De Repente Amor

De anathays00

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E se você fosse "obrigada" a amar alguém? Se aquele garoto da festa não era só mais um garoto? Todos nós sabe... Mais

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo
Curiosidades

Capítulo 16

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De anathays00

Eduardo narrando:

Eu estava na mesa para almoçar, à esquerda de meu pai, como todas as vezes, coloquei o guardanapo no colo e esperei alguém me servir, olhei para minha mãe, depois para meu pai e ambos estavam rindo de alguma coisa, eu não escutava o som da risada nem de nenhuma conversa, eu estava preso em meus pensamentos. Eles olharam para mim confusos por ver minha expressão séria e perguntaram alguma coisa, depois de muito meu pai chamar por mim eu o escutei.

— Eduardo, meu filho, tá tudo bem com você? 

Assenti e voltei a olhar para o prato com comida. Uma voz ecoava em minha mente e acompanhado disso um rosto: "Lorena… Lorena…" eu não parava de pensar nessa garota. Soltei os talheres e limpei os cantos da boca com o guardanapo, pedi licença e me retirei indo para meu quarto.

Bati a porta, me joguei na cama e afundei meu rosto no travesseiro. Aquela garota insuportável não deixava espaço para mais nada em minha mente, tudo bem que ela era bonita, engraçada, inteligente, gentil, tinha um sorriso contagiante e um perfume único, mas todas as outras garotas também tinham isso.

Meus pensamentos fugiram por um milésimo de segundo ao ouvir alguém bater na porta, perguntei quem era e permiti a entrada de Daniela. Ela se aproximou da cama devagar e eu disse que se a mesma quisesse sentar ali, poderia.

— Não quero incomodar, só vim dizer que você tem aula de economia e também de equitação hoje.

— Pra que diacho eu tenho que aprender a montar num cavalo!? Um dia meu carro vai quebrar no meio da estrada e vou ter um cavalo na carroceria, então monto e vou até a oficina chamar um reboque, porque vou ter esquecido o celular em casa e não tenho como ligar. 

— Meu menino, o que você tem hoje? Tá passando mal? Não é normal você fazer esses tipos de piadas.

— Eu estou bem Dani, é só que… — Hesitei antes de continuar

Dani tinha um jeito único e carinhoso comigo, desde pequeno eu gosto de pedir ajuda a ela quando não conseguia resolver um problema. Coloquei minha cabeça em seu colo e ela começou a acariciar meu cabelo, então continuei a falar.

— Tem essa garota, Lorena, ela tá mexendo comigo de uma forma diferente, eu nunca senti nada assim antes e talvez eu esteja com medo de assumir isso.

— Essa menina parece ser muito especial e te faz mais feliz, talvez ela sinta o mesmo por você e também esteja confusa e com medo de dizer.

— O que eu deveria fazer? — Virei para olhar o rosto de Daniela.

— O primeiro passo é aceitar esse sentimento e depois contar para ela. Não perca essa chance, pode se arrepender depois — Ela beijou minha testa e se levantou.

— Obrigado, Dani — sorri — Você me ajudou bastante.

Ela saiu do meu quarto e logo pensei em falar com Bruno, ele já tinha pedido Júlia em namoro então poderia me ajudar com Lorena.

Eduardo on:

Eu: Ei parça, agora eu que vou precisar da sua ajuda.

Bruno: Ajudo no que eu puder, afinal tô te devendo uma mesmo.

Eu: Sabe a Lorena, aquela que tava no clube comigo?

Bruno: Sei sim, a da festa.

Eu: Então... Meus pais fizeram um acordo com os pais dela. Inventaram uma história de casamento arranjado e estávamos fingindo ser namorados só na frente deles.

Bruno: Caraca mano! Que maluquice essa história de casamento arranjado, mó coisa do século passado.

Eu: Também achei isso desnecessário, mas você conhece meus pais né.

Bruno: Sei como é, e tu quer ajuda pra sair dessa?

Eu: Não... Pelo contrário. Eu acho que acabei ficando afim dela de verdade e quero tua ajuda pra pedir ela em namoro.

Bruno: Ihhh tá apaixonado é? Cadê o pegador?

Eu: Esse Eduardo é passado, agora eu sou um cara que conheceu uma mina incrível e quer ter algo sério com ela, não tem sentido eu pegar todas as garotas do mundo se eu só gosto de uma.

Bruno: Olha só o que o amor tá fazendo contigo cara!! Isso é muito irônico, meu moleque tá crescendo, que orgulho.
Mas belê, em que posso ajudar?

Eu: Para de zoar mano, essa tal maturidade chega pra todo mundo, mas o foco da conversa é outro, tava pensando de hoje a noite fazer uma surpresa pra ela, levar ela em algum lugar ou sei lá... O que eu faço?

Bruno: Leva ela em algum lugar especial pra vocês ou se souber de um lugar que ela goste leva ela lá.

Eu: Mano valeu mesmo, acabo de ter uma ideia. Até mais parça, te mantenho informado do que vou fazer, preciso muito da tua ajuda pra isso dar certo.

Eduardo off

Larguei o celular e fui procurar meus pais, não os encontrei na cozinha, ouvi um barulho de carro sendo ligado então corri para fora, era meu pai saindo e eu precisava falar com ele, era tarde demais ele não me viu. Corri para a sala, rumo à mesinha de vidro ao lado do sofá, além de um abajur, lá também tinha um telefone fixo. Disquei o número torcendo para que ele atendesse.

Ele atendeu e um alívio enorme pairou sobre mim, perguntei se ele estava atrasado para tratar de algum caso e também disse que precisava falar com urgência com ele e minha mãe. O homem disse que estava voltando para casa e era bom que o assunto fosse mais sério do que pedir pra não fazer mais aula de equitação.

Fui ao escritório de minha mãe e chamei ela para a sala, a mulher sentou-se no sofá, meu pai chegou em casa e fez o mesmo, foi então que comecei a falar:

— Sabe eu e Lorena estamos namorando como vocês querem né? Mas eu queria dar um símbolo de compromisso para ela, não uma aliança de noivado, ainda é cedo pra isso, mas algo significativo para um namoro sério.

Meus pais ficaram boquiabertos com minha atitude, ou eles não esperavam algo assim, ou acham bobo demais. Meu pai levantou do sofá sério, caminhou até mim e falou:

— Meu filho, nós esperamos muito por esse momento — me abraçou — Temos um anel de família, mas ainda não é o momento para isso.

— Se quiser, a gente pode ir numa joalheria, conheço uma maravilhosa — ofereceu minha mãe.

Concordei em ir com ela, meu pai levou a gente até lá e depois foi trabalhar. Logo de cara vi as alianças perfeitas, elas eram em prata e com os batimentos cardíacos desenhados, no fim havia metade de um coração, uma completava a outra, era perfeita, não precisei passar muito tempo ali para ver como Lorena iria adorar o presente.

Na volta para casa, o motorista veio pegar a gente e fomos conversando durante o caminho, contei para minha mãe que entregaria as alianças aquela noite e ela concordou em sair de casa com meu pai para tudo ser perfeito.

Realmente tudo almejava perfeição, só tinha um detalhezinho para tudo dar certo, eu ainda não havia comentado nada com Lorena. As dúvidas vieram, por que eu tô fazendo isso? E se ela não pudesse sair? Ou pior, se ela recusar porque não sente o mesmo que eu?

— Filho, você tá nervoso? — Minha mãe perguntou ao tocar minha mão.

— Em parte sim, mas também tenho medo dela não sentir o mesmo que eu.

— Mas ela já aceitou você naquele dia, tenho certeza que ela sente a mesma coisa, é mais fácil, lembra que vocês já namoram.

Minha mãe não tinha ideia da nossa farsa, era melhor assim, mas agora mais uma dúvida pairava sobre meus pensamentos: e se Lorena aceitar o anel só pra não decepcionar sua família?

Daniela era melhor em me confortar, mas eu já sou bem grandinho e na minha idade tem que tomar decisões difíceis, por mais cheio de incertezas que eu tivesse, eu iria fazer aquilo.

Cheguei em casa, peguei o celular e abri na conversa de Lorena, respirei fundo e comecei a digitar

Eduardo on:

Eu: Oi Lorena, tá ocupada essa noite?

Lorena: Não, por que?

Eu: Quero te levar a um lugar especial hoje a noite, topa?

Lorena: Isso é estranho, mas claro! É sempre ótimo te conhecer melhor, vai que você me leve pra um lugar cheio de HQ ou ver um filme geek, deve existir um lado que você esconde pra manter fama.

Eu: Não tenho esse lado, sou exatamente a pessoa que você vê. Te pego às sete combinado?

Lorena: Certo, até lá.

Eduardo off

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