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É o que você diz: entre a luz e a escuridão entre minha cabeça e o coração
"Você me fez pintar quadros na minha cabeça
Eu vejo todas as cores que você projeta
É você todo dia, toda noite
É você no quadro em minha mente.
É você todo dia, toda noite"
Música perfeita pra esse cap, né mores, amo.

Era o horário do jantar, Ty estava finalizando a organização da louça.

Mas quanto mais os minutos passam, mais ele estranha quando Rose não desce para ajudá-lo a por a mesa, como costuma fazer.

— Onde está Rose? — Se dirige a Ruan que acabara de adentrar.

O loiro olha para Ty e diz de forma como se a pergunta dele fosse idiota:

— No quarto.

Tylor ainda desconfiado, decide por ir chama-la para a refeição.

— Querida? — chama em voz mansa. bate na porta, já com a outra mão na maçaneta pronto para entrar, mas é impedido com a constatação de que estava trancada.

— Rose — volta a chamar, dessa vez em tom de alerta.

Naquela casa, em hipótese nenhuma, portas ficavam trancadas.
Era terminantemente proibido. Ela sabia disso.

Uma regra, que apesar da garota não saber, não existia antes de sua chegada.

(Silêncio)

Ele chama novamente, muito mais alto.

Em troca, recebe um sonoro:

— VÁ EMBORA — Tylor se surpreende com a raiva presente na voz da menina.

Mas que petulância — fala pra si mesmo
— Destranque essa porta imediatamente, Rose! — se faz ouvir.

Do outro lado da porta, tinha uma Rose encolhida em sua cama. chorosa e magoada com o quanto seus responsáveis não confiavam nela.
A garota ouve claramente a ordem de Tylor, mas todo movimento que faz é apenas para se aconchegar mais nas cobertas.
— Vamos, Rose. Abra a porta! — Rose nada faz.

Tylor sabia que não tinha muita autoridade em relação a menina.
E sempre passava uma imagem mais despreocupada do que os amigos.

Rose não temia em nada o homem.
Mas ela tinha um certo medo, talvez inconsciente, de Hélio.

E Tylor sabia disso, e usaria isso a seu favor.

— Não me faça chamar titio Hell, princesinha —cantarola com diversão, já ouvindo os passinhos apressados dela do outro lado.

—  O que quer? — questiona, encostada na porta, ainda sem abri-la.

— Que abra a porta, chapeuzinho. — apoia as duas mãos em cada lado do batente da porta.

Segundos em total silêncio, até que o som dela destrancando e abrindo a porta é audível.

— porque trancou a porta. — Dispara assim que vê a figura pequena de roupas de dormir.

— Porque eu quis. — Faz bico, soltando o aperto da maçaneta e cruzando os braços.

— não é motivo o suficiente. — olha com suspeita para dentro do quarto.
— Vim te chamar para o jantar — Seu mirar é preso na cama de lençóis brancos.

— não tô com fome — Diz, sentindo seu estômago vazio. Ela pensa durante poucos segundos e refaz a resposta:
— Ou melhor, estou em greve de fome e em busca dos meus direitos! — Tylor ri.

— greve de fome? Direitos? — Ele ri mais.

— Sim. tenho direito de ser livre — Rose reforça com seriedade.

MOTH (PARADO)Where stories live. Discover now