Você e Eu (Concluído).

By gabipizzol

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Ian e Olive se conheceram na pré-escola, passaram pelo ensino fundamental e pela puberdade juntos, quando fin... More

Você e Eu 2.0
Você e Eu: Encarando o passado.
Personagens.
Capítulo Um - Lar, doce lar.
Capítulo Dois - Que vença o melhor!
Capítulo Três - Johnson Enterprises.
Capítulo Quatro - Proibido verbena neste capítulo.
Capítulo Cinco - Uma história de amor melhor que Crepúsculo.
Capítulo Seis - Hospital.
Capítulo Sete - Regras.
Capítulo Oito - Extremos.
PRÉ-VENDA DE NANO CONTRATUAL ♥
Capítulo Nove - Quase um príncipe.
Capítulo Dez - Momentos antes da desgraça acontecer.
Capítulo Onze - Ordem no tribunal!
Capítulo Doze - Sentença.
Capítulo Treze - Arrepios.
Capítulo Quatorze - Constelações.
Capítulo Quinze - Depois.
Capítulo Dezesseis - Eletricidade.
Capítulo Dezessete - Você não pode esconder nada de Franklin Johnson.
Capítulo Dezoito - Um passo para trás.
Capítulo Dezenove - Solução.
Capítulo Vinte - Eu não tenho outro amigo com a pele tão linda.
Capítulo Vinte e Um - Você gosta de Ian Simmons.
Capítulo Vinte e Três - Empurrãozinho.
Capítulo Vinte e Quatro - Ele.
Capítulo Vinte e Cinco - Improbabilidade.
Capítulo Vinte e Seis - Contrato.
Capítulo Vinte e Sete - Perfeitamente imperfeitos.
Capítulo Vinte e Oito - O que você quer.
Epílogo.
[extra] Ressaca (parte 01)
[extra] Ressaca (parte 02)
[extra] Ressaca (parte 03)
[extra] Ressaca (parte 04)
[extra] Ressaca (parte 05/final)
Você quer comédiazinha romântica, @?
Cuidado, é mentira!
Você disse livros sobre rockeiros?

Capítulo Vinte e Dois - Idiota, só que dói.

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By gabipizzol


Eu.

Idiota.

Era o que eu tinha sido, mais uma vez. Um belíssimo idiota.

Não era como se fosse a primeira vez e provavelmente não seria a última, mas, de alguma forma, dessa vez era diferente.

Dessa vez, ter dado o braço a torcer e admitido para mim mesmo que eu queria consertar as coisas com Olive e depois ver o que eu tinha acabado de ver estava doendo.

Mas não era nada demais, de todo modo.

Era só mais uma das vezes que eu estava sendo idiota.

Só que doía.

Adam estava com os lábios nos dela, beijando sua boca depois de eu ter pedido a Olive para que a gente conversasse mais uma vez e, possivelmente, reatasse aquela relação estranha que a gente tinha construído.

Mas, o que eu esperava? Ela era Olive Smith. Não era como se ela fosse se apaixonar por Ian Simmons. Embora eu não tivesse mais tanta certeza se a recíproca era verdadeira.

— Eu sinto muito, Ian. — Jessie disse e senti suas mãos em meu braço. Dessa vez, não para me segurar e me impedir de ver exatamente o que eu estava vendo, mas como uma forma de apoio.

Porque eu meio que estanquei naquele pedaço de chão por um segundo. E por mais um quando os olhos azuis de Olive me encararam e se arregalaram. E sua boca se entreabriu, mas se fechou muda, como se ela não soubesse o que falar.

Ela não tinha que me dar explicações, no fim das contas. Ela era uma mulher livre e solteira e eu tinha garantido que ficasse claro que nós dois não tínhamos nada. Ela podia sair com o Dr. Thor, se quisesse.

Então por que era como se uma bigorna muito pesada estivesse em cima do meu coração?

De toda forma, apenas tirei meu braço das mãos de Jessica e saí dali, tendo apenas uma vaga consciência dela falando para seu cliente que precisava ir atrás de mim e que eles remarcariam, embora eu realmente não quisesse que ela deixasse de resolver suas coisas por causa das minhas pendências mal resolvidas, mas sem realmente conseguir fazer algo sobre isso.

De repente, eu só precisava de ar. De respirar. De me livrar daquele peso enorme que parecia me esmagar.

Passei pelo bar, pelo portal em frente ao restaurante e peguei a chave do Buggy com os manobristas, dispensando que eles fossem buscar meu carro de verão para mim. Tinha quase chegado no carro quando fui interrompido por um chamado, de certa forma, inesperado.

— Ian! — A voz de Olive me chamou e eu ouvi o barulho dos saltos contra o piso do estacionamento, rápidos e fortes. Ela estava correndo. — Ian!

Parei e respirei fundo, me virando para ela em seguida.

A primeira coisa que notei foi que ela estava linda. O vestido preto destacava sua pele alva e os cabelos presos para cima deixavam seu rosto exposto, uma visão ampla provavelmente da pessoa mais bonita que eu já tinha visto. Ela era tão simétrica, o formato amendoado dos olhos era perfeito, assim comoo azul; como dois pedacinhos do céu.

Esperei que ela chegasse e parasse na minha frente, a alguns centímetros de mim, já ajeitando alguns fios do cabelo que tinham saído do lugar. Seu peito subia e descia rápido, numa respiração ofegante.

E a gente se olhou. Porque, de certa forma, não tinha nada a ser dito. Olive estava seguindo minha vida e eu me magoei porque estava com o ego ferido – só por isso, porque eu não podia pedir nada para ela quando eu mesmo tinha colocado um ponto final no nosso "conto de uma página".

Era só isso.

— Ian, eu... — Olive começou, depois de morder os lábios e me encarar por um tempo, como se buscasse as palavras certas.

Estendi uma mão para ela, interrompendo o que ela iria dizer.

— Você não precisa explicar nada — disse eu, porque era a verdade. Baixei os olhos, reparando nos meus próprios sapatos desconfortáveis. — Na verdade acho que eu preciso explicar, porque eu quem tive uma reação exagerada e...

— Eu vi sua mensagem — disparou, sem me dar tempo para um colete à prova de balas. O que aquilo significava? Ela tinha visto, ok, e ainda assim estava beijando Dr. Thor. Ser idiota é péssimo, péssimo, péssimo! — Eu já estava aqui, com Adam, mas eu vi e...

Suspirei.

Por que parecia que tinha algo em cima do meu diafragma, me impedindo de respirar?

Por que eu queria dar um soco na minha própria cara?

Por que eu estava com raiva de Olive e, ao mesmo tempo, não estava?

Eu estava tendo um tipo de conflito interno que estava me deixando maluco!

— Olive, tudo bem — disse eu, depois de finalmente reencontrar o ar e as palavras. — Não importa se você viu ou não, porque, no fim das contas, não faz nenhuma diferença.

Ela piscou, várias vezes seguidas.

— Eu vi que você me mandou algo ontem à noite e logo depois apagou — respondeu e cruzou os braços. — Você queria falar comigo... no elevador quebrado?

Ela sabia que eu entendia do que ela estava falando. Um nó se formou na minha garganta e eu engoli em seco, tentando desfazê-lo em vão.

Eu só queria nunca ter saído da casa da minha mãe, ou ter ido viver na praia com meu Buggy e a hippie chamada Selena que disse que eu fazia lindos colares de concha. Ou ter, sei lá, arrumado um emprego na Antártida e nunca, nunca, nunca ter reencontrado Olive Smith. Tê-la deixado como uma lembrança agridoce no fundo da minha mente – minha amiga de um dia, meu desafeto de anos.

Porque teria sido mais simples. Porque eu não estaria me sentindo desse jeito, como se ela estar com Adam quebrasse algo dentro de mim em um milhão de pedacinhos e eu não soubesse como começar a consertar.

Respirei fundo. Não importava como eu me sentia, no fim das contas. Era a vida dela e ela estava vivendo.

— Não importa — respondi, demorando a reconhecer minha própria voz daquele jeito baixo e embargado. — Não teria feito diferença.

— Você não pode saber se teria feito ou não diferença, Ian — ela devolveu.

— Mas eu sei, porque você está aqui com Adam — disse eu, mas um 'não comigo' insistia para ser acrescentado à frase. — Está na cara que você gosta dele, Olive, e está tudo bem. É a sua vida e ele parece ser um cara legal, para ser bem honesto. Tudo bem que eu não tenha significado nada para você.

Olive arregalou os olhos e foi nítido que, a qualquer sentimento que a estava dominando naquele momento, tinha sido acrescentada uma dose de raiva.

— Ian, eu posso te achar infantil, meio idiota às vezes, certamente passo metade dos meus dias pensando em como te esganar e não ser incriminada, mas você não pode dizer isso — disse ela, colocando o indicador no meu peito. — Porque eu sei que apesar disso você sempre foi gentil, se preocupou comigo e me fazia sorrir por coisas muito, muito idiotas. Eu te vi, Ian Simmons, eu vivi coisas com você e sou eu quem dou significados para elas, não você!

— Ok, Olive, tudo bem, talvez eu tenha sido uma boa companhia para tomar vinho, uma boa transa, sei lá — retruquei e vi os olhos dela ficarem cheios de lágrimas. — Eu posso ter sido algo para você, mas o que Adam significa? Eu não posso competir com isso.

— Não é uma competição!

— Se fosse, ele ganharia — disse o obvio e Olive pareceu ficar ainda mais nervosa. Coloquei as mãos nos ombros dela, fazendo um contato despretensioso. — Está tudo bem, Olive, você não tem obrigação de sentir nada por mim. O idiota que se apaixonou fui eu.

Eu só percebi o que tinha dito quando efetivamente disse.

Mas não retirei nenhuma palavra, porque, no fim das contas, talvez tenha sido a coisa mais sincera que eu disse para Olive Smith – e para mim mesmo.

Eu estava apaixonado pela minha amiga de um dia e desafeto de décadas. Precisei apenas conhecê-la para, ao menor toque, transformar todo aquele ódio em algo positivo, mas que agora parecia me sufocar.

Olive me encarou incrédula e eu tirei as mãos dos seus ombros, deixando meus braços caírem ao lado do corpo e enfiando as mãos nos bolsos simplesmente porque não sabia o que fazer com elas.

Ela até abriu a boca, mas não pôde dizer nada, porque Adam se aproximou naquele momento.

— Está tudo bem? — perguntou, parando ao lado de Olive e pousando a mão na base da coluna dela. Doeria menos se ele tivesse dado um bicudo na minha boca. — Eu não queria causar nenhum desconforto entre vocês e...

— Está tudo bem, Adam — disse eu. Idiota, idiota, idiota, idiota, idiota. — Olive e eu nunca tivemos nada, então não tem nenhum desconforto aqui.

Dizendo isso, sem esperar qualquer reação de Olive ou Adam, eu me virei e entrei no Buggy.

Dei partida e não olhei para trás nenhuma vez, porque eu sabia que eles poderiam ver as lágrimas escorrendo no meu rosto se fizesse isso.


♥ ♥ ♥


Parágrafo reservado para vocês comentarem o quanto eu sou uma pessoa horrível.

Beijos e até breve,

Gabs ♥

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