Em um Naufrágio com o Marquês...

By AnnieLeheron

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CONCLUÍDO Pode o amor surgir do resultado de uma grande tragédia? Cinco dias após o naufrágio, Simon e Louise... More

Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capitulo V
Capitulo VI
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Epílogo
📚♥️Agradecimentos ♥️📚

Capítulo VII

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By AnnieLeheron

Boa Leitura ♥️📚

__________________🚢_________________

Yasu rapidamente conseguiu uma cadeira para ela se sentar, lhe trouxeram água enquanto ela continuava sendo encarada por William.

— O que está acontecendo? — Ele perguntou olhando dela para a esposa.

— Vocês procuraram por mim? Porque?

— Ele precisava falar com você. Deixou seu caderno de desenhos no navio. — Louise fechou os olhos com força. — Que história é essa de que seu nome é Louise?

— Eu posso explicar.

— Primeiro vamos tomar o café da manhã querido, podemos conversar depois disso.

— Mas querida...

— Depois do café da manhã, William.

Ele olhou de uma para a outra e assentiu puxando a cadeira para a esposa e se sentando em seguida. Louise se levantou e colocou a cadeira no lugar, depois ficou no canto junto de Yasu aguardando qualquer pedido dos senhores. Na mesa William comentou com a esposa sobre o problema que tiveram no carregamento de novas encomendas. Louise ficou interessada quando William passou a falar sobre Devon, e suas preocupações que compartilhou.

— Mas eu acho que o motivo para tanto estresse, apesar desses pequenos problemas, é outra coisa. Ou melhor, outra pessoa. — Ele terminou a frase olhando rapidamente para Louise.

— Como assim, querido? Devon, brigou com pessoa?

— Querida, você pode falar normalmente comigo.

Vez ou outra, William intercalava a conversa mudando o idioma. Apenas pequenas frases eram ditas em inglês.

— Não, Naomi precisa aprender.

— "Eu preciso aprender" — William corrigiu.

— Foi o que Naomi disse. — Ele riu e pegou a mão da esposa lhe dando um beijo rápido.

— Voltando, ele não brigou com ninguém querida, mas está estressado demais por não poder dizer o que queria para certo alguém. — Ele indicou novamente Louise e dessa vez Naomi entendeu perfeitamente.

— Ah, mas que bobo. Você deveria convidá-lo para um jantar. Não seria ótimo Louise? — Ela falou em seu idioma empolgada.

Louise engoliu em seco, olhando de olhos arregalados para os patrões.

— Como preferirem. — Ela sorriu tímida.

A verdade era que estava morrendo de vergonha, medo, e estava rezando para que nada passasse a dar errado. Tudo estava indo tão bem. Não demorou muito para que terminassem o café da manhã, William se levantou e ajudou a esposa.

— Vamos até o escritório, Sarah?

— Ela se chama Louise, William. — Naomi falou inclinando o rosto corrigindo o marido.

— Claro, vou aprender isso. Podemos?

— Sim, senhor. — Louise disse assentindo.

William ergueu o canto dos lábios, parece que ele não aprovava ser chamado de senhor, ou ser tratado com tanta veemência.

Louise seguiu os patrões após Yasu confirmar que tiraria a mesa. William deixou a porta aberta e esperou que ela entrasse para fechar a porta, após indicar a cadeira para ela se sentar ao lado de Naomi, ele sentou atrás de sua mesa, que possuía muitos papéis, canetas e pequenas caixas. No meio continha uma espécie de livro caixa.

— Alguém sabe como começar essa conversa? — Ele disse olhando de uma para outra, então todos olharam para Louise.

— Tenho certeza que Louise é uma boa pessoa, William.

— Mas e quanto a Sarah?

Louise apertou os olhos e respirou fundo, então olhou para William, pronta para falar.

— Primeiramente me desculpe, eu não queria que isso se transformasse nessa confusão. Eu realmente não me chamo Sarah. Meu nome é Louise Winter, filha de um barão... — do mesmo modo que fizera no dia anterior com Naomi, Louise resumiu sua história para William. — Marrie e seu marido me deixaram com os documentos de sua filha para que eu fizesse a viagem sem suspeitas, levaram com eles quando desembarcaram e como o plano eu segui viagem até aqui, era uma mudança grande de vida e tive vários riscos, mas minha intenção nunca foi enganar ou magoar alguém tão profundamente, eu só precisava de uma escapatória. De uma nova vida.

Ela respirou fundo quando terminou, William passava a mão no queixo pensando sobre tudo o que acabara de ouvir, ficando em silêncio por um tempo e deixando Louise ainda mais ansiosa.

— Essa é realmente uma grande história. Srta Winter?

— Eu prefiro somente Louise.

— Claro. Entende que colocou a mim e o capitão em risco também? Se tivessem feito vistoria no dia de seu desembarque, os nomes de nossa lista não bateriam com os documentos que você teria em mãos.

— Eu... Me desculpe.

— Teve muita sorte Srta Louise. Mas que bom que esclarecemos tudo desde o começo. Há algo mais que precisamos saber?

— Isto é tudo, não quero arranjar problemas Sr Fleming.

William tornou a fazer uma careta.

— A Srta pode continuar me chamando de William.

— E o senhor pode chamar de Louise. — Ela sorriu tímida.

— Certo. Querida, alguma pergunta? — Se direcionou a esposa.

— Quando iremos contar para Devon?

Louise ficou apavorada novamente e segurou os braços da cadeira que estava sentada.

— Não, Devon não.

— Infelizmente eu precisarei contar, Louise, podem a qualquer momento fazer a vistoria para checar quem trouxemos e teremos que expor a lista. Devon precisa estar ciente para saber o que fazer se isso acontecer.

— Mas... Mas... E se mudássemos meu nome na lista, colocasse o meu verdadeiro. Você poderia cuidar disso tudo sem que ele soubesse?

— Me desculpe Louise, não posso mentir assim, não posso nos comprometer.

— Eu... Entendo. Me desculpe.

— Isso é só para estarmos preparados se vierem nos confiscar, não estou querendo te amedrontar. E pode ficar tranquila que vou manter a mente de Devon aberta.

Louise respirou fundo pela milésima vez, encaixando seus dedos um no outro com as mãos trêmulas pelo nervosismo.

— Eu agradeço, William.

— Bem, esta tarde terei uma reunião com o contador, vamos precisar do número de seu documento, seu nome e assinatura. O Sr. Euripedes é um homem de confiança e sabe ficar de boca fechada. Vê? Não há porque se preocupar.

— Eu não queria mentir para vocês, mas foi preciso.

— Eu entendo e Devon irá entender. Naomi, querida. — William chamou a atenção da esposa em seu idioma. — Até que Euripedes chegue, vocês terão um bom tempo, acredito que possa ir comprar o que me disse ontem.

— Ah, claro que sim. Naomi está animada. — A mulher disse batendo palmas com entusiasmo. — Finalmente vamos começar a fazer coisas femininas, juntas...

— Desculpem, mas do que estamos falando? — Louise perguntou aos dois e Naomi se levantou rapidamente, assim como William.

— Compras, querida. Vamos as compras, vestidos, laços, chapéis... — Então olhou para os pés de Louise enrugando o nariz. — E com certeza bons sapatos.

Constrangida, Louise corou e assentiu.

— Mas... Mas eu não tenho dinheiro para esbanjar tanto assim de primeira.

— Você terá um bom salário, a partir de agora. E para tudo, no entanto, irá precisar se vestir bem. Não iremos a bailes, jantares, mas durante nossos passeios... Nós vamos as compras Louise.

Louise olhou para William procurando ajuda, mas ele só fez assentir em concordância com a esposa e dar de ombros.

— Eu... Certo, irei me aprontar.

— Encontro com vocês mais tarde, boas compras.

Louise foi arrastada para fora do escritório as pressas por Naomi, que em meia hora já estava pronta para subir na carruagem. Louise se sentou de frente para ela e ficou ouvindo enquanto a patroa dizia que ela mesmo costumava costurar os detalhes de seu vestido, viveu no mar a maior parte do tempo acompanhada pelo pai, marinheiro, mas quando estava em casa, em terra firme, sua mãe lhe ensinava sobre etiqueta, como cuidar de seu cabelo, própria maquiagem e suas vestes, que era diferente das outras costuras, os japoneses eram atípicos em muitos aspectos. Após se casar com William, se mudou de vez para os Estados Unidos, e passou a ver com os próprios olhos como as pessoas eram cruéis, como tratavam com diferença pessoas de outras etnias. Se a menosprezam ou a rebaixavam por ela ser japonesa, não gostava nem de lembrar o que fazia com os negros.

— É por isso que, você pode ver e sentir alguns olhares atravessados quando estivermos fazendo as compras.

— Como você lida com tudo isso?

Naomi segurou a bolsa um pouco mais forte em suas mãos e olhou pela janela. Seus pequenos lábios formaram um biquinho rosado.

— Na verdade, foi William. Ele não sabia o que eu passava, não lhe contei, deixei de passear ou fazer algumas tarefas na rua, por dias. Mas então Hugo me acompanhou um dia, e contou para meu marido tudo que viu e ouviu. No dia seguinte, William esteve caminhando comigo, ele falava bem, tratava bem os comerciantes. Neste dia ele foi comigo a todos os lugares, falava comigo apenas em japonês, e zombavamos de alguns em segredo. Ele tratou de olhar feio para cada um que me olhou da mesma forma. Em sua próxima viagem, se recusou a levar encomendas ou alguns passageiros, não até que se desculpassem comigo. Eu não vi necessidade, mas William disse que deveríamos ser respeitados por quem éramos, e que não teríamos nossos filhos num lugar como este se nem ao menos fossemos respeitados.

— Então se desculparam?

— Apenas para terem seus pedidos atendidos, convenci William a aceitar aquilo. Passamos a ignorar esses tais olhares e pessoas. Muita gente vai e vem por aqui, agora que estão chegando novos imigrantes, de muitos lugares, as coisas mudaram. Mas tenho pra mim que o preconceito e racismo irá durar por muito mais tempo. A luta será grande.

— Estou muito contente que tenha passado por isso de cabeça erguida. Você e William ficam perfeitos juntos. Enquanto eu estava no navio, ele falava tão bem de você, de como eram juntos. Ele é muito apaixonado por você, Naomi.

— E eu por ele. Sabe, foi amor a primeira vista. É assim que dizem, certo?

Louise assentiu ao mesmo tempo que a carruagem parou.

— Já sabe em qual loja iremos primeiro?

— Naomi sabe, com certeza.

Hugo abriu a porta da carruagem e ajudou as duas a descerem. A rua não estava movimentada, damas andavam com outras, alguns cavalheiros e suas bengalas e cartolas. Lojas com vitrines chamavam a atenção, assim como as plaquinhas promocionais. Quando viraram a esquina, encontraram um trio de moças tocando violino e flauta, soavam uma bela melodia e em volta algumas criancinhas dançavam.

— Elas são muito boas. — Elogiou Louise.

— O pai delas faleceu há um ano atrás e a mãe ficou desabilitada demais devido a uma doença, elas tocam em troca de alguns trocados para ajudar a família, os dois irmãos mais velhos trabalham um numa padaria, e outro na pequena fábrica no fim da rua. Ainda sim é muito aperto para uma família.

Naomi deixou moedas na caixa posta no chão em frente as meninas que abriram um grande sorriso e tocaram com ainda mais entusiasmo uma outra melodia. As duas então pararam em frente a uma loja, paredes em blocos tijolinhos vermelho, e grandes janelas de vidros. Havia vestidos pendurados, extremamente chiques.

— Está pronta? A madame Hock é excelente. Sempre atende exatamente ao que queremos.

— Claro, vamos conhecê-la então.

Naomi foi na frente passando pela porta que fez um pequeno Prim, igual como se fazia quando entravam na loja do Boticário.

— Já estou indo!

Elas ouviram dos fundos. Minutos depois uma senhora muito alta, loira e um sorriso enorme se aproximou.

— Ah, Naomi! Que bom que veio. Acabei de terminar aqueles vestidos que me pediu e o pequeno enxoval para o seu bebê.

— Naomi não sabia que madame Hock fazia roupa de bebê.

— Este é um caso especial, é um presente meu. E veja só, quem é está mocinha linda? — Madame Hock olhou sorridente para Louise.

— Louise, minha nova dama de companhia. Louise veio da Inglaterra! Precisamos de bons vestidos! 

— Oh, temos uma inglesa! Meu pobre coração está emocionado.

— É um prazer Madame Hock. — Louise mal teve tempo de sorrir e já foi puxada para a frente de um espelho com madame Hock tirando suas medidas.

— Que modelo irão querer?

— Como o das inglesas.

— Um simples! — Corrigiu Louise. —  Para fácil locomoção, e que o custo caiba no bolso.

Madame Hock sorriu dela para Naomi.

— Se deixar, ela vai querer te enfeitar inteira.

— É por isso que estou intercedendo.

— Naomi pode ouvir vocês.

Ela disse enquanto olhava as roupinhas de bebê que madame Hock havia feito para ela. As outras duas riram e continuaram a tirar as medidas. Com mais tempo ali, haviam encomendado três vestidos de corte inglês, simples. Dois sapatos e algumas peças íntimas, assim como chapéis, luvas e lenços.

Louise descobriu que madame Hock nascera na França, mas desde muito pequena viajava com os pais artistas onde aprendera a costurar seus trajes e fantasias e assim, quando conseguiram se fixar, abriram uma loja e ela criou as peças, ganhou um belo reconhecimento. Após os pais falecerem, ela se mudara novamente e agora estava com sua loja atendendo pessoas como Naomi, que tinham uma cultura e vestes diferentes. Hock fazia questão de detalhar os pedidos de suas clientes e atender suas exigências sem que as deixassem frustradas. Este era o seu negócio.

No caminho de volta para a carruagem, Louise notou os olhares que Naomi havia comentado. Desaprovação, insatisfação, mas Louise achou tudo aquilo, inveja alheia. De volta a residência dos Fleming, o contador, Sr. Euripedes já havia chegado.

— Vou buscar meus documentos então.

— Naomi está te esperando. — A patroa disse se sentando no sofá acariciando sua barriga.

Louise foi rapidamente ao seu quarto nos fundos, e pegou tudo o que precisava. Quando estava próxima da sala de estar novamente, ela ouviu vozes e risadas conhecidas, a de Naomi e outra masculina. Não, não poderia ser. Ela por fim apareceu chamando a atenção dos dois adultos na sala, seu olhar se encontrando com o de Devon, pessoa a qual ela esperava não encontrar nem tão cedo.

— Capitão. — Cumprimentou.

— Senhorita...? — Seu tom tinha um ponto de interrogação, e seu olhar, risonho, indicava que ele já estava ciente. — Como devo chamá-la?

— Bem, sou Louise.

Devon se aprumou e piscou repetidamente.

— Como?

Ela franziu o cenho confusa com sua reação.

— O senhor pode me chamar de Louise.

Devon afrouxou um pouco seu lenço no pescoço e assentiu, visivelmente desconfortável.

— William conversou comigo no início desta tarde. Devo dizer senhorita. Estou surpreso.

Louise olhou dele para Naomi que mantinha um olhar interessado nos dois. Com um sorriso amarelo essa se juntou a patroa erguendo levemente um ombro.

— Imagino. Peço desculpas pelo incoveniente. Acredito que o Sr. Fleming esteja me esperando.

— A senhorita o chama assim na frente dele? — Devon ria com a mão sobre o abdômen. — Sua reação deve ser impagável.

— Pode acreditar, Devon. — Naomi interviu colocando uma mão na lombar. — Naomi precisa deitar um pouco. William pediu que esperassem aqui, Louise. Vou para o quarto.

— Eu a ajudo.

— Não precisa. Naomi consegue.

A patroa a descartou com um floreio e Louise e Devon ficaram a observando subir as escadas em silêncio. Devon continuou em pé por um tempo incômodo demais para Louise, ambos em silêncio, olhando para qualquer canto daquela sala, exceto um para o outro.

— O senhor não vai se sentar? — Perguntou por fim.

— Não até que a senhorita o faça.

— Não posso, é a sala dos meus patrões, não sou uma Lady.

— Ainda sim, pela hierarquia. Código de etiqueta e, educação. Eu devo me sentar somente após a senhorita, Miss Winter.

Louise o olhou com ultraje para ele que somente ergueu uma sobrancelha desafiando.

— Não faço parte da nobreza, não mais. Estou aqui a trabalho, sou uma funcionária nesta casa. Não torne isto difícil para mim, Devon.

— Porque eu faria isso? — Ele se aproximou ainda com um sorriso desafiador.

Ela o encarou de volta.

— Porque menti para você desde o início? Ou, porque eu tenha me negado a você?

— Me negado? Como assim?

Eles já estavam próximos agora. Ela odiava isso, porque: a deixava desconcentrada, dispersa e, lhe dava aquela sensação de reconhecimento, sempre que ela encarava os olhos claros, com cílios grandes, a cicatriz em forma de sorriso em sua têmpora, mas principalmente os lábios finos e desejáveis.

— Capitão, por favor...

Ela arfou com sua aproximação, ele lhe tocava o queixo a fazendo olhar para ele, que era muito alto e muito bonito.

— Sabia que Louise é o nome do navio em que veio para cá?

— Mesmo? — Perguntou descrente.

— Mesmo. É uma homenagem.

— É um belo nome. — Ela sorriu corando.

— De fato é.

Devon estava sussurrando agora, encarando os lábios dela, o que a deixou ainda mais nervosa. Ele não parava, e já não tinha mais como ela se afastar já que estava encostada na parede. Devon estendeu as mãos a prendendo entre seus braços, e aproximou a boca de seu ouvido.

— Achei que não a veria nunca mais. — Louise não pôde falar, se concentrou na respiração acelerada dela. — Mas aqui está você.

Ele então se afastou rápido demais, quase a desestabilizando, já que ela havia se pegado, flutuando em seu perfume masculino.

— Mas é você mesmo? A mulher que conheci no meu navio? Ou fazia parte da personagem?

Ele a pegou desprevenida, e piscou muitas vezes antes de se aprumar e respondê-lo.

— Eu estava usando um nome emprestado, mas nunca fui tão eu em toda minha vida. No entanto, tenho algumas prioridades, Devon.

Não deu tempo dele responder algo, William apareceu na sala e antes de chamar ambos para o escritório, os observou desconfiado. Como Louise estava a frente de Devon no corredor, antes de entrarem ele falou perto de seu ouvido:

— Precisamos mesmo conversar.

Ela se arrepiou mas fez questão de esconder sua reação ou a de seu corpo. Foi apresentada ao contador Euripedes, e a justificativa da presença de Devon, era justamente para assinar como testemunha no contrato. Louise nem imaginava que fosse tudo tão burocrático assim. No final, Euripedes, um senhor baixinho e gordinho com um bigode finíssimo, se revelara um homem muito gentil e compreensivo. Talvez William tivesse conversado com ele antes.

— Está oficialmente empregada, Srta
Winter. — William disse após o contador partir, os três em sua sala de estar.

— Não tenho como por em palavras o quanto agradeço pela confiança, Willian.

— A senhorita quem está ajudando, pode acreditar. Onde está Naomi?

— Foi se deitar, estava cansada. Vou pedir que preparem um chá para ela.

— Obrigado, estarei no escritório com Devon.

— Sim senhor

Louise se afastou a tempo de ouvir William bufar e Devon rir alto.

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