Never Mind

By callmequeenwtt

62.3K 4.1K 828

+18| Joshualast, pequena cidade do interior da Carolina doSul, movida a vida monótona de seus moradores e a e... More

Avisos
CASTING
Dedicatória
Prefácio
Prólogo
Book Trailer
Un: Ferrungens, sorrisos ladinos e livros
Trois: Burguesia
Quatre: Babacas e livros rabiscados
Cinq: Tempo vago
Six: Pirralho
Sept: Sarcástico quanto eu
Huit: Uma Gaweks em mim
Neuf: Paixão, o mais burro dos sentimentos.
Dix: Money, all the problems
Onze: Expectativas
Douze: Meu tudo, minha vida
Treize: Gargalhadas e Gostosuras
Quatorze: Novidades
Quinze: Recíproco ou não?
Seize: Possíveis escolhas
Dix-sept: Fogo queima?
Dix-huit: Nothing

Deux: Beijo de Diamante

3.3K 225 72
By callmequeenwtt

Ao chegar no portão do condomínio ele parou e chamou o porteiro para se identificar, e eu disse que ele estava comigo, após ele acelerar o carro estávamos pelas ruas do residencial, passando pelas propriedades dos meus vizinhos, até pararmos em frete aos portões de ferro da Mansão Gaweks.

Enaltecendo toda a influencia com um brasão da família que meu pai fez questão de banhar a ouro para mostrar a população de Joshualast o poder que ele exerce sobre a cidade, uma grande hipocrisia mas eu sou parte deles.

Um troféu.

Aperto o interfone e digo que sou eu, após isso Eadmund segue com o carro até a fonte da casa que fica em frente a porta de entrada, um pouco inútil e fútil? Sim. Não havia necessidade de fazer quase uma rotatória em frente a uma residência. Pessoas normais tem caixas de correio em frete a casa mas temos que ser os diferentes, exibindo todo o nosso dinheiro. Mostrando o sonho americano, aquele que todo mundo sonha.

Como eu disse, todos omitindo e vivendo de aparências para os outros, mas então apenas suprem as suas necessidades emocionais com consumismo, apostas, bebidas, títulos, rótulos entre outras coisas que usamos como artificio para tampar esse buraco que temos dentro de nós. Eu mesma faço isso, mas prefiro assumir isso que acontece.

—Entregue—brincou, eu como sempre muito educada agradeci com um sorriso contido.

—Afinal, você quer entrar?—falo quando pego a minha mochila no banco de trás do carro.

—Acho princesa que eu nem tenho roupa adequada para entrar na sua casa—disse ligando o conversível enquanto eu andava em direção a porta de entrada.

—Eu tenho certeza que as pessoas aqui de casa precisam conviver com pessoas normais, sou a única que convive com pessoas comuns— ele olha no retrovisor como de pensasse se deveria ou não entrar.

—Saiba que se eu for expulso é culpa sua—ele diz e eu gargalho até ele chegar ao meu lado.

—Eu ajudo te expulsar— digo e sorrio travesso.

Entramos e vamos caminhando com cautela até a cozinha, já que na sala não havia ninguém, cumprimento a governanta e aviso que estamos indo para meu quarto.

—Ei uma paradinha— Ead estendeu a mão, pedindo para pararmos de subir as escadas.

—Vamos só são trinta e cinco degraus— observo o seu cansaço.

—Respeite o meu lado sedentário— dramatizou pondo a mão sobre o peito, como se estivesse ofendido, não vou julga-lo, eu também sou sedentária.

—Sedentarismo é foda—rio puxando sua mão para continuarmos a subir.

Entramos no meu quarto, e ele já tomou a liberdade de sentar na minha cama, eu caminhei até meu closet e peguei meu biquíni preto favorito.

—O que você vai fazer?—diz apontando para as peças na minha mão.

—Nós vamos estrear a piscina—vou andando até o banheiro para trocar de roupa. Após trocar-me voltei para o quarto e ele estava mexendo nos meus livros, na sua mão estava Orgulho e Preconceito um dos meus livros favoritos. Eu sempre guardei meus livros com muito carinho. Quando eu não tinha ninguém pra conversar, ia na livraria ao lado do meu prédio e comprava alguns livros.

—Vocês nunca usaram a piscina? Só pode ser brincadeira—riu entre dentes.

—Não—falo como se fosse óbvio —vai ficar parado ai me olhando?—ando até a porta.

—Eu não tenho roupa adequada para isso princesa rebelde—diz ainda sentado na cama.

—Como se eu me importasse de você nadar de calça—digo arrastando ele para fora do quarto.

—Eu me importo, e com certeza tua mãe também—andamos até o quintal e deixo ele parado no deck e pulo na piscina fazendo a água se agitar.

Mergulhei, molhando meu corpo por completo ficando cerca de um minuto submersa. Era boa a sensação de estar no vácuo, o vazio por dentro é preenchido por toda a água a sua volta.

Ao voltar a superfície Ead já estava sem a camisa preta que antes vestia. Me sentei na borda da piscina.

—Vai nadar?—pergunto.

—Vou apreciar a paisagem—respondeu olhando para o jardim da minha mãe. Debochado.

—Que bom que gostou da casa—digo olhando para minhas mãos.

—Por que?—voltou o olhar para mim.

—Ah, eu odeio aqui—dei de ombros. Eu tinha repulsa daquele lugar.

—Cara, essa é a casa do sonho de muita gente— retrucou com indignação.

—Não diria isso se morasse aqui—me levantei para pedir que Anne trouxesse limonada para nós.

–Vocês tem tudo—mais uma vez indignado- é impossível ser infeliz aqui—voltou a sentar na espreguiçadeira.

–A questão não é ter e sim ser—abaixo meu semblante para enxugar a lágrima solitária que caia sobre minha face.

–Ei eu não sabia, me desculpa—disse se aproximando na intenção de me abraçar.

—Obrigada, mas você nem tinha que saber—pus minha mão no seu peito afastando-o. Virei-me e continuei o caminho até a cozinha. E acabo não encontrando ninguém.

—Não tem ninguém lá—apontei pra cozinha enquanto caminhava para perto dele.

—Deixe me ver, decepção familiar, insatisfação social e de renda...—disse exibindo um sorriso sarcástico.

—Talvez, mas ai já não é problema seu—me sento na cadeira ao seu lado, de forma desajeitada.

—Mau humorada essa garota—disse se esgueirando para o meu lado, debochando da minha cara.

Bati no seu ombro, e comecei a rir, devido a sua dramatização de pessoa ofendida, pondo a mão sobre o peito.

—Nunca encoste um dedo em nesse diamante bruto e reluzente à sua frente Srta. Gaweks—e se levantou ameaçando me jogar na piscina.

Corri, como a muito tempo não corria, sedentarismo dá nisso, passei pela borda da piscina e por pouco não cai, meu objetivo era cansar ele, então passei entre os canteiros do jardim da minha mãe, percorrendo o caminho em ziguezague distraindo Ead.

Quando ele me perdeu de vista me escondi atrás da casinha de jardinagem. Fechei a boca para não rir da situação. Sem esperar, algo me agarrou pela cintura e começou a carregar-me.

—Me larga—eu desferia vários socos nas costas dele—eu já mandei me soltar.

—Eu avisei burguesinha—continuou me carregando até a beira da piscina.

—IDIOTA—grito quando ele me joga na piscina, fazendo com que a água se espalhasse e jorrasse para fora, pulando em seguida.

Mergulhei para puxar seu pé, mas ele foi mais rápido e saiu da piscina.

—Eu te odeio Eadmund Ross—bato na água, revoltada.

—Savannah Collins Gaweks—me viro, e encontro uma Susan muito brava, acho que nunca vi minha mãe com esta expressão desde o dia em que critiquei os testes em animais que os laboratórios do meu pai faziam—O que está acontecendo? Eu exijo uma explicação imediatamente—caminhou com seus saltos caríssimos até Ead—E você quem é?—cruzou os braços.

—Eu vou responder todas as suas perguntas—digo estendendo as mãos para o alto, em rendição—mas antes eu vou sair da piscina, mandar ele embora, me trocar, e depois irei no seu quarto para conversarmos—finalizo os questionamentos. Ou pelo achei que tinha...

—Quem é ele?—continuou petulante.

—Eu sou Eadmund Ross, e creio que você deva ser a Sra. Gaweks—disse gentilmente, apesar do modo grosseiro que minha mãe o tratou.

—Sr. Ross, queira fazer o favor de sair da minha propriedade imediatamente, antes que seja preciso eu chamar a segurança—ela sai logo após enxotar ele.

—Eu disse—murmurou com os lábios, não emitindo nenhum som.

Em resposta dei de ombros e sai da piscina com a pior expressão possível, peguei um tolha para eu me secar e joguei outra para ele. Quando eu passava por ele para pegar meu celular que estava na mesa ele segurou meu cotovelo me fazendo parar.

—Seja lá o que ela for falar, não brigue com ela— olhou nos meus olhos—eu não valho tanto a pena— coçou a cabeça—não que valesse algo mas...

Maneei com a cabeça. Ele selou nossos lábios rapidamente. E deu as costas pegando a camiseta e começou a andar em direção a saída, mesmo com corpo e roupas encharcadas.

Pelo ato inesperado permaneci em choque no mesmo lugar, como uma árvore inútil.

Após acordar do transe corri em sua direção parando em sua frente. Pondo minhas mãos no seu peito sentindo cada batimento cardíaco, sua respiração falha e espaçada como a de quem esta com raiva, seus punhos cerrados denunciam seu sentimento, vejo que ele fica mais bonito ainda com o cabelo molhado e bagunçado.

—Cada batimento seu vale algo—digo pousando uma de minhas mãos em sua bochecha.

—Entra, e depois me manda uma mensagem—foi breve e continuou a caminhada até o seu carro.

Mais um capítulo de N.M., fiquei muito feliz com os comentários, e saber que vocês estão gostando, ainda tem muita coisa pra acontecer.
Vocês ainda vão querer me espancar, como eu já disse nem tudo são flores, principalmente porque estamos falando de Savannah Gaweks.
Espero vocês no próximo capítulo, votem se gostaram e comentem, essa é uma forma de eu estar mais próxima de vocês.
Caso busque mais interação @ _callmequeen me siga no Instagram, lá temos spoilers, avisos.
Obrigada pela leitura, e espero que tenha sido prazeroso.
Até o próximo capítulo, semana que vem.
❤️

Continue Reading

You'll Also Like

423K 34.3K 49
Jenny Miller uma garota reservada e tímida devido às frequentes mudanças que enfrenta com seu querido pai. Mas ao ingressar para uma nova universidad...
50.2K 4.5K 23
Todo mundo achava que Olívia Senna era uma patricinha. Isso e que ela era esnobe, antipatica e, acima de tudo, mimada. Pelo menos foram essas as pal...
897K 55.9K 134
Alex Fox é filha de um mafioso perdedor que acha que sua filha e irmãos devem a ele. Ele acha que eles têm que apanhar se acaso algo estiver errado...
308K 23.4K 45
"𝖠𝗆𝗈𝗋, 𝗏𝗈𝖼ê 𝗇ã𝗈 é 𝖻𝗈𝗆 𝗉𝗋𝖺 𝗆𝗂𝗆, 𝗆𝖺𝗌 𝖾𝗎 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗏𝗈𝖼ê." Stella Asthen sente uma raiva inexplicável por Heydan Williams, o m...