Alina Stark

By _llondongirl

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#EM CORREÇÃO Quatorze anos, essa era a idade dela. Quatorze anos, esse foi o tempo que ele passou sem saber... More

Pilot
Agulhas
Flasbacks, Confusões e Festas de Aniversário
Um Segredo Revelado
Conselhos e Aviões
O Início de um Fim de Semana Agitado
Como Dar um Fora em Alguém
Noite de Festas, Danças e Diversão
Segredos e Histórias Passadas
O Mundo de Cabeça pra Baixo
Tempestade
Uma Nova Casa
Adaptação
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Brinde
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Cartas Para Alguém Que Está Longe
Segredos Trocados, Poetas Amados
Um Dia de Reencontros
A Luz da Lua
Ciúme Paterno
Conhecidos Desaparecidos
No One, But You

Estagiária

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By _llondongirl

Alina chegou em casa animada, esperando contar para a avó o que havia acontecido com ela no shopping.

Se a Dona Débora reclamava porque ela não vivia aventuras, o dia de hoje serviria por um mês inteiro de emoções.

Encontrou a senhora na cozinha, fazendo panquecas.

- Oi vóvó.

- Oi minha neta. - a garota se aproximou para dar um beijo na senhora. - Como foi o passeio? MJ não entrou com você? 

- Não, ela precisava ir pra casa. - explicou - Mas o passeio foi muito bom, e aconteceu uma coisa bem estranha, mas bem legal também, que eu sei que a senhora vai achar interessante.

- O que foi querida?

- Eu conheci Tony Stark, pessoalmente!

Sua avó, que cortava tomates, parou instantaneamente, mas não se virou. Apenas absorveu a informação.

- Foi um golpe de sorte. - Alina continuou falando. - Quero dizer, a filha dele, Morgan, se perdeu, e por sorte eu a encontrei. Eu não percebi na hora quem era ela mas depois caiu a ficha quando ela apontou pra uma foto da senhora Stark em uma revista e disse que era mãe dela.

- E você falou com ele? Com eles?

- Sim. Eu ajudei Morgan a procura-los. Ela é um amor vovó, você iria ama-la.

- A sim. - a senhora sorriu e voltou a cortar seus tomates.

- Vó, está tudo bem?

- Claro, claro que sim. Por que pergunta?

- É que a senhora ficou estranha. O que foi? Está chateada porque cheguei tarde? Se for isso sinto muito, é que eu acabei demorando com...

- Não, não, não... querida, não estou nem um pouco chateada com você meu bem, imagine. - falou a avó - Eu estou é feliz porque finalmente saiu daquele quarto para se divertir um pouco, isso sim.

- Tudo bem então. - Alina riu. - Me deixe te ajudar com isso.

A garota prendeu os cabelos e ajudou a avó a terminar de fazer o jantar, entre risadas, tapas e abraço, como as duas sempre foram.


A jovem decidiu se concentrar na apresentação da feira tecnológica, que seria em alguns dias, e para a qual ela havia trabalhado tanto.

Depois de muitos preparativos, seu projeto estava pronto, assim como ela esperava. E ela estava ansiosa pela apresentação. Era a primeira vez que fazia algo um pouco maior para apresentar desde... bom, desde os últimos problemas que tinha tido.

Esse foi um dos motivos para agradecer quando o dia da feira finalmente chegou.

- Precisamos disso pronto em dez minutos. - Alina disse ao celular, com alguém.

- Alina, não surte ok? - disse MJ pela décima vez. - Está tudo incrível.

- Porque você deixou tudo o máximo.

- Não não, esse é o seu projeto, eu só te ajudei com o designer.

- Eu já disse que você também deveria participar disso né?

- Algumas vezes. - riu - Mas essa não é minha praia, o máximo que vou me envolver com suas coisas nerds e robóticas é pra deixar minha marca visual.

- E eu agradeço muito, muito mesmo, por isso.

- Olá garotas. - falou Peter Parker, aparecendo por trás.

- Só porque tem super poderes, não quer dizer que pode usá-los pra nos assustar. - MJ chamou sua atenção.

- Eu não fiz isso. - protestou - E agradeceria se falasse mais baixo.

- Não tem ninguém aqui. - disse Alina.

- As paredes tem ouvidos.

- Ok ok, nem todos tem a sua audição bionica, idiota. - Russel sussurrou sarcástica.

- Vamos lá Peter, deixe ela brilhar com seu projeto. - MJ falou.

O jovem herói chegou perto o suficiente para dar um selinho na namorada e depois a abraçar de lado.

- Ok.

- Vocês dois são lindos sabia? - Alina disse - Quer dizer, a MJ é linda, mas você até que fica arrumadinho perto dela Peter.

Peter pegou uma bolinha de isopor que estava na mesa do lado e jogou na amiga, que começou a rir.

Rapidamente as pessoas começaram a chegar e vários grupos de alunos tomaram seus lugares junto à seus projetos.

Algumas horas depois, muitas pessoas já haviam passado por lá para ver as apresentações. Era normal que jornalistas ou alguns nomes um tanto famosos visitassem esses trabalhos para moralizar a escola. Normalmente os patrocinadores faziam isso. O Midtown High-School era famoso na cidade.

Mesmo assim, é claro que ela ficou surpresa ao ouvir a voz do homem que se aproximou.

- Senhorita Russel?

- Senhor Stark! Eu... não sabia que o senhor estaria aqui. É um prazer.

- Fui convidado. Uma feira de tecnologia pode ter a ver comigo.

- A, é claro que sim. Bom, seja bem vindo à nossa escola.

- Obrigado. - ele tirou os óculos escuros e os guardou na blusa social - Que coincidência te encontrar aqui. É estudante? Ah, que pergunta a minha, está até de uniforme, claro que é.

A garota riu.

- Bom, a nossa escola recebe visitas importantes mas, eu não imaginei que o senhor fosse vir.

- Eu preciso procurar investir no futuro tecnológico dessa nação não é? O futuro são os jovens.

- É verdade. Preocupante? Talvez. Mas... - deu de ombros.

- Bom, eu tenho um pedido, senhorita Russel.

- Claro, o que seria?

- Não conheço a escola, muito menos os trabalhos. Se incomodaria em me apresentá-los, e também aos alunos que os estão fazendo? Eu poderia pedir a algum dos guias, mas odeio que fiquem no meu pé.

- Quer que eu seja sua guia?

- Bingo.

- An, tudo bem. - ela ainda estava um pouco confusa - Me deixa só fechar isso aqui... - ela disse organizando algumas coisas em sua bancada.

- Papai, papai... eu achei o jardim. - a garotinha chegou correndo com uma flor na mão.

- Morgan? - Alina arqueou as sombracelhas.

- Alina! - a criança correu para abraça-la, em uma atitude que não surpreendeu muito a Tony. Desde que se conheceram no shopping, Morgan falava muito sobre ela. - Não sabia que você ia "tá" aqui.

- Que abraço gostoso. - ela sorriu - Você veio ver os trabalhos também?

- Ela insistiu. Pelo visto foi bom trazer ela junto. - Tony disse.

- Sentiu minha falta? - Morgan perguntou.

E a verdade é que a mais velha havia sentido sim. Até mesmo havia pensado se algum dia poderia ver a pequena de novo, pelo visto sim.

- Claro que senti. - sorriu - Vamos ver os projetos então?

- Por favor, senhorita Russel. - disse Tony.

- Você pode me chamar só de Alina mesmo, se quiser, eu não me importo.

Tony não disse nada, apenas acenou.

- Alina, me leva no colo. - Morgan pediu estendendo os braços.

- Morgan, isso não é coisa que... - seu pai ia chamar sua atenção e ela foi recolhendo os braços devagarzinho, mas Alina os interrompeu.

- Claro que eu levo, vem cá. - a mais velha pegou a menina no colo e arrumou seus cabelos bagunçadinhos. - Vamos então.

Alina guiou o empresário pelo salão de apresentação, onde cada grupo se mostrava focado em seu projeto. Aqueles que percebiam a presença do próprio senhor Stark em pessoa, o Homem de Ferro, ficavam um tanto apreensivos, mas se esforçavam em disfarçar.

Tony havia se acostumado àquilo a anos. Mas as coisas haviam mudado depois da guerra contra Thanos. Tudo era mais sério agora. 

- Ta vendo aqueles ali? - Alina perguntou, apontando em direção à dois garotos idênticos.

- Sim.

- São os gêmeos gênios, como alguns chamam. Apaixonados por robótica. São muito bons.

Os garotas apresentavam o protótipo de um robô recolhendo de lixo.

- Quantos anos eles tem?

- 17, estão no último ano.

Tony observou o fato de que todos os participantes pareciam mais velhos que Alina, mas não disse nada.

- E aquele ali? - Morgan perguntou, apontando pra um garoto que estava sozinho no trabalho, mas rodeado de meninas o assistindo.

- Aquele é Jason Miller. Astro de futebol da escola, e também muito bom com placares, em todos os sentidos. - falou se referindo ao placar digital que o menino havia feito - É uma pena que não seja tão bom com palavras quanto é com números.

Ela seguiu mostrando os principais grupo, até voltarem diretamente para onde começaram, o seu projeto.

- E aqui, é minha área.

- O que você desenvolveu? - Tony perguntou curioso.

- É só um programa, não é nada de mais. - disse sem graça.

Para ela era demais sim. Mas tinha medo do empresário achar algum defeito, afinal, ele sabia tudo sobre a área que Alina amava. E depois de ver Jarvis perfeitamente instalado em um relógio de pulso, ela tinha medo do que ele poderia falar.

- Posso ver? - ele pediu.

- Tudo bem. - ela aceitou, porém com um pouco de receio.

Alina abriu o computador e o ligou, depois o virou para Tony.

- O seu projeto está aí dentro?

- Não, esse é o meu trabalho. - explicou.

- Você construiu o computador? Porque se for, Steve Jobs não vai ficar contente em saber que usou o mesmo símbolo dele.

Alina riu e cruzou os braços.

- Não é isso. Olha. - ela se aproximou mais do aparelho - Tente mexer nele, pesquise algo.

Tony pareceu interessado e fez o que a menina havia pedido, porém percebeu que não obtinha nenhuma resposta.

- Não responde.

- Agora olha. - ela virou o aparelho de lado - Kate, que horas são agora? - a menina perguntou.

Em poucos segundos a voz um tanto metálica foi ouvida partindo do computador.

- São exatamente 3:42 PM.

O rosto de Tony ficou curioso e ele olhou para a menina.

- Você o programou pra fazer isso?

- Mais ou menos. Eu criei Kate a partir do sistema de comando do computador, agora eu não preciso escrever, ela faz tudo que eu mandar.

- Você criou inteligência artificial? - Tony perguntou quase espantado. A verdade é que estava realmente muito surpreso - Fez isso sozinha?

- Fiz sim. Mas não é grande coisa. - ela deu de ombros - Eu ainda tenho que melhorar vários detalhes e...

- Alina, isso é incrível. Como pode dizer que não é grande coisa? - Tony perguntou confuso.

- Eu não sei. - torceu os lábios.

- Posso tentar perguntar algo?

- Claro, vai em frente.

- Kate, poderia me dizer como está o tempo em Malibu?

- Ensolarado. Mas com grandes chances de chuva no final de semana.

- Eu disse, ela ainda precisa de ajustes pra mais detalhes.

- Isso é incrível Alina. Não se cobre tanto assim, você fez algo fantástico. - ele encostou em seu ombro - Meus parabéns, estou orgulhoso.

Alina olhou para o empresário supresa e sorriu. Receber um elogio como esse era a coisa mais incrível que podia acontecer com ela. Não só porque veio de Tony Stark, mas porque ele era alguém que podia falar do assunto com propriedade. Sua avó vivia dizendo que ela era brilhante, e por mais que agradecesse a bondade dela, sabia que a senhora não entendia muito o que ela estava fazendo.

- Papai, Kate pode namorar o Jarvis! - Morgan falou animada.

Tony começou a rir e a garota mais velha também. Criatividade infantil era mesmo uma coisa aleatória.

- Bom, eu preciso ir agora. - o homem falou, dando um passo para trás - Obrigado por me apresentar os trabalhos.

- Não tem de que, senhor Stark. - ela acenou com a cabeça.

- Até mais. - Morgan falou abraçando a garota mais velha.

- Até mais. - Alina respondeu sorrindo. Ela não tinha exatamente certeza se veria a pequena de novo mas torcia muito para que sim.

Tony e Morgan foram embora pouco antes do fim da feira ser anunciado. MJ e Peter voltaram e ficaram surpresos ao saber o que havia acontecido. Nem mesmo o garoto aranha sabia que Tony iria visitar a feira.

- A Pepper deve ter insistido com ele. - Peter brincou e os amigos riram.

- As vezes esqueço como você é próximo deles. - Alina disse.

Eles ajudaram Alina a arrumar suas coisas e depois decidiram gastar o resto do dia indo ao cinema.

- Jarvis. - Tony chamou.

Estava em sua oficina, terminando um trabalho em uma de suas armaduras.

- Sim, senhor Stark.

- Consiga pra mim o histórico de Alina Russel.

- Tudo bem senhor Stark.

Algumas fotos foram mostradas e Tony identificou a garota. Jarvis então começou a procurar o que o chefe havia pedido.

- Pronto, senhor Stark.

- Me diga o que achou.

- Notas excelentes, desde sua entrada no pré-escolar. Tem um histórico de prêmios, recebidos por trabalhos científicos.

Tony parou de escrever na sua folha por um momento.

- Continue.

- A senhorita Russel não possui nenhum tipo de inflação em sua ficha escolar. Todos os professores avaliam seu desempenho como perfeito.

- Mais alguma coisa?

- Toca piano, faz aulas extra-curriculares de balé e fala francês. Também achei registros confirmando a atuação dela em alguns trabalhos voluntários.

- Quantos anos ela tem?

- Quatorze, senhor.

- Quatorze anos? E todo esse histórico? - perguntou surpreso, mas não tanto. Pela aparência Tony sabia que ela era jovem, mas não esperava que tivesse feito tantas coisas. - Ok, obrigado Jarvis.

- De nada, senhor Stark.

Tony ouviu batidas e viu Pepper encostada na arcada da porta de vidro, que separava a oficina da escada, estava sorrindo. A mulher se aproximou e deu um beijo no marido antes de se sentar na bancada que estava cheia de papéis.

- Muito ocupado?

- Estava fazendo pesquisas.

- Investigando pessoas, você quer dizer? - ela falou em tom acusador, mas riu. - Quem era dessa vez?

- Alina Russel.

- A garota que ajudou Morgan?

- Ela mesma. - jogou a chave que segurava em uma caixa - Eu fui até a escola que você pediu que eu fosse, Alina estava lá, era uma das participantes.

- Por que está tão surpreso?

- Porque ela é um gênio. - levantou as mãos - Olha isso. - Tony puxou em uma tela o histórico que Jarvis havia acabado de procurar e mostrou para a esposa.

Pepper analisou as informações e ficou surpresa.

- Com certeza ela não é desocupada. - comentou - Como pode ter feito tantas coisas sendo tão nova? Ela é praticamente uma criança ainda Tony.

- Eu sei, e sabe qual era o projeto dela para a feira?

- Qual?

- Kate.

- Kate? - perguntou confusa.

- O AI que ela criou para o computador pessoal.

- Sozinha?

- Sim.

- Uau.

- Sim.

Tony começou a mexer em alguns papéis e Pepper voltou a analisar a lista que estava na tela. De repetente notou algo que chamou sua atenção.

- Tony, você viu isso?

- O que?

- Um histórico hospitalar. - falou Pepper aproximando a tela para ler melhor - Aqui diz que ela ficou internada, em coma, por duas semanas.

- Coma? - perguntou se aproximando para ler também - Diz o motivo?

- Apenas que foi um acidente em casa. Ela tinha oito anos. - suspirou - Você realmente consegue descobrir tudo o que quer sobre as pessoas não é? Isso é ilegal sabia.

- Só se alguém descobrir. - ele riu, depois roubou um beijo da esposa.

- Tony, porque não começamos o projeto de estágio com ela?

- Foi exatamente o que eu pensei.

- Tudo que estávamos esperando pra dar início ao projeto era achar alguém competente o suficiente pra isso, e, parece que você acabou de achar.

- Mas será que ela aceitaria? Você mesmo disse, ela é quase uma criança.

- Eu acho que sim. Bom, se ela quiser seguir essa linha, um estágio nas Indústrias Stark com certeza ajudaria muito.

- Em qual área?

- Comigo.

- Como?

- Ela pode trabalhar comigo. Assistente, assim ela vai aprender sobre a rotina. Além do mais, se ela é mesmo tão boa, pode ser de grande ajuda pra mim.

A verdade era que voltar para o centro Nova York, após cinco anos vivendo tranquilamente em uma casa na floresta, tinha sido uma mudança.

Tony e Pepper sabiam que precisavam retornar. O mundo tinha sido rachado e remontado, e eles precisavam fazer o que podiam para tentar melhorar as coisas.

Mesmo assim, sentiam falta da calmaria. E ter alguém para ajuda-la seria realmente bom, Pepper pensou.

- Isso seria ótimo. Mas sabe que cuidar de um estagiário da trabalho não sabe? - ele perguntou a esposa.

- Com certeza não mais do que cuidar de você. - respondeu sorrindo.

- E mesmo assim você se apaixonou por mim.

- O que eu posso dizer, você tem seu charme.

Tony riu antes de se aproximar da esposa para beija-la novamente.

- Ok, depois discutimos isso direito. - Pepper falou - Agora precisamos ir. Natasha falou que somos os únicos que ainda faltam pra chegar ao jantar.

- E Morgan?

- Está pronta. Brincando com aquela luva que você fez pra ela.

- Então vamos subir antes que ela quebre algo. - ele segurou a mão da esposa e a guiou até as escadas.


Alina estava na sala de aula, relendo um de seus livros preferidos, enquanto o resto dos alunos terminavam a prova. Viu quando a diretora chegou na porta e pediu licença.

- Sim senhora? - falou a professora.

- Preciso que Alina venha comigo. - disse olhando a aluna.

A garota não entendeu o porque mas viu a professora concordar, então fechou o livro e caminhou até a sala. Sempre que a diretora chamava alguém assim era porque algo importante havia acontecido. Ela já havia começado a se preocupar com a possibilidade de ter acontecido algo com a sua avó.

- Diretora, por que me chamou?

- Alguém quer vê-la. - a mulher respondeu.

Alina ficou surpresa ao entrar na sala e ver o senhor Stark encostado na mesa da diretora, brincado com o mapa global.

- A, oi Alina. - ele cumprimentou.

- Senhor Stark? - ficou confusa.

- Vou deixar vocês conversarem. - disse a diretora antes de sair.

- Tudo bem com você? - Tony perguntou.

- Sim, tudo sim. E você?

- Estou ótimo. Morgan te mandou um abraço.

- A, obrigada. - falou, sem entender o que estava acontecendo.

- Deve estar se perguntando o por quê estou aqui.

- Sim, na verdade.

- Tenho algo importante para tratar com você. Um convite, na verdade.

- Um convite? - perguntou com uma voz que denunciava dúvida.

- Sim senhorita. - confirmou - Gostaria de te oferecer um estágio, na minha empresa.

Alina não disse nada por um tempo, porque a surpresa havia congelado sua voz. Mas depois conseguiu voltar a falar.

- Está me oferecendo um estágio? - ele confirmou com a cabeça - Na sua empresa?

- Foi o que acabei de dizer. - confirmou - Eu e minha esposa já estamos esse projeto estilo jovem aprendiz a algum tempo, o que faltava pra o colocarmos em prática era exatamente achar alguém que de encaixasse nas exigências. E você se encaixa nelas.

- E, o que exatamente eu faria lá?

Tony sorriu contente. Encarou a curiosidade dela como uma prova de que ela iria aceitar a proposta.

- Você trabalharia diretamente com Pepper, como assistente.

- Então, está me oferecendo um estágio com Pepper Potts? - ela disse fitando o chão, depois olhou o rosto irônico de Tony - Desculpe, Stark. É que o nome dela meio que ficou bem famoso quando ela se tornou CEO.

- Não se incomode, eu sei disso. - ele riu e Alina também, o comentário acabou aliviando o clima do ambiente. - Então, o que me diz?

- Eu não sei... quero dizer, isso é incrível, incrível mesmo. Mas, por que está me oferecendo essa oportunidade?

- Eu ja disse, você se encaixa nos padrões que estamos procurando.

- Quais são esses padrões?

- É dedicada, é educada, seus professores fazem ótimas recomendações suas, e é incrivelmente inteligente senhorita Russel, muito mais do que alguém da sua idade deveria ser.

- E só porque viu meu projeto de ciências acha tudo isso? - Perguntou sarcástica - Espera, como sabe que meus professores fazem boas recomendações de mim?

- Eu pesquisei um pouco sobre você.

- Pesquisou sobre mim ou hackeou minha ficha? - arqueou uma das sombracelhas. - Isso é ilegal sabia?

- Você vai se dar muito bem com Pepper, fala igualzinho a ela. - ele suspirou e desceu da mesa onde havia se encostado - Alina, a maioria das pessoas com a sua idade está fazendo vulcões de papel mache com lava de sorvete pra feira da escola. Você criou inteligência artificial, porque parece que só você não acha isso impressionante?

A menina cruzou os braços e olhou para baixo sem responder. A verdade era que Alina reconhecia sua inteligência, mas isso era algo que a assustava um pouco desde cedo, principalmente porque ela nunca havia tido ninguém que pudesse incentiva-la. Sua avó até tentava, mas não era capaz de compreender muitas de suas ideias.

Pensando por esse lado, trabalhar nas Indústrias Stark, ao lado da CEO, com certeza seria uma grande oportunidade. Aliás, aquela seria uma grande oportunidade de qualquer forma.

- Eu posso falar com a minha avó antes de responder? - ela perguntou - Quero saber se está tudo bem por ela.

- Claro que sim.

- Obrigada.

Tony tirou um cartão do bolso e entregou para a garota.

- Um e-mail de trabalho. Envie sua resposta hoje a noite.

- Tudo bem.

- Então, até mais Alina.

- Até mais senhor Stark.

Ele sorriu e se dirigiu até a porta, mas antes de sair, se virou para ela.

- Espero que aceite.

Ela olhou o cartão novamente e ele foi embora.

Quando chegou em casa, Alina foi direto conversar com a avó. Ela ficou surpresa quando viu a animação da senhora em escutar a história. Imaginou que sua avó fosse ficar feliz, mas não que fosse a incentivar tanto. De qualquer forma, agradeceu que dona Débora a apoiasse tanto, por que isso era algo que ela realmente queria fazer.

De noite, pegou seu computador para enviar um e-mail. Ela tentou várias coisas que poderia escrever, mas no final acabou resumindo tudo.

" Senhor Stark
Eu aceito o estágio."

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