Rose, doce menina que após uma forte nevasca, perde-se de seus pais.
Com medo, frio e fome depois de longas horas caminhando pela floresta solitária, ela é encontrada,
Mas não por seus progenitores.
Hélio, Tylor e Ruan, três amigos ex militares, que...
— Não vou conseguir terminar tudo hoje. — Aviso a Dan, sem desviar meus olhos do caderno.
— Sem problemas, Rô. Pode levar pra casa. Amanhã eu pego.— o fito, franzindo a testa.
— Rô?
Dan sorri abertamente, fazendo com que eu perceba uma covinha em sua bochecha direita.
— É. de Rose.— abaixa o olhar, umedecendo os lábios.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Entreabro a boca, apenas para fecha-la novamente. E quando menos espero, estou corando.
O sinal de fim de intervalo soa. Arrumamos nossos pertences e saímos de baixo da arquibancada. Esse foi o lugar que Dan sugeriu para podermos estudar sem interrupções. Segundo ele, ninguém chegava até ali.
No caminho para retornarmos para a sala de aula, começamos uma conversa sobre bandas e shows.
— Você deveria ir! — sugere, em total animação.
Fecho meu sorriso aos poucos.
— Eu não acho que vou poder. — lembro-me de meus tutores. Eles não deixariam.
— Eu gostaria que você fosse. — me fita. — não conheço mais ninguém, além de você, que goste de Marina and the diamonds.— Ele faz um gesto de silêncio com o dedo indicador.
Gargalho, entrando na sala enquanto miro o perfil de seu rosto.
— Mal posso acreditar que goste de algo tão... alternativo, talvez? — Ele nega.
— Só não conte pra ninguém. Tenho uma imagem a zelar.— Assinto ao mesmo tempo que olho para a frente. Paro no lugar de repente, estática. Dan para ao meu lado e me pergunta baixinho o que tinha acontecido.
A sala estava ainda com poucos alunos, alguns conversavam esperando a aula começar, enquanto outros entravam.
— Vamos, Rô. O Senhor Whalen está nos encarando.— Confirmo com um movimento de cabeça, me forçando a andar até a cadeira, tendo que passar na frente de Ruan, que estava apoiado na frente de sua mesa.
Ruan seguiu todos meus movimentos, e me encarava com gelo nos olhos. Fixando em Dan e desviando novamente para mim.
Senti um arrepio de medo me tomar. Ele deveria estar feliz por não estar mais sozinha? Não é? Deveria. Mas seus gestos, como o maxilar trincado e os olhos cerrados em mim, demonstram outra coisa muito contrária de felicidade.
Apenas quando todos os alunos estão em seus devidos lugares é que ele toma o início da aula, ainda parecendo nervoso com a presença de Dan ao meu lado.
— Senhor Park, retorne ao seu lugar. — Ruan aponta para o fundo da sala, onde ele tinha sentado nos primeiros dias de aula.
