MOTH (PARADO)

By TasteMySin

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Rose, doce menina que após uma forte nevasca, perde-se de seus pais. Com medo, frio e fome depois de longas h... More

PREFÁCIO
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By TasteMySin


É o que você diz: entre a luz e a escuridão entre minha cabeça e o coração
"Você me fez pintar quadros na minha cabeça
Eu vejo todas as cores que você projeta
É você todo dia, toda noite
É você no quadro em minha mente.
É você todo dia, toda noite"
Música perfeita pra esse cap, né mores, amo.

Era o horário do jantar, Ty estava finalizando a organização da louça.

Mas quanto mais os minutos passam, mais ele estranha quando Rose não desce para ajudá-lo a por a mesa, como costuma fazer.

— Onde está Rose? — Se dirige a Ruan que acabara de adentrar.

O loiro olha para Ty e diz de forma como se a pergunta dele fosse idiota:

— No quarto.

Tylor ainda desconfiado, decide por ir chama-la para a refeição.

— Querida? — chama em voz mansa. bate na porta, já com a outra mão na maçaneta pronto para entrar, mas é impedido com a constatação de que estava trancada.

— Rose — volta a chamar, dessa vez em tom de alerta.

Naquela casa, em hipótese nenhuma, portas ficavam trancadas.
Era terminantemente proibido. Ela sabia disso.

Uma regra, que apesar da garota não saber, não existia antes de sua chegada.

(Silêncio)

Ele chama novamente, muito mais alto.

Em troca, recebe um sonoro:

— VÁ EMBORA — Tylor se surpreende com a raiva presente na voz da menina.

Mas que petulância — fala pra si mesmo
— Destranque essa porta imediatamente, Rose! — se faz ouvir.

Do outro lado da porta, tinha uma Rose encolhida em sua cama. chorosa e magoada com o quanto seus responsáveis não confiavam nela.
A garota ouve claramente a ordem de Tylor, mas todo movimento que faz é apenas para se aconchegar mais nas cobertas.
— Vamos, Rose. Abra a porta! — Rose nada faz.

Tylor sabia que não tinha muita autoridade em relação a menina.
E sempre passava uma imagem mais despreocupada do que os amigos.

Rose não temia em nada o homem.
Mas ela tinha um certo medo, talvez inconsciente, de Hélio.

E Tylor sabia disso, e usaria isso a seu favor.

— Não me faça chamar titio Hell, princesinha —cantarola com diversão, já ouvindo os passinhos apressados dela do outro lado.

—  O que quer? — questiona, encostada na porta, ainda sem abri-la.

— Que abra a porta, chapeuzinho. — apoia as duas mãos em cada lado do batente da porta.

Segundos em total silêncio, até que o som dela destrancando e abrindo a porta é audível.

— porque trancou a porta. — Dispara assim que vê a figura pequena de roupas de dormir.

— Porque eu quis. — Faz bico, soltando o aperto da maçaneta e cruzando os braços.

— não é motivo o suficiente. — olha com suspeita para dentro do quarto.
— Vim te chamar para o jantar — Seu mirar é preso na cama de lençóis brancos.

— não tô com fome — Diz, sentindo seu estômago vazio. Ela pensa durante poucos segundos e refaz a resposta:
— Ou melhor, estou em greve de fome e em busca dos meus direitos! — Tylor ri.

— greve de fome? Direitos? — Ele ri mais.

— Sim. tenho direito de ser livre — Rose reforça com seriedade.

A situação por si só deixava a garota mais irritada ainda, e agora ele estava rindo dela!

— Muito bom o drama. Agora desça. O jantar vai esfriar. — deu as costas. Parou e lembrando-se de algo importante, voltando a encarar o rosto da jovem, mas desta vez, sem nenhum traço de simpatia. A voz estava negra e cheia de promessas. Os olhos escureceram como mágica negra e se tornaram ameaçadores e punitivos, Rose engoliu a saliva ruidosamente, era como encarar a própria medusa em forma masculina. O gelo daquele olhar percorreu o corpo inteiro da menina, parando bruscamente no estômago e voltando a descer até os dedos dos pés diante de toda incredulidade de suas palavras.

— Tranque mais uma vez essa maldição de porta e, ficará sem ela. — e foi-se.

Rose nunca tinha visto Tylor falando ou agindo dessa maneira. Nem com ela, nem com seus outros tutores, nem com ninguém!

E por durante cinco estáticos minutos, ela permaneceu na mesma posição em pé: em frente ao seu quarto e com uma sensação terrível de vulnerabilidade.

— Greve de fome? — Hélio questiona com uma arqueada de sobrancelha.

— "em busca do meus direitos" — tylor imita uma voz aguda.

— "direitos" minhas bolas! — Ruan satiriza.

Os três estavam reunidos em volta da mesa, mas nenhum sequer encostou na comida. Esperavam por ela.

— Se não descer em cinco minutos, trago pelos cabelos! — Hélio dá um soco na mesa.

— Calma aí, Tarzan. — Tylor mira o homem a sua frente.— sossega que ela vem.

— Ela vai vir. É charminho de adolescente. — Ruan revira os olhos ao dizer.

Pouco depois de dizer isso Rose aparece na soleira da porta e como se estivesse no ambiente sozinha, senta-se no lugar mais distante dos três, na banquinho da bancada.

— Garota, seu lugar é aqui.— Ty aponta para a cadeira ao seu lado, de frente para Ruan que estava ao lado de Hélio.

Rose ignora a presença dos três, desce do banco, pega o prato e vai colocando sua comida calmamente, sendo seguida por três pares de olhos.

Ao terminar, se encaminha para voltar a bancada, o que se torna uma ação frustrada já que Hélio agarra o braço dela quando a mesma passa por ele.

— Vá sentar no seu lugar, Rose — a jovem está de costas para ele, mas sente o aperto firme no seu braço.

— Nem isso eu posso? Nem escolher o lugar onde vou jantar?! — ele a solta.

Rose vira-se para encara-lo e se sente pequena e indefesa diante de tanta dominância e intimidação que seu tutor mais velho exalava.

— hora da comida não é hora de birra. Cafés da manhã, almoços e jantares SEMPRE são com a família em volta da mesa. Obedeça se não quiser ir dormir com essa bunda quente — grunhe com raiva contida.

Os olhos de Rose pinicam com a vinda das lágrimas, mas ela resiste. Não choraria na frente deles. Choraria em seu quarto, onde se sentia segura, agarrada ao seu travesseiro.

Fungando baixinho, se direciona para o lado de Tylor, que nada diz. Ruan tenta conter um sorriso ao ver o estado da acolhida. "Só assim para ela saber seu lugar" pensava o homem observando com satisfação a menina cabisbaixa brincar com o garfo nos legumes.

— Coma, princesinha. Ele está esperando.— Ty murmura para ela.

Rose apenas suspira, não ousando levantar o olhar para constatar se era verdade, leva o garfo a boca com uma pequena quantidade.

Só assim, apenas quando ela começa a comer, que os três homens fazem o mesmo.

Era um fato admitir que, tudo naquela casa, girava em volta de Rose.




Votem e comentem!

Depois de tanto tempo enferrujada, voltei a escrever. Então preciso MESMO da opinião de vcs. Opinem pelamor!!! E votem! Beijos na popota
#pas

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