I'm sorry, ok?

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Depois de um lanche rápido, deixo Josh descansando no meu quarto e vou me deitar no quarto da minha mãe. Parece-me mais sensato, visto que minha irmã de apenas 12 anos pode chegar a qualquer momento e, a julgar pelo grau de fogo existente entre o loiro e eu, nos pegar em uma situação constrangedora. Estou tão cansada que logo pego no sono.

Acordo quando ouço vozes exaltadas vindo da sala. Corro até lá e encontro minha tia e Belinha gritando com Josh, que aparentemente não entende nada.

- Que gritaria é essa aqui? - pergunto em português.

- Any??? - tia Laura praticamente berra e pula sobre mim, me abraçando. - Eu não acredito! O que você está fazendo aqui?

- Eu vim passar um tempo com vocês. - dou risada. Me solto dela para abraçar minha irmã também. - Não gostaram da surpresa?

- Eu amei! Estava morrendo de saudade! - Belinha sorri, animada.

- Eu também estava morrendo de saudade, meu amor. - beijo o rosto dela antes de parar ao lado do Josh. - Por que vocês estavam gritando?

- Porque demos de cara com um desconhecido quando abrimos a porta. - tia Laura explica. - Ficamos assustadas.

- Ah, gente! Me desculpem por isso. Eu devia ter previsto que algo assim aconteceria. Esse é o Josh, meu guarda costas. - digo ainda em português e depois em inglês para que o loiro compreenda. - Josh, essas são minha irmã, Belinha, e minha tia, Laura.

- Então ele não fala a nossa língua?

- Ainda não, tia, mas pretendo ensinar algumas coisas, já que não sabemos ao certo quanto tempo vamos ficar por aqui.

- Meu Deus, que vergonha! Pensamos que ele fosse um bandido. Eu estava prestes a chamar a polícia.

- Ainda bem que você apareceu, Any. - Bela diz, envergonhada.

- Então era esse o motivo da bagunça de vocês? Coitado do Josh! Ele não entendeu nada.

- Hey, Josh! I'm sorry, ok? - tia Laura o abraça, pegando-o totalmente de surpresa. - Eu falei certo, Any?

- Falou sim, tia. Não se preocupe, ele entendeu. - começo a rir.

Passado o susto, tia Laura prepara um café da tarde e nos sentamos a mesa para comer e botar o papo em dia. Explico à ela o real motivo de eu ter retornado ao Brasil e ela me atualiza sobre o estado de saúde da minha mãe. Por não entender a língua, Josh fica no celular a maior parte do tempo e isso faz com que eu me sinta um pouco culpada. Eu deveria ter me atentado para as dificuldades que estariam por vir e ensinado pelo menos o básico a ele.

- Me desculpe por essa confusão, Josh.

- Não se preocupe. - ele ri um pouco. - Está tudo bem agora. O mais importante é que não fui parar na cadeia.

- Com certeza! Ainda bem que eu acordei. - rio também. Coloco minha mão sobre a sua. - Prometo te dar umas aulinhas de português mais tarde, está bem?

- Está ótimo. Eu vou adorar estudar a sua língua. - o loiro diz em um tom ambíguo, repleto de malícia e encara minha boca.

- Tem certeza que ele é só o guarda costas? - tia Laura chama nossa atenção, do outro lado da mesa. - Eu não entendi absolutamente nada do que vocês acabaram de dizer, mas que a temperatura subiu... Ah, subiu!

- Meu Deus, tia! - balanço a cabeça negativamente, rindo.

Em meio às conversas, perdemos a noção do tempo. Logo anoitece e visitar minha mãe no hospital acaba ficando para o dia seguinte, bem cedo. Tia Laura tentaria tirar uma folga no trabalho para me acompanhar. Todos vão para a cama depois do jantar. Da mesma forma que fizemos durante a tarde, Josh fica com o meu antigo quarto e eu, com o da minha mãe. Assim ele não precisaria ficar desconfortável, dormindo no sofá da sala.

Depois de passar longos 20 minutos tentando dormir, chego a conclusão de que minha soneca da tarde acabou prejudicando o sono da noite. Eu provavelmente não conseguiria fechar os olhos antes das 02:00 da madrugada. Curiosa para saber se Josh está com um problema semelhante ao meu, me levanto e, sem fazer qualquer barulho, vou até o quarto no fim do corredor. Bato na porta e aguardo.

- Estou sem sono. Se importa se eu ficar aqui um tempinho? - pergunto inocentemente quando sou atendida.

- Você é uma péssima mentirosa, Any. - o loiro, que está vestindo apenas uma calça de moletom, balança a cabeça, sorrindo. - Entre! - Josh volta para a cama e eu o acompanho, sentando-me ao seu lado.

- Eu não estou mentindo. Estou mesmo sem sono.

- E aí veio ver se eu ainda estava acordado para te fazer companhia?

- Isso aí. Talvez possamos fazer alguma coisa que não envolva barulho. Assim não acordaremos ninguém.

- Um 69? - ele pergunta em tom de diversão.

- Não, seu idiota! - damos risada. - E à propósito, eu sou muito mente aberta quando o assunto é sexo, mas 69 é uma coisa que eu detesto e está totalmente fora de cogitação, ok?

- Não posso negar que isso me deixa triste, mas ok.

- Meu Deus, Joshua! E eu acreditando desde o início que a mente suja entre nós dois era eu. - passo meus braços em volta do seu pescoço e encaro seu rosto. - Se bem que esses seus olhos angelicais nunca me enganaram.

- É mesmo?

- É sim.

Minha atenção é direcionada aos lábios rosados do loiro, que me atraem feito um ímã. Logo estamos nos beijando de forma desesperada, como se fôssemos dois adolescentes. Me sento no colo de Josh, de frente pra ele, e suas mãos vêm rapidamente até às minhas coxas. A forma como ele desliza, me apertando do jeito certo, me deixa beirando a loucura. Preciso contrair os lábios para não gemer quando a boca quente cobre um dos meus mamilos assim que as alças do meu pijama descem pelos meus ombros.

As preliminares continuam por algum tempo. A boca e as mãos de Josh passeiam por boa parte do meu corpo, assim como as minhas pelo dele, mas infelizmente, no momento mais aguardado da noite, não podemos seguir em frente. Na correria, acabamos nos esquecendo de uma coisa pequena, mas de importância imensurável: comprar camisinhas. Apesar da necessidade de abrir mão da penetração, ficando apenas no oral, retorno ao quarto da minha mãe feliz da vida. Não tenho do que reclamar. Josh é absolutamente incrível em tudo o que faz.

Your Love Saved Me • BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora