☠♥ Disaster ♥☠

By 3Carla

221K 10.2K 547

autora: 3Carla More

Sinopse
Prólogo
capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Nota da autora
Capitulo 4
Bónus • Bernardo•
Capitulo 5
Capitulo 6
Bónus ○Bernardo○
Capitulo 7
Capitulo 8
Bonus○Bernardo○
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Bónus ○Bernardo○
Recadinho, é chato, mas leiam please
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Comunicado
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 28 parte II
Capitulo 29

Capitulo 21

4.8K 222 13
By 3Carla

O meu fim-de-semana foi um saco, minha mãe chamou a Liz e ela veio com tudo pra cima de mim, tentando me animar e me tirar da minha depressão profunda, o que só acontecia por alguns minutos, quando eu gritava ou discutia com ela.

Acabou que passamos o dia vendo fotos e comendo besteira, a tarde falando e a noite comendo uma panela enorme de brigadeiro e vendo um filminho romance de quinta que a Liz e a minha mãe escolheram só pra ficar chorando o tempo todo, enquanto eu me entupia de brigadeiro e ria da cara delas, e das cenas cafonas que nunca, em hipótese alguma, aconteceriam na vida real.

Não posso negar que elas me ajudaram a me distrair um pouco, mas eu continuo depressiva. Entendam, eu sou uma jovem, de dezassete anos, que tem um namorado que é assediado todo o santo dia por fêmeas de camelo peitudas (lembrando que eu nem tenho peitos tão grandes), portanto não tentem me fazer sorrir ou vomitar corações, vai dar merda. E diferente dos filmes, as pessoas na vida real tem cérebro (pelo menos algumas), os sentimentos não aparecem um de cada vez, e nem sofrem de amnésia repentina pra esquecerem em dois tempos o que atrapalha o final feliz.

Então minha gente, o buraco é bem mais fundo (o meu no caso, é um poço).

-- Oi filha. – Minha mãe fala ao entrar no meu quarto _sem bater, é claro_ com aquela cara de “vamos conversar” (que se eu fosse um balão, eu estaria murchinha, só pra registrar) solto logo um suspiro. Eu nesse momento não estou com muita vontade de expressar os meus sentimentos ou dividir os meus problemas. Eu sempre fui muito egoísta, e nunca fui de dividir, mas parece que a minha mãe ainda não aceitou isso.

-- Fala mãe. – Rosno e mudo minha posição na cama. Faz quase uma hora que eu estou deitada de costas falando com o meu amigo teto, desde que a Liz foi embora. E sinceramente a minha bunda já está dormente, acho até que achatou.

-- O Bê estava aqui, ele veio falar com você. – Pausa pra me observar atentamente. – Mas eu já mandei ele embora. – Ela termina calmamente, enquanto os meus olhos vão duplicando de tamanho.

Silencio. Dizer que eu não me importei, seria a pior de todas as  minhas mentiras (sempre necessárias e inteligentes), porque no caso eu me importei muito. Só que eu não vou dividir isso.

-- Ah, e o que tem isso? – Falo olhando pra parede, linda, fofa e muito interessante.

-- Isso significa que você não quer ver ele mesmo? – Não. Ela levanta uma sobrancelha e eu me dou conta de que mesmo estando em estado de depressão eu tive tempo pra entrar também em estada de saudade profunda por causa do Bê. Oh merda!

-- Sim.

Olho pra todos os lados e resolvo ignorar, quem sabe funciona.

-- Porquê que você não dá uma chance pra ele? – Ela pergunta com aquele olhar fodastico, que eu quero um dia mostrar pros meus filhos, o olhar: abra a porra da sua boca e me explica essa palhaçada! Só que de um jeito bem mais delicado.

-- Eu não estou afim. Simples.

-- Não, não é simples. – Ela solta um suspiro e encarna o papel de uma mãe sabia. – Pricilla, eu sei que você gosta do Bernardo. Isso fica claro pra todos que olham os seus olhos quando se falam ou quando você está perto dele. – Me lembrem de arrancar os meus olhos. – Eu sei que ele fez besteira, eu sei que como você diz, ele foi um idiota. Mas todo mundo merece uma segunda chance. E vai ser só dando essa chance que você vai conseguir perdoar.

Meus olhos se enchem de lagrimas, e eu desvio o olhar pra parede linda.

-- Eu já perdoei ele. – Fungo de uma forma nada delicada (que nem porco com gripe), e respiro fundo. – O problema é esquecer e confiar de novo. Eu estou perdendo meu sono com pesadelos sobre ele e aquela vadia. Eu estou com raiva, estou triste, e estou com saudades dele. Eu não sei o que fazer. – Lagrimas começam a rolar no meu rosto e um soluço me escapa. – E sabe de uma coisa mãe? A culpa de tudo isso é sua viu!?

Olho de forma acusatória pra ela, e a dona Melanie arregala os olhão.

-- Minha? O que eu fiz!? – Ela pergunta surpresa.

-- É sua sim. Você que veio com aquele papinho fajuto de deixar rolar, pra deixar acontecer, que no máximo que podia acontecer era eu me machucar. E que todo mundo se machuca um dia. Tudo um monte de idiotice, eu bem que sabia que a minha teoria de que eu não sou todo mundo era melhor que a sua de deixar rolar. E olha como eu acabei por não me ouvir? Me sentindo como se eu acabasse de cair de bunda no chão molhado! Droga! – Digo com raiva e jogo um travesseiro no chão, enquanto minha mãe só ri da minha cara.

-- É a mas a mais pura verdade. Todo mundo se machuca, só que você lida com os efeitos de forma mais agressiva. Mas fique sabendo que essa não vai ser a ultima vez queridinha. – Minha mãe fala e me deixa com a boca aberta, ela parece uma especialista falando.

-- Isso é uma bosta. – Bufo e volto pra minha posição de costas e com raiva do mundo.

-- Pricilla olha essa linguagem menina. – Ela me repreende.

-- Qual é mãe, eu estou mal, me deixa usar a minha linguagem suja por um tempo vai? – Digo fungando e fazendo cara de cachorro pidão. Ela só ri e me abraça.

-- Você não tem jeito menina.

Ficamos abraçadas por algum tempo até eu sentir o sono me atacar, mas antes de dormir eu falo o que esta me matando.

-- Mãe…

-- Oi?

-- Eu estou com saudades dele.

-- Então deixa ele te fazer esquecer. – Ela fala enquanto brinca com o meu cabelo.

-- Isso vai ser difícil. O Bê não tem criatividade nenhuma. – Bufo pra minha falta de sorte.

~~~~~~~~*~~~~~~~~*~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~

Escola. O lugar mais bonito, limpo, simpático, e mais dotado de seres inteligentes e racionais (Por favor, me digam que sentiram a pura e doce ironia nessa frase). Lugar, onde nem a merda eu quero ir, mas como eu sou uma rejeitada, mal amada e filha de pais insensíveis, eu tenho que ir, e pra variar, tenho que ir sem uma linda e jeitosa Harley Davison (que deixava a minha bunda bem confortável e empinada), e sem o seu perfeitamente lindo e gostoso piloto.

Saio pela porta de casa, e caminho em direção ao carro do meu pai. Observo o homem que não é nada atraente comparado com o meu namorado. Meu pai. Um coroa bem conservado, mas pelo amor do capeta, o Bê é muito mais interessante de se olhar, ele tem uma moto, ele tem aqueles olhos incríveis, e, ele nunca trocou a minha fralda e nem limpou meu nariz sujo.

Eca!

-- Hey menina, essa cara feia porquê? – Meu pai pergunta quando eu entro no carro nada feliz. É impressionante, é sempre no dia que você não está com humor nenhum, que as pessoas estão cuspindo flores e corações. – Será que é porque não é o seu namoradinho quem vai te levar?

Meu pai, se vocês ainda não repararam, me deu uma grande parte da minha personalidade sarcástica e irónica, só que ele tende a ser um pai idiota quando ele ri da minha cara ou me zoa por algo que ele já tenha avisado. Ele é do tipo que não diz um: eu te avisei filha,mas não fica triste não.

Ele é mais pra: ahahaha, bem feito, num disse? Agora quebrou a cara e vai ficar chupando limão.

Bem eu mesmo.

-- Cala a boca pai. – Bufo e bato a porta do carro com toda a minha força e então viro pra ele com um sorrisinho do tipo: ahahah, eu mandei calar a boca, não calou? Vai ter que comprar uma porta nova pro seu carro.

Ele faz uma careta e dá partida, pra minha felicidade.

O carro fica em silêncio por alguns minutos, eu olho pra janela e pras pessoas que se eu estivesse dirigindo estariam todas atropeladas e mortas.

Mas então, o meu pai não consegue segurar a boca, e cuspe:

-- Então, o que aconteceu pra vocês desgrudarem?

-- aconteceu que ele é claramente um idiota. – Bufo, e fecho a cara, mas escuto meu pai dando um risinho.

-- Isso eu já sabia né? – Ele pergunta se achando, o que não faz sentido porque isso é com certeza uma coisa óbvia. De qualquer das formas, eu diria que foi interessante falar mal do Bê com o meu pai, de alguma forma eu me senti vingada.

**

Chego na escola sem muito animo mesmo, além do meu rosto estar amarrotado pra caramba, eu estou me sentindo muito derrotada. O que não é bom pra minha auto-estima-destruidora.

Entro na sala ignorando os idiotas, dando o dedo pras vadias-com-peitos-maiores-que-os-meus, e procurando um garoto com cabelinho ridiculamente sexy, e olhos extremamente atraentes. E eu o encontro.

Sentado a uma carteira da minha amada e idolatrada janela-de-olhar-pro-nada, está ele, o cara que anda rebolando mas que não deixa de ser lindo e gostoso.

Caminho em direção ao meu lugar e me sento em silêncio, não parando pra olhar demais (o que fez meus olhos arderem e ganharem vida própria, querendo sair do meu crânio e encarar o individuo no meu lado). Sento de forma elegante, no estilo diva e olho pela janela como era o meu costume (que ele tirou), mas em poucos segundos sinto seu olhar sobre mim. Aposto que ele está me encarando, e que ele tem um sorrisinho ridiculamente idiota e excitante (sim, o sorriso dele é excitante, não me julguem, o cara é um pão, esqueceram?) naquela boca ridiculamente beijável. Posso até imaginar os pensamentos dele: nossa como ela é linda. Ela deve ser a garota mais linda do universo. Ela é tao linda e tao inteligente que eu cortaria o meu braço só pra ela falar comigo. Ela é inteligente, sim, muito inteligente, ela nem precisa falar pra ser inteligente. E ela é gostosa, os peitos dela são perfeitos e nem são gigantes. Quem dera eu não tivesse enfiado a minha língua idiota na garganta da Monique-peituda-bunduda. Nossa ela é tão quase perfeita.

Sorrio internamente com os meus pensamentos, com certeza ele está pensando isso. Eu com certeza sou um fenómeno que deve ser estudado. Porque sim, é uma pena que a perfeição não exista, pois se existisse, ela se chamaria Pricilla a Perfeita.

Eu falei que a minha autoestima estava baixa? Pois é, acho que ela subiu.

Estou distraída esperando a porcaria do professor, que como todos os outros idiotas sem educação adoram deixar os alunos esperando na sala mofando, só por eles serem mais velhos e por poderem sentar na porra de uma mesa grande de costas pro quadro, quando ele me cutuca.

Só pra esclarecer, o ele de quem eu estou falando a seculos sem um motivo aplausível, é o Bernardo. E como sempre ele está um verdadeiro destruidor de hormonas femininos. Como eu disse, um pão.

Me viro pra ele e faço cara feia, mesmo não tendo me importado por ele me cutucar. Com licença? Eu sou o capeta, mas capeta também sente saudade. E capeta também sente carência.

-- Não vai falar comigo mais? – “Vou sim, eu quero muito falar, vamos falar?” Nunca, respondam isso se estiverem na minha situação. E sejam um orgulho pra classe feminina.

-- Inteligente você por perceber. – Respondo sarcástica e faço cara de má e sem paciência.

-- Isso não é justo Pricilla. – Ele faz carra de gato do shrek, e eu quase que dou leitinho e peixe pra ele. Só que não.

-- Se mata então. – Viro o rosto pra maravilhosa janela e me concentro nas propriedades do vidro embaçado com a minha respiração próxima, nesse meio tempo de silêncio (gritante e de muitas merdas e caralhos mentais), a professora do dia chega, como todos os outros com uma cara de bunda dolorida e sem nenhum senso de moda. Ela começa a falar o bom dia azedo e sem vontade e dá início a secção se tortura.

Estou realmente pouco interessada no que a feia coisa que está lá na frente fala, mas de repente todos os meus sentidos acordam com o calor e o arrepio que uma boca trás ao meu corpo ao se aproximar tanto do meu pescoço e pausar perto do meu ouvido.

-- Eu não vou desistir de você vermelhinha. – Ele fala e logo se afasta pra escrever alguma coisa no caderno. Enquanto eu fico com a maior cara de pastel cru encarando o rapaz bonito que está do meu lado.

Eu não estava a espera que ele desistisse.  

____________________________________________________________________________

Com certeza eu demorei (e eu peço sinceras desculpas por isso), mas eu voltei, e com um capitulo novo como ofertade paz rsrs.                                                                                                                    eu estava morrendo de saudades de escrever (sim, eu estava esse tempo todo sem escrever. nao me matem) e me sentindo muito mal por nao postar nada por tanto tempo. Eu espero sinceramente que as minhas queridas e adoradas leitoras nao tenham esquecido a Pripri e o Bê, e que elas continuem seguindo. as minhas novas leitoras, eu dou as boas vindas, esperando que estejam gostando e se interessando pela historia.

como sempre, estou muito feliz por todo o apoio, votos e comentarios, continuem assim e me digam por favor o que estao achando, vcs com certeza  me estimulam a escrever mais, tanto que eu estou escrevendo um testamento em vez de um recadinho kk.  sem mais enrolaçao, eu amo vc's e por tudo, obg.

muitos beijos e um oi ♥

Carla

Continue Reading

You'll Also Like

10.4M 803K 89
Por um lado temos uma mulher que sofreu de todas as formas, e a cada dia perde a fé em tudo, do outro, temos algum cabeça dura, fechado, e totalmente...
138K 5K 45
sn é uma menina de poucas condições,sua mãe morreu sn tinha 5 anos,ela ficou com seu pai que também acabou partindo, então foi morar com uma tia, che...
17.6M 1.2M 91
Jess sempre teve tudo o que quis, mas quando Aaron, o sexy badboy chega a escola, ela percebe que, no final das contas não pode ter tudo o que quer...
98.5K 5.3K 42
📍ʀɪᴏ ᴅᴇ ᴊᴀɴᴇɪʀᴏ, ᴄᴏᴍᴘʟᴇxᴏ ᴅᴏ ᴀʟᴇᴍᴀᴏ "dois corações unidos num sentimento, novinha e guerreiro em um só fundamento..."