Esconde - Esconde

Av caixadefanfics

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O assassinato brutal de uma criança choca os moradores do interior de Minas Gerais. O que os policiais não es... Mer

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20

Capítulo 14

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Av caixadefanfics

Eduardo foi levado para a mesma sala de interrogatório aonde Samara havia conversado com dois meninos amigos de Maurício. César se sentou de um lado da mesa de frente para o interrogado.

— Pode me dizer seu nome completo? — o tom de voz do investigador era formal e nada amigável.

— Eduardo Fonseca.

— Quero o verdadeiro, não o que está nesse passaporte falso — ele jogou o saco plástico contendo o documento sobre a mesa.

— Isso não ser falso...

César levantou a mão para impedir que ele continuasse.

— Se não vai contar a verdade, irei prendê-lo por mentir.

— Tudo bem... Eu me chamar Edward Foster Junior. Ser quase a mesma coisa. Eu preferir um nome em português para viver aqui.

— Isso é ilegal, e esse documento ficará com a gente.

— Mas eu precisar viajar. Meu sobrinho esperar pela presente...

— Já chega! — gritou César batendo com força na mesa. — Nós encontramos essa arma na sua casa, com suas digitais e sabe o que mais? Nela estão faltando duas balas que foram encontradas em um cadáver em Las Vegas! O que você tem para me dizer?

— Quero um advogado.

— Você terá um advogado o mais rápido possível. Mas terá que esperar por ele aqui na delegacia.

César se levantou rápido quase derrubando a cadeira onde estava no chão e bateu a porta da sala de interrogatório com força.

— Ele pediu um advogado. Temos que esperar — disse para Fernando que esperava do lado de fora da sala.

— Ele confessou alguma coisa?

— Só admitiu o uso do passaporte falso para ter um nome em português... — César exibiu a evidência enquanto encostava as costas na parede do corredor. — Acho que fui um pouco afoito. Assim que eu falei sobre a arma o filho da mãe pediu o advogado.

— Isso não é bom. Ele pode conseguir se livrar das contravenções pagando fiança.

César parou a conversa para atender seu celular.

— Desgraçado! — o policial amassava o passaporte enquanto ouvia as notícias. — E o que temos para encarcerar ele? — César esperou pela resposta. — Ótimo! Venham logo para cá então! — ele desligou o aparelho.

— O que aconteceu? — perguntou Fernando?

— Encontraram o Luiz... — César bufou com a frustração.

— Não acredito! — o policial balançou a cabeça em negativa. — Nem mesmo com a gente na cola dele...

— Mas dessa vez ele não vai escapar! Conseguiram uma digital, com sangue! Os peritos já estão vindo para o prédio com as evidências.

— Espero que tenham descoberto mais do que eu — Renato vinha andando pelo corredor. — No carro só tem digitais do Eduardo. No patinete tem dele e outras desconhecidas.

— Logo você vai ter amostras do Luiz para comparar... — comentou Fernando.

— Encontraram ele?

— Infelizmente não da forma como gostaríamos... — César alisava a evidência minimizando o estrago que tinha feito enquanto recebia a notícia do assassinato. — Mais do que nunca precisamos descobrir algo que o ligue aos crimes.

— Nós vamos conseguir — Fernando tentou sorrir.

— A propósito, — César levantou o passaporte. — Ele admitiu ser falso e seu nome verdadeiro é Edward.

— Isso nos dá exatamente o que precisamos — interveio Renato. — Tempo.

César olhou para o perito — ele está certo. Se não estou enganado são dois a seis anos e multa. Mas que sejam apenas alguns dias, é o suficiente para vocês encontrarem alguma coisa.

O perito acenou com a cabeça sorrindo.

Quase uma hora depois, a equipe que estava no parque chegou ao prédio da polícia. César explicou tudo o que tinha acontecido até aquele momento os peritos contaram como foram as buscas e a descoberta do corpo de Luiz.

— O carro do Edward ainda está aqui no prédio? — perguntou Grissom.

— Sim, e o patinete dentro dele — respondeu Renato. — Ele deixou que analisássemos sem mandato.

— Ótimo! — Grissom se animou. — Nós vamos para a garagem vasculhar aquele carro e o brinquedo até encontrarmos mais alguma coisa.

— Se as digitais com sangue forem dele não é o suficiente para a condenação? — perguntou Samara.

— Não se ele conseguir convencer o júri que estava ali de passagem e se assustou com o que viu — respondeu o perito.

— Façam isso então — César olhou para o relógio em seu pulso. — Eu vou ver se o Edward tem um advogado para quem queira ligar, o que eu duvido — a animação parecia ter contagiado César também. — Se não tiver, vamos arrumar um para ele.

— Sara e Greg, processem a digital daquela mancha de sangue que encontramos na parede perto do Luiz, por favor — pediu Grissom. — Fiquem com os arquivos das impressões que tiramos do menino. As do Edward já estão no sistema.

Layla pegou a câmera, retirou o cartão de memória com as imagens e entregou para Sara enquanto Greg pegou a pasta que Grissom lhe passava.

— A análise do DNA naquela mancha, eu imagino, terá que ser feita fora daqui? — quis confirmar o perito.

— Infelizmente sim, mas vou ver se dou um jeito de acelerar o processo — afirmou Layla.

— Então vamos — convocou o CSI e cada um seguiu um caminho diferente.

A parte da garagem reservada para as análises era totalmente isolada do resto do local onde os policiais estacionavam as viaturas. Na verdade se parecia muito com uma oficina mecânica com espaço para acomodar quatro carros.

Depois de tirar a corrente dos portões de ferro e deslizá-los sobre um trilho, Renato acionou um interruptor que acendeu quatro duplas de lâmpadas florescentes.

Na parede oposta à que eles entraram ficava a saída para a rua também fechada por um portão do mesmo tipo.

Ao lado direito e esquerdo do grupo, várias prateleiras presas às paredes armazenavam ferramentas tanto para desmontar uma máquina quanto para analisá-la.

— Aqui — Layla ofereceu a Grissom um par de luvas de látex depois de calçar duas.

O perito as pegou e ela esticou a caixa que segurava na direção de Renato e Samara.

— Já olhei o carro todo — respondeu ele. — Está limpo. Só têm digitais do Edward. Nem cabelo eu consegui encontrar. A não ser que esse aqui conte.

Renato puxou uma mesa de metal com rodinhas que deixara na frente do carro onde havia um saco plástico com um amontoado escuro dentro.

— O que é isso? — perguntou Layla.

— Uma peruca. Estava no porta-luvas — como estava sem luvas ele passou a evidência para a amiga que a retirou da embalagem e mostrou para Grissom.

— Cabelo escuro preso em um rabo de cavalo — comentou o perito.

Layla concordou com um aceno de cabeça e a guardou de volta — ele usava isso no trabalho. — Esclareceu quando devolveu o objeto para Renato.

Grissom já havia aberto a porta do carro e olhava cuidadosamente cada parte do interior do veículo a procura de espaços que poderiam servir de esconderijos.

— Você recolheu as digitais no patinete? — a perita segurava o brinquedo.

— Sim — ele pegou um envelope de papel pardo com as amostras. — Mas falta analisar.

— Sara e Greg estão com as digitais do Edward e da última vítima — disse Grissom.

— Vou até eles — afirmou Renato caminhando para a saída. — Ah, quase me esqueci. Encontrei uma amostra de sangue nele. Está naquele envelope menor — o perito apontou novamente para a mesa com rodinhas. — E aparentemente é um brinquedo de péssima qualidade. Tão novo e já está quebrado — disse Renato deixando o local.

— Quebrado? — Layla sacudiu o patinete tentando ver o que podia estar fora do lugar. — Sam, me empresta uma chave de fenda.

Sem sucesso com o carro, Grissom se aproximou para acompanhar o desmanche do objeto. Antes de começar, Layla fotografou como estava.

— Droga... — praguejou Layla.

— Qual o problema, amiga?

— Deixei o cartão de memória com a Sara...

— Acho que tenho um formatado aqui — com o hábito de carregar um bloco de anotações pra onde quer que fosse, Samara também precisava levar algo com o que escrever nele e por isso tinha sempre um estojo pequeno consigo. Obviamente era impossível carregar apenas uma caneta ou um lápis onde ela poderia carregar também cartões de memória, um mini pendrive, clipes, elásticos e o que mais coubesse.

— Não sei o que faria sem você — Layla sorriu pegando o objeto que Samara guardava protegido em uma capinha de plástico.

A perita tirou outra fotografia com brinquedo intocado sobre a mesa de rodinhas para que ficasse armazenada no cartão e começou a desmontar.

Por baixo da base foram os primeiros parafusos e depois mais três na parte de cima a separando do cano oco que sustentava o guidão do brinquedo.

— Tem alguma coisa solta aqui dentro — ela sacudiu o tubo com força e um objeto pesado enrolado em um pano puído caiu sobre a mesa.

Mais algumas fotos antes de desenrolar o pano e verificar o que era.

— Impossível! — Layla nem se deu conta que olhava a descoberta de boca aberta. Sem perder tempo tirou mais fotos. Em vários ângulos. Quando terminou, olhou para Grissom e depois para Samara.

— Aparentemente temos a arma do crime — anunciou o perito.

Layla e Samara sorriram juntas.

— Agora precisamos analisar o DNA para saber de quem é o sangue — anunciou Samara.

— Tem pelo menos duas amostras de fontes diferentes aqui — Grissom estava com o objeto na mão e olhava bem de perto.

— E digitais? — perguntou Layla.

O perito colocou o objeto sobre a mesa e ela pegou um pouco de pó fino e polvilhou no cabo da navalha, mas não havia nenhuma digital.

— Nada... — lamentou decepcionada. — Engraçado, aquela marca de mão na parede não sugere que ele tenha usado luvas...

— O assassino pode ter usado uma proteção mais rudimentar como uma sacola ou um resto de jornal, e provavelmente se livrou disso em algum lugar fora dali. Acho que se apoiar na parede com a mão suja foi um reflexo involuntário dele. Você e o Greg encontraram uma mancha de sangue perto da pia em frente ao banheiro do parque.

— Ele provavelmente percebeu que a mão estava suja e foi lavar, mas não se deu conta que tinha apoiado na parede — Layla concluiu o raciocínio.

Grissom acenou com a cabeça em acordo — podemos levar para análise no laboratório agora?

— Domingo de manhã... O laboratório funciona, mas não sei tem algum especialista em DNA trabalhando. Vou ligar para lá.

— É muita audácia esse cara fazer mais uma vítima com a gente tão na cola dele — comentou Samara enquanto Layla e Grissom, os únicos de luvas, guardavam as evidências.

— Dá a impressão que ele estava fazendo um trabalho que precisava acabar não importando o que aconteceria com ele — Layla colocou as peças do patinete em um saco plástico grande e etiquetou.

— Aleatório desse jeito? Não consigo ver um padrão — Samara foi juntando tudo o que já estava embalado e podia ser pego sem usar luvas.

— Eu acredito que tem "o porquê" por trás disso tudo, e vou descobrir qual é — anunciou Layla retirando as luvas.

— Quatro pontos cardeais de Layla: o onde, o como, o quem e o porquê. — disse Samara sorrindo para a perita que ficou vermelha instantaneamente.

— Isso deixa meus três pontos importantes meio defasados — comentou Grissom sorrindo. — Local, suspeito e vítima.

— Pra mim nossos pontos parecem complementares — respondeu Layla sorrindo de volta.

— Falando sobre o como, tem ideia da maneira que ele saiu do parque com aquela máquina na entrada? — perguntou o perito fechando a porta do carro.

— Provavelmente ele pulou o muro — respondeu Samara.

— Mas a máquina estava zerada, mesmo com uma pessoa lá dentro, no caso o Luiz.

— Talvez ele tenha subornado o porteiro?

— Na verdade, acho que você acertou metade da resposta, amiga.

Samara e Grissom esperavam a continuação da explicação.

— Apesar de não ter identificado o ponto de acesso, concordo que Edward tenha pulado o muro, mas apenas para entrar. Ao sair ele usou a portaria igual às outras pessoas zerando o contador.

— Concordo — o perito estava satisfeito com a teoria.

— Eu só queria saber como ele descobriu que Luiz estaria no parque.

— Ele mesmo deve ter comentado na loja — sugeriu Samara apagando a luz depois que os outros dois saíram.

— Só pode ter sido — Layla fechou a entrada e de posse das evidências eles voltaram para a sala de interrogatório.

Fortsett å les

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