Your Love Saved Me • Beauany

By abeaushine_

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Dominando as paradas de sucesso, Any Gabrielly tem o mundo aos seus pés. Com fãs super dedicados, vários cont... More

Elenco
Um fã?
É o que os amigos fazem
Um guarda costas
Terrível
Josh
Inconsequente
Beauchamp
Nosso segredinho
Suffocation
Um pouco de calmaria
Entediada
Não vai acontecer de novo
Insegurança
Tão chato!
Não te devo satisfações, meu bem!
Prepare o passaporte
Minha queda
Acordo
I'm sorry, ok?
Coração quentinho
Quatro meses
Colo
Agradecer
Seguir em frente
Novo artista
Existe um cara
Que ironia
É sério?
O namorado dela
Não preciso pensar
É a minha vida
Uma foto do casal
Canadá
Feijoada
Vídeos caseiros
Nossa casa
Um canguru
Rápido demais
Velha amiga
Você pisou na bola
Coisas do passado
Daqui pra frente
Praticamente um casamento
Nem pensar
Tomar providencias
Ela está bem
Ficar alerta
VSF
Tequila, sal e limão
De mais ninguém
Nova York
Pânico
Passeio
Culpa
O plano
Entre lágrimas
Surto
Agradecimentos
SURPRESA
Bônus: Pra sempre e depois

Quase suicida

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By abeaushine_

Josh

Ajudo Any a encontrar a saída do cativeiro e então, ela foge. Respiro aliviado com a cena. Se o pior acontecer a mim, partirei com a consciência tranquila. O mais importante está feito, ela está a salvo.

Sabendo que o tempo está se esgotando, tento me apressar. Após passar direto pela porta onde dois dos sequestradores se encontram, verifico todas as outras que surgem a minha frente, no mesmo corredor. Nenhuma delas está trancada, o que deixa claro que ninguém estaria ali.

De repente me dou conta de que, se quiser encontrar Yonta rapidamente, precisarei de ajuda. É quando uma ideia, quase suicida, admito, me ocorre. O cara trancado no quarto não parecia tão mal assim. Agora que Any está livre e todo o plano criminoso está em risco, talvez possamos nos ajudar.

Faço o caminho inverso no corredor, voltando onde Any e eu estávamos presos anteriormente. Destranco a porta com cuidado, adentrando o cômodo em seguida. Noto o homem de pé. Ele está sem o capuz agora e tem o rosto confuso. Provavelmente acabou de acordar.

- Parado aí! - falo baixo e aponto a arma pra ele, que me encara e ergue os braços lentamente.

- Por favor, não atira.

- Eu não vou, contanto que você me ajude.

- Eu já disse que não posso. Se não cumprir com o combinado, sou eu quem vai se dar mal.

- Você vai se dar mal de qualquer jeito, amigão. Já se perguntou onde a Any está?

- Oh, merda! - ele parece cair em si. - Ela fugiu.

- Isso mesmo. Você não é tão burro afinal.

- Então porque você ainda está aqui? Olha cara, se eu fosse você, teria dado no pé na primeira oportunidade. Vai por mim. Não era ela quem eles queriam riscar do mapa.

- É, eu já sei de tudo. - dou alguns passos em sua direção. - Ouvimos uma conversa entre os seus parceiros. Esse sequestro foi tudo fachada, não foi? Não passou de um plano para que Daniel Fox se livrasse de mim. Vai me dizer o motivo?

- Eu não sei.

- Não sabe?

- Não.

- E agora? - engatilho a arma, mirando na cabeça do sujeito. - Ainda não sabe?

- Cara, por favor! - ele fecha os olhos com força.

- Me diga o motivo. Não quer que sua família precise enterrar você, quer?

- N-não. - ele gagueja.

- Então diga. Agora. - encosto o cano da arma em sua testa. Sei que estou perdendo tempo com essa conversa, mas preciso saber a verdade.

- Ele quer que você saia da vida da Any. Quer que o caminho fique livre pro cara que ele agencia.

- Filho da puta! - digo irritado. Minha vontade é acabar com o verme do Daniel. - Simon Fuller também está por trás disso?

- Não sei. Eu acho que não. - ele responde parecendo sincero.

- Tudo bem. - abaixo a arma. - Qual o seu nome?

- David.

- Certo, David, é o seguinte: eu preciso da sua ajuda. Não diga que não pode. Agora você não tem essa opção. Any voltará em poucos minutos com a polícia e, tanto você quanto seus parceiros vão se dar mal. Entendeu?

- Então por que eu ajudaria você? - ele me observa.

- Bem, primeiro, porque você pode ser muitas coisas, mas não é como os outros caras. Segundo, porque como eu disse, você não tem escolha. Ela levou sua carteira. Sua identidade estará nas mãos das autoridades e você será preso. Podemos aliviar pro seu lado, mas isso só acontecerá se me ajudar.

- Ok, ok. - ele bufa. - O que quer que eu faça?

- Ouvimos seus parceiros falarem sobre uma terceira pessoa sequestrada. Uma mulher. - explico. - É Yonta Taiwo?

- Sim. É ela.

- Ótimo. É tudo o que eu precisava saber. Agora você vai me levar até ela sem que os outros dois caras percebam. Nós vamos libertá-la e depois vamos embora daqui.

Ao contrário do que imagino, David aceita minhas ordens de primeira. Ele se coloca a minha frente e pede que eu siga seus passos. Apesar de notar que o rapaz não parece desonesto, prefiro não arriscar, e o acompanho o tempo todo com a arma em punho, por via das dúvidas.

Seguimos por um corredor, diferente do que Any e eu utilizamos mais cedo, até chegarmos a uma escada em espiral. Segundo o homem, ela dá para o porão, onde Yonta se encontra. Não posso vacilar, então entrego as chaves a ele e o ordeno que vá na frente. Entramos juntos quando a porta é aberta.

- Josh? - a mulher pergunta, claramente surpresa em me ver. - O que você... Como você chegou aqui?

- Longa história. Podemos conversar sobre isso mais tarde. Agora eu só preciso que venha comigo, está bem? - seguro sua mão. - Vamos sair desse lugar.

- Certo. - ela concorda, ainda que pareça confusa.

Fazemos o caminho de volta em poucos segundos, ainda com David a nossa frente. Ele nos mostra uma saída diferente dessa vez, alegando que assim, não corremos o risco de cruzar com os outros dois caras. O problema é que, justo agora, um deles cruza nosso caminho.

- Mas que porra está acontecendo aqui? - o homem de pele clara e cabelos ruivos, aparentando ter um pouco menos que a minha idade, pergunta. - David, o que você fez? Cadê a garota?

- Ela fugiu, Mike. A essa altura, já deve estar longe.

- Como deixou isso acontecer, seu burro? - ele bufa de raiva e faz menção de sacar sua arma, mas sou mais rápido e o surpreendo. - Uou! Calminha aí, cara!

- Coloque a sua arma no chão. - ordeno, apontando a minha pra ele. Mike olha o comparsa como se pedisse ajuda, mas David apenas dá de ombros. O ruivo, então, revira os olhos e faz o que peço. David pega a arma. - David, tranque ele em um dos cômodos. Rápido! - digo. O homem assente.

- Evan! - o ruivo grita quando David começa a arrasta-lo. - Evan!

- Calado! - ordeno.

Ele me ignora e continua a gritar, então atiro no chão, assustando a todos. Um clima ainda mais tenso paira sobre nós. Mike se cala, mas agora é tarde. Sei que Evan, provavelmente o terceiro sequestrador, está vindo e vai me causar problemas. Minha ideia se confirma quando vejo o rosto de Yonta revestido por medo e David engolir em seco. O ruivo desgraçado dá um sorrisinho de lado. Viro-me lentamente apenas para confirmar o que já sei. O terceiro cara está bem no fim do corredor e sua arma está apontada para mim. Merda!

Meu coração bate forte. Milhões de coisas passam pela minha cabeça. Penso na minha mãe, no meu pai e até no insuportável do Jaden. Eu daria qualquer coisa para abraçá-los uma última vez. Penso também na Any e em tudo o que ainda poderíamos viver juntos. Meus olhos começam a arder, mas não me permito chorar. Não posso quebrar agora.

- Abaixa a arma, Evan! - David diz ao homem que se aproxima a passos rápidos. - É melhor deixar eles irem, cara.

- E me queimar com o chefe? - ele responde, rindo. A arma ainda apontada pra mim. - Não conte com isso.

- Isso aí, Evan. Mostra pra eles quem manda! - Mike diz em tom divertido.

- Você não sabe o quanto eu esperei por esse momento, loirinho. Não é nada pessoal, sabe? Apenas ansiedade pra terminar o serviço e receber a bolada que me prometeram. - ele está bem a minha frente agora. Sem delongas, retira minha arma.

- Tudo bem. Apenas acabe logo com isso. - suspiro, me dando por vencido. Não tenho pra onde correr, afinal.

- Josh, não. - Yonta, que até então assistia a tudo, atônita, diz com a voz embargada.

- Relaxa, dona. Você ouviu o cara. Está tudo bem. - Evan sorri e me encara. - Fique de costas. Rápido, porque eu não tenho o dia todo. - sem opções, obedeço.

- Ah, meu Deus! - Yonta começa a chorar descontroladamente agora. Sinto vontade de abraçá-la, mas não posso.

- Agora fique de joelhos. Não quero que o seu sangue respingue nas paredes. Limpar o chão será mais fácil. - o homem volta a falar, de maneira debochada. Covarde! Obedeço mais uma vez, o coração prestes a sair pela boca. Um calafrio percorre todo o meu corpo quando ouço a arma ser engatilhada. - Últimas palavras?

- Vá pro inferno. - respondo, irritado.

- Legal. É uma boa sugestão. - ele ri. - Pode ter certeza que te procuro por lá assim que eu for me juntar a você, daqui há alguns anos. Agora chega de conversa. Já falamos demais.

Então ele se cala. Tudo o que ouço são minha respiração pesada e o choro inconsolável de Yonta. Fecho os olhos com força, permitindo que algumas lágrimas rolem pela minha face. Meu coração bate tão forte que chega a zumbir em meus ouvidos. Talvez esteja batendo pela última vez. E então, o tiro.

***

Cinco coisas:

1° Tô sofrendo junto com vocês;
2° Ainda não decidi o final dessa história, então tudo pode acontecer;
3° A fic está chegando ao fim. Termino em dois ou três capítulos;
4° Volto ainda hoje pra terminar (provavelmente durante a madrugada, mas vou tentar postar antes da meia noite);
5° Sei que sou eu quem tá escrevendo isso, mas tô chorando... Pqp!!!

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