Amsterdã- La casa de papel

By Carolina_Mel

137K 9.4K 5.2K

"A vida é uma experiência única, por isso vivam cada momento como se fosse o último, porque realmente pode se... More

ONDE TUDO COMEÇOU
O SEGUNDO ASSALTO
A VOLTA
PEDIDO DE CASAMENTO
A PERDA DE MEMÓRIA
BELERMO
A CHEGADA DO LÍDER
A NÚMERO 11
PLANO AMSTERDÃ (PARTE I)
PLANO AMSTERDÃ (PARTE II)
A ESCADARIA PARA A DESGRAÇA
UM NOVO AMOR
A PROMESSA QUEBRADA
BRIGAS E RECONCILIAÇÕES
12 DE MAIO
DATA AMALDIÇOADA
PARABÉNS PARA MIM
✨AVISO✨

JAMES

4.4K 351 107
By Carolina_Mel

- Como você conseguiu me manter viva? - Eu perguntei tentando ficar sentada e ele me ajudou. - Obrigada.

- Eu usei tudo que vocês trouxeram para operar a Nairóbi, as ataduras, remédios para não infeccionar, as bolsas de sangue, as anestesias...

- Você... - eu parei por alguns segundos até conseguir completar a frase, pois estava em completo estado de choque. - Você costurou minha cabeça?

- Bom, sim.- Ele falou com um sorriso fraco.

- Eu não vou mentir, irmãozinho, eu estou levemente desesperada em saber disso. - mentira, eu estava completamente desesperada. - Mas se eu ainda estou viva, é um sinal de que deu tudo certo.

- Você se lembra como caiu da escada?

- Eu tinha ido falar com o Berlin, quando voltei eu acho que torci meu pé só escorreguei e acabei caindo.

Eu me senti meio mal por ter mentido para ele, mas não foi uma total mentira, eu realmente tinha ido falar com o Palermo e escorreguei, mas ele não precisava saber porque eu tinha descido apressada ao ponto de cair. E naquele momento, eu ainda achava que o Berlin estava com o Palermo.

- Toma mais cuidado da próxima vez.

Chegava a ser ridículo está no meio de um assalto e estar toda arrebentada por ter caído de uma escada.

- Você pode chamar o Berlin para mim? Eu queria falar com ele.

- Claro. Se cuida. - ele falou e deu um beijo na testa antes de sair.

Com tudo o que aconteceu, eu tinha me esquecido de falar que a ex do Berlin era irmã da Alicia e estava ajudando a polícia. Eu achei melhor ele saber antes dos outros, inclusive antes do Professor, até porque foi ele quem fez a idiotice de falar para a namorada sobre o roubo.

- Oi! - Berlin falou abrindo a porta e entrou.

- Oi.

- Como é que está a irmãzinha mais linda desse mundo? - ele perguntou e se sentou de frente para mim.

- A irmã mais linda do mundo eu não sei, mas eu estou ótima.

- Você é a irmãzinha mais linda do mundo. - ele falou rindo e eu sorri também. - O Palermo me contou tudo.

A dor na minha cabeça voltou e com ela um enjôo, tudo começou a girar, mas eu tentei me manter calma.

- Tudo? Tudo o quê?

- Você sabe.

Naquele momento eu tive a certeza de que a nossa amizade acabaria ali mesmo. Ele não parecia estressada nem bravo comigo, e talvez não estivesse, mas tudo dependia de qual argumento eu usaria.

- Me desculpa por não ter te falado antes, Berlin. Eu sei que deveria, mas eu não tive coragem, eu fiquei com medo da sua reação, ele me mataria, além de que poderia atrapalhar o plano e...

- Eu não vejo problema algum em ele ter namorado a sua mãe. - ele disse calmamente e eu o olhei totalmente confusa.

- Espera aí, o quê?

- É, quer dizer, o Denver era filho do Moscou, eu, você e o Professor somos irmãos, isso sem falar dos casais. Eu acho que uma relação de ex padrasto e ex enteada não faria diferença.

Eu não estava acreditando que ele tinha mentido para o Berlin, sorte dele não estar por perto se não eu o quebraria no soco. Mas se ele tinha arrumado um jeito de falar que nos conhecíamos, só me restava continuar com a mentira.

- Então está tudo bem para você?

- Sim. Eu te entendo, você perdeu sua mãe, sua irmã e por isso quer proteger ele. Mas se o problema for eu ocupar o lugar da sua mãe, pode ficar tranquila que eu e ele não estamos juntos.

Parece que os meu momentos de sossego em não ter culpa por algo tinham acabado.

- Não? Por quê?

- Ele é um idiota, quando você ficou desacordada foi que eu percebi isso.

- Eu não quero ser responsável por a briga de vocês.

- E não é, a culpa não foi sua. Ele fingiu que não te conhecia, mentiu quando não nos falou que sabia que éramos irmãos e te abandonou quando sua mãe e sua irmã morreram, quando você precisava de alguém. Talvez eu não agi tão errado quando fui embora, tirando a parte da Tatiana é claro. - ele falou com um sorriso fraco.

- Ah, falando em Tatiana, era sobre ela que eu queria falar.

- Sobre a Tatiana?

- Pois é. Quando eu fui salvar a Lisboa, eu descobri que ela é irmã da Sierra, a inspetora que está cuidando de tudo sobre o assalto. Tem uma grande chance dela estar ajudando a polícia.

- Você tem certeza que era a Tatiana?

- Absoluta. Eu lembro bem das fotos que você me mostrou de todas as suas esposas, que não foram poucas. - eu falo rindo.

- Vamos ter que mudar as estratégias, mudar absolutamente tudo, deixar o menos parecido possível com o plano original. Eu vou ajudar a planejar tudo, mas antes, temos que falar com o Professor.

- Eu acho melhor você guardar toda essa energia para quando você ficar melhor.

- O quê? Mas o roubo já está durando mais que o planejado, vamos passar mais dois dias no máximo aqui.

- Não importa, você vai ficar quietinha aí, você está frágil, não vai poder fazer nada por enquanto.

- Mas eu estou ótima.

- Isso é o que você diz, mas você ainda precisa se recuperar e de muitos cuidados. Inclusive eu preciso pegar as coisas que a gente pediu para te ajudar a melhorar e para nos manter.

- Isso não estava no plano.

- Como você mesma disse, acabou que a gente vai passar mais tempo que o planejado, o trabalho com o ouro ainda está na metade.

- E isso não é perigoso? Pedir coisas lá de fora como se fosse um delivery de comida?

- Não. - ele respondeu me olhando como se dissesse por telepatia que eu estava sendo paranóica, e eu recebi a mensagem.

- Pelo menos vocês pediram sorvete?

- Sem sorvetes. - eu cruzo os braços com indignação ao ouvir a resposta dele e ele ri.

Dois dias já tinham se passado, eu já estava andando e voltei a ajudar nas tarefas mais fáceis. Eu já havia falado com o Palermo e decidimos que levaríamos a mentirinha dele adiante, sem tocar muito no assunto é claro. Estava tudo meio parado, tudo já começava a ficar intendente, mesmo sendo um assalto.

Eu estava com os reféns e um deles falou.

- Posso ir ao banheiro?

Ele tinha os cabelos castanhos e lisos quase na altura dos ombros, era alto, e tinha os olhos castanhos. Ele parecia ter saído de um filme teen onde ele era o protagonista popular e galã que todas as meninas sonhavam em ter como namorado, eu nunca tinha reparado nele, mas ele era muito lindo.

- Pode. Vem comigo.

- Você tem certeza? - Estolcomo perguntou para mim.

- Tenho, eu dou conta. Fica aí com os outros.

Eu fiquei na porta e antes de ele entrar falei.

- Se tentar fugir, lembre-se de que mesmo eu estando meio quebrada, eu ainda sei atirar muito bem.

- Vou me lembrar. - ele falou e deu um sorriso de lado.

Quando ele saiu, ele encostou na porta e perguntou.

- Qual o seu nome?

- Amsterdã. - eu demorei um tempo para perceber que eu deveria ter perguntado o nome dele também, se eu perguntasse talvez fosse constrangedor, mas se eu não perguntasse seria falta de educação. - E o seu?

- James. Você é muito nova para ser um assaltante.

- E você é muito novo para morrer, então me faz o favor de ficar quieto.

Eu levei ele de volta e continuei com os reféns. Às vezes James olhava para mim e às vezes eu o olhava, mas sempre tentando disfarçar. Eu já estava entediada, sem contar o cansaço, quando a Lisboa apareceu para me salvar.

- Você pode ir descansar, eu cuido deles.

- Obrigada.

Eu realmente estava precisando descansar, ainda me sentia meio mal. A sala em que eu estava quando acordei depois de ter caído da escada se tornou quase um quarto para mim. Eu estava terminando de trocar a atadura do meu braço quando alguém bateu na porta.

- Entra. - eu falei e James abriu a porta, eu rapidamente peguei a arma e apontei para ele. - Você deveria estar lá embaixo.

- Calma, eu só quero conversar. A Lisboa me deixou falar com você.

- O que você quer? - Eu falei abaixando a arma.

- O que aconteceu com você?

- Eu caí da escada.

- Nossa! Você está bem? - ele perguntou estranhamente preocupado.

- Agora eu estou. - eu falo com um sorriso. - Não deveria se preocupar.

- Por que não?

- Você é meu refém. Deveria querer que eu morresse.

- Eu não te vejo como uma sequestradora.

- Ah é?

- É.

- Senta aqui. - eu falo e ele se senta ao meu lado. - Agora me diz, como você me ver então?

- Eu não te vejo como uma pessoa ruim como os outros acham que você é. Talvez esse assalto não seja algo ruim é traumático, talvez isso só foi o destino nos colocando frente a frente pra ficarmos juntos.

- Você está louco, garoto.

- Sim, talvez eu esteja louco o suficiente para se apaixonar por você.

- A gente trocou algumas palavras e algumas delas foi eu te ameaçando de morte. É impossível você estar apaixonado por mim.

- Se é impossível, então eu consegui o impossível. Eu me apaixonei por você desde o momento em que você entrou no Banco, talvez você não tenha notado, mas eu tenho te observado desde que você apareceu.

- Isso era para parecer fofo? Porque soou meio psicopata. - eu falei com sarcasmo.

- Desculpe se pareceu isso, mas é que eu tenho tentado conversar com você faz muito tempo, mas não tive a oportunidade. Agora que eu finalmente consegui, não quero estragá-lo por nada.

Ele me olhou nos olhos por alguns segundos, passou a mão pelo meu rosto e me puxou para um beijo.

Continue Reading

You'll Also Like

89.6K 6.1K 31
ATENÇÃO: A HISTÓRIA ESTÁ PASSANDO POR UMA REVISÃO, A ESCRITA E ALGUNS FATOS ESTÃO SENDO REFEITOS, POR CONTA DISSO ALGUNS CAPÍTULOS ESTÃO DIFERENTES D...
1.2K 92 11
Eleanor é uma jovem plebeia que mora em Dragonstone,sua mãe Muriel era um empregada no castelo,por algum motivo Muriel e Rhaenyra eram melhores amiga...
2.7K 67 87
saiu a versão em inglês!!! Charlotte Stilinski, irmã de Stiles. Charlotte namorava com o melhor amigo do seu irmão, Scott McCall, eles eram um trio n...
2.5K 239 14
Em meio a crescentes conflitos familiares, Ambar Jacobs se vê afundando cada vez mais nas drogas. Enfrentando adversidades, encontra consolo e proxim...