Arthur Santiago
Entrei na sala de meu pai na sede, encontrando-a vazia. Bufei indo direto para a sala de hackers me apossando da primeira mesa de computador. Meus dedos digitavam rápido procurando câmeras disponíveis daquele condomínio.
Imagens daquele homem se apossando dela inundaram minha mente. Sua expressão de nojo era evidente, e a cara dele de prazer me causou nojo também. Nunca presenciei aquilo em minha família. Fomos criados com amor, e sempre aprendi desde de pequeno que quando alguém diz não, porque aquele é o limite. Porque em pleno século XXI, ainda existe homens que não entendeu isso?
Foco na tela destravando as senhas que o sistema me impôs por estar invadindo. Assim que entro nas câmeras de vigilância, pesquiso pelo dia de hoje e pelo horário que os convidados provavelmente começaram a chegar. Não vejo nada de anormal, o que me frusta.
-Precisa de algo Arthur? - Amélia pergunta ao adentrar com uma xícaras em mãos.
Amélia estar conosco uns seis anos. Fazia parte dos hackers de Dylan, porém por ela ser umas das melhores depois de invadir o maior sistema do país em busca de alguns códigos de bombas, meu pai pediu por ela.
-Estava em missão...
-Do Ícaro Fauzer?
-Isso. A bomba explodiu, mas olhei as câmeras e não encontrei...
-Nada de anormal? Deixa eu dá uma olhada. Olhou a lista de convidados? - perguntou e neguei quando ela sentou ao meu lado e começou a digitar rapidamente também puxando uma lista. - A lista conta com trezentos convidados.
-Mas naquela festa tinha muito mais.
-Bingo! Estavam disfarçados. Eu vi quando a bomba ocorreu pois estava de vigia para o homens que foram te ajudar. Essas bombas não foram implantadas hoje.
-O que eu mais quero saber agora, quem são? E o porque nos roubaram. Meu pai estar querendo isso para ontem.
-Deixa comigo. Falarei com minha equipe e logo logo te mando tudo.
-Obrigada Amélia. - me levanto me dirigindo para a porta quando volto a me lembrar dela. -Pode fazer um favor a mais?
-Missão escondida? - pergunta no misto de brincadeira e nego me lembrando que eu e Victor já fizemos muito isso.
-Não. Quero que pesquise sobre uma mulher que estava na festa. Ela é amiga da anfitriã. Não descobri seu nome apenas do marido. Fedrick Hughes. Pode fazer isso?
-Amanhã pela manhã terá todo histórico dela.
-Obrigada. Tenha uma boa noite.
Me despeço saindo da sala. Pego meu celular ligando para meu pai que atende no mesmo instante.
-Sua mãe quer saber se estar bem? E do porque não voltou com a equipe ou direto para a casa? - ele me enche de perguntas e é inevitável não sorrir. Minha mãe sabia ser bem persuasiva quando queria.
-Diga a ela que estou sem arranhão nenhum. Vim direto para a sede, atrás de informações. Elton ficou por lá para descobrir mais coisas.
-Entendo. Sobre Ícaro?
-Não consegui pega-lo. Assim que as luzes se apagarão e começou o tiroteio não deu para fazer muita coisa. Infelizmente fui desprevenido. Assim que as luzes se acenderam ele já tinha sumido. Apenas a esposa dele ficou.
-Estranho. Fique em alerta. Seu avô quer os armamentos. Ache-os.
-Farei isso pai. Não voltarei para a casa hoje.
-Aí você já se resolve com sua mãe.
-Diga que me resolvo amanhã pela manhã. Boa noite.
-Tome cuidado filho.
-Sempre. - finalizo a chamada indo para o elevador.
Entro em meu carro, indo para a floricultura mais perto. Compro uma rosa branca e parto em direção ao cemitério pedindo que os seguranças fiquem aos arredores. Não consegui vim mais cedo, e isso ficou martelando em minha mente. Entro com eles me escoltando. Fazem as varreduras e quando se certificam que estar limpo, me aproximo de sua lápide. Coloco a rosa me agachando, vendo seu nome na pedra.
-Desculpa pelo atraso mãe, hoje meu dia foi corrido. Mas vim assim que pude. Obrigada por ter me dado à luz, e principalmente por ter me deixado com a melhor mãe que eu poderia ter. Não sei como a senhora teria sido, mas o que sei, que o universo tem um propósito para tudo. Muitas das vezes ela puxa minha orelha até demais, senhora Alyssa realmente não é fácil. Porém o amor que ela tem por mim e eu tenho por ela... só tenho agradecer. Obrigada mais uma vez. - me levanto com os olhos marejados, pois essa data me faz perceber que sou sortudo por tê-los com minha família.
Meu celular anuncia uma mensagem, e pego, lendo vendo que era Lena pedindo que eu fosse em sua casa. Eles não sabiam ser discretos e sabia que uma festa me esperava lá por isso o dia inteiro não ganhei palavras de parabéns.
Chego na casa de minha irmã rapidamente, e como eu disse, só foi eu entrar que meu pai apareceu com um bolo em mãos, com direito a vela e minha família reunida.
-Parabéns meu bebê. Te amo muito. - mamãe me abraça apertado aspirando meu cheiro.
-Sopra a velinha Arthur, sopra. - Victor zoa e assim faço mesmo sendo ridículo com minha idade.
-Deixa de ser chato Victor. Parabéns irmãozinho. - Aline me abraça também me beijando o rosto.
Lena vem em minha direção com sua barriga bem grandinha. Noah como um homem babão segue a esposa com ela me abrindo os braços.
-Mamãe armou tudo e ainda disse que tinha que ser aqui. Sabe como ela é né. - Lena me abraça e me agacho beijando sua barriga por cima do vestido soltinho.
-Como sei. Obrigada minha irmã. - agradeço e aperto a mão de Noah que me felicita também.
Minha mãe parte o bolo, enquanto sigo cumprimentando minha grande família. Percebo que a cada dia só aumenta. Todos conversam enquanto comem os aperitivos que estão sendo servidos. Bebo um pouco de refrigerante quando meu tio Dylan se senta ao meu lado.
-Trate de parar de se enfiar de tanto açúcar que a genética de vocês não é tão boa quanto a minha. Seu pai acha que estar bonito mas eu sei que por baixo da roupa existe uma cinta que tampa aquela barriga de cerveja.
-O senhor não cansa de implicar com meu pai? - pergunto rindo não me aguentando e ele nega levando a tarsa de champanhe na boca.
-Já é do meu feitio.
-Aham. Mudando de assunto tio. Hoje quando estive em missão percebemos que alguns dos homens que estava lá atirando eram russos. Elton viu pela bandeira que estava no braço de um deles.
-Russos? Ele tem certeza?
-Sim tio. Meu pai deve ter informado o senhor que roubaram nossos armamentos que estava em direção à Itália.
-Sim ele contou. - meu tio ficou pensativo e rapidamente fechou a expressão.
Isso nunca significava algo bom.
-O que senhor acha que é?
-Ainda é especulação... mas logo te trago mais informações. Viajarei amanhã mesmo para Rússia. Acho que isso é para atrair minha atenção Arthur...
-O senhor quer que eu vá junto?
-Não. Levarei Enzo comigo. Se eles querem tomar o poder da máfia de minhas mãos que saibam que minha atenção agora estar inteiramente para eles.
-Certo tio. Estarei aqui aguardando o senhor.
-Mas qualquer coisa que souber, fale comigo de imediato.
-Claro.
-Dylan vamos embora? - minha tia se aproxima me beijando a testa e puxando meu tio que abre um sorriso não deixando transparecer a tensão que ficou.
-Vamos stella.
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Nota da autora:
Olá bebês... sumida estou né? Desculpa mesmo...
Obrigada por estarem me aguardando. O que acharam? Dylan estar vindo com tudo minha gente 🙈🙈🙈
Beijos meu povo 😍😍