Notas: Indicação de música, Movement - Hozier.
JACOB BLACK
Depois da escola eu e Renesmee nos dedicamos em realizar o trabalho de biologia passado pelo Sr. Dalton. Mesmo sendo para entregar na próxima semana, estou empolgado pela criação de algo que possuo experiência. Antes mesmo de entrar na Universidade de Seattle, sempre tive uma paixão por concertar carros e motos. Depois do curso de engenharia mecânica, pensei em abrir minha própria oficina no centro da cidade ou montar um espaço para desenvolver maquinário tecnológico voltado aos adolescentes da tribo Quileute. Mas tudo isso ficou em segundo plano quando os bebês do Sam nasceram e ele abriu mão da alcateia.
Sinceramente, gosto de ser alfa. É muita responsabilidade gerenciar uma matilha com pessoas de idades, pensamentos e comportamentos diferentes. Mas todos somos ligados pelos nossos lobos internos e pelo sangue. Alguns anos atrás não queria ser lobo, muito menos um chefe. Abdicar do meu posto e deixar Sam continuar no comando me pareceu o melhor na época, mas tudo mudou quando Bella engravidou e Renesmee veio ao mundo. Porém, ter várias ocupações como ser alfa, cuidar do meu pai e ficar lado de Renesmee, me fez abrir mão de exercer a profissão como engenheiro mecânico. Ainda não é o momento, mas um dia será.
Depois de algumas hora, a estrutura de célula humana está pronta. Não sou de me gabar, mas com certeza vamos tirar um dez nesse trabalho. Construímos a esfera com ferro e o núcleo com led para acender na tomada. É, acho que a gente acabou se empolgando. Renesmee insistiu que não queria ficar apenas me observando trabalhar e ainda levar crédito por isso. Então, colocou as mãos na massa e nós dois terminamos mais rápido do que o planejado. Isso lhe custou um pequeno choque no dedo e seu rosto está sujo de graxa. Mas ela sempre foi proativa e curiosa.
Quando era criança, Edward a ensinou tocar piano de calda e agora ela é tão boa quanto o pai. Houve um tempo que precisei correr para acompanhá-la, porquê Renesmee sempre estava disposta para ler e adquirir conhecimentos diversos. Além disso, há alguns anos seus desenhos de palitinhos se transformaram em belos quadros. Obras realmente impressionantes inspiradas em algum artista renomado. Quebro meus pensamos e reparo na parede da velha garagem da minha casa, o quadro da praia de La Push que Renesmee pintou está pendurado enfeitando o ambiente empoeirado. É tão lindo, que parece não fazer parte da composição.
— Ei, o que vamos fazer agora? - Renesmee chama minha atenção. Ela limpa as mãos sujas em uma flanela e caminha em minha direção. — Ainda é cedo, tenho algumas horas até voltar para casa.
Desde que chegamos da escola estamos na garagem, nosso almoço não foi muito saudável, pizza e refrigerante. Finamente guardo o restante das ferramentas na caixa, apesar da poeira tudo está arrumado em seu devido lugar. Depois de anos, meu pai finalmente conseguiu que eu organizasse a garagem que ele me concedeu oficialmente como minha.
— Não sei, podemos encontrar a alcateia. Todo mundo ficaria feliz em te ver. - sugiro, a puxando para mais perto pelo gancho da sua calça jeans.
— Mas eu estou toda suja. - confere sua roupa e faz um bico. — Posso tomar um banho?
— Você continua linda... Mas que tal tomar um banho comigo? - aumento meu sorriso malicioso e beijo sua bochecha.
— Aah! - exclama e seu rosto automaticamente fica vermelho. — Juntos? Isso me parece tão melhor.
Renesmee sorrir e me abraça, seu corpo um pouco mole em meus braços. Nós temos certo poder um sobre o outro, causamos reações que não podemos controlar.
— Quero ter você outra vez. - sussurro em seu ouvido. — Tenho sonhado com aquela noite, seu corpo sem roupa e o prazer que você pode me proporcionar.
— Jacob! - me repreende dando um pequeno tapinha em meu bíceps e morde os lábios em seguida. — Não podemos fazer nada, o Billy está em casa. - fala olhando por cima do meu ombro em direção à casa.
— Eu não disse que esse banho seria no banheiro. - sugiro novamente e puxo sua mão para me acompanhar.
•••
Renesmee corre em alta velocidade, seus longos cabelos dourados apenas um borrão entre o verde das árvores. Agora estou em forma de lobo, é como me sentir realmente parte da natureza. Na forma do meu animal interior, meu corpo adquire dois metros e meio de altura, quatro patas com garras enormes, pelos e presas. Uma fera, capaz de matar qualquer coisa viva. Aumento minhas passadas, desviando das árvores e rochas que aparecem pelo caminho. Quando consigo ultrapassa-la com facilidade, sua risada de desafio escapa pela floresta.
Continuo correndo, ainda estamos nos perímetros da Reserva Quileute e posso ouvir os pensamos de Embry e Quil ao Norte. Somos ligados telepaticamente e na forma de lobo podemos compartilhar nossos pensamentos. Diminuo minha velocidade apenas para procurar ou esperar Renesmee, mas não a acho em lugar nenhum.
— Me procurando, lobinho? - pergunta, pendurada em uma árvore no alto da copa. Depois pula de árvore em árvore para obter vantagem.
Trapaceadora. Solto um uivo em protesto pelo seu roubo. Novamente volto a correr olhando para cima, não quero perdê-la de vista dessa vez. Renesmee pula quase dez metros de altura e pousa no chão graciosamente, ela é habilidosa como qualquer vampiro completo. Reduzo meus passos e paro em sua frente, posso enxergar meu reflexo pelos seus olhos castanhos.
— Eu preciso caçar, estou com sede. - fala olhando para os lados à procura de algum animal. Aponto com o focinho para o Leste, na direção da floresta Cullen. Mesmo com o imprinting, nem mesmo Renesmee tem permissão para se alimentar nas terras Quileutes. Apesar de ser alfa, nossas leis são definas pelo concelho de anciões e meu papel é apenas garantir que sejam cumpridas. — Tudo bem. - concorda.
Renesmee volta a correr e estou logo atrás, alguns metros a frente um pequeno rio demarca a divisão. Ela pula e faço o mesmo, entrando de fato nas terras que pertencem aos Cullen. Depois de alguns segundos, encontramos um pequeno cervo e rapidamente Renesmee o captura. De forma piedosa, quebra o pescoço do animal para que não agonize e bebe seu sangue. Enquanto ela se alimenta, volto a forma humana e acho uma bermuda escondida nos arbustos. Todos os lobos possuem esse hábito de esconder roupas na floresta, nunca se sabe quando vamos precisar.
Mesmo Renesmee sendo híbrida possui a maioria das vantagens de um vampiro, velocidade, sentidos, força e indestrutibilidade. Quando Bella estava grávida, ultra-sonografia e agulhas não penetravam no saco embrionário. Então, Carlisle supôs que apenas dentes de vampiro poderia danificar a pele. Pelo menos foi desse modo que Edward conseguiu retirar sua filha da barriga da mãe, a cena mais sangrenta que presenciei. Mas ninguém quis fazer o teste com uma faca ou arma de fogo.
Porém, há alguns anos saímos para caçar e Renesmee decidiu perseguir um puma selvagem. O animal revidou, lutando com as garras em seus braços e rosto. Claro que logo entramos no meio para tentar protege-la do ataque. Mas para nossa surpresa, Renesmee estava intacta e perfeita como sempre. O único poder que não possui é o veneno de vampiro, ela não pode transformar ninguém e isso quase a mantém salva. Depois de alguns minutos, estou vestido e ela aparece limpando os cantos da boca.
— Me desculpa. - pede se aproximando e entrelaça nossos dedos. — Pizza de quatro queijos é ótima, mas nada se compara ao sangue.
— Tudo bem, a única coisa que importa é você se sentir bem. - respondo de forma sincera.
Na época quando Bella me contou que iria se casar com Edward, não lidei muito bem com sua decisão. Me transformei em lobo e passei um tempo no Norte do Canadá, estar na forma do meu animal tornava as coisas mais simples. Durante esse período caçava animais como cervos, javalis e raposas. Mas carne crua continua tendo o mesmo sabor, não importa a forma do meu corpo.
— Vamos tomar banho de cachoeira?! - pergunta animada quando alcançamos a imensa queda d'água. — Nossa, faz tanto tempo que vim aqui.
— Os Cullens não costumam vir aqui, é muito perto da divisa. - respondo olhando em volta. — Estamos sozinhos.
A cachoeira tem uma correnteza forte, uma altura de uns vinte metros e águas azuis cristalinas. Nós admiramos a paisagem por alguns instantes, é quase de tirar o fôlego.
— Então, nós podemos ficar pelados? - fala mordendo o lábio inferior.
— Acho que sim... - concordo, feliz com a ideia de vê-la nua.
Renesmee sorrir e lentamente começa a retirar suas peças de roupa, suas botas cano alto, a calça jeans, o suéter e depois sua lingerie de renda preta. Observar a cena me despertou reações, meu pau está duro forçando a bermuda necessitado por ela. Caralho, eu preciso dela! Não posso negar, desde que Renesmee chegou a maior idade minha mente criou um milhão de fantasias. Agora que finalmente estamos juntos, pretendo realizar todos os meus desejos. Desde a nossa primeira noite eu anseio por mais, sou insaciável para sentir seu corpo e gosto. Ela é minha, sempre foi e será.
Quando dou um passo em sua direção, totalmente sedento para a possuir no meio da floresta. Renesmee aumenta o sorriso, balança a cabeça em um "não" tímido e pula cachoeira abaixo. Ela sabe como brincar comigo, novamente trapaceando e me negando o que é meu. Devido a altura e a água, não consigo avistar sua figura. Então não me demoro, retiro rápido a bermuda e pulo a seguindo. O salto leva apenas alguns segundos e meu corpo afunda metros dentro da água, nado em braçadas largas para a superfície.
— Você demorou muito! - Renesmee reclama jogando água no meu rosto.
Alguns feixes de sol atravessam a copa das árvores e ilumina a cachoeira. Devido a correnteza a água está quente e o clima agradável, nadamos lado a lado até chegar na parte mais rasa com pedras no chão. Renesmee passa os braços no meu pescoço e enfia os dedos no meu cabelo. Rapidamente a puxo mais mais perto, suas pernas envolvem minha cintura e seguro sua bunda com força para dar apoio.
Por causa da posição, ela está mais alta e seus pequenos seios pendem na altura exata da minha boca. É quase um pecado não chupar a auréola rosada e delicada. Então, chupo com vontade mordendo levemente o bico que endurece na minha boca. Ela suspira pesado, puxa meus cabelos com força e empurra mais os seios na minha boca.
É um delírio de luxuria ter a garota mais linda do mundo em meus braços. Levo dois dedos para o meio das suas pernas e massageio lentamente seu clítoris. Nossos corpos estão escorregando pelo toque dentro da água, isso deixa tudo incrivelmente mais carnal, erótico e sensual. Renesmee procura meus lábios, totalmente necessitada pelo prazer. Nosso beijo é feroz, lascivo e vivido. Ainda posso sentir o gosto do sangue animal em sua boca, mas isso apenas aumenta meu desejo.
— Eu quero te comer aqui mesmo e agora. - minha voz soa rouca pelo tesão enquanto ainda a beijo. — Quero sentir sua boceta apertando a cabeça do meu pau.
Renesmee abre a boca um pouco chocada com as minhas palavras baixas, mas depois morde o lábio inferior e se esfrega mais na minha mão. Ah, ela gosta disso tanto quanto eu.
— Quando se tornou tão depravado? - pergunta, com um sorriso malicioso no rosto.
— Desde a primeira vez que fui inteiramente seu. - falo arrastado, seguro seu corpo com apenas um braço e posiciono meu pau na entrada da sua boceta.
Observo seu rosto, quero guardar cada traço da sua beleza e das suas reações. Ela é linda, como uma semideusa vivendo entre os humanos. Alguns fios de cabelo molhado grudam no seu rosto, seus olhos possui um tom sombrio e ela abre mais a boca ao sentir o contato da nossa pele embaixo da água. Depois segura em meus ombros e desce lentamente, formando um vinco na testa pelo atrito inicial. Porra, é como entrar no céu. Permaneço parado, sentindo sua boceta deliciosa se encaixar por completo no meu pau.
— Você é minha perdição... - confessa, com os olhos perdidos nos meus.
Ah meu amor, você ainda não viu nada. Seguro em suas coxas com força, afundo meus dedos em sua pele macia e faço seu corpo subir e descer lento no meu pau. Nossos corpos estão colados, deslizando pela água presente e nossa lubrificação mútua. Renesmee me abraça novamente, joga a cabeça para trás e geme manhoso.
— Renesmee, você é tão boa! - falo beijando seu maxilar, queixo e orelha. — Quero fazer amor com você todos os dias da minha vida.
— Isso é muito tempo. - responde, com a voz baixa e rebola no meu pau, engolindo tudo com vontade e me causando a melhor sensação possível. Porra, ela é uma delícia.
— Ainda seria pouco para o tanto que te quero. - falo com as palavras arranhando minha garganta.
Renesmee sorrir com minha reposta e beijo sua boca novamente, minha língua desliza apreciando seu gosto com prazer. Apesar da água, estamos quase pegando fogo, suspirando e gemendo. Depois uma das minhas mãos aperta sua nuca com força e a outra segura sua bunda. Obrigo seu corpo a subir e descer, escorregando no meu pau com facilidade. Caralho, preciso sentir ela gozando! Movimento meu quadril mais rápido e empurro mais fundo, sentindo sua boceta ficar mais apertada e suas pernas tremerem em volta de mim. Renesmee geme mais alto ao chegar no clímax com espasmos e derrama seu líquido em mim. Seu corpo torna-se mole, sua respiração está cortada e seu rosto é puro prazer. Continuo a penetrando sem parar, empurrando meu pau na sua boceta ainda mais molhada.
— Oh, não há nada melhor do que me sentir sua. - sussurra sem forças.
Porra! Não preciso de mais, abraço seu corpo e me derramo dentro dela. Respiro fundo, sentindo o cheiro da floresta e o cheiro de baunilha que exala da sua pele. Ela é meu pior vício, absolutamente tudo que eu preciso. Depois de provar seu amor, nunca mais serei como antes. Preciso confessar, sou completamente dependente dos seus beijos, toques, corpo e sabores. Eu a amo, como nunca amei nada na vida ou provavelmente possa amar. Não há nada que possa fazer isso mudar.
•••
Depois de algumas horas estamos vestidos e quase completamente secos, apenas o cabelo molhado de Renesmee denuncia o sexo recente. Hoje é noite de lendas, a cada seis meses o concelho reúne toda tribo Quileute para repassar nossas histórias por meio da oratória. Os líderes do concelho ainda continuam os mesmos de anos atrás, meu pai, Sue Clearwater e o avô do Quil, que também se chama, Quil Ateara II. Porém, todos estão mais velhos e enrugados pelo tempo. Minha posição na tribo é abaixo deles, o chefe dos lobos. Respiro fundo inalando o cheiro de madeira queimada e me aqueço mais junto à fogueira, todos estão reunidos na frente da minha casa conversando, rindo e bebendo cerveja artesanal que Sam produz. Somos como uma grande família, irmãos, primos e amigos de uma vida inteira.
— Tudo certo. - Renesmee fala se sentando ao meu lado no pequeno banco. — Liguei para os meus pais e avisei que vou chegar mais tarde.
— Então, sem bebida alcoólica para você. - brinco tomando um gole da minha cerveja amarga. — Não vamos arriscar a confiança deles mais uma vez.
— É, acho que meu nome está no vermelho. - ela encolhe os ombros e guarda o celular no bolso da calça. — Mudando de assunto, tem certeza que posso estar aqui hoje? Não quero ser penetra.
Inevitavelmente sorrio pela sua pergunta. Renesmee é a cópia física do pai, Edward, apesar de ter os olhos castanhos de Bella. Mas sua personalidade é uma completa mistura dos pais e de Charlie. Ela é quase um quebra-cabeças e implacavelmente linda.
— Não se preocupa, os anciões acham importante você conhecer nossas lendas. Além disso, é a primeira vez que os garotos mais jovens irão ouvir também; Yle, Akimin e Jack. - passo meu braço em sua cintura e a puxo para mais perto. — E agora você é parte do nosso povo pelo imprinting.
— Isso me parece mais aceitável. - comenta, entrelaçando nossos dedos.
— Venham crianças, está na hora! - Sue reúne os mais afastados para que todos possam ouvir a voz do meu pai.
— É importante saber a história do nosso povo... - Billy anuncia alto com a voz rouca. — A lenda diz que um guerreiro espiritual, Utlapa, queria usar esse poder para escravizar tribos vizinhas, os Hohs e os Makahs. Recusando-se a usar os poderes dos guerreiros para tais propósitos monstruosos, seu chefe, Taha Aki baniu-o da tribo. Um dia, o chefe deixou seu corpo em um esconderijo para varrer o vale em sua forma espiritual, procurando na área qualquer coisa que pudesse representar uma ameaça à tribo. Utlapa o seguiu e tomou posse de seu corpo, depois cortou a garganta do próprio corpo para impedir o retorno de Taha Aki. O chefe vagou por um tempo em forma de espírito, observando o ladrão fazer coisas horríveis ao seu povo. Um dia, o espírito do chefe encontrou um grande e belo lobo na floresta. Embora com ciúmes da forma física do lobo, uma ideia surgiu para ele. Ele pediu ao lobo para compartilhar seu corpo com ele, e o lobo concordou... - meu pai faz uma pausa e toma um gole de cerveja para limpar a garganta.
Eu perdi as contas de quantas vezes escutei essa história, mas sempre parece a primeira vez. Renesmee por outro lado mal pisca os olhos, sua atenção está presa no meu pai como as demais pessoas. Billy respira fundo e continua a falar.
— Correndo de volta para a aldeia como o lobo, um dos guerreiros, um homem idoso chamado Yut, percebeu que o lobo estava sob o controle do espírito. Desobedecendo as ordens do usurpador Utlapa de não entrar no mundo espiritual, deixou seu corpo para falar com a besta. O falso chefe, alarmado com a entrada de Yut no mundo espiritual, temendo que sua traição fosse revelada, matou o guerreiro. Taha Aki ficou furioso e se lançou para matar o homem; suas emoções eram demais para o lobo, e se transformou em um humano magnífico, a gloriosa interpretação da carne do espírito impecável de Taha Aki. O falso chefe foi morto e as coisas foram prontamente acertadas. Taha Aki gerou muitas crianças e descobriu que seus filhos, também podiam se transformar em lobos.
Todos permanecem em silêncio, esperando um quase final para história. Então, Sue Clearwater, toma a palavra para si.
— Devido Taha Aki ser um metamorfo e sua primeira transformação foi em lobo, todos os seus descendentes só podem se transformar em lobos e assim surgiu a lenda do lobisomem. - ela se inclui para transmitir a ideia de unidade, mas Sue não possui o gene. Isso foi passado pelo seu falecido marido Harry Clearwater, para seus filhos Leah e Seth. — Durante à liderança de Taha Aki, nossa tribo foi atacada pelos frios e nós revidamos. Não estamos sozinhos no mundo e sempre precisamos lembrar que nossa prioridade é o povo Quileute.
Uma salva de palmas, uivos e assobios rompe o silêncio deixado pela voz de Sue, depois todos voltam a conversar entre grupos. Mas Renesmee ainda permanece parada com a chuva de informações que acabou de receber.
— Então, você descende de espíritos guerreiros? - pergunta com um sorriso curioso.
— Pois é, isso te impressiona ou te choca?
— Sinceramente, ainda me impressiona. - ela se levanta do banco em um pulo. — Nos últimos tempos, há sempre uma coisa nova para se descobrir. Eu vou pegar um suco de laranja, volto já. - avisa indo em direção à mesa com comidas e bebidas.
— Jake? - Rachel chama minha atenção. — A Rebecca está em ligação de vídeo, venha ver seus sobrinhos!
— Tudo bem. - concordo com relutância.
Mesmo Rachel e Rebecca fingindo que nada aconteceu, ainda guardo certa mágoa pela partida delas quando nossa mãe morreu. Na época, eu era apenas uma criança e precisei assistir Billy se afogar no luto. Mas os anos passaram, Rachel voltou para casa e Rebecca construiu sua família no Havaí. Não posso fingir que elas não existem, eu as amo apesar de tudo. Com passos pesados me aproximo de Billy, Rachel e Paul, pela tela do celular, Rebecca, seu marido e as crianças acenam felizes. Minha irmã mais velha parece com minha falecida mãe, Sarah, elas tem o mesmo sorriso e isso me causa certa dor.
— Você pode enganar alguns de nós, mas não engana todos... - Yle balbucia com Akimin sendo seu guarda costas.
Olho por cima do ombro e posso escutar os garotos de 14 anos confrontando Renesmee. Quero interromper a conversa, mas os filhos de Rebecca me mostram os dentes de leite que eles mesmo arrancaram sozinhos. Porra, não posso sair sem dar nenhuma explicação.
— Eu não estou enganando ninguém... - Renesmee responde, despejando o suco da jarra em um copo. — Olha, não quero arrumar problemas.
— Você pode tentar disfarçar. - Yle dar um passo em sua direção e Akimin repete o ato. — Mas bem lá no fundo ainda é uma vampira, um monstro.
— Então acho melhor você não se meter comigo, garoto. - ela devolve os objetos pra mesa e sua voz soa firme.
Não posso deixar isso continuar e interrompo o diálogo com a minha família.
— Adorei ver vocês, mas preciso ir agora. Tchau, crianças! - me despeço às pressas e corro em direção do trio. Quando chego perto o suficiente, empurro o peito de Yle que tropeça alguns passos para trás e Akimin recua com medo. — Que merda é essa?!
— Não é nada, Jacob... - Renesmee me interrompe. — Nós só estávamos conversando, está tudo bem.
— Ela é meia vampira! - Yle quase cospe as palavras, um nojo presente em sua voz.
— Não importa, porra! - falo baixo segurando seu braço magricelo. Não quero criar uma cena na frente de toda tribo. — Ela é meu alvo de imprinting, está sob a nossa proteção por lei. Isso inclui você não falar babaquices para ela!
— Me desculpe, chefe. - pede baixando a cabeça e novamente Akimin o imita.
— Eu estou sendo compreensível com vocês dois e com o Jack, por causa da recente transformação. - sacudo novamente seu braço, fazendo ele me encarar com seus imensos olhos negros. — Mas lembrem-se, o preço para desobediência é exílio ou morte. Agora vão para casa dormir, amanhã iremos conversar!
Depois das minhas duras palavras, os dois garotos correm desengonçados para longe. Verifico em volta e apenas Billy nos reparou, ele concorda com a cabeça em incentivo para minha liderança.
— Jake... - Renesmee chama em voz baixa.
— Venha, vou te levar para casa.
☀️🌙
Olá, leitores! O que estão achando até agora?
Os lobisomens da Saga Crepúsculo são metamorfos, essa diferenciação não é feita nos filmes. Mas consta nos livros e guias de curiosidade. A autora (Meyer), menciona em Amanhecer que os lobisomens por mordida/lua cheia, foram caçados e quase entraram em extinção por Caius Volturi. Mas, será que eles realmente não existem mais? 🫢
Fonte da lenda: https://twilightsaga.fandom.com/pt/wiki/Metamorfos.