She - 2

By vieiraevelli

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Após quatro anos em coma, Miranda milagrosamente acorda e percebe que a Andrea quem conheceu na praia não se... More

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By vieiraevelli

Andrea olhou para o relógio enquanto caminhava pelo corredor, havia acabado de reanimar uma vítima de um acidente de carro, por pouco não o perdeu, Nate havia ligado logo em seguida para falar sobre a apresentação da escola da filha que séria às duas da tarde, coisa que ela havia se esquecido completamente.

— Doutora a paciente do quarto 750 está reclamando novamente de fortes dores de cabeça — Uma das enfermeiras a acompanhou.

— Já foi aplicado o medicamento que lhe indiquei?

— Sim, mas ela ainda continua a reclamar das fortes dores.

— Aumente a dosagem, se não melhorar, chame o doutor Miller, eu estou ocupada para realizar alguns exames.

— Sim senhora — Disse e entrou no corredor oposto.

— Doutora!

— Sim? — Perguntou parando de caminhar e olhou para o enfermeiro que havia lhe chamado.

— Acabou de chegar um paciente com queimaduras de segundo graus.

— Chame a doutora Janet, eu estou um pouco ocupada no momento — Disse voltando a caminhar — Eu preciso que se despeçam da mãe de vocês, pois eu preciso levá-la nesse exato momento — Disse ao entrar pela porta do quarto de Miranda, as três a olharam, assim como a enfermeira — Está tudo certo com a dosagem, Eva?

— Sim senhora, Doutora.

— Peçam para que... — Um grito foi ouvido no corredor.

— Doutora eu preciso da senhora.

—O que houve? — Perguntou olhando para a enfermeira que a olhava assustada, a paciente do quarto 340 tentou levantar-se da cama, mas acabou caindo e estourando alguns pontos.

— Eu estou indo, Eva, leve a senhora Priestly para a sala de radiografias e mande Fredd começar, eu chego em alguns minutos — Disse saindo rápido da visão da das quatro e entrando no quarto, duas portas depois do quarto que Miranda estava.

Eva levou Miranda para a sala de radiografias em coompleto silêncio, assim que chegaram a sala de radiografia, Miranda foi posta na maquina e esperou alguns minutos.

— Senhora Priestly, eu preciso que olhe para essa luz azul logo a sua frente — A voz de Andrea ecoou, como ela havia chegado ali tão rápido, Miranda não fazia ideia, mas estava mais tranquila por tê-la ali.

Assim que o exame foi feito, Andrea a levou de volta para o quarto e a ajudou a deitar.

— Eu trarei os resultados dos exames mais tarde, eles devem ficar prontos até às quatro da tarde.

— Almoça com a gente, Andy? — Cassidy a convidou.

— Eu não posso, querida, tenho compromisso ás duas da tarde — Disse sorrindo e olhou para o relógio — E estou extremamente atrasada, eu volto mais tarde com com exames — Disse e saiu do quarto.

.§.

Andrea adentrou o salão principal da escola da filha e seguiu para o lugar indicado pela inspetora, sentou-se ao lado de Nate.

— Você está atrasada.

— Desculpe por não ter deixado alguém morrer.

— Liz não parou de perguntar por você um segundo sequer.

— Eu já estou aqui, Nate, não estou? — Disse olhando para a filha no palco e lhe mandou beijos.

— Deveria dar prioridade para a Liz.

— Estou ensinando a minha filha a seguir o que ela acredita ser real e necessário, Liz sempre será minha prioridade, por isso tenho que ser exemplo para ela.

— Qual exemplo? O que chega atrada para as apresentações da filha?

— Eu não irei discutir com você outra vez — Disse entredentes sem ao menos olha-lo.

Durante o restante da apresentação nenhum dos dois trocaram um só palavra, assim que a apresentação de Liz foi finalizada, Liz correu para a mãe a agarrando pelo pescoço, Andrea a encheu de beijos.

— Você estava linda, meu amor, a mais linda de todas — Liz a abraçou ainda mais.

— Quero sorvete mamãe.

— Quantos você quiser pequena doutora — Disse seguindo para a sorveteria do outro lado da rua — Do que irá querer?

— Morango! — Gritou animada.

— Por que eu não estou surpresa? — Fez cara de pensativa e beijou a filha colocando-a no chão.

— Boa tarde.

— Boa tarde, eu irei querer uma casquinha de sorvete de morango e uma garrafa de água sem gás, por favor — A atendente afirmou e saiu, logo entregou o sorvete e a água.

Andrea pagou e saiu do estabelecimento com a filha nos braços, já que Liz não queria voltar para o chão após pegar o sorvete, sentaram em um banco da pequena praça esperando Liz terminar o sorvete.

— Vamos querida, precisamos ir para casa, a mamãe tem que ir para o trabalho.

— Não papai, eu quero ir pro trabalho com a mamãe — Disse abraçando a mãe pelo pescoço, quase derrubando o sorvete na roupa da morena.

— Mas a mamãe tem que voltar para o hospital, bonequinha.

— Não, eu vou com a mamãe — Disse começando a chorar.

— Tudo bem, querida, você irá com a mamãe, agora vamos, eu preciso voltar para o hospital — Disse indo para o carro com a filha nos braços já que a pequena não lhe soltava de jeito algum.

Andrea a arrumou no carro e fechou a porta.

— Irá mesmo leva-la?

— Ela irá chorar, Nate, além de tudo ela dormirá antes de chegar ao hospital, você pode seguir o carro e pega-la lá.

— Tudo bem — Andrea entrou no carro e deu a partida.

Lis estava atenta ao seu sorvete inacabado e não aparentava ter sono algum, o que era um milagre muito grande.

Próximo ao hospital, Andrea viu o celular tocar, apertou o botão do volante.

— Tudo certo?

— Na verdade ela está bem acordada.

— Com quem ela ficará no hospital, Andy?

— Eu vou dar um jeito, Nate, nos vemos a noite, eu preciso ir — Disse e desligou parou o carro em frente ao hospital e desceu pegando a bolsa e logo tirou Liz do carro, entrou no hospital seguindo para sua sala e colocou o jaleco.

Batidas na porta foram ouvidas enquanto Andrea limpava a filha.

— Pode entrar.

— Aqui estão os exames da senhora Priestly, doutora.

— Obrigada Eva.

— Olha tia Eva, eu sou médica igual a mamãe — Liz disse animada e Eva sorriu olhando para a pequena vestida com com um jaleco cheio de flores e com seu nome bordado em vermelho assim como as flores.

— Você está linda, doutora Liz — Liz sorriu orgulhosa e olhou para a mãe que olhava os papéis com o exame, Andrea olhou para a enfermeira.

— A paciência do quarto 130 já foi medicada?

— Estou indo medica-la agora.

— Tudo bem, obrigada por trazer os exames — Eva sorriu e saiu da sala fechando a porta.

— Máscara mamãe.

— Na sua mochila querida — Disse ainda olhando os exames de Miranda, Liz saiu da cadeira e pegou a mochila sobre o sofá pegando sua máscara, luvas e estetoscópio de mentira — Vamos doutora? — Liz afirmou animada e deu a mão para a mãe, as duas saíram da sala, e seguiram para o elevador seguindo para os quartos.

.§.

Miranda riu das filhas que contavam as aventuras na escola.

— Não quisemos ir para o acampamento com o papai e a Cruella, mas papai nos obrigou — Caroline disse.

— Não deveria ter aprontado tanto com a namorada do pai de vocês.

— Ela é simplesmente insuportável, mamãe, se a conhecesse, nos daria razão.

— Papai ficou uma fera — Cassidy disse e deu de ombros.

— Atrapalho?

— Não Andy, estamos apenas conversando para passar o tempo.

— Eu não vou interrompe-las por muito tempo, só vim trazer os resultados dos exames.

— Mas você não está com nenhum papel — Miranda disse confusa.

— Estão com a minha assistente — Disse e olhou para trás não vendo a filha, seguiu para a porta do quarto e viu a filha encarando a porta de um dos quartos, estava entreaberta — Meu amor, vem.

— Eu vi um bebê, mamãe.

— Foi? — Perguntou pegando a mão da filha.

— Sim e ele chorava muito — Andrea riu enquanto entrava no quarto Miranda observou a pequena de cabelos castanhos e olhos claros, parecia muito com Andrea, exceto pelos olhos.

— Os bebês choraram muito, meu amor, ainda quer um irmãozinho? - Liz a olhou pensativa e afirmou, depois olhou para Cassidy e Caroline que sorriram fazendo a menina sorrir de volta, Liz olhou para Miranda que ainda a observava.

Andrea pegou os exames da filha e o abriu.

— Segundo a radiografia, está tudo perfeitamente bem com você, a perda recente de memória é apenas um... efeito colateral, podemos assim dizer.

— Isso significa que eu irei me recordar?

— Alguns pacientes recordam-se quando estão em locais onde há alguma memória afetiva ou algo do tipo, outros nem mesmo nessas situações.

— Qual a porcentagem de chances de que eu me lembre?

— Não há uma porcentagem certa que eu possa lhe dizer, senhora Priestly, precisamos esperar que algo aconteça, visitas ao psicólogo podem fazer com que sua mente se desenvolva, fazendo com que se recorde, além de ajudá-la a superar tudo o que aconteceu e está acontecendo, posso indica-la a uma ótima psicóloga se quiser.

— Eu precisarei fazer fisioterapia?

— Uma vez por semana para podermos identificar qualquer sequela que estiver ainda oculta.

— Algum fisioterapeuta que também queira me indicar? — Andrea se preparou para responder, mas foi impedida por ver a filha subir na cama com a ajuda da pequena escada ao lado da cama, Miranda olhou para a pequena que a "examinava", Liz pegou seu pequeno estetoscópio colocando em Miranda sobre o peito.

— Liz, querida, desça daí — Disse se aproximando da cama, Liz continuou com sua consulta sem ao menos se importar e olhou para Miranda.

— Eu estou bem?

— A tia Eva tem que trazer um remedinho pra você, mais você tem que tomar, porque senão ela te dá injeção.

— Eu tomarei, tenho medo de agulhas.

— A mamãe me deu no bumbum, eu não chorei.

— Você é muito corajosa, doutora, com certeza eu teria chorado — Andrea as observou com atenção, Cassidy e Caroline riram da careta da pequena Liz.

— Você pode ir pra casa hoje.

— Mesmo? — Liz afirmou — Eu acho que a sua mamãe está querendo me prender aqui, pois ela disse que eu só estarei liberada em dois dias.

— A mamãe vai me dar um irmãozinho.

— E como ele vai se chamar?

— Arnold.

— É um belo nome.

— Papai não gosta, mais eu quero Arnold.

— Eu acho Arnold um nome muito bonito.

— Mamãe disse que você podia ser minha paciência quando acordasse do soninho da branca de neve — Miranda olhou para Andrea que ainda as olhava, por mais que Liz fosse uma criança bem comunicativa, ela não conversava com pessoas que acabava de conhecer, Miranda olhou para a pequena novamente.

— Você me examou quando eu estava dormindo?

— Mamãe não deixou, mas eu posso te contar um segredo, tia Nana?

— Pode sim querida.

— Eu vim escondido — Disse escondendo a boca com a mão, como se ninguém além de Miranda pudesse ouvir - E contei a história da branca de neve pra você.

— Eu acho que foi por isso que eu acordei.

— Mesmo?

— Tem certeza.

— Ouviu mamãe? — Perguntou animada enquanto olhava para a mãe.

— Ouvi sim, querida, mas precisamos ir, a senhora Priestly precisa descansar.

— Não mamãe — Disse manhosa — Eu quero ficar com a tia Nana, por favorzinho.

— Doutora temos uma emergência — A enfermeira parou na porta do quarto, Andrea olhou para a filha e para Miranda.

— Você pode ir tranquila — Andrea afirmou e saiu rápido do quarto seguindo a enfermeira.

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