Você e Eu (Concluído).

By gabipizzol

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Ian e Olive se conheceram na pré-escola, passaram pelo ensino fundamental e pela puberdade juntos, quando fin... More

Você e Eu 2.0
Você e Eu: Encarando o passado.
Personagens.
Capítulo Um - Lar, doce lar.
Capítulo Dois - Que vença o melhor!
Capítulo Três - Johnson Enterprises.
Capítulo Quatro - Proibido verbena neste capítulo.
Capítulo Cinco - Uma história de amor melhor que Crepúsculo.
Capítulo Seis - Hospital.
Capítulo Sete - Regras.
Capítulo Oito - Extremos.
PRÉ-VENDA DE NANO CONTRATUAL ♥
Capítulo Nove - Quase um príncipe.
Capítulo Dez - Momentos antes da desgraça acontecer.
Capítulo Onze - Ordem no tribunal!
Capítulo Doze - Sentença.
Capítulo Treze - Arrepios.
Capítulo Quatorze - Constelações.
Capítulo Quinze - Depois.
Capítulo Dezesseis - Eletricidade.
Capítulo Dezessete - Você não pode esconder nada de Franklin Johnson.
Capítulo Dezoito - Um passo para trás.
Capítulo Dezenove - Solução.
Capítulo Vinte - Eu não tenho outro amigo com a pele tão linda.
Capítulo Vinte e Um - Você gosta de Ian Simmons.
Capítulo Vinte e Dois - Idiota, só que dói.
Capítulo Vinte e Três - Empurrãozinho.
Capítulo Vinte e Cinco - Improbabilidade.
Capítulo Vinte e Seis - Contrato.
Capítulo Vinte e Sete - Perfeitamente imperfeitos.
Capítulo Vinte e Oito - O que você quer.
Epílogo.
[extra] Ressaca (parte 01)
[extra] Ressaca (parte 02)
[extra] Ressaca (parte 03)
[extra] Ressaca (parte 04)
[extra] Ressaca (parte 05/final)
Você quer comédiazinha romântica, @?
Cuidado, é mentira!
Você disse livros sobre rockeiros?

Capítulo Vinte e Quatro - Ele.

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By gabipizzol

Você.

A primeira coisa que tive consciência foi de que estava ensopada de bebida. A segunda, que Ian também estava e que foi seu tronco que bateu em mim.

Pela primeira vez, depois de ele ter dito que estava apaixonado por mim, a gente estava a uns dez centímetros de distância.

Esquisito.

De todo modo, não consegui prestar atenção nisso por muito tempo, já que havia sangue escorrendo pelo braço dele.

— Me desculpe! — Pedi ao notar os restos da taça de vinho na minha mão e o corte.

— Está tudo bem, a culpa literalmente não foi sua — Ian disse, buscando alguém. Provavelmente Jessica, já que ela estava com ele antes do acidente.

— Você consegue ir até o banheiro sem desmaiar? — Questionei, ao ver que Ian não conseguia olhar direto para o sangue. Ele assentiu com a cabeça. — Vai até o banheiro, coloca o corte embaixo da água corrente. Vou pegar um kit de primeiros socorros e de encontro lá.

Ian não parecia muito seguro, mas caminhou em direção ao banheiro masculino, como eu tinha ordenado.

O bar da boate tinha um kit de primeiros socorros à disposição, então demorei apenas uns minutos para chegar ao banheiro e visualizar o homem com o braço dentro da pia, embaixo do jato da torneira.

Ele estava usando uma camisa branca ensopada do vinho tinto que eu estava bebendo, olhando para o próprio reflexo no espelho, como se para evitar olhar para o sangue. Ele claramente estava meio enjoado.

— Ei — chamei sua atenção, vendo seus olhos azuis se voltarem para mim assim que ele ouviu minha voz. Coloquei o kit na pia e parei ao seu lado para fechar a torneira. O corte, na realidade, era bem pequeno, na parte de cima do antebraço, mas Ian parecia meio esverdeado só de pensar nele. — Se apoia pia para não correr o risco de você desmaiar nesse chão sujo e deixa que eu cuido disso.

Ele assentiu e se recostou na pia de mármore cinza. Segurei seu braço com as mãos e, com uma gaze, limpei o sangue escorrendo antes de espirrar um antisséptico para não infeccionar o corte.

Infelizmente, não foi o suficiente para estancar.

— É ridículo, não é? — ele perguntou, olhando o que eu estava fazendo. — Um homem com medo de sangue.

— Muita gente tem esse problema, não é nada demais — respondi. — Olha para mim até eu terminar e você vai se sair muito bem, Ian.

Olhei para ele e seus olhos estavam fixos no meu rosto, a centímetros de mim. Sua boca estava fechada e os lábios apertados, meio franzidos. As pintinhas no nariz contrastavam na cor apática do seu rosto e os cabelos estavam penteados no seu usual topete metido para o lado, daquele jeitinho meio bagunçado e adorável.

Seu maxilar marcado estava tenso, não sei se pela situação com o sangue ou pela proximidade. Eu sabia qual era a minha alternativa.

Era a primeira conversa mais ou menos normal que a gente teve em duas semanas.

— Você vai me deixar aqui caído no chão se eu desmaiar? — perguntou e eu finalmente baixei os olhos, vendo que a gaze que eu prendia contra o corte estava ensopada.

Troquei, vendo que o fluxo de sangue estava bem menor.

— Eu vou te arrastar pela perna para fora e pedir ajuda profissional. Talvez eu tire umas fotos antes, ninguém é de ferro.

Ele sorriu e minhas pernas vacilaram por um segundo.

Ficamos em um silêncio desconfortável até que eu terminasse o curativo. Senti o peso dos olhos de Ian no meu rosto o tempo todo e, de alguma forma, isso não me incomodou. Acho que eu tinha sentido falta dele, na verdade.

— Você aguentou firme, soldado, estou orgulhosa — disse, tirando o par de luvas para jogar na lixeira.

— Obrigado, Olive — ele disse, observando o curativo no braço. — Mas, na próxima, por favor, beba alguma coisa incolor.

O estrago em sua camisa era real. Se fosse em casa, eu colocaria um punhado de sal em cima para tirar o vinho, mas ali não havia esse luxo, então tive que pensar de outra forma.

— Posso melhorar isso consideravelmente, na verdade. — Avaliei a situação, se deixasse o vinho secar ali aquilo nunca mais sairia, e Deus sabe que Ian não podia perder uma das suas duas camisas que não tinham frases sobre alguém ter comido seu cérebro. — Me dá a camisa.

— Olive...

— Não precisa ser esquisito, eu só vou lavar para você.

Ele tirou a camisa e me entregou.

E é claro que foi esquisito.

Porque ele tinha dito que estava apaixonado por mim e agora eu estava tentando não encarar seu peito nu, seu abdômen, as pintinhas que eu conhecia tão bem e me perguntando se eu correspondia àquele sentimento, de alguma forma.

Coloquei a parte manchada debaixo da água e observei até a mancha roxa ser só levemente rosada. Na sequência, coloquei a parte molhada sobre o secador de mãos, que começou a dispersar ar quente.

— Quando estivermos em casa, eu termino de tirar a mancha para você. — Ian franziu os lábios para essa frase, então eu percebi o erro. Fazia semanas que eu não o via por lá. — Isso é, se você ainda morar lá.

— Eu só preciso de um tempo, Olive — disse ele, cruzando os braços sobre o peito, como se de repente se sentisse nu demais. — Para superar você.

— A gente nunca conversou sobre isso — respondi, trocando o peso do corpo de perna. — Você me disse que estava apaixonado por mim e não me deu oportunidade de falar nada.

— Eu estou apaixonado por você, Olive. E esse é o problema. — Ian me corrigiu e eu senti o peso de sua afirmação nos ombros, mais uma vez. — Eu não consigo ouvir o seu lado agora porque dói saber que eu queria estar te beijando agora e não posso. Assim como doeria estar em casa todo dia com você.

Fechei os olhos por um segundo.

— Você não me deixou falar nada — soltei, finalmente, voltando a olhar os olhos azuis. — E depois passou semanas agindo como se tivesse me dito bom dia.

— E o que você teria dito? — perguntou, mas não havia um tom de acusação na sua voz. Ele estava triste. — Que também está sentindo o que eu sinto?

Eu não sabia.

Eu não podia dizer com cem por cento de certeza que estava apaixonada por ele, embora, naquele momento, eu quisesse calar suas palavras duras com um beijo. Eu não sabia se estava apaixonada, mas estar ali, com ele, me fazia sentir coisas diferentes de tudo o que eu tinha experimentado.

— Eu teria impedido que você se afastasse completamente — respondi, contendo meu instinto de colar minha boca na dele colocando minha mão sobre a dele. — Eu teria feito você ficar.

— Não faz diferença, Olive — ele disse, ressentido. — Você ainda estaria com o Adam.

— Eu não estou com ele! — me adiantei, ciente de que desde aquele dia eu não tinha me encontrado com Adam nenhuma vez. Porque não era justo com ele, com Ian ou mesmo comigo.

Ian se aproximou, parando de frente para mim. Ele deslizou um dedo pelo meu queixo, mas, então, puxou meu cordão e ergueu meu antigo anel de noivado que estava pendurado ali. O objeto pairou entre nós como uma muralha.

— Tem certeza? — perguntou e soltou o cordão. O anel bateu contra meu peito. — Desculpe, Olive, eu não consigo fazer isso agora. Eventualmente nós voltaremos a ser amigos, inimigos, sei lá. Mas agora eu vou secar isso na Jessie.

Ele pegou a camisa e vestiu, mesmo ainda molhada.

E saiu do meu campo de visão. O anel parecia pesar uma tonelada, assim como as lágrimas nos meus olhos.

Eu finalmente tinha entendido o que eu sentia por Ian Simmons.

♥ ♥ ♥

Promessa é dívida, meus amores! Dobradinha de VeE em plena segunda!

Me contem o que estão achando e também o que acham que a Olive entendeu e vai fazer agora! Estou curiosa!

Com todo o amor do mundo, Gabs ♥

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