Para Antônio Nobre, à naneira do mesmo.
Contigo fiz, ainda em menininho,
Todo o meu Curso d'Alma... E desde cedo
Aprendi a sofrer devagarinho,
A guardar meu amor como um segredo...
Nas minhas chagas vinhas pôr o dedo
E eu era o Triste, o Doido, o Pobrezinho!
Amava, a noite, as Luas de bruxedo,
Chamava o Por do Sol de Meu Padrinho..
Anto querido, esse teu livro "Só"
Encheu de luar a minha infancia triste!
E ninguém mais há de ficar tão só:
Sofreste a nossa dor, como Jesus...
E nesta Costa d'Africa surgiste
Para ajudar-nos a levar a Cruz!...
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In: A rua dos Cataventos (1840)