— "Sim, vamos ao shopping hoje... Farei o possível para sairmos bem e apenas ela ficar." - a mulher diz querendo acabar logo com isso.
— "Ótimo, isso é perfeito! Não pode haver falhas, quero ver ela saindo com pelo menos quatro tiros, morta de preferência." - a voz estridente do Comando salta em seus ouvidos.
— "O único problema é que com certeza Anthony vai aparecer, ele não pode se machucar." - a mulher diz preocupada com seu grande amor. Ela não queria fazer isso.
— "Anthony será de Allana novamente, não se preocupe com o que nunca será seu." - seu sangue sangue ferve ao ouvir isso.
— "VOCÊ SABE QUE ELE É MEU, FOI POR ISSO QUE ENTREI!" - a mulher grita como uma histérica, e escuta uma gargalhada do Comando.
— "Faça sua parte, o resto veremos depois!" - o Comando diz desligando em sua cara.
A mulher pensava: "Já não basta ela conseguir me coagir a levar as vitaminas de Bruna até o laboratório para uma pequena mudança?"
Ela não queria fazer isso, mas eles apareceram em um momento onde sua saúde mental estava abalada, onde ela estava desequilibrada... Ela não queria fazer isso, queria desistir, mas eles ameaçaram colocar a culpa toda nela. Ela não pode com isso, sabe que será internada logo, ela sente, mas não queria.
A mulher tenta relaxar, e pensa: "Eu espero que um dia tenha o perdão dessa família que me acolheu de forma tão positiva e amorosa."
Me certifiquei que todos estavam bem, e assim segui até a área onde esses canalhas estão... É óbvio que não estou sem uma proteção, estou com um colete, uma arma, meu distintivo no bolso - para provar que sou uma profissional - apenas atirarei para a defesa pessoal e, caso tenham reféns.
Ando lentamente, pedindo silêncio para as pessoas da praça de alimentação, mostro a elas a mesma saída que dei a Jessi, vou salvar o máximo de pessoas... Vejo idosos ofegantes e com hipertensão, crianças desesperadas, evacuei essa área, sempre pedindo silêncio.
Para detectar que isso é uma cilada, usamos a lógica: Por que invadir e permanecer em um único andar do shopping? Por que um grupo tão grande não invadiria o máximo para roubar e fazer o que quisesse em todo o âmbito? Isso indica duas coisas... Armadilha e alvo.
Desço pelas escadas internas, não quero que eles me vejam de imediato, o melhor será detectar o máximo de rostos possíveis, e nesse momento meu brinco espião ajudará tanto. Sim, eu estou usando um brinco com uma câmera que capta imagem e som, isso não é tão anormal assim, pelo contrário, é uma facilidade para meu trabalho.
Aconteça o que acontecer, todos saberão o que se passou aqui.
Nos últimos degraus fiz o máximo de silêncio possível, mesmo com os saltos estava imperceptível aqui.
Vejo muitas pessoas, sendo aproximadamente vinte homens e quatro mulheres, possuem três reféns aqui, começo a observar atentamente.
— "Onde ela está? Você estava no mesmo andar que a gostosa que procuramos..." - um homem diz e sinto nojo até da sua voz.
— "E-eu não sei, apenas deixe eu v-voltar para o meu filho." - o homem diz apavorado. Provavelmente, um refém. Vejo o desgraçado de máscara sacar a arma, engatilhar e quando está preparado para estourar a cabeça do refém, eu miro em seu braço, acertando seu bíceps.
Me escondo rapidamente, não posso ser vista agora, são quase trinta pessoas armadas contra uma, mas preciso arriscar, Anthony e o pessoal estão demorando. Após todo o alvoroço cessar, todos estão atentos ao homem mascarado que rasteja no chão de dor.
Se for fraco, não entre nessa!
Decido entrar. É loucura?
Sim, mas consegui ver mais sete reféns, sendo apenas crianças de aproximadamente três anos, todos meninos, de cabelos loiros e olhos azuis... A vadia queria Liam.
Preciso salvá-los, mesmo que isso custe alguns pontos na pele.
— "Vejamos aqui... Aproximadamente trinta covardes que deixam crianças como refém." - digo e vejo armas mirarem para mim, muitas.
Não me abalo, nada que eu já não esperava, continua com minha postura de "maior vadia de todas".
— "Foi ela... Ela atirou!" - um dos homens grita, como se falasse um enorme segredo, e eu gargalho.
— "Esperava uma equipe mais esperta, Esther não está sabendo escolher bem!" - eu digo e eles arregalam os olhos.
— "Como sabe que Esther nos mandou? - o babaca diz se entregando, sempre terá um com pouco treinamento, esse foi o meu primeiro jogo... Jogar o verde, e colher o maduro!
Ok, minha avó falaria isso, mas... Faz sentido!
— "Obrigada pela confirmação, Garel!" - digo falando seu sobrenome, não que eu o conheça, mas digamos que eu tenha um lindo relógio ligado com uma escuta espiã transparente, que me mostra informações quando eu solicito... Nunca entrei nessa para estar despreparada! Vejo o rapaz me olhar surpreso.
Amor, eu sou quase que uma Evelyn Salt - talvez melhor.
— "Então... Qual a ordem da vez? Matar Bruna, sequestrar família?" - digo e eles arregalam os olhos novamente — "Acho melhor guardar essa arma, Rodriguez. Não costumo ser benévola com pessoas malvadas!" - digo, com um leve tom de deboche, para a mulher que devia pensar que eu não percebi seus movimentos.
Vejo Anthony chegar na pequena reunião, com nossa equipe.
— "Não nos convidaram para a festa, maninha? Tivemos de fazer uma surpresa?" - ele diz e agora o jogo começa.
Posso levar um tiro, mas me divirto com a cara desses canalhas.
— "Você acredita nisso, maninho? Uma pena que não ligamos para o convite." - digo e eles estão furiosos.
Nosso sarcasmo foi para ganhar tempo e tirar as crianças daqui, junto com os quatro adultos... Estão todos seguros agora.
Vejo quatro sacar as armas, faço o mesmo, mas engatilho.
— "Vão começar a falar? Se entraram nessa, não sejam fracos!" - digo e um deles mira em mim, atirando em seguida... Desvio, e acerto um tiro em sua canela.
Quando outro me atira pelas costas, vejo Richard pular em minha frente.
— "RICHARD, NÃO!" - grito e apenas vejo ele caindo no chão, com uma mancha vermelha em seu terno.
Vejo o mesmo que mirou em mim antes engatilhar a arma em direção a Anthony, Luke atira na sua direção, e puxo Anthony.
Olha ao redor, a equipe cuidou dos demais, estão algemados.
Quando penso que concluímos essa, vejo um dos desgraçados mirar em direção a Anthony novamente, cinco disparados, pulo em direção do meu irmão, sentindo dor em quatro lugares diferentes, uma forte, arde, queima como fogo.
Escuto alguém gritar "NÃO!" e apago, não vejo mais nada, apenas adormeço pensando em todos que amo, e esperando que Anthony, Richard, Luke e toda equipe estejam bem.
• Mesmo tendo a experiência, a preocupação com Anthony era evidente.
Quatro tiros, o que irá acontecer? ☹️