Bom... - a loira disse, voltando a realidade. - Eu só tinha vindo avisar que vamos ter que nos virar em cozinhar algo por aqui mesmo, já que não há restaurantes abertos sobre esse temporal.

- Eu posso cozinhar. Eu sei temperar uma carne como ninguém vivo. - Tony se gabou.

- O motivo pra isso é que todos morreram após comer essa carne. - Pepper zombou.

O marido fez uma cara de ofendido e Alina riu.

- Vocês querem algo em especial? - ela perguntou.

- Eu posso ajudar você? - Alina perguntou.

- Claro.

- Ótimo.

A garota se virou e pulou do banco ficando em pé ao lado da loira. Depois elas fizeram menção de ir a cozinha.

- Mas eu não respondi o que quero. - Tony mencionou.

- Shawarma? - a garota perguntou em brincadeira.

- Sabe fazer isso? - ele se interessou.

- Não. Mas a Natasha me mandou falar isso quando tivesse a oportunidade.

- Aquela russa... - ele praguejou baixinho.

Alina e Pepper riram, antes da loira segurar a mão dela e a guiar até a cozinha, fazendo Tony segui-las sobre o pretexto de que não queria ficar sozinho.

- Espera, eu tenho uma filha de seis anos que não se mantém quieta nem por cinco minutos. Onde ela está? - O bilionário perguntou confuso.

- Dormindo. - Pepper respondeu. - Ela praticamente desmaiou na nossa cama. Eu acordo ela quando formos comer.

- E então? - ele se sentou na cadeira do balcão quando chegaram à cozinha. - O que vocês vão fazer?

- Eu não sei. Qualquer coisa que não demore tanto? - a loira disse - Alguma ideia?

- Torta de frango! - Alina e Tony disseram ao mesmo tempo.

- Ok, então acho que temos um vencedor. - Pepper riu.

Alina esperou que Pepper pegasse os materiais e observou enquanto ela fazia isso, já que não sabia onde as coisas ficavam. A cozinha era moderna demais, cheia de aparelhos e comandos de voz, embora tudo também pudesse ser feito pelo modo tradicional, se fosse a escolha do cozinheiro.

Enquanto elas cozinhavam, até mesmo Tony acabou de avental e cabelos sujos de farinha. O ambiente estava tão divertido, que eles até mesmo se esqueceram da forte chuva que caia lá fora. Algum tempo depois, Tony estava debruçado sobre o balcão ao lado da esposa, e a garota estava sentada no chão, ambos esperando que o apito soasse indicando que a torta estava pronta.

Quando isso aconteceu, Pepper colocou as luvas e a tirou do forno.

- O cheiro está ótimo. - Tony disse.

- Então acertamos em pelo menos algo. - disse a loira. - Que tal você ir buscar a Morgan enquanto eu e Alina arrumamos a mesa.

- Ok capitã.

O homem saiu da cozinha para ir buscar a filha que dormia no quarto do casal.

Alina e Pepper arrumaram os pratos, os talheres, os copos e todo o resto. Quando estavam no fim, Tony voltou com Morgan no colo.

- Senti cheirinho de torta. - ela falou ainda coçando os olhinhos de sono.

- E o cheirinho ta bom? - Pepper perguntou antes de se aproximar pra dar um beijo na filha.

- Muito bom mamãe.

- Que bom, então vamos comer pra você poder dormir de novo. - ela pegou a menina no colo e se sentou em uma das cadeiras.

E assim foi o belo jantar em família que rendeu algumas risadas, e uma pia que ficou para ser lavada no dia seguinte ja que todos estavam muito cansados.

Como era de se esperar, Morgan dormiu no quarto de Alina, alegando ter medo da tempestade e queree ficar mais perto da irmã.


Eram duas horas da tarde do outro dia, e Tony havia acabado de deixar Alina na casa da avó. Era hoje que ela iria conversar com a senhora, contar sobre o fim de semana e falar sobre ir morar com o pai.

O temporal mais forte havia passado, e alguns leves raios de sol se abriam, embora a estrada ainda estivesse completamente molhada.

- Vovó, cheguei. - a garota gritou ao abrir a porta da sala.

- Olá querida, eu estou bem aqui. - a senhora falou, saindo de trás da estante onde ficava a televisão.

- Oh, o que está fazendo aí atrás vó?

- A televisão não quer falar. Eu não sei arrumar essas coisas. - ela reclamou bufando.

- Pode deixar que eu faço. - Alina riu.

Depois ela tirou a mochila e colocou no sofá, então foi para trás da estante mexer em alguns fios e tentar resolver o problema.

- E então querida, como foi o fim de semana com os seus chefes?

- Foi ótimo. - sorriu - Nos divertimos muito. O aniversário da Morgan foi incrível, eu fiz amizade com a Viúva Negra, e ajudei o Homem-Aranha a pegar ladrões de banco...

- Ladrões de banco?

- Longa história. - torceu os lábios. - Mas foi um fim de semana incrível.

Ela mexeu em um último item e depois se levantou.

- Prontinho. - A televisão voltou a funcionar normalmente.

- Finalmente, obrigada querida. Só você mesmo para resolver esses aparelhos tão rápido.

- Bom, por falar nisso, Tony me ajudou a terminar um projeto no fim de semana. Katie.

- Está falando do seu robô?

- O meu AI vovó. - riu - Sim, estou falando dela.

- Que ótimo querida. Aquele parecia ser um trabalho importante pra você.

- E era mesmo. - sorriu - Sabe, foi tão legal trabalajr com Tony. Ele é um bom mentor, Peter tem razão sobre isso. É incrível poder dar idéias e ter alguém pra te ensinar a desenvolver projetos e essas coisas. - ela se demostrava feliz e animada.

- Que bom querida. - sua avó disse sinceramente feliz - Fico contente em te ver assim.

- Vovô?

- Sim.

- Eu preciso te dizer algo.

- Pode dizer meu bem. - a senhora olhou para ela, já se preparando para o que ia vir.

- Enquanto estava lá... eu ouvi algo, descobri algo.

- Sim?

- Já sei a verdade vovó. Sobre Tony, sobre ele ser meu... meu...

- Seu pai. - a senhora completou. Alina apenas balançou a cabeça afirmativamente. - Eu imaginei que isso pudesse acontecer. Alina, eu estava tentando tanto uma forma de contar isso a eles... a você, mas estava tão preocupada. Por favor, entenda, nunca foi minha intenção escond...

Alina abraçou a avó o mais apertado que podia a impedindo de dizer o resto.

- A senhora foi tudo para mim, a vida inteira, e eu jamais, jamais a culparia por nada. - disse, sentindo suas lágrimas molharem seu rosto.

- A querida. - Debora respirou fundo, beijando os cabelos dela. - E você é tudo para mim. Estou tão feliz que finalmente saiba a verdade.

- Eu também estou.

- Isso é ótimo não é? Finalmente você terá seu pai por perto. E ele é a pessoa que pode te ajudar a entender tudo que você precisa sobre si mesma.

- Sim, acho que sim. - sorriu. De repente, se lembrou de algo que ainda não tinha dito. - Mas vovó...

- Sim?

- Tony quer que eu vá morar com eles.

Confessou.

- Ora, achei que não fosse mais me dizer isso. - a senhora brincou e riu.

- Já sabia? - a garota perguntou confusa.

- Já imaginava. Tony Stark é o tipo de homem que cuida do que é seu. Sabendo que você é filha dele, era de esperar que ele te quisesse por perto. - explicou - Por que parece preocupada com isso querida? Não está feliz?

- Estou sim. - falou rápido - Mas morar com ele, significa te deixar sozinha, e vovó...

- Ora não querida, não se preocupe comigo.

- Mas vovó, a senhora cuidou de mim a vida toda, não posso te abandonar agora...

- E quem falou em abandonar? Querida, você só vai se mudar de bairro, não de planeta. - riu - Eu te amo minha neta. E tudo que quero é que seja feliz. Você já se afastou do seu pai por tanto tempo. E agora você tem ele, tem Morgan, e eu sei o quanto você ama aquela garotinha, desde o primeiro dia em que chegou falando sobre ela. E também tem a senhora Stark, que parece gostar muito de você.

- Ela é uma mulher muito gentil. - sorriu.

Sua avó segurou sua mão e sorriu encorajando a garota.

- Va viver com sua família querida. Você vai amar essa nova fase, tenho certeza. E você sempre pode vir aqui, essa casa, o seu quarto e essa senhora estarão sempre prontos para receber sua visita.

- Eu te amo vovó. - a garota a abraçou forte e sorrindo.

- Eu também querida.

 Quando se separaram, Débora deu uma pequena risada e falou:

- Além do mais, eu não vou ficar parada e solitária se é o que pensa. Eu tenho uma lista de coisas que ainda quero fazer na vida. Essa senhora aqui só está velha, não morta. - enfatizou.

Alina riu daquilo, sabendo que era exatamente o tipo de coisa que sua avó falaria. E dona Débora era uma mulher de palavra. Provavelmente passaria os próximos dias planejando uma viagem Londres para ver a irmã.

- Boa sorte com sua lista vovó.

- Boa sorte com sua nova vida.

A garota se deitou no colo da mais velha recebendo carinho e conversando com ela por mais um bom tempo.

Ela iria dormir ali mais aquela noite, como uma despedida. No outro dia, após a escola, iria para a casa do pai. Suas coisas estavam arrumadas. Não levaria tudo, apenas algumas coisas, de pouco a pouco.

Uma mala havia sido arrumada com roupas necessarias e alguns objetos pessoais e livros da menina. Tony disse que Happy iria buscar as coisas dela pela manhã, enquanto estivesse na escola. Sua avó já havia sido avisada disso.

Quando acordou no outro dia, se despediu da avó e da casa, sabendo que pelo menos nos próximos dias não voltaria ali. Abraçou apertada e amorosamente a avó, até que a senhora limpasse uma lágrima de seu rosto e depois beijasse sua testa. Alguns minutos ela saiu para finalmente ir a escola.

Quando chegou nas dependências do colégio, Peter Parker e MJ a esperavam no portão, perto de uma árvore.

- Alina! - MJ gritou.

A garota correu para abraçar a amiga que usava os cabelos presos e sua habitual jaqueta preta.

- Você faz falta. - falou.

- Foi só um fim de semana. - MJ brincou.

- Um fim de semana bem agitado.

- E coloca agitado nisso. - Peter se pronunciou - E ai Ali?

Ela abraçou o amigo com força. Era a primeira vez que o via desde que tudo aconteceu.

- Que loucura Peter.

- Meus parabéns. E sinto muito por não poder ter ficado, tivemos uma grave emergência. Mas eu queria ter ficado por você.

- Eu entendo, coisa de herói. - ela riu. - Mas não se preocupe, eu estou bem. - garantiu.

- E então, é verdade isso? Nova Stark? - MJ Perguntou. - Quem diria em?

- Pois é? Isso não é louco? Ainda nem consigo acreditar. - ela se agarrou ao braço da amiga e o trio começou a andar para a escola.

- E aí galera. - Ned chegou para cumprimentar os amigos.

- Fala Ned. - disse Alina. - Qual a novidade?

- De mim nenhuma. Mas Peter estava muito estranho, então o que aconteceu com você esse fim de semana? - Perguntou curioso.

- Não vai gritar de emoção nem contar pra ninguém né?

- Quem? Eu? Jamais. Manda.

- Eu finalmente descobri quem é meu pai.

- Sério!? Que maneiro! E por que ele tinha sumido? Era algum super espião? Ator de cinema? Já sei! Chefe da máfia?

- Não. - Alina riu. - É um pouco mais estranho do que tudo isso.

- Como isso é possível?

- Simples. Meu pai é Tony Stark.

- O que!? Tony Stark é seu... - foi impedido de conrinuar gritando por Peter que tapou sua boca com as mãos.

Algumas pessoas no corredor que tiveram a atenção atraída por Ned gritando apenas desviaram os olhos já conhecendo os surtos desnecessários do garoto.

- Cala a boca, quer contar pra escola toda Ned? - MJ o repreendeu.

- Desculpa, é que isso é irado! - se empolgou - Demais mesmo, muito maneiro. Tipo, ele é o Homem de Ferro! Seu pai é o Homem de Ferro! - sussurrou.

- Eu sei. Eu também me senti assim no início. - ela disse - Não a parte de ser o Homem de Ferro, mas de ser meu pai. É bem legal.

- Legal? Isso é fantástico.

- Ta bom Ned, menos animação. Não é você que é o filho do senhor Stark ok. - MJ zoou. - Mas e aí, como vai ser? Vai morar com ele agora?

- Sim. Na verdade, depois da escola eu vou pra lá. Pepper me disse que não vai trabalhar na empresa nos próximos dias pra ficar em casa comigo e garantir que eu me adapte a tudo.

- Ela parece ser um amor. - MJ comentou.

- Ela é tipo, uma mistura da mulher mais adorável de todas, com a chefe mais "girl boss" de todas. É fantástica.

- Eu percebi. - a amiga dela sorriu.

- O que foi? - Perguntou curiosa.

- Nada, é só que, você está sempre falando bem dela. Até antes, quando começou a trabalhar la.

- É porque ela é realmente legal. - falou.

- Tudo bem. - MJ disse, apenas, e sorriu. No fundo estava muito feliz por ver que a amiga estava desenvolvendo uma boa relação com uma mãe em potencial. Séria bom pra Alina poder contar com alguém assim.

- Ei, vocês viram a divulgação do concurso da TecArt? - Perguntou Ned - O vencedor tem a chance de ter seu projeto financiado.

Alguns cartazes divulgavam o concurso pela escola. A TecArt era uma empresa importante que promovia grandes e complicadas competições, das quais Alina era fã, mas nunca havia se arriscado a participar, devido aos seus problemas com excesso de estresse no passado.

O grupo que conversava e se divertia foi parado quando Alina se deparou com um grande cartaz pregado na parede do corredor.

- Como assim? Ele não pode fazer isso! - a garota protestou.

O cartaz deixava claro que os clubes "não rentáveis" para a escola estariam suspensos. Isso na visão do novo diretor, significava qualquer clube que não fosse de esportes e meninas usando mini-saia.

Alina sabia que os outros clubes, como ciências, artes, jornalismo, ou robótica, entre outros, eram pouco valorizados, porque ela fazia parte da maioria deles. Mas extermina-los também já era demais.

Ela arrancou o cartaz da parede e andou depressa até a sala do diretor. Ignorou o professor que disse que ela não poderia entrar.

- O Senhor não pode simplesmente extinguir os clubes! - falou.

- E a senhorita, quem seria? - fez uma cara de tédio.

- Alina, Alina Russel.

- A, senhorita Russel. Finalmente nos conhecemos. Eu já ouvi seu nome muitas vezes. A aluna modelo, certo? Isso me leva a perguntar o porque invadiu minha sala.

- Eu gostaria de entender porque o senhor baniu todos os clubes da escola.

- Eu não bani todos os clubes...

- Só os esportes ficaram.

- Exato, são os que dão visibilidade a escola. E os que possuem patrocínio.

- Educação Física não é a única coisa que ensinam aqui diretor. Os outros clubes traziam reconhecimento a outras matérias. Eu sei disso porque eu fazia parte da maioria deles. Eles são importantes, ajudam os alunos a desenvolverem sua inteligência e criatividade. 

- Bom, senhorita Russel, é assim que as coisas funcionam agora.

- Mas isso não é justo.

- Essa é a vida. Nós mantemos o que traz os holofotes. Ciências e robôs não fazem isso.

- Anthony Stark é o homem mais poderoso da terra, e acredite ou não, ele não é jogador de futebol!

Ela usou o primeiro, e mais forte argumento que poderia pensar.

- Não, não é. Mas até que você consiga achar, nessa escola, alguém que se compare a, como você disse, "o homem mais poderoso da terra", acho que essa discussão está ganha. - o diretor disse, irredutível. - Adolescentes da sua idade não ganham troféus por serem inteligentes e criativos, senhorita Russel.

Alina apenas respirou fundo, vendo que o homem não mudaria de ideia. Depois pegou o cartaz qur havia levado, saiu da sala e o jogou no lixo do corredor. Quando saiu dali, seus amigos a esperavam no corredor de fora. Todos eles viram que ela parecia nervosa.

- Alina, o que aconteceu? - MJ Perguntou.

- O diretor Trevor não quer reabrir os clubes. Disse que não trazem holofotes, portanto a escola não precisa deles. - falou indignada.

- Mas os alunos precisam. Posso falar pelo clube de informática, a gente aprendia muita coisa lá. - Ned reclamou.

- Leitura e teatro também. - MJ falou. - As artes são muito importantes na escola.

- Ele não pode fazer isso com todo mundo. - Peter disse.

  Alina suspirou cansada e rodava na ponta dos próprios pés tentando ter uma ideia. Foi quando avistou o que poderia ser a solução perfeita para o problema.

  Ela caminhou até a parede próxima e observou com atenção o cartaz chamativo colado na parede. Era sobre o conceituado concurso da empresa sobre o qual Ned estava falando.

- O que foi Ali? - perguntou Peter.

Ela se virou para os amigos sorrindo.

- O diretor Trevor disse que não vale a pena investir nos outros clubes porque "adolescentes como nós não ganham troféus por serem inteligentes e criativos." - suspirou - Ele vai ser obrigado a mudar de ideia quando eu vencer o TecArt.



Após o sinal indicando o fim da aula, Alina saiu para o pátio com os amigos e viu o carro preto estacionado na rua, do lado de fora, a alguns metros longe da escola. Happy estava encostado nele comendo um hambúrguer. Ela se despediu dos amigos e foi até o motorista/segurança.

- Oi Happy. - ela o cumprimentou mas o homem acabou se assustando.

- Menina, você vai me matar assim. - falou.

- Desculpe - riu - Como está?

- Bem. Seu pai avisou que não veio pessoalmente, porque achou que poderia chamar muita atenção e imaginou que você não quisesse isso.

- Tudo bem. - ela sorriu.

- Podemos ir então?

- Podemos sim.

Ela mesma abriu a porta do carro e viu que sua mala estava lá no banco de trás. Happy colocou uma música conhecida para tocar no carro e dirigiu por algum tempo até chegarem a estrada que Alina reconheceu como a que a levaria até a casa de Tony.

Quando chegaram a atravessar o grabde portão, Happy esperou apenas que ela descesse do carro e pegasse sua mala para partir, já que tinha outro trabalho a fazer.

A garota caminhou até a mesma porta por onde havia entrado no outro dia. A porta se abriu automaticamente quando ela se identificou. Asism que pôs os pés dentro do edifício, escurou a voz de Jarvis.

- Senhorita Russel.

- Sim Jarvis?

- Bem vinda a sua nova casa.

Ela pensou um pouco naquela frase e sorriu feliz.

- Obrigada.

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