Após essas palavras, ela paralisou, apenas desligou a chamada, olhou para o amigo que estava impaciente a sua frente, e chorou, deixando todo aquele impacto sair.
- "Bru, o que aconteceu? Fala comigo." - disse preocupado.
Bruna não consiga pronunciar palavras, não queria acreditar, apenas chorava, chorava e não tinha previsão para parar.
- "Bru, o-o hospital me ligou dizendo q-que meus pais estão praticamente... M-morrendo" - diz gaguejando.
- "O-o quê? Não, não pode ser. Fica calma, Bru. Eu vou providenciar nosso vôo, isso deve ser um mal entendido."
- "N-não, por quê eles trocariam meu número? Por quê falariam o nome dos meus pais? Por que mentiram?' - disse desnorteada.
- "Calma, Bru. Eu vou agendar nosso vôo." - disse o amigo tentando a acalmar.
- "Não quero te atrapalhar, Bru. Eu não quero nada. Sabe a única coisa que eu quero agora? Que me mostrem uma câmera e digam 'Pegadinha, conseguimos te enganar, filha'." - disse soluçando de tanto chorar.
- "Bru, você precisa descansar."
- "ISSO VAI TRAZER MEUS PAIS DE VOLTA? E-eu só quero eles, só isso." - disse caindo de joelhos no chão, chorando descontroladamente.
- "Bru, eu sei, eu sei. Mas só vamos ir até eles quando chegar a hora do vôo. Você precisa descansar para poder ver eles. Seus pais não morreram, Bru. Vamos ter fé!" - ele diz calmo, abraçando ela.
- "Desculpa, Bru. Eu não estou nada bem, eu vou ir descansar mesmo. Você resolve essas coisas para mim?" - ela diz perdida.
- "Não se desculpe, ok? Não há nada para se desculpar. Eu resolvo tudo sim. Vai descansar, Bru." - disse ele a levando até o quarto.
Depois de duas horas, Bruna já havia acordado, estava mal, mas estavam embarcando.
- "Bru, se quiser dormir, eu te acordo quando chegarmos. Liguei para a sua avó, ela estará nos esperando, ok?"
- "Ok, Bru. Vovó é um anjo, e espero que ela fique comigo." - finalizou suspirando.
• O momento mais difícil da vida dela, pelo menos até agora... 🤐