K- Para com isso, você não é vaso ruim coisa nenhuma, você é coisa boa.
R- Não vejo a hora de sair desse bagulho, tio. E aí? Você trocou ideia lá com o Doutor?
K- Ele disse que você precisa ficar só mais alguns dias. E fica calmo também, Ray, você vai voltar pra comandar a quebrada é capaz de arrumar outra confusão.
R- Não foi eu que começou que aquela fita não, mano aqueles imbecis estavam vendendo droga no meu território, já falei que eu não quero essas paradas na minha comunidade. Só fui resolver.
K- É mas olha no que deu.
R- Aquele malandrinho lá não saiu limpo não, o Rooby meteu bala nele.
K- Shii, fala baixo! Não fica comentando esse tipo de situação aqui no hospital, capaz de baixa policia aqui. Ninguém sabe que você comanda a comunidade, todos sabem o que rolou lá. A policia deve está como.
(Karina respira fundo e pergunta)
K- O que você vai fazer da sua vida agora? Já decidiu?
R- Já. Vou atrás do que é melhor pra mim.
K- E o que é melhor pra você? Sua comunidade?
(Ele evita falar a verdade)
R- Pode pá, é a comunidade mesmo.
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[RIO DE JANEIRO]
S- A Amanda está chutando demais.
Y- Se continuar assim até os nove meses, pode ter certeza que ela vai ser uma jogadora de futebol.
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[SÃO PAULO/HOSPITAL]
(Era para ser um dia normal..)
RO- Como assim Doutor? O Ray vai ser preso? (pergunta Rooby)
D- Os policiais descobriram que ele comanda a comunidade Paraisópolis, onde recentemente ocorreu aquele assassinato e o tráfico de drogas. Eles estão focados mesmo é no tráfico que estava ocorrendo lá.
RO- Eles não podem fazer isso.
D- Eu não sei o que dizer.
(Karina se aproxima deles)
K- Que caras são essas?
RO- O Ray vai ser preso, Karina.
K- Que? Como assim?
R- Descobriram lá, mano que ele comanda a favela e também descobriram o tráfico lá que aqueles filha da mãe inventaram. Eles estão achando que o Ray comanda o tráfico de drogas.
K- Não, isso não pode acontecer.
D- Assim que ele sair daqui vão levar ele até a prisão, não tem por onde sair, os policiais estão lá na porta fazendo a segurança.
(Karina fica apavorada. Rooby entra no quarto onde ele está)
RO- Ray, Ray.
RA- Fala.
RO- Sujou, patrão! Os policiais descobriram que você comanda a favela e eles estão achando que você que comanda também aquele tráfico de drogas que os vacilão arrumou.
RA- Como assim, velho, como descobriram que eu sou o Dono da comunidade?
RO- Não sei, mano, não. Patrão você tem que sair daqui, velho. Assim que você sair daqui vão te levar. Os caras já estão lá fora do hospital rondando lá. Daqui a pouco entram aqui e colocam algemas em você.
RA- Rooby, mano, não deixa eu ficar sem a Sol, eu não quero ser preso por uma coisa que eu não cometi. Na moral, liga lá para o bonde e reúne todos em frente o hospital, mano. Manda vim a renca inteira.
(Karina entra no quarto)
K- Ray.
RA- Eu já sei, mano...Eu não vou ir preso.
K- Tem alguma ideia?
RA- O Rooby vai dar um salve lá pros pessoal. Preso eu não vou ser.
(Enquanto os dois iam conversando, Rooby estava falando no celular com os comparsas)
RO- Manda vim os caras tudo, mano, rápido, velho.
K- Ray, não é melhor você recomeçar sua vida? Recomeçar do zero?
R- Karina, preso eu não vou ser, mano.
K- Cara, a vida passa lá dentro da cadeia, quem sabe você paga por poucos anos.
RA- Até parece, mano, eles estão achando que eu que comando o tráfico, está ligado? Também tem a comunidade lá eu que comando tudo, você acha mesmo que a pena é pequena? Até parece.
(De repente, Ray relembra o último sonho que teve com uma vidente falando com você. Seu estado fica paralitico e pensativo)
RO- Pronto, patrão, os cara já estão vindo já.
RA- Liga para eles de novo, Rooby, pedem para eles não virem.
RO- Ué, como assim?
RA- Eu vou pagar por esse bagulho aí. Eu vou ser preso. Foragido eu não quero ser.
(Ao falar isso, ele deixa Karina e Rooby surpreendido)
[DIAS DEPOIS]
(Depois de alguns dias, RAY sai do hospital acompanhado pelos policiais.)
(Karina que estava aos choros, foi até ele)
K- Escuta, eu te amo, eu vou te visitar sempre, viu?
(ele solta um sorriso desanimado para ela)
RA- Na moral, deixa eu pelo menos falar com ele ali.
(Rooby se aproxima de Ray, o Dono da comunidade fala no ouvido dele)
RA- Cuida da quebrada pra mim, porque assim que eu sair, nós vai atrás da Sol, seja tarde ou cedo.
RO- Conta comigo!
(Ray é levado até o carro da viatura.)
(Depois de ser caminhado para um presidio, dias se passam e Karina vai visita-lo)
R- Não sei nem como agradecer você e o Rooby, mano, estavam aí fortalecendo comigo esse tempo todo.
(Disse comendo a comida que Karina levou para ele)
K- Eu sempre vou estar do seu lado.
R- Valeu! Está bom isso aqui, hein.
K- Você já sabe o que vai fazer quando sair daqui?
R- Não sei.
K- Você esqueceu a Sol, né?