Capítulo Dezessete - Você não pode esconder nada de Franklin Johnson.

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Você.

Uma semana depois.

Ian e eu estávamos bem, o que significa dizer que talvez o equilíbrio do universo esteja fortemente comprometido. Com certeza os astros, divindades, destino ou qualquer coisa que supostamente rege a constância dos seres humanos não estavam preparada para Olive Smith e Ian Simmons juntos.

Mas, de alguma maneira, estava funcionando.

Ainda era estranho pensar que depois daquele estranhíssimo jantar no elevador, Ian e eu estivéssemos tão acertados; nem parecia que dias antes estávamos discutindo sobre arranhões com escova de vaso e lagartixas.

E a parte mais estranha era admitir que eu estava gostando daquele relacionamento às escuras. Será que eu preciso comprar um remédio depois de morder minha língua dessa maneira?

Nós estávamos voluntariamente dividindo a cama e tomando banhos juntos; passamos horas assistindo filmes na Netflix, tomando vinhos baratos e dando risada de qualquer coisa. Ian quase me emprestou um dos cremes de skincare.

Finalmente estávamos indo e voltando para o trabalho juntos e eu ficava levemente ansiosa pelo momento que finalmente entraríamos no nosso apartamento e recomeçaríamos cada coisa, entrando no nosso "elevador quebrado" até a manhã seguinte.

E o melhor é que ninguém sabia de nada. Era o nosso segredo.

Até aquela manhã.

— Você fica linda de azul. — Ian disse, me puxando para perto pela cintura.

Sorri, correspondendo ao beijo que ele plantou nos meus lábios. O problema era que estávamos na sede da Johnson Enterprises e Franklin tinha resolvido entrar na sala onde estávamos no exato segundo em que nossas bocas se tocaram.

Então ele começou a gritar, pulando e apontando com aquele jeito Franklin de ser. Ian e eu o puxamos para dentro da sala e fechamos a porta atrás dele. A dica é: não tente cobrir com a mão a boca de uma pessoa que está gritando.

Dica da pessoa que está ensopada de baba.

— Eu sabia que ia funcionar! — Franklin começou a bater palminhas enquanto eu passava álcool gel na mão como se minha vida dependesse disso. — Embora sempre falassem que na verdade a Olive estava a fim de mim, eu senti as faíscas desde o primeiro dia. Aquela coisa de "a gente se odeia"? Romance clichê!

Ian e eu nos entreolhamos, mas antes que pudéssemos fazer qualquer coisa sobre o assunto, Franklin continuou:

— Meu plano já era ótimo, é claro, mas o lance do elevador foi genial! — Gabou-se, apontando para o próprio crânio para enfatizar sua inteligência ímpar.

Então Franklin nos abraçou, falando sobre como foi difícil convencer Phil a ajudar com o corte de energia que nos deixou presos no elevador e sobre como suborno pode valer a pena, às vezes.

— Franklin, calma! — Pedi, me sentindo um pouco sufocada dentro de seu abraço. — Quem diz que eu estou apaixonada por você?

— Eu sempre disse isso. — Respondeu e começou a pular, quase arrancando meu pescoço enquanto fazia isso. Ele era parente de algum canguru?

— Ok, tudo bem! — Ian disse, desmanchando o abraço e a rodinha de pulos que nosso chefe tinha feito. — Não se empolgue, ok? Nós não estamos namorando, é só... — Ele sorriu para mim.

— Fornicação. — Frank concluiu. — Entendi!

— Não! — Ian e eu dissemos juntos e nos entreolhamos.

Você e Eu (Concluído).Onde as histórias ganham vida. Descobre agora