Your Love Saved Me • Beauany

By abeaushine_

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Dominando as paradas de sucesso, Any Gabrielly tem o mundo aos seus pés. Com fãs super dedicados, vários cont... More

Elenco
Um fã?
É o que os amigos fazem
Um guarda costas
Terrível
Josh
Inconsequente
Beauchamp
Nosso segredinho
Suffocation
Um pouco de calmaria
Entediada
Não vai acontecer de novo
Insegurança
Tão chato!
Não te devo satisfações, meu bem!
Prepare o passaporte
Minha queda
Acordo
I'm sorry, ok?
Coração quentinho
Quatro meses
Agradecer
Seguir em frente
Novo artista
Existe um cara
Que ironia
É sério?
O namorado dela
Não preciso pensar
É a minha vida
Uma foto do casal
Canadá
Feijoada
Vídeos caseiros
Nossa casa
Um canguru
Rápido demais
Velha amiga
Você pisou na bola
Coisas do passado
Daqui pra frente
Praticamente um casamento
Nem pensar
Tomar providencias
Ela está bem
Ficar alerta
VSF
Tequila, sal e limão
De mais ninguém
Nova York
Pânico
Passeio
Culpa
O plano
Quase suicida
Entre lágrimas
Surto
Agradecimentos
SURPRESA
Bônus: Pra sempre e depois

Colo

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By abeaushine_

O chuveiro é sempre um bom lugar para refletir sobre a vida e organizar os pensamentos. Por esse motivo sigo até ele assim que boto meus pés em casa. Antes disso, Josh pede que eu não me preocupe e que o deixe responsável pelo nosso almoço, sendo um fofo como sempre. Isso me faz considerar a possibilidade de lhe dar um aumento salárial. Ele havia deixado de ser um simples guarda costas há muito tempo, atuando agora praticamente como um faz tudo.

- Que cheiro bom! - comento ao entrar na cozinha. Paro ao lado do loiro, no fogão. - O que está cozinhando?

- Estou fritando os bifes e as batatas que encontrei na geladeira. Acabei de preparar uma salada e separar alguns pães que sobraram do café da manhã. Pensei em fazer sanduíches para nós.

- Gosto da ideia. Vou fazer um suco enquanto você termina. - me afasto, indo até a fruteira que fica em cima da mesa.

Separo algumas laranjas, o açúcar, uma garrafa d'água gelada e depois os utensílios necessários para preparar a bebida. Estou concentrada em minha função quando Josh, após desligar o fogo, começa a montar nossos sanduíches em pratos. Quando termina, coloca as batatas ao lado para acompanhar. Sirvo o suco para nós antes de puxar uma cadeira para me sentar perto dele.

- Obrigada por cozinhar. No estado em que estou, eu provavelmente me trancaria no quarto sem comer nada. - digo após experimentar o sanduíche.

- Não foi nada. - ele sorri de lado. - Quer falar sobre o que houve no carro agora há pouco?

- Não, eu não quero. - suspiro. - Mas acho que preciso, pra não surtar depois sozinha, sabe?

- Sei. Normalmente esse é o melhor caminho. Quando não externalizamos o que nos aflige, permitimos que isso nos sufoque. - me olha. - Então sinta-se a vontade para falar sobre o que quiser.

- Certo. - respiro fundo, criando coragem para lhe contar o que a Dra Fernanda me disse mais cedo. - Hoje a médica da minha mãe me disse que caso ela não consiga um coração novo, não viverá mais que quatro meses. - apoio a cabeça em meu braço, escorado na mesa, e encaro o loiro. - Quando ouvi aquilo, Josh, juro que senti algo se quebrar dentro de mim. Não posso acreditar que vou perdê-la em tão pouco tempo.

Josh não sabe o que dizer. Posso ver isso em seu olhar. Diante da incerteza, ele apenas deixa sua comida de lado e se inclina, me abraçando. O calor do seu corpo contra o meu transmite conforto, segurança. É como se eu estivesse sozinha, no meu quarto e finalmente pudesse colocar pra fora tudo o que sinto. Então deixo que o choro, até então entalado em minha garganta, se liberte.

Em meio aos meus soluços, Josh me puxa para o seu colo, onde me acomodo como se ainda fosse uma garotinha assustada. Uma de suas mãos afaga meus cabelos ao mesmo tempo em que a outra desliza preguiçosamente pelas minhas costas, provavelmente na tentativa de me acalmar. Depois de algum tempo, aos poucos, meu choro vai diminuindo. O loiro acomoda meu rosto em suas mãos, de forma gentil, e seca minhas lágrimas com os polegares.

- Eu sei que é difícil, Any, mas não fique assim. Ao invés de se lamentar, porque a Priscila só tem mais quatro meses, por que não ficar feliz por ter a chance de passar o tempo que ainda resta ao seu lado?

- Não vejo como posso ficar feliz com isso.

- É simples. Todos os dias, milhares de pessoas deixam suas famílias sem aviso prévio. - as esferas azuis me encaram. - Pense em como essas pessoas não ficariam gratas se pudessem passar mais quatro meses ao lado de quem amam.

Suas palavras me fazem refletir e fico impressionada com o tamanho da lição que acabo de receber. Josh tem razão. Pessoas se vão o tempo todo pelos mais diversos motivos. Perder minha mãe, com certeza será o maior sofrimento pelo qual passarei na vida, mas seria ainda pior se ela partisse de repente, sem que eu pudesse me despedir como deveria.

- Se sente melhor? - ele pergunta, diante do meu silêncio.

- Minha dor de cabeça aumentou, meus olhos devem estar super inchados e eu acabei de me abrir da forma mais íntima possível para você. - fungo, secando o nariz. - Apesar de tudo isso, a tensão que estava apertando o meu peito diminuiu, então sim, acho que eu me sinto melhor.

- Ótimo! - as mãos deslizam pelas minhas bochechas. - Viu? Desabafar é sempre uma boa saída, mesmo que não resolva de fato o problema.

- Tem razão. - o olho com dificuldade. Meus olhos pesam devido ao choro recente. - Obrigada, Josh. Você tem sido uma pessoa incrível pra mim.

- Você merece o meu melhor. - ao inclinar o pescoço, o loiro me surpreende com um selinho. - Que tal dormir um pouco? Precisamos descansar se vamos passar o dia todo amanhã ao lado da minha sogrinha, não acha?

- Sogrinha, é? - rio um pouco. Ele assente, mas não me iludo com suas palavras. Sei que Josh só está brincando na tentativa de me fazer sorrir. - Sim, tem razão. - saio do seu colo e fico de pé. - Vou me deitar.

- Se importa se eu for com você? - ele também fica de pé.

- Josh, a Belinha e a tia Laura...

- Prometo que não vou dormir. Pensei em te fazer companhia até que pegue no sono. Não quero te deixar sozinha nesse estado.

- Entendi. - digo, mesmo não sendo o que eu realmente gostaria de falar diante de uma atitude tão fofa. Abraço meu próprio corpo, enquanto o observo. - Tudo bem então. Você pode se deitar comigo.

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