Cyber Nature

By Masked_Hide

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Ano de 2130 Com o objetivo de aumentar o poder de fogo e com a evolução da tecnologia, surgiram os primeiros... More

Avisos Iniciais
Prólogo - Revolução Humana
Capítulo 1 - Um dia no inferno
Capítulo 2 - Cybernature
Capítulo 3 - Nanoquebra
Capítulo 4 - A Resistência
Capítulo 5 - Esquadrão de Ação de Vanguarda
Capítulo 6 - Berserk
Capítulo 7 - Faísca de esperança
Capítulo 8 - Primeiro passo
Capítulo 9 - Ajuda inesperada
Capítulo 10 - Nova Resistência
Capítulo 11 - Overdrive
Capítulo 12 - Humano e máquina interior
Capítulo 13 - Fantasma do passado
Capítulo 14 - AP-01h
Capítulo 15 - Garganta cheia de vidro
Capítulo 16 - Resistência Overdrive
Capítulo 17 - Tecnologia furiosa
Capítulo 18 - Juntos
Capítulo 19 - Cérebro derretendo
Capítulo 21 - Na caçada
Capítulo 22 - Cassino Royale
Capítulo 23 - No limite
Capítulo 24 - Avante
Extras - O universo de Cyber Nature.
Extras 2 - O elenco de Cyber Nature
Capítulo 25 - Máculas do tempo
Capítulo 26 - Sombra é a luz
Capítulo 27 - Sol vermelho
Capítulo 28 - Eu sou meu próprio mestre
Capítulo 29 - Os heróis relutantes
Capítulo 30 - Infinite
Capítulo 31 - Ômega
Epílogo - A guerra ainda ressoa dentro
Autor e Planos Futuros
Artes e Fanarts

Capítulo 20 - Parabellum

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By Masked_Hide


Trish, com seu visor, observou além da muralha de aço da fronteira e percebeu que a estrutura não se tratava apenas de metais, mas também circuitos. Ela acabou entendendo como esses circuitos funcionavam e conseguiu se conectar no sistema da muralha. Com a ajuda de seus equipamentos, hackeou e abriu uma passagem mais afastada da entrada principal, sob a verificação de que não estava em um local tão aberto.

O grupo passa pela fronteira, e sem muito tempo de visualizar o ambiente em volta, correm até um beco mais isolado, parando finalmente para descansar. Ashley e Trish encostam Edward na parede enquanto o restante se sentava. Estavam muito cansados, quase sem energias, mas não podiam parar por tanto tempo.

- Não podemos parar agora, se Annie foi esse desafio, quem sabe o que nos aguarda agora? – Hide dizia, mesmo sendo o mais ferrado.

- Olha pra você primeiro. Não vai conseguir fazer nada contra o Esquadrão Zero no estado que está. Na verdade contra ninguém. - Ashley dizia enquanto enfaixava seu ferimento no ombro.

- Ao menos vocês ainda têm suas armas, poderão retomar assim que acharmos mais cubos de energia. – Trish dizia.

Hide saca sua katana da bainha mostrando para Trish a lâmina quebrada. Praticamente não havia lâmina, apenas o começo dela depois do cabo. A mecânica logo fica extremamente chocada e até paralisada.

- Minha maior criação... O que você fez com ela? Você é um monstro Hide... – Era claro o tom de brincadeira na frase, mas de certa forma, Trish estava triste pela espada ter se quebrado.

- Pelo visto foi apenas a minha que se quebrou. Acha que dá pra consertar, Trish? – Hide perguntava.

- Não, por isso você é um monstro. Minha queridinha, o que ele fez com você? - Trish pegava a katana entristecida.

Nesse meio tempo de descanso, Edward acaba acordando. Seus companheiros explicam o que aconteceu e que agora estão no setor 1, o último e local onde está sede da Cybernature.

- Precisamos nos preparar. – Edward se levantava sentindo algumas dores em seu braço, que não possuía mais o encaixe cibernético, e em seu peitoral.

- E como faremos isso aqui? Essa é a área mais vigiada. –Ashley perguntava.

- Eu não sei. O plano inicial que fizemos na nossa base, fora da Cidade-G, já foi por água abaixo faz tempo. Eu não tive como pensar em algo fora aquilo. – Edward dizia meio desanimado.

Rachel, por outro lado, parecia saber de alguma coisa ou que escondia algo. Logo seus companheiros notaram e pediram que ela revelasse o que estava guardando.

- Conheço alguém que talvez possa nos ajudar. – Rachel dizia não muito animada com a ideia, e o grupo percebia isso.

- Porque não falou antes? Vamos logo. – Hide dizia enquanto guardava sua katana quebrada na bainha.

- Por favor, Rachel! Seja lá o que for a treta que você tiver com esse alguém, deixa isso pra lá. Nós precisamos de ajuda. – Edward colocava seu bastão em suas costas.

- Tá certo... Vamos lá. – Rachel acaba cedendo à vontade dos companheiros. Eles seguem por entre os prédios e ruas mais vazias. Agora estava mais difícil para eles se esconderem. Muito mais sentinelas, mais guardas, e até mais Hextecs. Um mínimo vacilo e os cinco seriam capturados e mortos.

O setor 1 era ainda mais tecnológico que o anterior. Quase tudo ali era metálico e robotizado. Os veículos pareciam que não podiam ficar mais avançados. Tudo era mais automático e as cores mais vibrantes. De longe já era possível ver a sede da Cybernature.

Os cinco andavam por ruas mais vazias, nos cantos daquele setor, um pouco mais periférica do que o restante, porém, mesmo assim não se via ninguém passando necessidade na rua, os bares funcionando e com pessoas bebendo logo pelo início da tarde. O grupo chega a um beco sem saída entre dois prédios. Rachel bate na parede logo em sua frente, fazendo um som metálico.

- Viktor, sou eu, a Rachel, abre aí. – Ela não dizia com a maior empolgação do mundo. Uma pequena janela se abria na tal porta camuflada, sendo possível ver apenas os olhos do rapaz, um dos lados da cabeça era robótico.

- Tem muita coragem de voltar aqui depois do que me fez passar. – Dizia o rapaz do outro lado da porta.

- Vamos precisar esquecer isso agora. Você precisa me ajudar.

- E porque eu te ajudaria? Depois do que você fez comigo, e ainda por cima uma criminosa altamente procurada. Como chegou até aqui?

- Você vai me ajudar, porque sabe que mesmo assim, me deve uma, e também saiba que eu posso arrebentar essa porta a qualquer hora. – Rachel mostrava suas garras, apesar de não estar em modo Overdrive. É o suficiente para Viktor se assustar.

- A partir de agora, é você que vai me dever uma. – A janela da porta se fecha e o rapaz a abre. Era um homem um pouco mais baixo que Rachel, aparentava ainda ser jovem, mas muito desgastado, possuía seu tronco todo robotizado, no rosto um dos lados era cibernético, possuía uma enorme cicatriz que atravessava o rosto dele em diagonal, começando no olho do lado robótico e parando no final da boca do lado humano. Não possuía cabelo no lado metálico, e no lado humano era raspado. Suas roupas davam a entender que ele era um mecânico clandestino.

- Você ainda não restaurou essa porcaria? – Rachel perguntava.

- Pra eu nunca me esquecer de... Ah, legal, e ainda trouxe mais gente. Aonde você quer chegar? – Viktor dizia indignado.

- Algum problema? – Rachel perguntava novamente, demonstrando indiferença. Viktor pensa um pouco e olha para trás do grupo antes.

- Vai me dever em dobro, entrem. – Ele dizia enquanto adentrava no local. Rachel seguia logo atrás e o grupo vai também, fechando a porta atrás logo após o último passar.

Era um local bem parecido com a sala de Sunny, mas maior e com muitas armas e ferramentas mais improvisadas.

- O que aconteceu entre vocês? – Hide perguntava à Rachel.

- Eu e ele no passado já fomos parceiros de crime. Ele me ajudava com as armas para pegar as energias dos cubos, mas fomos muito audaciosos, principalmente por tentar atuar no setor 1, e tivemos que armar uma fuga de emergência para viver.

- E eu jamais esquecerei. – Viktor se virava e mostrava a cicatriz no rosto.

- Vê se cresce cara! Foi só um custo pra nós dois sairmos vivos.

- Nós dois uma ova! Eu quase morri por sua causa. – Viktor apontava uma chave de fenda para Rachel.

- Vai fazer o que? Me desmontar? – Ela abaixa a chave de Viktor com a mão. – Não esquece que eu também quase morri fugindo daqui, você que decidiu ficar.

- Eu? Eu já era procurado e aquela granada nos separou na fuga. Se tivéssemos seguido minha ideia de apenas mudar o esconderijo, eu não teria isso hoje. – Ele aponta novamente para a cicatriz.

- Vai viver de passado ou vai me ajudar?

- O que você quer? Vai voltar à ativa? E, aliás, como chegou aqui? – Viktor questionava.

- Eu me uni a eles. – Rachel apresentava o grupo. – Nós vamos destruir a Cybernature e precisamos de algumas coisas.

Viktor pausa um pouco antes de rir, como se a ciborgue tivesse contado uma piada.

- Vocês destruírem a Cybernature? Hahahahah... E como pretendem fazer isso? Vão bater de frente com Armstrong?

- Esse é o plano. – Edward dizia da maneira mais direta possível.

- Espera... Se chegaram até aqui, quer dizer que tiveram de passar pela fronteira... Espera, são vocês? Aqueles que até pouco tempo tinham uma recompensa pelas suas cabeças? Como passaram por Annie e Ryan? – Viktor estava realmente surpreso.

O grupo nem precisava mostrar o resultado da batalha. Ashley com uma atadura no ombro, que já estava vermelha de sangue. Hide com seu braço robótico apenas com os circuitos e ligações à mostra. Edward com seus ferimentos, camiseta rasgada e estilhaços nos braço. Rachel com os ferimentos no rosto e a lâmina de seu braço quebrada. Além de todos estarem sujos de sangue e poeira.

- Acho que... Tá bem claro. – Hide dizia.

- Vocês vão me colocar numa enrascada pior do que estou. Eu nunca gostei da Cybernature mesmo. Ainda não acredito que possam derrotar Armstrong, mas tudo bem. Do que precisam?

- Precisamos de ferramentas e materiais para consertá-los. Se puder ajudar, ou souber onde achar. – Trish dizia ao rapaz.

- Posso pelo menos dar um braço para ele até conseguir fazer um para batalha. – Ele apontava para Hide. – Aqui não tenho tanto material para construir algo tão potente. Você é um aprimorado, não é? Posso ver por seu equipamento.

- Acha que isso tem conserto? – Ele saca sua katana quebrada mostrando-a para Viktor.

- Oh... Uma alta frequência. – O rapaz observa mais de perto. – Belíssima, é linda mesmo. Mas receio que para ela não haja esperanças. Até onde vi nesse setor, e até onde não vi, não temos o material necessário para criar uma arma de alta frequência eficiente. Como conseguiram fazer isso? Geralmente só a Cybernature faz isso, e só para seus aprimorados.

- Bom... – Trish coçava a nuca.

- Vocês são doidos! Tá certo, vamos.

Viktor começa a reparar os danos causados, não era o melhor médico do mundo, mas deu conta do recado. Colocou um braço novo em Hide, mesmo que mais fraco que o anterior, apenas até eles conseguirem os materiais necessários. Conseguiu cicatrizar o corte no ombro de Ashley, apesar de que foi mais doloroso do que deveria. E finalmente, os cortes no corpo de Edward, dando-lhe uma camiseta velha que ele tinha.

- Ok, sabe a localização dos materiais? – Edward perguntava ao mecânico.

- Temos três locais: Um depósito, um cassino e um prédio.

- Aquele prédio? – Rachel perguntava.

- Exatamente. – Viktor respondia.

- Eu dou conta desse. Sei quem está naquele prédio. – Rachel confirmava seu destino para o grupo.

- Eu e Trish cuidaremos do depósito. – Edward confirmava.

Restou a Hide e Ashley irem para o cassino. Os dois se olham de maneira meio desconfortável, mas acabam aceitando.

- Você tem cubos, Viktor? – Rachel perguntava.

- Tenho, mas a energia neles é bem pequena.

- Já vai ajudar.

O rapaz entregava os cubos de energia aos quatro. Eles absorvem a energia e conseguem recarregar parte de suas energias, nem de longe era o suficiente para um modo Overdrive, mas pelo menos conseguiriam lutar.

Eles agradecem ao mecânico e iriam já para seus destinos, quando ouviram Trish os chamando mais ao fundo da sala. Quando chegaram perto, eles viram uma televisão holográfica que estava passando uma mensagem da Cybernature.

Quem revela sua voz era o próprio líder da organização, Armstrong. A transmissão mostrava os cinco do grupo em fotos tiradas de sentinelas, e logo abaixo deles recompensas. Os cinco novamente estavam sendo caçados e agora por preços ainda maiores.

A recompensa de Hide chegava aos 20 milhões de códigos. Logo em segundo vinha Edward, com uma recompensa de 18 milhões. Ashley e Rachel compartilhavam as duas 15 milhões em suas recompensas. E, por último, Trish, com 10 milhões pela sua cabeça. O grupo estava novamente sendo caçado por qualquer um que quisesse.

- Vocês querem ter paz? Então se preparem para a guerra. – Armstrong diz essa frase e logo depois a transmissão acaba.

Os cinco se entreolham não muito surpresos. Armstrong poderia fazer de tudo para impedi-los, até mesmo transformar pessoas em soldados da noite para o dia.

Rachel olha para Viktor, apesar de estar em uma condição não muito boa. Ele não aparentava que iria entrega-los à Cybernature ou mata-los.

- Bom, do que vão precisar, fugitivos? – Viktor diz sorrindo.

Hide e Edward se olham, de certa forma, sorrisos e expressões de quem estavam acostumados com isso. Eles olham para Viktor, e Hide diz:

- Armas.

- Muitas armas. – Edward complementa.

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