Eu tinha uma política estrita contra a violência, tentava sempre ser o mais pacífica possível. Mas naquela semana a última coisa para qual eu estava com cabeça era ter paciência para dialogar com babacas ignorantes. Então é claro que quando Lucius se aproximou de mim com sua conversa machista e egocêntrica, eu acabei socando o rosto dele no meio do refeitório. É claro que o ato fora previamente estudado por mim, assim como suas consequências, fazendo com que eu não hesitasse em levar meu punho ao nariz do garoto. Eu estava contando com o drama do loiro, e este não me decepcionou.
Não demorou muito para Flich gritar meu nome e o de Lucius, mandando-o para a enfermaria e mandando eu segui-lo para a detenção, manchando meu histórico outrora perfeitamente imaculado. Ouvi alguns murmúrios correndo pelo refeitório enquanto eu acompanhava o zelador para fora do local em direção a sala da detenção, onde McGonagall tomava conta de pouco mais de meia dúzia de alunos. Notei que a maioria levantou a cabeça quando Flich me anunciou a professora de matemática. Foi perceptível a surpresa no rosto da mesma ao me ver entrar na sala, mas ela não falou nada. Eu apenas segui para uma carteira vazia no canto da sala, onde me sentei.
Não demorou muito para a cadeira atrás de mim ser arrastada e eu ouvir uma voz já bastante conhecida por mim.
— Evans, atrasou um livro na biblioteca? — James disse sorrindo.
— Se você continuar onde está, Potter, você vai poder perguntar ao Lucius o motivo de eu estar aqui e ele na enfermaria — ameacei e não demorou muito para o moreno voltar, com as mãos levantadas e um sorrisinho imbecil no rosto, para seu lugar perto de Sirius e Remus, mais conhecidos na escola como Marotos, que não era nem novidade estarem sendo supervisionados por McGonagall depois da aula.
Eu queria dizer que aquela fora minha primeira e única vez na detenção e que não houvera mais manchas no meu histórico outrora perfeito. Entretanto, ter de ficar uma hora sob a supervisão da McGonagall se tornara rotina, assim como ter que aturar os Marotos, em especial James Potter, que parecia usar daqueles minutos para me infernizar o máximo que podia.