MOTH (PARADO)

TasteMySin द्वारा

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Rose, doce menina que após uma forte nevasca, perde-se de seus pais. Com medo, frio e fome depois de longas h... अधिक

PREFÁCIO
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TasteMySin द्वारा

Rose observa os flocos de neve caírem silenciosamente e em menor quantidade.

O pior tinha passado, a menina em determinado momento, achou que não sobreviveria a tempestade.

Mas o fez. estava debilitada, sentia uma sensação horrível na barriga, que implorava por alimento, e seus olhos mal conseguiam se manter abertos por mais de cinco segundos.

A fome era a única coisa que a estava mantendo acordada, além do frio.

Rose saí do seu esconderijo, olha em volta e começa a andar novamente.

A menina perguntava-se por onde estariam seus pais, e o motivo de a terem deixado no carro por tanto tempo e não terem voltado.

O céu estava negro, mas Rose não sabia distinguir se era pelas grossas nuvens que estavam encobrindo a imensidão azul, ou se era porque estava mais tarde do que ela pensava.

Ela opta por como tinha feito no início, andar em linha reta.

Suas pernas já estavam doendo e sua respiração falha, quando depois de muito tempo caminhando, ouve estalos e pequenos rosnados próximos a si.

Pelas horas que estava dentro daquela floresta, ela tinha visto poucos animais, apenas alguns cervos que para a sorte dela, a ignoravam.

Com o pulso acelerado, Rose passa os olhos pelo local na procura do dono dos sons estranhos.

Mas tudo se restabelece em quietude.

Ela dá de ombros e volta a caminhar.

Mas solta um grito agudo e aterrorizado quando é levada ao chão por um ser peludo e que rosnava para ela como ameaça.

Tylor

Ella saiu para a floresta de novo, tinha ido a sua caça rotineira.
Mas Tylor tinha que acha-la o mais rápido possível, a nevasca tinha cessado, mas não duvidava que retornaria a qualquer instante.

Não muito longe da residência, ele avista a loba. aliviado, caminha até ela.
O animal estende o focinho para cima e paralisa. rosna e se volta para uma direção.

Tylor Acompanha de longe o percurso da loba, ela certamente encontrou algo, e não gostou nenhum pouco.

Se tinha algum intruso por aqui, Ella sabia.

- AAAAAHH! - um grito infantil é espalhado pelo local.

Tylor pragueja e caminha mais rápido para a fonte dos grunhidos.

Ele se depara com sua loba em cima de um pequeno corpo, enquanto rosna por seu território.

- Ella. - O homem chama. A loba prontamente saí de sob o corpo que afundará na neve.

A menina tinha algumas lágrimas rolando por suas bochechas avermelhadas.
Rose funga olhando para o homem bem agasalhado e de vestes negras.

- O que está fazendo por aqui garota? - pergunta se aproximando e estendendo uma mão para ela, era apenas uma criança.

Rose arregala os olhos. não aceitando a ajuda.

Tylor franze o cenho com o silêncio e recusa dela.
E mesmo sob protestos, Ele a pega pelos braços a erguendo e fazendo a ficar de pé no solo branco.

- Não gosto de repetir, Garota. Diga o que está fazendo aqui! - Rose dá um passo para trás, aquele homem estava a pondo medo.

Ele era grande, do tamanho de seu pai. Parecia uma montanha, o que assustou profundamente tudo dentro dela.

A criança engole em seco e fita o animal que se pôs em alerta ao lado do homem.
Queria correr, mas tinha medo que aquele bicho fosse atrás dela.

- E-eu n-não sei, se-enhor.- diz com voz trêmula.

- Como não sabe! - Fita exasperado a garota.

Rose abraça-se, estava começando a ventar muito.

Tylor contempla o rosto angelical e com expressão confusa.

- P-p-preciso d-de ajuda - implora baixinho.
Estava morrendo de frio e fome, e mesmo que seus pais tenham dito mais vezes do que o necessário de que não aceitasse nada de estranhos, essa, era uma situação de emergência.

Tylor observa os cabelos castanhos, brancos pela neve, o nariz e as bochechas vermelhas contrastando com o resto do rosto que estava pálido e como ela tremia o corpo, abraçando-se em uma tentativa frustrada de se aquecer.

O moreno não pensa muito e tira o casaco grosso e negro que vestia, aproximando-se dela e o colocando em seus ombros estreitos.

Apesar de a peça ser muito maior que a jovem, ela o agarra com força, sentindo o cheiro forte, com um leve almíscar e o calor gostoso abraçar-lhe.

Rose suspira fechando os olhos, e os abre em pânico novamente ao sentir ser levantada por braços fortes.
Ele a tinha colocado no colo.

- Você não vai aguentar caminhar com o peso do casaco, garota. - Ele a cala antes mesmo dela o questionar

Rose estava tão exausta que durante o trajeto nem se perguntou sobre pra onde ele a estaria levando.
Espiou por cima do ombro dele para o animal que os seguia e o viu rosnar baixinho para ela.

A jovem esconde o rosto contra o pano da camisa dele.
"Ella" - lembra-se Rose do nome o qual homem a tinha chamado.
" não gostou nenhum pouquinho de mim."

Em poucos minutos de caminhada a jovem pôde perceber que o homem tinha razão; não conseguiria caminhar por todo esse tempo com o casaco que mesmo sendo quente e confortável, pesava um bocado.

Aos poucos uma grande casa se faz presente por entre as árvores, a moradia era de dois andares e com muitos elementos rústicos.

Tylor ao chegar em frente a porta dos fundos, coloca a garota no chão de madeira do deck. Abre a porta e empurra com uma das mãos a menina para dentro da casa, dando vez a loba, para por último ser ele a entrar.

Ao dar os primeiros passos pela cozinha ampla ela sente um calor confortável.

- Qual o seu nome? - Ele aponta para uma cadeira ao lado da porta.

Em voz exitante, ela senta-se responde:

- Rose Cannon, Senhor - Tyler encosta na borda da pia e apoia-se com os braços, analisando a menina.

- Quantos anos tem, Senhorita Cannon?

- 13 - responde rápido.

- Seus pais. - Rose abaixa os olhos para seus dedos em seu colo.

- Eu não sei, Senhor.- diz em fim.

Por fim, Tylor decide chamar de uma vez Ruan e Hélio. Precisavam resolver a questão de ter uma criança vagando sozinha por suas terras.

- o aquecedor está ligado. - ele anda até ela e retira o casaco dos ombros da jovem.
- Preciso avisar aos meus companheiros de que temos visita. Não saía, me entendeu bem? - Ela balança a cabeça lentamente engolindo em seco com a forma a qual ele ordenara

Tylor se volta para a Ella, que estava deitada no canto do cômodo.

Precisava falar com seus amigos, mas também precisava que a garota não tentasse ir embora. Se saísse poderia definhar na floresta e nunca mais ser encontrada.

- Se ela sair, a morda. - Rose estatela os olhos na direção do homem para depois fitar com horror a loba se mover preguiçosamente até a porta, onde deita-se em frente.

O moreno some por entre portas duplas que ao abertas, pode fazê-la vislumbrar uma sala e uma escada, mas novamente ele as fecha com uma batida alta.

Com receio, ela olha para o animal, que ao perceber grunhe pra ela. Rose se encolhe e desvia os olhos medrosos para o tecido da saia que usava.

Tylor

- VOCÊ O QUÊ? - Ruan bate com o punho sob a mesa do escritório.

- Ela é uma criança! estava sozinha, aparentemente perdida e com frio. O que esperava que eu fizesse? E fale baixo cacete, ela pode escutar.

- Qualquer coisa, porra! Menos trazê-la pra cá. Perdeu o juízo? - Ruan estava transtornado.

Hélio estava neutro, observando, sentado na cadeira de frente para a mesa de madeira mista, os dois discutirem.

- Ele está certo, Ruan. Eu teria feito o mesmo.- o homem tatuado atrás da mesa defende.

Ruan nega com a cabeça, raivoso pela discordância de seus amigos.

- e o que vamos fazer com essa fedelha? - o homem negro desdenha.

Hélio e Tylor se entreolham.

- buscar as autoridades que se encarregaram de levá-la de volta para seus pais.

- ela não disse como foi parar na floresta? - Tylor nega.

Juntos, eles descem as escadas para ir de encontro a jovem perdida.

Em primeiro momento, Hélio e Ruan não veem a menina. Até notarem uma movimentação ao canto do ambiente.

Uma pequenina garota morena e de olhos grandes sentada, balançava as pernas enquanto acariciava os pêlos macios de uma Ella serena e quieta, que tinha a cabeça deitada no colo da jovem.

Rose nota a presença de dois outros homens além do que ela já conhecia.

- Está é Rose. - Tylor indica a menina.

- Ella está mesmo deixando uma desconhecida tocar nela? - Ruan fala em descrença e em voz baixa na direção de Hélio, ao lado.

Os três estavam surpresos, Ella poderia ser agressiva com pessoas externas.

Rose vê os três parados e diz um "Oi" sussurrado.

- Agora pode nós dizer como veio parar por estas bandas, garota? - Tylor questiona com seriedade.

Os outros dois limitam-se a observar a jovem com curiosidade não demonstrada.

Rose pacientemente explica os acontecimentos das últimas horas sem deixar nada escapar.

- Que tipo de pais abandonam uma criança sozinha em um carro durante uma nevasca? - Ruan acusa e um silêncio domina o ar.

- Vamos ligar para as autoridades locais, eles trataram de encontrar os pais dela. - Hélio pega o seu celular do bolso e disca os números.

Enquanto o mais velho dos três tentava contactar a polícia, Tylor e Ruan aproximam-se da garota.

Agora sabendo tudo que ela tinha passado durante esse tempo todo, eles puderam ver de forma mais compreensiva a situação, a menina era a vítima e estava assustada.
Era de fato, a única vítima de pais irresponsáveis.

- De onde você é, criança? - Ruan questiona.

- Winkler, Senhor. - Responde confusa.

- Está um pouco longe de casa, não acha? Pra onde você e seus pais estavam indo? - Ruan continua.

- Para a casa de meus tios em Winnipeg.

Winnipeg é a capital da província. Longe o suficiente de onde eles estavam atualmente.

Os dois se afastam e deixam a menina brincar com Ella.

- Ela não faz idéia de que está bem longe de sua casa e da capital.- Diz Ty. Ruan limita-se a observar em silêncio, até este mesmo ser quebrado pela voz grossa e enraivecida do seu amigo.

- Merda do caralho! - Ouvem Hélio bradar batendo com força o telefone na mesa, onde apoia com as mãos e fita a garota com pesar para depois fitar ambos.

- A nevasca cortou o sinal de telefone. - diz entre dentes.

Uma risadinha se espalha pelo cômodo e todos eles se voltam para Rose, que alheia a tudo, brincava com as orelhas da loba.

Os três homens também sentem a temperatura do ambiente mudar, se tornando mais quente, o que significava que novamente fortes nevascas estavam por vir.


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