Alina Stark

By _llondongirl

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#EM CORREÇÃO Quatorze anos, essa era a idade dela. Quatorze anos, esse foi o tempo que ele passou sem saber... More

Estagiária
Agulhas
Flasbacks, Confusões e Festas de Aniversário
Um Segredo Revelado
Conselhos e Aviões
O Início de um Fim de Semana Agitado
Como Dar um Fora em Alguém
Noite de Festas, Danças e Diversão
Segredos e Histórias Passadas
O Mundo de Cabeça pra Baixo
Tempestade
Uma Nova Casa
Adaptação
Momentos
Brinde
Repercussão
Coisas que Acreditamos
Preparativos
Sentimentos Reciprocos
O Baile
A Realeza Moderna
Festa a Fantasia
Conflitos e Magoas
Momentos Divertidos
Adrenalina
Programa de Talentos
Upgrade Social
Cartas Para Alguém Que Está Longe
Segredos Trocados, Poetas Amados
Um Dia de Reencontros
A Luz da Lua
Ciúme Paterno
Conhecidos Desaparecidos
No One, But You

Pilot

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By _llondongirl

As vezes o universo te prega peças, algumas delas que você só chega a entender um bom tempo depois. Esse era o caso daquele dia.

- Eu realmente preciso ir ao banheiro. - Alina disse pela décima vez - MJ, eu já volto. - ela gritou para a amiga que fez um sinal positivo com a mão.

  Estavam no shopping havia duas horas, porque estava tendo uma promoção de livros a qual ela e a amiga não podiam perder. Alias, uma promoção de livros era basicamente o único motivo que faria essas duas irem ao shopping no meio da semana por livre e espontânea vontade.

Alina tinha apenas quatorze anos, mas era idade suficiente pra entender que um local cheio de pessoas fazendo compras não era o seu favorito. Não que não gostasse do shopping, se pudesse passar um dia inteiro nele só com os amigos, acharia perfeito. O que não gostava era de todo aquele barulho.

Quando estava voltando do banheiro, com a ideia de voltar à livraria, Alina viu uma menininha de cabelos pretos, que parecia não ter mais do que cinco anos, sentada em um banco, em uma área mais afastada, sozinha e segurando um pequeno urso de pelúcia.

Percebeu que a garota também estava olhando pra ela. A mais velha sorriu e acenou, mas viu que a criança parecia estar assustada com algo, e olhava a sua volta o tempo todo.

 Ela decidiu ir até lá e perguntar se estava tudo bem, uma vez que não parecia ter nenhum conhecido da menina por perto.

- Olá. - Alina se ajoelhou em frente ao banco onde a menina estava sentada. A menina abriu a boca mas não chegou a falar nada - Meu nome é Alina. Como você se chama?

- Eu me chamo Morgan. - a voz baixinha disse.

- Está tudo bem com você?

- Acho que sim.

Por um momento Alina teve a impressão de que conhecia aquele rosto de algum lugar, mas achou que fosse coisa de sua cabeça.

- Você está sozinha?

- Acho que sim também. Mas papai diz que não devo falar com estranhos. - ela disse se agarrando ao pequeno urso de pelúcia que tinha nas mãos.

- Então o seu pai é muito inteligente. - Alina sorriu - Então o que eu posso fazer pra não ser mais uma estranha? E poder te ajudar?

- Me fala o seu nome todo.

- Alina Russel.

- Só isso? - a garotinha perguntou curiosa.

- Só isso sim. - Alina riu - Olha que lindo esse ursinho que você tem.

Ela conseguiu tirar um sorriso da menina com o comentário, que ficou feliz em mostrar o brinquedo.

- Se chama Happy, porque foi o tio Happy que me deu.

- E você veio com o tio Happy? - Perguntou tentando colher alguma informação que ajudasse a explicar porque ela estava sozinha ali.

- Não, vim com a mamãe e o papai.

- E por que está sozinha?

- Mamãe mandou eu ficar perto dela, mas eu vi um cachorrinho e sai correndo quando ela não tava olhando. Agora não sei voltar. - seus olhinhos se encheram de água.

- Não devia ter desobedecido a sua mãe querida.

- Eu sei. Estou com medo. - uma lágrima escorreu por seu rosto.

- Não precisa ficar com medo. - Alina limpou seu rosto com a ponta do dedo e tocou seu nariz de levinho, sorrindo.

  Por algum motivo, aquela garota parecia despertar um lado preocupado e protetor de Alina.

- Eu vou te ajudar a achar seus pais. Você quer que eu te ajude?

A menina pareceu pensar um pouco, mas depois concordou feliz. Era realmente muito perigoso se perder em um shopping, Alina refletiu. Sorte que ela havia encontrado a criança antes de qualquer outra pessoa que não tivesse boas intenções.

- Não se preocupe, vamos achar seus pais. - Alina ofereceu a mão para a menina que a segurou - Como ele é?

Elas começaram a caminhar e a garota mais velha segurou a mão da mais nova com força, como se quisesse garantir que ela não se perderia de novo.

- Meu pai tem cabelos pretos, ele é alto e tem barba. E usa óculos escuros. - a garotinha detalhou.

- Por que alguém usaria óculos escuros dentro do shopping, principalmente quando não tem sol? - Alina perguntou, mais para si mesma, porém a menina escutou.

- Papai usa óculos escuros até a noite, ele diz que é legal.

Alina riu. Pelo menos seria mais fácil acha-lo.

- E sua mãe?

- Tem cabelos amarelos, e é muito bonita. Ela... ela ta ali! - a menina gritou e tentou puxar Alina para alguma direção.

- Ali onde? - a mais velha quis saber.

- Ali! - apontou na direção de uma banca de revistas.

Alina não vou ninguém parecido com a descrição da menina mas mesmo assim foi até lá.

- Aqui, olha.

Para a surpresa de Alina, a menina apontou não para uma pessoa e sim para a revista, na qual a capa estampava o rosto da empresária Virgínia Potts, ou como era mais conhecida agora, senhora Stark.

- É a mamãe!

- Espera, essa é sua mãe? - Alina quis saber - A mulher da revista? - cabelos amarelos, muito bonita... fazia sentido.

- É sim.

Foi como se o choque de realidade a atingisse. É claro que o rosto da menina era conhecido.

- Qual o seu nome completo?

- Morgan Potts Stark.

Instantaneamente Alina se lembrou das entrevistas e fotos onde o casal Stark aparecia com a filha.

- Minha nossa. - sussurrou, com a mão sobre a boca,  mas se recompôs rapidamente.

Alina estava bem surpresa mas sabia que aquela não era hora pra isso, muito menos para deixar a menina ainda mais confusa.

- Pelo menos ficou bem mais fácil achar seus pais agora. - ela comentou. - Vem cá, vamos procura-los, devem estar preocupados. - ela sorriu tentando animar a menina.

Alina ofereceu a mão para Morgan novamente e saiu andando com ela pelo shopping, mas percebeu que a garota estava mancando.

- O que foi? - perguntou preocuoada.

- Os sapatos tão "doendo" meu pé. - explicou com a voz cansada.

- Vem aqui. - Alina se ajoelhou e pegou Morgan no colo, depois voltou a andar pelo shopping procurando pelo casal que devia estar desesperado atrás da filha.

Ela pensou em ir a algum tipo de alto falante, mas também achou que anunciar a filha de Tony Stark aos quatro cantos do prédio pudesse ser perigoso.

Depois se lembrou de um detalhe: Tony Stark não era o tipo de pessoa que deixaria a filha pequena sem nenhum jeito de se comunicar.

- Morgan, você tem algum tipo de celular, qualquer coisa assim? Algo que seu pai tenha te dado, pra poder falar com ele.

Ela fez que não, mas depois pensou um pouquinho e se lembrou de algo.

- Eu tenho Jarvis.

- Jarvis?

- O amigo robô do papai. Ele fica aqui ó. - ela levantou o braço mostrando o relógio. - Mas está desligado, eu já tentei.

- Deixa eu ver. - Alina colocou Morgan sentada no banco e começou a mexer em alguns botões do relógio. - Pronto. No ar. Pode falar com ele?

- Jarvis? - a menina colocou o relógio perto do rosto e chamou o AI.

- Bom dia, senhorita Stark.

- Funcionou! - ela disse feliz. - Jarvis, onde está o papai?

- O senhor Stark está do lado de fora do edifício. Acabei de avisa-lo sobre seu contato.

- Vamos lá então. - Alina estendeu os braços para pegar Morgan novamente. - Vamos descer.

Do lado de fora do edifício, depois de andar por várias lojas, ela viu um carro branco, parado, e um cara de terno que se parecia com uma espécie de segurança entregar um copo de água a uma mulher que estava de costas. Quando a moça se virou um pouco, Alina reconheceu que os cabelos loiros eram da senhora Stark. Afinal, ela não era um rosto fácil de se confundir nos últimos anos. A empresária tinha uma expressão de sofrimento, e seu rosto estava vermelho, provavelmente por chorar.

- Morgan, achei sua mãe! - Alina falou se dirigindo para fora as pressas.

Quando a mais velha atravessou a porta de vidro, Morgan pulou do seu colo e foi correndo até a mulher que estava no carro. Pepper se virou a tempo de ver a filha chegar e sua expressão demonstrou um alívio imediato. Ela pegou a garota no colo e a abraçou fortemente enquanto o segurança ligava para alguém. Em pouco tempo, Alina viu o próprio Anthony Stark chegar para abraçar a filha. Ela pensou que ficaria surpresa em ver o empresário, mas percebeu que estava mesmo era contente por vê-los com a menina.

Algo dentro de si se sentiu feliz pela garotinha, quando viu quanto carinho ela tinha da família.

Alina não tinha muita vontade de ser vista, pensou em ir embora agora que já tinha resolvido o problema. Mas uma parte dela sentia muita vontade de se despedir de Morgan antes de sair.

Quando se deu conta, viu que o Tony Stark caminhava em sua direção.

- Você é Alina? - ele perguntou.

- Sou sim.

- Muito obrigado. - ele agradeceu com a voz carregada e abraçou a garota, com certeza a assustando.

Ela abriu muito os olhos e fez uma expressão surpresa, mas depois disfarçou ao ver que Pepper e Morgan caminhavam até ela. A loira, ao chegar perto, teve a mesma atitude do marido e abraçou a garota.

- Muito obrigada por traze-la. Já estávamos desesperados. - falou. - Jarvis não conseguia localiza-la, e... bom, obrigada.

- Não tem de que. - sorriu sem jeito, porque realmente não sabia o que fazer.

Não existia um manual de regras para agir em situações assim. E Alina não era muito boa com coisas que não vinham com manual.

- Foi muita sorte ela encontrar você. - falou o homem agradecido - Não é todo mundo que se preocuparia em trazer ela de volta.

- É. - Alina concordou e depois se virou para Morgan que estava no chão. Ela se ajoelhou para ficar da altura da garota - E você mocinha, espero que tenha aprendido a não desobedecer mais a sua mãe.

- Aprendi sim. - a menina fez um biquinho mas depois sorriu - Obrigada Alina. - ela se jogou em cima da garota para abraça-la, Alina retribuiu seu abraço feliz pela atitude de Morgan.

- Como você conseguiu reativar Jarvis? - Tony questionou.

- Morgan me mostrou o relógio. - deu de ombros.

Tony apenas aceitou a resposta em silêncio. Não era exatamente normal. Não era uma tecnologia de mercado, exigia um pouco de experiência para aprender.

- Como podemos te agradecer? - ele perguntou, quando ela se levantou de novo.

- Acredito que obrigado seja a palavra, na nossa língua. - seu tom divertido fez o bilionário rir.

- Eu quero dizer... - Tony começou mas Alina o cortou.

- Eu sei o que quer dizer, senhor Stark. O obrigado foi suficiente. - ela disse, educadamente, mas fazendo ele entender que ela estava falando sério.

- Tudo bem, senhorita...?

- Russel, Alina Russel.

- Tudo bem senhorita Russel. Estou admirado com você.

- Bom, não é todo dia que se ganha um elogio de Tony Stark. - ela riu.

- Somos realmente gratos, senhorita Russel. - Pepper sorriu.

- E, eu conheci Pepper Potts, ou Resgate, como preferir... - ela brincou. - Esse foi um dia emocionante.

A loira riu, piscando para a garota divertidamente.

- Acho que vou ficar como Pepper Potts mesmo.

- Só pra constar, é Stark. - Tony pontuou.

As garotas riram, e Alina voltou a olhar para Morgan com um sorriso. 

- Bom, se me derem licença, eu deixei minha amiga na livraria, e ela deve estar se perguntando se eu morri no banheiro então, eu preciso ir.

Pepper riu antes de estender a mão para se despedir da garota.

- Foi um prazer conhecê-la. - a loira falou.

- Levando em conta todos os anos que eu passei estudando seu trabalho, acho que posso dizer que o prazer foi todo meu.

Pepper a olhou surpresa e depois apenas acenou com a cabeça, em um silencioso agradecimento.

- Tchau baixinha. - Alina fez um toca aqui com Morgan e se despediu.

Pepper pegou a filha no colo e andou em direção ao carro.

- Foi um prazer te conhecer, senhor Stark. - ela falou.

Ele estendeu a mão para despedir-se dela, assim como a esposa havia feito.

- O prazer foi meu. E a sorte também. - disse indicando a filha - Não tem nada mesmo que eu possa fazer por você?

- Não senhor Stark. - ela sorriu.

- Você é decidida.

- Eu tento ser. - deu de ombros.

- Precisamos de mais jovens assim no futuro. Continue assim.

- Tudo bem. - ela levou a mão a testa e fez um sinal do exército.

Tony achou engraçado, porque o fez lembrar de que ele próprio tinha essa mania.

- Tchau. - Alina disse.

- Até mais. - Tony acenou com a cabeça e viu a menina se afastar e entrar novamente no shopping.

Depois disso voltou ao carro com a esposa e a filha.

- Ela é uma menina curiosa. - Pepper comentou, encostada na porta do carro.

- É sim. - Tony concordou.

Dentro do shopping, Alina voltou à livraria e encontrou a amiga esperando.

- Caramba, onde você se meteu? - MJ perguntou.

- Você nem vai acreditar. Eu encontrei Morgan Stark perdida no shopping.

- Morgan Stark? Quer dizer, a filha do Tony e Virginia Stark? Os super-heróis?

- A própria. Ela é tão fofa MJ, você devia ter visto. - sorriu.

- Mas o que você fez?

- Ajudei a procurar os pais dela. Foi mal pela demora.

- Tudo bem. O bom é que você conseguiu né. Sorte que foi você, imagina se fosse outra pessoa, ela poderia ter sido sequestrada ao algo do tipo.

- Eu pensei a mesma coisa. - suspirou - Mas, voltando aos nossos livros, tudo certo?

- Tudo certo. - MJ sorriu de canto e levantou as mãos para um hi-five.

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