Me Apaixonando Por Você

Oleh TainaSuman

573K 40.7K 17.9K

Era uma tarde quente demais quando o carro saiu. Era uma noite muito fria quando Dulce descobriu que sua vida... Lebih Banyak

Prólogo, Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Passado
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Passado
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
°•Capítulo: 51•°
°•Capítulo: 52•°
°•Capítulo: 53•°
°•Capítulo: 54•°
°•Capítulo: 55•°
°• Capítulo 56 •°
°•Capítulo 57•°
°•Capítulo 58•°
°Capítulo 59°
°Capítulo 60° Especial de natal
°Capítulo 61°Especial de natal 02
°Capítulo 62° Especial de natal 03
°Capítulo 63° Especial de natal 04
Epílogo
??!!É O Fim??!!

Capítulo 17

9.6K 694 233
Oleh TainaSuman

•°Dulce Maria•°

Essa semana nem parecia real. Eu estive ocupada com tantas coisas que nem tive a chance de me lembrar dos meus pesadelos, não tive a chance de lembrar das minhas tristezas. E foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Faltava poucos dias para a festa de Halloween da escola, e eu definitivamente não tinha a menor ideia de fantasia para usar. Nicolas e eu tentamos conversar sobre algo para usar combinando, mas nós definitivamente não tínhamos o mesmo gosto para fantasias.

Nick estava sentado a minha frente, os dedos digitando algo no teclado, ele apertava as letras com tanta força que eu tinha certeza de que estava bravo.

Não demorou muito até ele bufar de raiva e fechar os olhos com força. Seu celular apitou uma última vez antes de ser guardado no bolso.

- O que foi? - Sussurei, tentando não atrapalhar a professora.

Nicolas parecia ter percebido minha presença só agora, ele me olhou. Os olhos escuros pareciam cansados por baixo do óculos, os cabelos caiam sobre a testa, ainda úmidos da chuva de mais cedo.

- Nada. - Era mentira.

Conheço Nicolas tão bem que saberia o reconhecer mesmo se estivesse cega ou surda. Afinal, praticamente crescemos juntos.

- Ok. - E eu tinha a certeza de que precionar por uma resposta não iria ser legal.

- Ok. - Ele repetiu.

Cinco minutos depois, quando o celular apitou novamente, ele apenas se levantou e saiu da sala.

Eu me levantei quando o sinal bateu, Nicolas não tinha voltado. A mesa dele estava vazia.

- Olá. - Bati meu dedo no ombro do garoto. - Pode me dar licença?

Dylan se virou em minha direção, os olhos escuros fixos nos meus. Ele sorriu sem graça enquanto se movia para dar passagem.

- Desculpe.

- Tudo bem.

Me virei para sair, Dylan tossiu, depois chamou meu nome.

- Sim?

- Eu... Posso falar com você? Prometo que é rápido.

- Claro.

Ele sorriu, acenou para o amigo dele que passou no corredor e depois se aproximou. Dylan tinha cheiro de perfume masculino genérico e barato.

- Quer ir na festa de Halloween comigo? É que... Você é a única garota que eu conheço aqui.

Torci meu nariz. Minha careta deve ter sido feia, Dylan deu alguns passos para trás, as bochechas queimando em vermelho.

- Desculpa, foi estupidez, eu sei...

- Não. - Me apressei, antes que Dylan surtasse. Não estava muito longe. - Tudo bem. É que eu vou com meu amigo.

- Ah, sim, claro...

- Se você não se importar... Posso perguntar para ele e vamos nós três juntos. O que acha?

- Isso seria incrível! Melhor ainda. - Ele riu aliviado, eu sorri e acenei.

- Ok. Vou conversar com ele e depois te dou uma resposta.

- Muito obrigado! Tchau, Dulce.

- Tchau, Dylan.

Onde você está?

Já era a vigésima mensagem que eu enviava a Nicolas, ela chegava, e eu não obtinha resposta alguma.

Mateus levantou os olhos do livro que lia, as sombrancelhas levantaram até se esconderem abaixo do cabelo claro.

- Nicolas não me responde. - Tentei fazer com que meus pés parassem de bater no chão. A ansiedade e o medo me consumiam.

- Ele está bem. - Os olhos verdes voltaram para a página do livro novamente.

- Como pode ter certeza?

- Porque sim. Você tem que relaxar.

- Não consigo relaxar quando meu melhor amigo some sem mais nem menos e não responde minhas mensagens ou ligações. Você deveria saber bem disso.

Mateus fechou o livro e o colocou sobre a mesa. Seus olhos se voltaram cansados em minha direção.

Estávamos juntos na biblioteca já iria fazer meia hora, porque meu professor faltou, e Mateus só gosta de faltar as aulas. Me lembro de estar andando no corredor e o encontrar, ele sorriu em minha direção, e se aproximou.

- Você tem tempo livre agora né?

- Sim. Você não, né?

- Exatamente.

Então fomos até a biblioteca, Lucy nos olhou com curiosidade, não fomos conversar com ela porque ela parecia bem ocupada com vários papéis.

A biblioteca estava enfeitada para o Halloween, e não foi porque eu ajudei na decoração, mas estava linda. Já tinha encontrado dois alunos andando no corredor e comentando que a decoração estava espetacular.

- Você já leu o pequeno príncipe? - Perguntei para Mateus.

O garoto parou de passar o dedo pelas lombadas dos livros, e me direcionou um olhar culpado. Azul ficava muito bem nele. A blusa parecia larga demais, não era dele, eu só não sabia de quem era.

- Não.

- Você nunca leu o pequeno príncipe?!

- Não... - Respondeu tímido, meu queixo caiu.

- Pois bem. - Vasculhei a estante com meus olhos e puxei o livro. A edição era nova, eu nunca tinha visto antes. A capa era branca e dourada, o livro parecia novo entre os outros. - Me agradeça depois.

Mateus segurou o livro como se eu tivesse o entregado uma joia. E sem dúvidas era uma.

Agora estávamos aqui, sentados em uma mesinha afastada. Minha ansiedade me corroendo, e Mateus tentando ler o pequeno príncipe.

- Me ajude a procurá-lo?- Perguntei, mesmo sabendo que a resposta provavelmente seria um não.

- Isso vai fazer você se sentir melhor?

- Com certeza!

Ele suspirou exausto, segurou o livro e se levantou. Mateus parecia tão bonito na luz artificial da biblioteca, que era injusto.

- Então vamos.

E assim saímos da biblioteca para procurarmos Nick.

No final, minha ansiedade não estava errada. E eu muito menos por estar preocupada.

Nicolas afinal, estava atrás das arquibancadas do lado de fora da escola. A chuva era fina enquanto caia do céu.

Seu óculos estava caído no chão, seu nariz estava inchado e sangrando, e seu olho esquerdo estava um pouco roxo.

Nicolas nunca foi bom de briga, e era sempre com isso que eu implicava com ele.

- Aprenda pelo menos a defender sua cara estúpida.

- Não preciso.

Não era isso que parecia agora.

A mão do outro garoto estava ensanguentada enquanto ele se levantava. Não esperei nem um segundo a mais para me mexer.

Quando o garoto percebeu minha presença, já era tarde. Chutei a parte de trás de seu joelho, ele caiu desengonçado no chão. Meu punho acertou seu maxilar com tanta força, que eu já não sabia se o barulho era de seu queixo saindo do lugar, ou dos dedos da minha mão se quebrando.

Preciso voltar para minhas aulas de boxe.

O garoto se deitou no chão. A chuva fina caia sobre a blusa deixando a marca das gotas d'água. Ele riu, seus olhos me encararam com tanta voracidade que eu realmente senti medo.

- Uau. Estou impressionado.

- Vá se foder. - Entreguei o óculos para Nick e ajudei ele a se levantar.

- Que boca suja, lindinha.

Levantei meu pé e o acertei diretamente em sua costela. Ele chiou de dor enquanto se encolhia no chão.

- Me chame de lindinha novamente e quebro todos seus dentes.

Dessa vez ele ficou em silêncio enquanto eu levava Nicolas para longe.

Encontrei Nick, vim para a casa, desculpa te avisar atrasado.

Mateus:
Tudo bem. Ele está bem?

Não se preocupe.

Mateus:
Eu te disse que tudo estava bem. Até mais tarde, Dul Dul.

Aproximei o pano molhado do rosto de Nicolas novamente, meu amigo fez uma careta, mas inclinou o queixo para frente e fechou os olhos. O pano branco se manchou de vermelho quando eu terminei de limpar o sangue do rosto dele.

Me sentei ao lado de Nick, segurei suas mãos entre as minhas, sua pele estava gelada.

- O que aconteceu?

- Não sei.

- Não sabe?

- Miguel não precisa de um motivo para me odiar, Dulce.

- Eu deveria ter quebrado os dentes dele.

- Não diga isso. Você só se meteria em problemas.

- E tudo bem ele fazer isso com você?! - Nicolas abaixou a cabeça. Suspirei exausta. - Me desculpe.

- Posso dormir aqui hoje?

Ele parecia assustado, suas mãos apertaram as minhas com mais força.

- Claro.

Ninguém dormiu direito aquela noite. A tempestade caia do lado de fora, os relâmpagos iluminando o rosto machucado e assustado de Nick. Os galhos das árvores batiam contra a janela, o barulho me dava calafrios.

Os machucados de Nicolas já quase não eram visíveis depois de três dias. Claro, estava coberto com maquiagem, mas o inchaço já tinha praticamente ido embora. Seu nariz não tinha quebrado, ainda bem.

O ocorrido foi totalmente deixado de lado, a pedido de Nick, óbvio. Ele pediu, e eu não toquei no assunto.

Hoje era sexta-feira, a festa seria amanhã. Nicolas me encontrou no corredor, eu quebrei um pedaço da minha barrinha de chocolate e entreguei para ele, Nick torceu o nariz e comeu o pedaço de chocolate como se fosse um inseto.

- Precisamos conversar. - Falamos ao mesmo tempo.

Nick deu um passo para trás e riu surpreso.

- Tudo bem. Você primeiro.

- Não. Fale você primeiro.

- Juntos? - Ele perguntou.

- Ok. Pode ser.

Contamos até três, e falamos novamente ao mesmo tempo.

- Dylan quer ir com a gente no Halloween.- Minha voz saiu sobreposta a dele.

- Não vou poder ir com você no Halloween. - Eu pisquei.

Nicolas me olhou, os olhos meio arregalados por baixo do óculos redondo.

- Desculpa, o quê?

- Você sabe que eu tenho sérios problemas em falar não. Addie me pediu para ir no Halloween com ela. E ela parecia um cachorrinho chutado na chuva, eu fiquei com dó porque ela quase estava chorando dizendo que não tinha ninguém para ir com ela.

- Ah. Dylan foi quase a mesma coisa, tirando que invés dele chorar, ele parecia prestes a ter um surto de vergonha.

- Quem é Dylan?

- Um garoto que eu conheci.

- O que vamos fazer?

Eu parei, olhei para o corredor atrás de Nicolas, quase vazio e silencioso.

Eu não sabia o que fazer.

Era só uma festa de Halloween, não deveria ser tão importante assim, mas Nicolas nunca foi sem mim, e eu nunca fui sem ele.

Era tradição.

- Acho que podemos mudar as coisas nesse Halloween. - Minha voz soou insegura, Nicolas balançou a cabeça, parecia triste.

- Só nesse Halloween, certo?

- Se no Halloween que vem você me trocar por uma garotinha que parece um cachorrinho chutado, quem vai chutar sua bunda sou eu. - Nick riu, o braço passou por cima dos meus ombros.

- Eu digo o mesmo, querida. Te amo.

- Também te amo.

Nós dois sabíamos que apenas estávamos escondendo nossas mágoas um do outro.

Era como sentir uma parte de mim se afastando aos poucos, sem conseguir fazer nada a respeito.

Vou perder ele, eu sinto.

Nicolas está escorregando pelos meus dedos como se fosse água. Se afastando pouco a pouco.

E eu não sei o que fazer.

- Lorena? - Chamei, batendo na porta.

Lorena abriu pouco tempo depois, os cabelos molhados estavam soltos, ela usava apenas um top de academia e um shorts de moletom curto.

- Preciso da sua ajuda. - A garota se afastou para o lado, eu entrei, me jogando em sua cama.

O perfume de canela e rosas já tinha tomado conta do quarto de Lorena, as paredes brancas estavam decoradas com pôsteres de bandas e filmes.

Kiss, Queen, Sleep Token, Arctic Monkeys.

Scream, Halloween, Noiva cadáver, coraline, invocação do mal.

Ela havia decorado cada mínimo detalhe do quarto, e a essa altura eu já tinha certeza de que Lorena não iria embora tão rápido.

Ela voltou a arrumar o guarda roupa que parecia prestes a estourar de tantas roupas.

- Fale logo, não aguento sua energia caótica.

- Minha energia é caótica? Não sei como você consegue dormir com o Michael Myers te encarando da parede. - Apontei para o pôster.

Lorena balançou a mão no ar sem se importar.

Minha prima tinha um vício em filmes de terror que eu não conseguia entender. Ela amava, mas se visse um filme de terror, tinha que dormir com alguém porque tinha medo.

- Quem sabe ele não aparece nesse Halloween?

- Alguém com certeza vai estar fantasiado dele.

- Tudo bem, Dulce. Creio que você não veio aqui conversar comigo sobre Michael Myers.

- Não. - Concordei. - Vim pedir sua ajuda para arrumar minha fantasia.

- Ah. - Ela sorriu. - Isso sim vai ser legal.

- Por favor, não me transforme em um personagem assustador. Não quero ter pesadelos com minha fantasia.

- Mas, Dulce. - Se virou em minha direção, braços abertos e um sorriso enorme nos lábios. - É Halloween!

Lanjutkan Membaca

Kamu Akan Menyukai Ini

279K 21.6K 54
'' — Eu tenho medo de você nunca se apaixonar por mim. Seu abraço está mais fraco,ele continua chorando em meu ombro. Sua dor sufoca meu choque. — Nã...
182K 6.9K 47
sn é uma menina de poucas condições,sua mãe morreu sn tinha 5 anos,ela ficou com seu pai que também acabou partindo, então foi morar com uma tia, che...
209K 10.8K 53
📍ʀɪᴏ ᴅᴇ ᴊᴀɴᴇɪʀᴏ, ᴄᴏᴍᴘʟᴇxᴏ ᴅᴏ ᴀʟᴇᴍᴀᴏ "dois corações unidos num sentimento, novinha e guerreiro em um só fundamento..."
94.6K 6.4K 75
𝑳𝒊𝒗𝒓𝒐 1 (𝑪𝒐𝒏𝒄𝒍𝒖𝒊́𝒅𝒐) Jade Hollister é uma garota de 22 anos que acaba de se mudar para Liberty City, uma cidade agitada e misteriosa. ...