De Repente Amor

By anathays00

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E se você fosse "obrigada" a amar alguém? Se aquele garoto da festa não era só mais um garoto? Todos nós sabe... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo
Curiosidades

Capítulo 23

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By anathays00

Lorena narrando

Na manhã seguinte fui acordada por meu irmão me chacoalhando, já estava ficando aborrecida, se há algo que eu odeio é ser acordada por alguém.

— O que você quer garoto? — falei alto ainda de olhos fechados.

— Nesse hotel tem uma piscina e o dia tá lindo, podemos ir por favor — subiu na cama e ficou pulando.

— Eu não quero ir, me deixa dormir mais!!! — puxei o lançou e virei pro outro lado.

— Mamãe só deixa eu ir se você for, então faz isso por mim — abri os olhos e vi aquela carinha fofa que me convence a fazer tudo, que criança insistente!

— Aff eu vou então, agora deixa eu me arrumar.

— Tá Bom eba!! — me abraçou e saiu pulando e gritando do quarto.

"Irmãos" — pensei revirando os olhos.

Levantei e fui procurar por uma roupa de banho na mala, não lembro se havia colocado. De repente minha mãe entra no quarto me assustando, pois não estava preparado para receber ninguém.

— Procurando isso? — segurava um biquíni vinho com uma estampa colorida em sua mão.

— Esse não é um dos meus — estranhei.

— Agora é, comprei hoje a pedido do seu irmão — explicou enquanto se aproximava de onde eu estava.

— Obrigada, agora vou logo me trocar, daqui a pouco vejo vocês — abracei-a.

Já estava a do banheiro quando ouço uma pergunta vindo de minha mãe, aquela pergunta que mexeu com meu psicológico me deixando atônita e fazendo ir até a cama.

— Você chamou Eduardo pra ir também?

— Não — baixei a cabeça e sentei na cama.

— O que aconteceu, filha? — perguntou preocupada.

— A gente brigou ontem...

— Mas qual motivo?

— Lembra do Erik? Pois é, ele tá aqui e encontrei ele ontem, acabamos brigando por causa dele — expliquei cabisbaixa.

— Queria detalhes, mas aparentemente você não quer contar, então tudo bem, saiba que vai dar tudo certo, vocês se amam e vão superar isso.

— Obrigada super mãe — a olhei nos olhos e forcei um sorriso — Agora eu vou me arrumar e descer pra piscina.

Ela saiu do quarto e eu entrei no banheiro ainda meio triste, mas eu ia melhorar, tinha que melhorar e para isso iria tomar um remédio chamado "sol e água" recomendando por meu irmãozinho. Quando fiz tudo que precisava peguei uma bolsa e coloquei protetor solar e uma toalha. Pôs meus óculos de sol segurando o cabelo, e fui rumo ao elevador junto com meu irmão.

Chegando na piscina e me deitei em uma das espreguiçadeiras para pegar sol enquanto meu irmão brincava na beirada da piscina.

Eduardo narrando:

Era uma manhã linda e ensolarada em Nova York, acordei com os raios de sol entrando pela janela e a brisa leve que me fazia sentir um pouco de frio, peguei o celular e olhei a barra de notificações onde havia algumas mensagens, decidi checá-las.

78 mensagens de 10 conversas 

Tantas mensagens, mas nenhuma que me interessava, algumas de meninas desconhecidas que vinham falando coisas do tipo: "Oi bb, dormiu bem?" "Bom dia gatinho"; outras de grupos, porém nenhuma de Lorena. Uma tristeza veio enquanto levantava e ia rumo a janela no pensamento de fechar e voltar a dormir, logo ouvi barulhos, sem hesitar caminhei até a sacada e vi a piscina logo abaixo, tinha várias pessoas lá e então pensei que deveria descer também, me divertir e espairecer um pouco. Estava decidido que eu iria me divertir sem ela, essa manhã era minha, nada daquela garota na minha cabeça.

Coloquei uma roupa de banho e um shorts fino por cima, peguei a toalha e a joguei em meus ombros, saí do quarto e fui até onde meus pais estavam:

— Bom dia, melhores pais! — falei enquanto caminhava até eles sorrindo.

Em um movimento rápido eles me olharam e cumprimentaram de volta, avisei que queria passar o resto do dia na piscina e fui rumo ao elevador. Chegando lá em baixo, tirei o shorts e joguei em uma das espreguiçadeiras junto com a toalha, olhei em volta e pedi pra quem estava naquela área da piscina se afastasse pois eu queria pular.

Me afastei da borda com alguns passos para trás, parei, corri rumo a água e saltei segurando os joelhos, espirrou água para todos os lados. Quando subi para superfície tive uma surpresa e acho que essa pessoa também, Lorena estava na borda, com alguns respingos d'água e braços cruzados esperando uma explicação óbvia de por quê eu ter feito aquilo, sua face expressava uma raiva que eu sabia que era momentânea, parecia que a qualquer momento iria lançar fogo com os olhos, olhei pra ela e sorri sem jeito. 

Sabe aquela famosa expressão "rindo de nervoso" ? Então, naquele momento eu estava assim. Subi para a borda e ela se afastou, puxou o irmão pelo braço e seguiu para o hotel, eu peguei minhas coisas e fui atrás dela. É né, meu plano de passar a manhã inteira sem pensar nela falhou miseravelmente.

— Podemos conversar, por favor? — agarrei seu braço fazendo-a parar.

— Acho que precisamos mesmo, mas agora não, quero ficar um pouco sozinha, passa no meu quarto à noite?

— Pode ser, estarei lá — fiquei parado ali vendo ela indo embora.

Lorena narrando: 

Cheguei no hotel e coloquei uma roupa confortável, não falei com ninguém, apenas passei reto para meu quarto, me joguei na cama e avistei um papel em cima do criado mudo, estava meio amassado, decidi pegá-lo. 

"Veja só se não é o contado do Erik, vou ligar." — Pensei.

Com o celular na mão comecei a discar aquele número. Chamando... Desliguei. O que eu estou fazendo? Por que ligar pra esse garoto agora Lorena Zimmer? 

O celular tocou e interrompeu meus pensamentos, era ele. O garoto que foi embora da minha vida e apareceu agora do nada novamente. Erik Campbell, a pessoa que havia me mostrado o significado da palavra amor e o quão doloroso pode ser amar alguém.

Hesitei algumas vezes antes de atender, até que aconteceu.

— Alô? — Uma voz grossa e calma fala.

— Oi... sou eu, Lorena — respondo timidamente.

— Não acredito, sério? — Sinto entusiasmo vindo de sua parte. 

— Sim sou eu mesma, se duvidar pode perguntar qualquer coisa — dei de ombros como se o mesmo pudesse ver.

— Então tudo bem, por qual apelido eu adorava te chamar e você odiava? — Ouvi risos.

— Pegou pesado, a gente passa esses anos sem se falar e essa é sua pergunta para saber se eu sou eu mesmo? — não consegui conter a gargalhada.

— Não é você, está fugindo do assunto pra não me responder.

— Tá Bom eu falo, você me chamava de pipoquinha por causa do meu cabelo, e quando eu quebrei a perna...

— ...Eu escrevi uma mensagem no gesso dizendo "tudo vai ficar bem pipoquinha" — Ambos ficamos em silêncio — Já sabia que era você, sua voz é inesquecível.

Pipoquinha? Sério, existe um apelido mais ridículo que o meu? Esse seria um nome pra cachorro. Aquele momento me fez abrir um sorriso ao lembrar, passamos por tantas coisas, como eu pude ficar com raiva desse ser humano?

— Agora que sabe que sou eu, conta-me o que tem feito ultimamente? — perguntei curiosa.

— Eu basicamente não tenho muitas novidades como você, fui pra uma nova escola onde estou prestes a concluir o ensino médio, fiz novos amigos, comecei a trabalhar numa loja de música, essa foi a melhor parte porque você sabe o quanto eu gosto de música e foi por causa dela que te encontrei naquela festa.

— Como assim? — continuei a puxar assunto, a vergonha, medo e insegurança, tinham passado.

— Eu fui entregar e checar os equipamentos do DJ, resolvi ficar um tempinho por lá e te encontrei.

— Esse destino brinca com a gente — sorri timidamente.

— Mas e para você? Como foram esses últimos anos?

— Minha vida continuou a mesma de sempre, mesma escola, mesmos amigos e colegas, só uma coisa mudou há seis meses atrás, Edu apareceu na minha vida.

— Eu tive uma surpresa enorme quando ele falou que era seu namorado, a pequena Lorena finalmente cresceu.

— É... cresci mesmo, mas eu não era tão nova quando você foi embora, tinha 14 anos.

— Eu tinha 16 na época, não é tanta diferença mas continuo mais velho — seu egocentrismo subiu.

— Planos para o futuro? 

— Vou me inscrever na Universidade de Oxford, quero passar em direito — falou com tom orgulhoso.

— Olha só... Eu não conhecia esse seu lado — debochei. 

— É... Eu com 16 anos queria ser arquiteto, as coisas mudam. Mas e você ainda pensa em fazer intercâmbio?

— Agora mais do que nunca, vim aqui e fiquei encantada, decidi que quero fazer intercâmbio aqui em New York.

— Isso facilita tudo, você pode vir pra cá já que nós éramos vizinhos, nossos pais se conhecem e minha mãe ia adorar te receber, quando pensa em vir?

— Talvez no próximo ano.

— Que tal no próximo mês? Minha escola está com vagas abertas para intercambistas e sua host family poderia ser aqui. O ano letivo começa no fim de agosto, você pode passar só 6 meses se quiser.

— Adorei a ideia! Vou falar com meus pais e procurar uma agência agorinha mesmo. Até mais.

Desliguei o celular e fui até a sala, expliquei tudo aos meus pais e eles concordaram com a ideia, fomos juntos procurar a agência e achamos uma vaga, eu estava tão empolgada com aquilo tudo que nem percebi escurecer e esqueci completamente de assuntos pendentes.

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