"Então Cole? Como anda a amizade sua e da minha filha?" Daniel perguntou enquanto eu o acompanhava até a saída do seu consultório. Havíamos acabado outra sessão de terapia onde eu me sentia cada vez mais fortalecido.
"Bem Daniel, ela tem sido uma ótima amiga. É uma ótima pessoa." Falei enquanto acenava para dona Célia e saía ao lado do mais velho.
"Eu estou feliz de vocês dois estarem dando certo. Mas algo que está me importunado esses dias é saber porque você ainda não foi almoçar ou jantar lá em casa já que Lili fica mais lá na sua casa do que na própria casa dela."
Parei de andar enquanto via ele guardar a sua bolsa dentro do seu carro. Eu queria dá uma resposta do tipo "sua filha que não quer me levar lá", mas a verdade era eu que não queria ir lá. Eu sempre pensei que poderia está invadindo a privacidade de Lili, até ela me convidar para entrar em sua casa.
"Bom, não sei exatamente porque nunca entrei em sua casa Daniel. Eu fico com medo de está invadindo a privacidade de Lili." Ele fechou a porta de trás do seu carro e olhou pra mim. Seus olhos poderiam ler a minha alma, me senti nu. Cruzei os braços na altura do peito apenas para que aquela sensação de vulnerabilidade fosse embora.
"Você aceita almoçar na minha casa Cole?" Ele perguntou totalmente direto. Tal pai, tal filha.
"T-tipo a-agora?" Ele assentiu." Não sei. Eu não vou está invadindo o seu espaço?"
"Claro que não Cole. Eu conheço você desde muito tempo. Confio em você para levá-lo em casa. E eu tenho certeza de que Lili não vai se importar." Pensando bem, eu adoraria ver como é a casa da ícone Lili Reinhart.
"Ok. Eu aceito."
...
Estacionei o meu veículo de trás do carro de Daniel.
Eu sempre parava na entrada da mansão mas nunca realmente adentrei aquele espaço que esbanjava luxo e humildade ao mesmo tempo.
Havia várias coisas na entrada da mansão. Coisas como flores, anões de jardins dentre outras coisas.
Daniel e eu chegamos até a porta de entrada e ele entrou fechando a porta quando eu passei. O local em si era todo branco com algumas pitadas de cor pastel. O lugar todo era luxuoso em si.
"Amy querida, Cole vai almoçar conosco." Daniel falou em voz alta para que provavelmente a mulher que estivesse na cozinha escutasse.
"LILI DÁ PRA ABAIXAR A MÚSICA." Ouvi uma voz vinda do segundo andar.
"E SE EU NÃO QUISER?" Ouvi a voz inconfundível de Lili.
"EU JURO QUE QUANDO EU CONHECER O COLE SPROUSE EU CONTO QUE VOCÊ TINHA UM CRUSH NELE." Arregalei meus olhos levando ele para Daniel que riu e deu de ombros.
"SE VOCÊ FIZER ISSO EU CONTO PARA TODOS OS SEUS AMIGOS QUE VOCÊ MATOU O MEU GATINHO AFOGADO." Outro grito de Lili foi ouvido e minha vontade era de rir. Eu nunca tinha visto Lili dessa forma, tão...tão... humana.
"EU NÃO MATEI ELE AFOGADO. ELE QUE QUERIA TOMAR BANHO, EU SÓ REALIZEI O SONHO DELE."
"VOCÊ MATOU O MEU BICHINHO." Lili gritou totalmente revoltada e as vozes vinham se aproximando da escada.
"ELE ME IRRITAVA. NA MADRUGADA ELE FICAVA MINHANDO PARECENDO VOCÊ NA HORA DO SEXO, UMA ESCANDALOSA. E EU JA DISSE QUE ELE QUE QUERIA TOMAR BANHO, NÃO FUI EU QUE MATEI." Uma loira muito bonita desceu as escadas enquanto olhava para trás. Quando a mesma levou seu olhar para a nós, seus olhos também verdes se arregalaram.
"Tá bom Tess. Vou fingir que acredito na sua bondade." Lili ainda descia as escadas olhando para a mais nova que provavelmente era uma de suas irmãs. Quando ela viu que sua irmã estava vidrada em outra coisa, seu olhar foi na mesma direção se deparando comigo. Aqueles belos olhos se arregalaram que eram capazes de sair pra pular e dançar uma música da Madonna.
"Vocês não vão acreditar!!" Uma menina com os cabelos de cor preta descia as escadas em quanto via algo em seu celular." Eu e Josh brigamos de novo. Ele ficou muito chateado só porque eu disse que não iria pedir ele em casamento. Agora eu fico pensando, não era o homem que deveria pedir a mulher em casamento?" A mulher trombou em Lili." Aí. Suas desatentas, saem da minha frente." Mas seu olhar seguiu o olhar das outras duas parando em mim, agora que eu me sentia mais pelado. Que tanto de olhos verdes.
"Meninas que falta de educação. Venham falar com o Cole e não assustem ele. Cole eu vou alí na cozinha pra ver como está minha esposa." Eu assenti e ví o mesmo partir para outro cômodo.
"Meu. Deus. Ele é ainda mais bonito de perto." A loira que eu acho que se chama Tess se aproximou de mim." Prazer, eu sou Tess Reinhart. Filha mais nova, amorzinho do papai, a irmã mais inteligente e claro sua cunhada." Ela falou tudo isso muito rápido portanto a única coisa que deu para assimilar foi para apertar a sua mão estendida.
"TESS!!" Lili gritou vindo em nossa direção.
"O quê? É ele que vai casar com você mesmo." Lili fez um sinal que ía enforcar sua irmã mais nova.
"Você fique quieta se não eu falo pra mamãe que foi você que colocou fogo na cozinha dela a última vez." A voz de Lili estava super assustadora mas não parava de ser linda.
"A culpa não foi minha. Eu estava tentando fazer uma comida para o Milo." Tess disse com uma voz e um biquinho parecendo um bebê.
"Pra quê? Para matar meu cachorro também? Já não bastou matar meu gato você quer matar meu cachorro?" Depois dessa fala de Lili, Tess revirou os olhos e se afastou indo para a sala.
"Eu sou Chloe Reinhart." A mulher de cabelos negros estendeu a mão para mim. Eu apertei sem medo nenhum." Uuuuuu. Que pegada! Você deu sorte Lili." A irmã virou-se para Lili e a loira apenas revirou os olhos.
"Vocês querem parar de nós colocarem como casal?" Lili falou extremamente estressada.
"Lili, só vocês dois não percebem que são feitos um para o outro." Tess disse mostrando a cara e voltando para a sala.
"Ela fala de você quase o tempo inteiro. Que você tem pais legais, que você tem um quarto estiloso, que suas músicas são fodas. Olha não dá nem pra listar o quanto ela fala de você." Chloe disse deixando Lili vermelha.
Que fofa, ela estava falando de mim.
Hora da vingança.
"Então quer dizer que Lili não contou da gente?" Perguntei entrando no papel.
"Não. O que Lili não contou?" Chloe perguntou interessada. Lili me olhou praticamente implorando com o olhar para que eu não levasse aquilo adiante.
"Bom, nós dois." Entralacei minha mão na da loira que cada vez mais implorava com o olhar para eu não fazer aquilo." Estamos ficando." Olhei para a Chloe que abriu a boca e depois sorriu maliciosamente.
"Eu sempre soube. Tipo, antes eu pensava: não é possível que a Lili tem aquele homão com ela e não faz nada. Agora eu vejo que a minha irmãzinha não decepcionou." Chloe chegou pertinho do rosto de Lili. "Eu te ensinei certinho." E saiu saltitante.
Lili se virou e me deu um tapa super forte no braço.
"Aí." Exclamei vendo ela ficar vermelha de tão brava. Se ela soubesse o quanto fica linda brava ela não o ficaria.
"Você vai se arrepender de ter feito isso. Elas nunca mais vai deixar agente em paz."
"Lili, relaxa. São só suas irmãs, qualquer coisa nós falamos a verdade. Elas vão entender."
"Cole elas nunca vão entender. A Chloe uma vez bateu o carro do papai."
"Lili todo mundo está propício a bater o carro."
"Não Cole. Chloe bateu o carro parado." Comecei a rir. Que família.
"Como ela fez isso?" Indaguei vendo Lili pegar minha jaqueta e pendurar no ganho perto da entrada.
"Longa história. Vem, tenho que te apresentar a minha mãe." Ela pegou na minha mão fazendo com que uma eletrecidade se apossasse no meu corpo. Nunca vou me acoatumar com esses toques.
Fomos andando e eu apenas apreciei todo o local. Havia esculturas, pinturas, quadros de fotografias, tudo que você pode pensar que tem, lá tem. Eu arrisco dizer que tem até um vibrador roxo debaixo do armário.
"Não liga pra isso." Lili viu que eu olhava para o vibrador." É da Tess."
Ela voltou a me puxar até a cozinha onde o Daniel cortava algo em uma tábua e uma mulher muito formosa mexia as panelas. Quando chegamos na cozinha a mulher olhou pra mim.
Nossa!!
Ela é linda.
E tem um jeito que conhece muito a vida.
"Mãe esse é Cole Sprouse." A mulher que eu acho que se chama Amy enxugou as mãos no pano. Ela veio e me abraçou, mesmo sem jeito eu retribuí o abraço.
"Uau. Que homem!! É forte, é bonito e cheiroso." Amy disse enquanto se afastava de mim e segurava os meus ombros.
"Eu resolvi convidá -lo, ele nunca tinha vindo aqui. E a Lili praticamente vive na casa dele, então por que não um simples almoço, não é mesmo?" Daniel se virou para mim enquanto secava as mãos no seu avental azul escuro.
"Fez bem amor! Mas, Cole porque você não veio antes? Lili nos contou que chamou você muitas vezes para entrar mas você recusava." Quando eu ia responder a Amy, as duas irmãs entram na cozinha.
"É que hoje eles resolveram nos contar que estão ficando." Chloe disse me interferindo.
"Ficando?" Daniel perguntou com um semblante preocupado.
"Sim pai, Cole assumiu agorinha para a Chloe." Tess disse enquanto ia na geladeira e pegava uma jarra de suco de laranja.
Pelo jeito que o Daniel está me olhando eu tenho que fugir.
Esse lugar é muito grande, como que eu vou fugir se eu nem sei por onde eu vim?
"Cole estava apenas brincando. Nós não ficamos." Lili me defendeu.
"Mas bem que poderia." Amy disse enquanto olhava pra mim levantando sua sombrancelha.
Aí meu Deus.
...
"A comida está esplêndida dona Emy." Falei enquanto levava uma colher de salada até a boca.
"Que bom que gostou querido. Porque eu que vou cozinhar a vida toda pra você."
"O quê?" Perguntei sem entender nada e Lili me chutou de baixo da mesa.
"Você será meu genro futuramente. Todo domingo você virá na minha casa e me trará netinhos." Ela disse toda feliz.
"Por que a senhora não trata o Josh desse jeito?" Chloe perguntou chateada.
"Porque ele é frouxo. Desde quando a mulher pede o homem em casamento?"
"Mas ele é o genro perfeito." Chloe disse, e por alguma razão, todos eles olharam pra ela com cara de tédio, menos eu que agora me sinto perdido em Havana.
"Genro perfeito é o Cole. Trás a namoradinha em casa, leva ela pra passear, não fica dias sem sumir porque esse dois se veem todo dia. Ele é perfeito. Josh nem te leva em casa, ele te deixa sozinha na balada alegando que os pais dele tá doente quando na verdade ele quer farrear." Amy foi listando, e eu só pensava onde foi que eu me meti?
"Eu já falei que se for para namorar a Lili tem que falar comigo." Daniel disse enquanto comia com sua atenção voltada para o prato.
"Família, Cole não é meu namorado. Nós somos só amigos. Parem de surtar." Lili disse em voz alta fazendo todos se calarem.
"Se você for casar com a Lili, você tem que saber." Tess disse e a minha amiga soltou o garfo no prato e suspirou bem alto." Ela tem uma mania de organização quase brutal. Então se você for desorganizado se ajeite, ou ela surta."
Assenti um pouco envergonhado. A família Reinhart é diferente de tudo que eu pensava ser. Eles são um pouco...intesos.
Depois do almoço eu liguei para minha mãe e tranquilizei ela. Falei que estava na casa de Lili, mimha mãe ia desligar mas a voz do meu pai veio em alto e bom som.
"USA CAMISINHA."
Desliguei na hora. Daniel me olhou indignado e eu apenas dei de ombros, depois ele riu.
As irmãs Reinhart ficaram responsáveis por cuidar da cozinha e eu fui ajudar. Agora eu penso: pra quê que eu fui ajudar.
"É verdade Cole que seu pinto tem 27 cm?" Tess me perguntou interessada enquanto eu lavava a louça. Sim, a Tess que ía ficar responsável pela louça mas me deu seu serviço quando eu me dispôs a ajudar.
"Tess cala a boca." Lili mandou mas foi inútil. Ela limpava o chão da cozinha, pelo jeito eles que faziam as tarefas domésticas e não empregados.
"Deixa ele responder Lili. E aí Cole? Tem ou não tem?" Chloe indagou enquanto enxugava a louça e passava para Tess guardar.
"Primeiro: onde vocês escutaram isso?" Olhei para as irmãs.
"Para todo lado tem. As pessoas dizem que você tem 42 cm mas isso é humanamente impossível. Depois ele ficaram falando que era 27 cm." Tess me respondeu e guardou o prato de porcelana.
"Bom, eu nunca tive curiosidade de medir a minha parte íntima, então eu não sei." Falei envergonhado.
"Deixa eu medir?" Chloe pediu e eu deixar o prato cair dentro da pia, ainda bem que não quebrou.
"CHLOE!" Lili dessa vez gritou muito alto.
"Ok, ok. Não vou medir o pau do seu namorado." Foi a única coisa que Chloe disse antes da Lili pular nas costas da irmã e puxá-la pra ir no chão junto com ela.
Parei de lavar a louça e fui na direção das duas para separá-las, porém fui impedido por Tess.
"Seu eu fosse você não faria isso." Olhei pra ela assustado."Você já viu aquele ditado briga de marido e mulher ninguém mete a colher, então aqui em casa é o seguinte: briga de Lili e Chloe ninguém se mete."
"Elas vão se matar." Eu falei exasperado quando vi que Chloe virou o jogo e ficou por cima de Lili.
"Você quer pipoca?" Tess apareceu com um pote com muita pipoca dentro.
Essa família é doida.
...
Depois de meia hora, o Daniel conseguiu separar a briga-finalmente-.
Agora eu estava conhecendo o quarto de Lili. Era tudo que eu não esperava. As cores das paredes tinha uma cor cinza quase preta. As paredes dela tinha pôsteres com bandas de rock. Sua cama era de casal, dava para umas trinta pessoas deitar lá. O guarda roupa de Lili tinha vários desenhos feitos de com tintas. Resumindo, o quarto dela era bem sombrio.
"Não me olhe assim. Eu decorei esse quarto quando eu estava na parte sombria da minha adolescência." Lili disse se sentando na sua cama.
"E por que você não muda a decoração?" Indaguei sentando junto dela.
"Minha mãe gosta de manter essa esquisitice. Segundo ela é que eu fico muito tempo sem vim aqui, e quando ela vem no quarto sente que está perto de mim, mesmo quando eu era uma louca que saía para festar nas festas de criança."
"Espera, você ía em festas de crianças?" Perguntei risonho.
"Mais é claro. Eu chamava minhas amigas e nós invadíamos as festas de criança. Um dia uma das minhas amigas pulou no pula-pula de uma dessas festas, mas era permitido apenas crianças. Quando ela pulou o pula-pula espatifou no chão." Ela riu e eu a acompanhei." Depois trabalhamos quase três meses só pra pagar o pula-pula."
"Sua adolescência foi doida." Eu comentei enquanto ria.
"Foi." Ela concordou e seu olhar desceu pra minha boca.
De repente eu já não estava pensando em mais nada. O seu cheiro me deixava entorpecido. Seus lábios estavam tão convidativos. Seu corpo chamava o meu. Eu queria provar aqueles lábios, eu queria agarrar sua cintura, eu queria fazer diversas coisas com ela.
Senti sua respiração bater na minha boca.
Estávamos tão próximos.
Estava tão perto.
Plim, plim, plim.
Me afastei rápido pegando meu celular para atender. Era o meu pai. Me levantei da cama indo o mais longe possível dela.
Droga, o quê que eu ía fazer?
"Alô!" Atendi um pouco atordoado.
"Você está usando camisinha?"
"Não pai. Não estamos fazendo nada." Mas íamos fazer antes de você atrapalhar.
"Frouxo. Você tem que voltar pra casa, hoje eu e sua mãe queremos jogar bingo. Você que vai levar a gente."
"Tá, já estou saindo daqui." Desliguei antes de ouvir qualquer coisa.
Olhei para Lili que aprestava atenção em tudo que eu fazia.
"Tenho que ir." Falei vendo ela levantar da cama.
"Tudo bem, te acompanho até o carro."
Saímos em silêncio lado a lado. Lili não falava nada, ela apenas ficava em silêncio. Eu não queria ficasse estranho entre a gente porque quase rolou um beijo. Além de tudo, ela é minha amiga. Não quero perdê-la.
"Eu não quero que fique um clima ruim entre a gente." Falei vendo ela me olhar com atenção. Nós já havíamos chegado perto da entrada, no meu carro.
"Relaxa, não vai. Somos amigos além de tudo."
"Sempre."
Ela chegou perto de mim me dando um abraço. Seu cheiro com certeza vai ser a melhor coisa que eu já senti.
"Olha lá Tess. Eu sabia que esses dois se pegavam." Chloe disse enquanto mostrava para Tess, as duas estavam escondidas atrás de um arbusto.
"Vocês poderia virar de ladinho para mim tirar uma foto." Tess pediu enquanto mostrava o celular. Lili estava com as bochechas super vermelhas.
"EU VOU MATAR VOCÊS SUAS PIRRALHAS." Lili disse e começou a correr atrás das meninas que pularam o arbusto e começaram a correr.
"MÃE A LILI QUER MATAR A GENTE!! CORRE CHLOEEEE!!!"