Por trás das sombras - Elizab...

Od mariafernandadsn

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Esse livro não é de minha autoria, mas é o meu preferido, então resolvi postar aqui para vocês se apaixonarem... Více

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Epílogo
Vamos conversar
Vamos conversar

Capítulo 11

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Od mariafernandadsn

Rockhurst afastou-se apressadamente, deixando uma surpre¬sa srta. Burke atrás dele. Assobiou para Rowan, que veio imediatamente.


- Ela o cativou também, pelo que vejo - ele disse ao cão, acariciando-lhe as orelhas.


Rowan, ainda com o osso gigante em sua boca, olhou para o conde como se sorrisse. Rockhurst soube naquele instante o que seu cachorro e ele próprio corriam o risco de se tornarem.


Chegou ao canteiro das premiadas rosas do marquês, agora mergulhado nas sombras.


Estava, claro, interessado somente em uma certa sombra.


- Onde você está? - ele perguntou em voz alta. - Sei que está aqui. - Olhou para ver se Rowan a localizara, mas o cão tinha olhos somente para o osso. - Já ganhou a atenção de Rowan, não gostaria de ter um pouco da minha?


- Para quê? Para que me raptasse mais uma vez? - veio a voz familiar que lhe provocou arrepios na espinha.


Ele jurava ter ouvido aquela voz naquela tarde. Mas onde e quando, e o mais importante, de quais lábios, ele não sabia situar.


- Pelo que sei, você não pareceu se importar.


Ouviu-se alguém praguejando indignado, depois várias pedras sendo chutadas no chão.


- Por que não volta à sua linda acompanhante? Parecia bastante feliz com ela.


O conde resistiu ao desejo de sorrir.


Estivera com mulheres o suficiente para saber quando uma mulher estava com ciúmes.


- Ela tem o seu charme - ele falou, provocando-a. - E para vantagem dela, eu sei quem ela é.


- Oh, com certeza sabe.


Havia ciúme escondido naquelas palavras. E se ela sentia ciúmes, isso significava que...


Rockhurst afastou o pensamento. Não queria saber o quanto aquela jovem especial gostava dele. Isso seria perigoso demais.


Deveria se afastar dali imediatamente. Deixá-la entregue ao seu encanto, ao seu desejo, ao que restara de magia àquela criatura da noite.


Mas não conseguia fazer isso. Não enquanto ela estivesse usando o anel.


O anel... a razão de ele estar ali a perseguindo. Ou, pelo menos, era o que dizia a si mesmo.


- Volte para a srta. Burke - resmungou ela. Dessa vez, Rockhurst não conseguiu resistir e riu.


- Ela não se compara a você.


- Verdade?


- Os seios dela são muito pequenos. - O conde se virou para onde achava que ela estava. - Os seus, por sua vez, são deliciosos.


Ouviram-se alguns resmungos, mas não eram de indignação.


- Então por que... por que você...


O ciúme evidente na voz dela o atiçou, enchendo-o de tentações.


- Porque passei o dia com ela? - ele sugeriu.


- Bem, sim. - Ele quase podia ver os lábios dela pressio¬nados, a sobrancelha arqueada. - Ela é realmente odiosa.


- Não discordo.


- Então por que passou o dia...


- Deixando todos pensar que eu a admirava?


- Sim. Você deu a ela mais uma razão para andar se sentin¬do superior a todas as outras jovens da sociedade, apesar da...


- Da origem dela?


- Precisamente. Há um bom número de damas que vêm...


- De melhores linhagens? Famílias mais tradicionais?


- Exato.


- Como você?


Um silêncio se seguiu. Rockhurst sentiu um desejo imenso de poder ver o brilho furioso nos olhos dela ao perceber que cometera um erro.


- Você é um demônio, Rockhurst.


- É verdade. - Ele sorriu.


- Isso ainda não explica por que ficou atrás dela como um daqueles... um daqueles... - Uma pedra voou no caminho onde seu pé deveria estar.


Agora ele sabia onde ela estava.


- Como um daqueles idiotas?


- Isso.


- Com ciúmes?


- Oh, eu jamais estaria...


Ele arqueou a sobrancelha e parou diante dela, observan¬do o chão para ver se ela se movia. Não percebeu nada, e seu coração disparou.


- Ora, ora, esse não é o comportamento esperado de uma dama. Estou me referindo a mentir.


- Eu não estou...


Rockhurst ouviu um ruído, como se ela tivesse se movido quando ele deu um passo à frente.


Era algo que ele gostava nela, a teimosia.


- Agindo como uma dama?


- Rockhurst - ela murmurou.


- Não, minha querida Sombra, passei o dia atrás da srta. Burke para dar prazer a você.


- A mim? - Havia ceticismo na voz dela.


- Sim - ele afirmou. - Porque eu sabia que o ciúme aumentaria o seu ardor.


- O meu o quê?


- Ardor. Você provou isso ontem à noite.


Ele moveu-se, mas não encontrou nada no lugar onde pensara que ela estivesse.


Droga. Ele pensara tê-la localizado.


Mas sua tentativa a fez rir, então ele se moveu e a agarrou, colocando-a exatamente onde queria: em seus braços.


- Você é uma criatura capaz de fortes paixões.


- Não sou... - ela começou a protestar, mas com menos-intensidade.


Afinal, não era como as outras damas.


- Rockhurst, largue-me! - ela ordenou. Ele aproximou os lábios de seu pescoço.


- Você me abandonou.


- Apenas escapei. Você estava me mantendo em seu quarto contra a minha vontade.


- Não me pareceu...


- Você me raptou, carregou-me para sua cama e me arruinou.


- Arruinei? - Agora ele parecia ofendido. - Você me faz parecer um canalha.


- Não achei nada do meu gosto.


Oh, aquela mocinha atrevida... Ela era boa. Naquele momen¬to fazia com que o sangue dele fervesse.


- Se foi assim... - ele murmurou, antes de inclinar-se e beijá-la furiosamente, introduzindo a língua entre os lábios dela.


Mas então o feitiço pareceu virar contra o feiticeiro, porque aqueles lábios doces e ansiosos por beijar também o surpreen¬deram. Audaciosa, ela também usou a língua, o corpo pressio¬nando o dele.


Seus seios se esfregavam contra o peito dele, os mamilos já inchados e se destacando no vestido de seda. Rockhurst os envolveu com as mãos e puxou o vestido pára baixo, deixando-os livres ao seu toque.


Havia uma vantagem em estar com uma mulher invisível; ninguém poderia vê-la despida, só ele. Não que a enxergasse, mas podia sentir a maciez de sua pele, traçar as curvas e linhas de seu corpo.


Rockhurst inclinou a cabeça e tomou um mamilo na boca, sugando-o, até que ela gemeu, erguendo-se na ponta dos pés como se estivesse se oferecendo por inteiro. Então ele levan¬tou sua saia e passou a mão pelas pernas, chegando por fim aos pelos macios entre as coxas.


Hermione estremeceu, as pernas se abrindo ao toque dele.


Não havia um homem que não soubesse que aquilo era um convite, e Rockhurst continuou a seduzi-la, acariciando-a, massageando-a, até que ela se agarrou a ele, alucinada.


- Rockhurst - Hermione balbuciou. - Não quero que pare.


- Não vou parar - ele murmurou, considerando a possibi¬lidade de possuí-la naquele instante, ali mesmo.


Mas ele queria mais. Não queria simplesmente penetrá-la e deixar que ela sumisse nas sombras. Queria fazer amor com ela a noite inteira. E para isso, precisava de uma cama.


- Você vem comigo? - ele murmurou.


- Sim.


- Para uma hospedaria? - ele sugeriu, percebendo que tal¬vez ela não quisesse ir para o seu quarto. - Você vem comigo?


- Por favor - ela disse, a voz carregada de desejo.


Segurando-a pela mão, Rockhurst a fez passar por uma porta que havia no muro. Como nas antigas casas naquela parte de Londres, o jardim de lorde Belling dava passagem para o jardim de seu vizinho, o conde de Brichet. Rockhurst abriu caminho entre a coleção de estátuas clássicas do jardim e de impecáveis camélias.


Passando por outra porta de jardim, ele finalmente a levou por uma longa viela até uma rua deserta, onde tinha deixado sua carruagem.


Até aquele momento, Rowan os estivera seguindo, o osso preso em seus dentes. Mas o som do osso sendo largado e o uivo do animal fizeram o conde parar imediatamente.


- O que há de errado...


Ele não terminou a pergunta, pois se viu diante de duas cria¬turas lhe bloqueando o caminho.


- Bron - disse Rockhurst, acenando para o primeiro. - Ah, e Dubhglas, naturalmente.


Os dois juntos... Aquilo era um mau sinal.


- Temos uma mensagem para você, Paratus - Bron anunciou.


Dubhglas riu.


- Isto se você viver o suficiente para poder ouvi-la.


Em um momento, Hermione se vira perdida de paixão, sendo levada por Rockhurst...


Para outra noite de completa ruína, certamente.


E não se importava. Porque sabia que ele a desejava. Não desejava Lavinia, nem qualquer outra mulher. Apenas a ela.


Mas as visões de uma noite passada nos braços dele, as horas de amor compartilhado sumiram subitamente diante das duas criaturas horrendas que lhes bloqueavam o caminho.


Hermione colocou-se atrás do conde, agarrada no casaco dele, como uma criança com medo de se mover.


- Derga - ela murmurou, lembrando-se do desejo que espiara em um dos livros de Mary.


Se a ilustração no livro já lhe causara calafrios, ver dois exemplos vivos diante dela representava um choque apavorante.


Como Rockhurst se referira àquelas criaturas? "Portadores da morte".


Morte? Oh, aquela não seria a noite de paixão prometida pelo conde. Não se ele estivesse morto.


Rowan se colocara entre seu dono e seus inimigos, plantando-se como uma construção de pedra. Estava tão imóvel que poderia passar por uma estátua.


O cão naquela posição significava apenas uma coisa. Somente chegariam ao seu dono passando por ele.


- Paratus, é uma grande honra ser escolhido para matar você - a maior das criaturas disse.


Bron, era como Rockhurst o chamara. Os olhos vermelhos brilhavam na escuridão.


Matar o Conde? Hermione olhou para Rockhurst e de volta para o derga. Não podiam matar Rockhurst!


A indignação a dominou.


- É uma grande honra matar o Paratus - o outro repetiu.


- E morrer tentando - Rockhurst retrucou, posicionan¬do-se com tanta calma como se estivesse apenas conversando com um parceiro de jogo de cartas.


- Rockhurst - ela murmurou, por entre os dentes. - O que está pensando? Eles são dois.


- Não é a primeira vez que isto acontece - ele respondeu. Hermione olhou para a viela, onde estava a carruagem do conde.


- Mas você não tem nada com que se defender.


- Isso dá a eles uma boa vantagem.


- O que está resmungando? - Bron perguntou, os olhos vermelhos brilhando.


- Ele está rezando para que terminemos logo com ele. - Dubhglas riu para o irmão.


- Não penso que eles possam me ver - disse Hermione. Moveu-se para testar sua teoria. Apontou os dedos para os irmãos, mas eles definitivamente não viram nada.


- Apenas fique atrás de mim - instruiu Rockhurst, tentando impedi-la de tentar alguma coisa.


- Ei, o que está fazendo? - Bron ergueu-se em sua esta¬tura total, o que o tornou ainda mais alto que Rockhurst. - Se pensa em nos distrair para poder escapar, isso não vai funcionar.


- Funcionou da outra vez - disse Rockhurst. - E então eu matei seu irmão, se você se lembra bem. - Ele moveu a cabeça e murmurou baixinho para Hermione: - Quando eles atacarem, você foge para o jardim e se esconde:


- Tenho uma idéia melhor - disse ela, convencida de que poderia ajudar.


Mas então, eles atacaram.


Bron e Dubhglas lançaram-se para a frente juntos.


Rockhurst segurou a respiração. Ele tinha dois dergas idio¬tas vindo para cima dele. Melaphor devia tê-los enchido com promessas de riquezas e glórias se eles conseguissem matar o Paratus.


E se eles conseguissem, Rockhurst sabia o que aconteceria. A sede de sangue daqueles dois os levaria a matar todo mortal que lhes cruzasse o caminho.


Seria mais do que um assassinato até que a noite acabasse. Isso se alguém não os detivesse.


E ele apenas esperava que sua pequena Sombra estivesse bem longe.


Rowan agarrou a perna de Bron, rosnando em triunfo. O der¬ga berrou, mas não podia contar com a ajuda do irmão. Dubhglas estava determinado a ganhar a glória eterna. Girou o corpo, e seu punho atingiu Rockhurst. O conde ouviu o barulho do osso de seu nariz quebrando, o sangue espalhando-se por toda parte enquanto era lançado no ar; atingindo um muro atrás dele.


Sua cabeça bateu nos tijolos, e ele viu tudo vermelho à frente.


Dubhglas gritou em triunfo, mas foi outro grito que Rockhurst ouviu em meio à terrível dor que sentia em sua cabeça.


A Sombra.


Droga, ela deveria estar pensando em sua vida, não assistin¬do ao espetáculo.


A simples idéia de que ela estava por perto e a possibili¬dade de um dos dergas chegarem perto dela o encheram de ira como ele jamais sentira antes.


Ignorando a dor, Rockhurst se levantou e pegou a faca que trazia sempre consigo. Apesar de a lâmina poder protegê-lo apenas contra algum ladrão de rua, esfaquear um derga teria o mesmo efeito de uma mordida de mosquito.


Mas era melhor do que nada, o conde disse a si mesmo. Chamou a si a força, o legado de Paratus, para que o curasse.


Bron grunhia de raiva contra Rowan, que continuava mordendo-lhe a perna. O derga tentava agarrar o cão, mas Rowan era esperto demais para ele. Dubhglas não tinha ninguém para segurá-lo e assim caminhou em direção a Rockhurst e sorriu.


- Melaphor ficará surpreso em descobrir que acabamos com você. Ele sempre alegou que você era perigoso demais, mas eu vejo agora que não é tanto assim.


- Você veio sem permissão? - Rockhurst perguntou, firmando-se de pé e tentando pensar em algum plano. Qualquer um.


- E daí? O que tem isso de mais?


- Creio que Melaphor preferiria ser ele me matasse.


Dubhglas inclinou-se para a frente, sua respiração bafejando no rosto de Rockhurst.


- Não preciso de permissão. Com você morto e pela minha mão, então Melaphor não terá mais autoridade, e eu governarei.


- Mas como diabos...


- Nós escapamos? - Dubhglas riu. - Há um novo por¬tal que nem Melaphor conhece. Estivemos várias vezes naquele antro seu, mas hoje à noite nos alimentaremos do seu coração, Paratus.


E então eram os dergas que matavam no Dials. Não Melaphor, mas Bron e Dubhglas.


Mas quem havia aberto a passagem para eles? E como seria fechada se ele morresse naquela noite?


Rockhurst moveu o braço e tentou enfiar a adaga no cora¬ção do derga, mas foi um gesto inútil, porque Dubhglas pulou de lado e lhe deu uma rasteira.


Rockhurst caiu pesadamente sobre as pedras. Lutou para voltar a respirar, para sé levantar e lutar, mas novamente tudo o que via eram estrelas. Dubhglas estava se mostrando um opo¬nente formidável, e o conde não se lembrava de qualquer der¬ga possuir tamanha força. Obviamente, as semanas que passara alimentando-se de sangue havia lhe dado uma força maior.


- Agora você morre, Paratus - a besta disse e avançou à frente.


Rockhurst sabia que havia apenas uma coisa que derrubaria aquele monstro. Se ao menos ele tivesse sua...


Um zumbido, seguido por um arquejo e um baque, interrom¬peu os pensamentos de Rockhurst. Bron ergueu-se com toda a força, grunhindo. Seus gritos de dor desviaram a atenção de Dubhglas por um instante.


Quando Dubhglas se virou, Rockhurst pôde ver o que estava causando tanta dor em Bron.


Ele tinha uma flecha enterrada em seu ombro, que o transpassara das costas ao peito. O derga gritava e praguejava de dor.


Então ele ouviu outro zumbido, de uma segunda flecha que atingiu o derga na lateral do corpo. Bron se voltou, procu¬rando ver quem o atacava.


- Sombra - Rockhurst murmurou baixinho.


A tolinha. Ela tinha conseguido sair dali e voltara para lutar.


Ele deveria ficar furioso, porque era o Paratus. Aquela era uma briga sua, por direito e por dever. E embora ele tivesse lutado incontáveis batalhas como aquela, em situações até pio¬res, em parte ele ficava feliz por ter, agora, alguém do seu lado.


- Eu vou fazê-lo em pedaços! - Bron berrou para o lado de onde vinham as flechas.


A terceira flecha atingiu o alvo no lugar certo, o coração da criatura. Seguiu-se um momento de espanto no rosto do derga e ele então se viu entregue ao próprio destino, desaparecendo um uma nuvem de poeira, tão velha quanto os milhares de anos em que estivera aterrorizando a humanidade.


- Venha para onde eu possa vê-lo! - Dubhglas grunhiu, saindo em direção à viela. - Apenas os covardes lutam nas sombras!


A resposta foi uma enxurrada de flechas que foram encur¬ralando o gigante derga contra a parede.


Dubhglas voltou-se espantado para Rockhurst.


- Que tipo de feitiçaria é essa, Paratus?


- O tipo que dará um fim a você - respondeu o conde, já de pé.


- Não se eu o matar primeiro - o derga grunhiu, seus longos dentes brilhando na noite.


O conde se preparou para a luta, quando ouviu alguém o chamando.


- Rockhurst!


E então lá estava. Aquilo que ele desejara tanto momentos antes.


Carpio. A sua espada.


Dubhglas não podia acreditar em seus olhos.


Tampouco Rockhurst podia, mas ele agarrou a espada no ar e a enfiou no peito do inimigo.


Por um momento, o conde e o derga se olharam, com apenas o ar os separando. Mas a morte atingiu então a pérfida criatura.


- Agora ele não terá escolha e terá de vir matá-lo pessoal¬mente. Então é como se eu o tivesse matado...


Essas foram as últimas palavras de Dubhglas. Como se eu o tivesse matado...


- Deus meu, você está sangrando! - Hermione exclamou, aflita. - Oh, onde deixei o meu lenço? Está sangrando em toda parte. Há cortes em sua mão também, e um ferimento no quadril. O que aquele demônio fez em você?


- Tentou me matar, eu imagino.


Rockhurst examinou seus ferimentos. Eles doíam agora, mas logo teriam se curado e sumido.


A Sombra continuava se lamuriando, como se ele estivesse cm seu leito de morte.


- O que estava pensando? - ela murmurou. - Que podia lutar sozinho?


- Já fiz isso antes.


Rockhurst se maravilhou com o calor das mãos dela. Afastavam de vez qualquer lembrança da morte que o tinha conectado com Dubhglas.


- Mas não deveria. Há outros, você sabe.


Outros! Ele sacudiu a cabeça. De onde ela tirara essa ideia? Então ele descobriu.


- Mas o sr. Podmore disse...


Podmore!


- Aquele idiota? Não acredite em uma palavra do que ele disse. Não há outros.


- Mas há, sim - Hermione insistiu. Puxou a mão dele de volta. - Você precisa passar remédio nas feridas.


- Meu nariz sempre sangra assim quando está quebrado. Mas vai se curar sem demora. Veja, o sangramento já parou.


- Céus! Isso já lhe aconteceu antes?


- Muitas vezes. - O conde deu de ombros.


- E suponho que isso deva me tranqüilizar. - Hermione jogou os braços em volta do pescoço do conde, pressionando seu corpo ao dele. - Você poderia ter sido morto...


- Eu tinha a situação sob controle. - Ele a agarrou pelos quadris e a puxou para mais perto, maravilhando-se com o modo como ela se encaixava nele.


- Sei, sei!


- Não precisa ser tão descrente. Já estive em situações horríveis.


- Isso não serve como argumento.


- Não vejo por que deva se preocupar.


- Claro que devo. Fui eu quem o salvei.


- Me salvou?


- Você pelo menos tem de reconhecer que eu o salvei. Portanto, está em dívida comigo. - Ela respirou fundo. - O Paratus tem a honra de garantir a segurança de seu reino e atender a um pedido de quem ajuda a sua causa.


Oh, de novo Podmore. O idiota era um espinho encravado nele. Melhor dizendo, era a Sombra quem estava encravada nele. E agora lhe dando ordens? Que absurdo! Mas então ele escutou o que ela exigia.


- Atenda ao meu pedido, milorde - ela murmurou, as mãos agarradas na gola do paletó de Rockhurst. - Possua-me esta noite e me arruíne novamente.


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