Linha Tênue

By jurabia_

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Há quem diga que o amor e o ódio estão em uma linha tênue... será? A pressão de um confinamento traz à tona... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 28 parte 2
Epílogo
ÚLTIMO
Novas fanfics

Capítulo 12

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By jurabia_

Point of view Bianca Andrade

Não sabia mais nem o que sentir. Eu estava com a necessidade de estar perto de Rafaella e ela estava me afastando mais e mais. E eu nem sabia o que havia feito de errado.

Só conversávamos o necessário, como coisas de comida, ou de jogo, e só ficávamos juntas quando estavam todos juntos.

A fala dela no jogo da discórdia me atingiu em cheio. Na minha cabeça, todas aquelas questões já haviam sido resolvidas entre nós. Realmente não estava entendendo ela.

Quando o jogo acabou levantei chateada e fui até a mesa da cozinha da xepa arrumar minhas maquiagens que eu tinha deixado lá antes do ao vivo. Sentei e comecei a organizar tudo murmurando meus pensamentos.

- Ei... -olhei para cima e Rafaella estava se aproximando receosamente.

- Oi. -respondi seca.

- Posso sentar aqui?

- Uai, não sou dona disso aqui, se quiser sentar, senta. -me arrependi da grosseria assim que acabei de falar, mas tinha sido necessário, estava na defensiva.

- "Uai" é? Pegou a mania mesmo. -ela disse dando um sorrisinho.

- Para Rafa, não to pra brincadeira com você. - Falei escondendo um leve sorrisinho.

- Bia, eu tô aqui pra gente se resolver. Você pode me ouvir um pouquinho? -A encarei e ela observava as próprias mãos de cabeça baixa.

- Pode falar. - continuei arrumando minhas coisas.

- Bom, jaja faz um mês que estamos aqui, e você sabe como as coisas são nessa casa. Tudo é muito intenso, o que a gente mais tem pra fazer é pensar, e eu tenho pensado muito. Primeiro eu quero te pedir desculpa por ter me afastado. Bia, você não sabe como foi ruim pra mim, mas eu precisava desse tempo pra compreender o que ta passando aqui dentro, entende?

- Entendo... mas a forma como você agiu não foi legal, e aquilo ali do jogo da discórdia não faz sentido algum pra mim.

- Tá, olha, eu vou te contar exatamente o que aconteceu. O Guilherme colocou coisas na minha cabeça, falando que cê falou absurdos de mim na primeira festa, que cê contou coisas da minha vida pra ele, e que ele ja tinha informações sobre mim, e que vai acabar com a minha imagem. Bia, eu tenho muito medo de ser julgada, e acima de tudo tenho medo de decepcionar minha família. - ela respirou fundo. - Mas eu quero muito seu perdão, eu não devia ter nem ouvido ele, nem te afastado. Agora, olhando nos seus olhos, eu sei que qualquer coisa que aconteceu de ruim entre a gente antes ficou pra trás. Eu também já falei mal de você, não vou mentir, mas as coisas mudaram... Eu agora enxergo a Bianca de verdade. -Ela me olhava como se implorasse perdão, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Olha Rafa, você já relevou muita coisa minha, e eu não vou fazer diferente com você agora. Eu fiquei extremamente magoada, mas enfim, vamos virar essa página. Eu não quero que a gente se resuma a um ponto, porque a gente é muito mais que isso. E eu quero que a gente se prometa que nunca mais vamos nos julgar por causa de outras pessoas. Se acontecer algo, a gente tem que ter a liberdade de vir resolver as coisas uma com a outra. Acho que é assim que uma amizade funciona. - Não tinha como não perdoá-la. Ela estava ali abrindo o coração pra mim como nunca tinha feito antes, e eu apreciava aquilo demais.

- Prometo, Bia. Vamos fazer dar certo. -Rafa me abraçou e eu retribuí. Ficamos alguns segundos nesse aconchego que eu tanto senti falta.

- E olha, quanto aos julgamentos lá de fora, e quanto a sua família, eu tenho propriedade pra te falar que vai ficar tudo bem. Já passei por muita merda, Rafa. E no final, o que importa é você estar bem consigo mesma, é você estar feliz, e quem te amar de verdade vai continuar com você. - Falei fazendo carinho em seu rosto.

- Obrigada, Bia. De verdade, eu precisava muito mesmo ouvir isso. Só vamos com calma ok? - Ela colocou a mão em cima da minha e fez carinho também, assenti com a cabeça.

- Você ta no fucking Big Brother Brasil, garota! Só vive, o resto você resolve depois! - falei me virando para frente de novo para continuar arrumando minhas makes.

- Que batom lindo! Meu Deus! É seu? -Ela disse se referindo ao batom vermelho que estava na minha mão.

- Sim! É da minha marca, ainda não foi lançado, mas quando bati o olho na amostra peguei pra trazer, ele é perfeito, meu vermelho favorito. - eu sempre ficava muito empolgada pra falar da minha marca.

- Uau, Boca rosa! Ele é perfeito, deixa eu passar?

- Deixo, mas ele passa de um jeito diferente. Tô usando ele agora, tem que beijar minha boca pra passar pra sua. -Falei em um tom sério me segurando para não rir. O gay panic dela foi simplesmente hilário. Sua bochecha ficou corada, ela começou a dar uma risadinha e eu comecei a rir alto. -Toma boba, pode passar. E ele não sai, não adiantaria um mísero beijinho - rimos e entreguei o batom e um espelho a ela.

- Você é ridícula, Bia! Obrigada! -fiquei observando-a enquanto ela passava.

Como que aquela mulher podia ser tão linda? A boca era linda, o olho era lindo, o nariz era lindo, o cabelo era lindo, era tudo lindo, perfeitamente simétrico.

"OK BIANCA PARA DE SER EMOCIONADA!" ‐ pensei ainda a analisando.

-E aí, o que achou? -olhou pra mim comprimindo os lábios algumas vezes para espalhar.

- Eu acho que vou ter que estar mandando colocarem o nome dele de "RK". Ficou simplesmente perfeito em você! -Falei a admirando.

- Ai Bia, você é muito besta. Mas obrigada. -era muito fofo ver ela desconcertada. - Agora me conta uma coisa, sempre quis saber mais sobre sua empresa, como funciona a criação de tudo? Fico chocada com o tanto que você conquistou em tão pouco tempo. - sorri com a pergunta.

- Então...

Ficamos um bom tempo conversando sobre isso, ela estava realmente muito interessada e eu estava muito empolgada no assunto. Eu tinha muito orgulho de tudo que já conquistei. Entramos numa bolha por um longo tempo, até que vimos algumas meninas se aproximando de nós.

- Vamo pro sofá, casal. Anda, anda. - Gigi nos chamou para sentar nos sofás ao lado. Nos levantamos rindo indo até lá. Rafa não negou o "casal", eu que não negaria, né?!

Sentei ao lado de Rafa em uma poltrona. Gizelly deitou no colo de Ivy. Flay sentou sozinha. Manu e Mari sentaram juntas em outra poltrona.

-Ai não aguento mais ficar de vela nesse caralho. -Flay disse revoltada e todas rimos. - Só tem casal aqui nessa porra.

- Que casal o que, doida? - Manu disse rindo.

- Que tanto de assunto vocês têm que estão há horas aqui? Não sentem nem fome não? -Flay disse fitando eu e Rafa.

- Nem vimos o tempo passar. -Rafa se pronunciou. Me arrumei na poltrona deitando em seu ombro.

- Sei... vou fazer questão de assistir tudo quando sair daqui. -Ivy disse.

Olhei para frente e vi Gabi e Guilherme se beijando na grama, Rafa observou o mesmo e suspirou.

- Ai, gente... eu tento me aproximar da Gabi, abrir os olhos dela, mas ela simplesmente não dá abertura. To muito chateada. -Rafa se pronunciou.

- Amiga, não tem o que fazer. Tudo que tinha pra falar já falei. A Gabizinha é inocente demais. Ele já manipulou a cabecinha dela demais. -Mari disse triste.

- Ah, pois eu ainda não falei! Vou acabar com esse homem, vocês vão ver! Flay você vai me ajudar, me aguardem na próxima festa. Sangue, fogo e labareda!- Gizelly disse fazendo todas rirem.

- Cê não vai estragar minha festa não hein, Gizelly?! -Rafa brincou.

- Falando na sua festa minha filha, que que cê pediu? Espero que muito pagode, que eu sou apaixonaaada. - Ivy disse gritando como sempre.

- Muito pagode, muito sertanejo, forró, um pouquinho de pop pra minha Manuzinha, e tirei o funk. -arregalei os olhos e olhei para ela.

- Rafaella! Você o que? - fiquei indignada, até ver que ela começou a rir. Dei uns tapinhas nela. - Tu não é nem louca, pô! Deixa de ser caô(n)zeira!

- Muito funk pra você também dona Bianca, relaxa. -ela deu um beijinho no topo da minha cabeça.

- E bebida, que que vai ter? - Flay perguntou.

- Ah, gente, como vai ser festa junina, pedi quentão, e aí pedi o de sempre... gin, vodka e cerveja. Ah, e tequila que eu amo.

- Quentão e tequila? Vamo morrer, meu Deus! -Manu disse.

- É disso que eu gosto! - Flay disse animada.

- E comida? Você não me venha com comida chique não, hein, Rafaella, que festa junina é roça raiz! - Gizelly perguntou.

- Gizelly, me respeita! Óbvio que é só coisa boa, coisas de festa junina mesmo, uai.

- Ai, to ansiosa pra essa festa! Tomara que tenha vestido de quadrilha pra gente, vamos ficar tão lindas, imagina a Manuzinha em um vestido desses. - Mari disse apertando a bochecha de Manu.

Ficamos ali conversando um longo tempo entre boas risadas. Tudo tinha voltado a ficar bem, e meu coração estava em paz.

-Tô com muita fome, vamo comer alguma coisa? -Rafa falou baixinho pra mim.

- Achei que nunca fosse chamar! To morrendo de fome mas não queria ir sozinha. - Me levantei e dei a mão a ela. - Gente, a gente vai comer algum trem, ceis vão ficar aqui? -Perguntei às meninas. Olhei para Rafa e ela dava um risinho, provavelmente por eu ter falado o famoso "trem" mineiro. Reviro os olhos e dou língua pra ela.

- Sim, vão lá, relaxem. -Manu respondeu.

Chegando na cozinha abri a geladeira e nada me chamava atenção.

-O que cê quer comer? Fala que eu faço. Presente de retratação. -Rafa falou, se colocando ao meu lado.

- Hum... -dei um sorrisinho safado e olhei seu corpo de cima abaixo. Ela começou a rir sem graça.

- Ai, Bianca Andrade! Por que que eu fui te dar intimidade hein, trem? To falando sério garota!

- Tá bom, tá bom, desculpa! Não pude evitar a piada. Eu quero aquele macarrão com brócolis que tu fez esses dias e eu nem pude elogiar porque não estávamos nos falando.

- Só um macarrãozinho? Fácil. -ela começou a pegar os ingredientes.

- Me ensina a fazer? -pergunto fazendo um biquinho.

- Claro! Vem. Vamo lavar as mãos. - a segui até a pia.

E ficamos assim um tempo ali, cozinhando, comendo e arrumando a bagunça juntas em meio a conversas e brincadeiras.

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