Notas da tia:
1) Essa obra é uma fanfiction, e como direito do gênero, pode divergir do canon e ignorar alguns detalhes das obras originais - se for necessário - para que o texto faça sentido.
2) Usuários que tecerem comentários que eu considere ofensivos, seja com relação a mim, ou às minhas obras, serão bloqueados.
3) Declaro que a personagem protagonista dessa obra interativa é maior de idade.
***
"ALLIANCE"
Perto... tão perto de concluir o meu objetivo...
Aproximei-me dele e daquele seu filho arrogante, apenas para ter confiança o suficiente para que pudesse dar cabo a minha missão.
O brilho da luz da vela refletido na lâmina da minha adaga: pude ver também meus próprios olhos. Ele era um deus, sim, mas eu sabia: bastava apenas um golpe; aquele velho maldito manteria seus olhos fechados para sempre. Só não contava que, mesmo tendo apenas um olho, ele ainda era capaz de enxergar mais do que eu: meu punho foi segurado em pleno ato.
Odin estava acordado.
Corri o mais rápido que podia: Geri e Freki, os fiéis lobos do Pai de Todos, estavam ao meu encalço. Não teria chance contra eles, pois eram muito rápidos. Sem mencionar que era contra os meus princípios matar animais, por mais que zombassem de mim por isso.
Ao fim da Bifrost, finalmente, pensei que teria alguma chance de escapar. Estava errada: Heimdall montava guarda, segurando sua espada. Então, achei que ali seria meu fim, mas, para a minha confusão, o tempo pareceu parar...
Loki.
"Tentando fugir?", ele questionou, dando um sorriso malicioso.
"Vai me impedir?"
Ele fez uma falsa expressão dolorosa, como se eu tivesse acabado de lhe atingir com as minhas adagas.
"Oh, minha cara S/N. Você sempre me interpretou tão mal."
"Odin é o seu pai. Se não está aqui para me matar, o que você poderia querer?"
"Ajudá-la a escapar.", ele respondeu, tocando o meu ombro.
Franzi o cenho e o encarei ainda mais confusa.
"Odin não é meu pai.", ele esclareceu, voz firme. "Quero ele morto, assim como você.", Loki fez uma pausa, estudando o meu olhar. "Só assim assumirei o trono de Asgard."
"Você o quer morto para ser rei..."
"E quanto a você?"
"Fui chantageada por Thanos.", respondi. "Se não matá-lo, ele me matará."
"Não se preocupe com ele.", Loki disse. "Se você se juntar a mim, juro protegê-la."
"Eu não preciso de proteção."
"Tem razão, não precisa. Mas não é bom ter aliados?"
"Você não é de fazer amigos.", retruquei audaciosa. "Quanto me custará uma aliança com você?"
"A morte de Odin... e de Thor."
Bufei. "É mais caro do que o preço da aliança com Thanos."
"De fato. Mas eu não vou te matar quando concluir o serviço. Já ele..."
Loki me dizia o que eu sempre suspeitara: para Thanos, eu era descartável.
"Eu te ajudo a fugir.", ele ofereceu. "Sairemos daqui ocultados por magia, por um portal que poucos conhecem."
"E depois?", perguntei, colocando a mão na cintura.
"Depois eu a avisarei sobre o dia em que me retribuirá a ajuda prestada."
"Eu não confio em você."
"Confiava em Thanos?", ele retrucou, recolhendo só agora a sua mão para si.
E a falta de seu toque se fez notável. Era uma sensação estranha, como se eu estivesse irritada pela falta do contato com ele.
"Não olhe assim para mim, querida. Vai acabar exigindo muito do meu auto-controle."
Senti o meu rosto ruborizar, mas tentei esconder meu rosto do seu olhar intenso. Em vão, eu sabia. Ele era muito observador...
"Aceito a sua proposta, Loki. Pagarei o preço que demanda por essa aliança."
"Não esperava menos de você, S/N. Afinal, eu sei o quanto você odeia Thor. Qual era mesmo a data que ele marcara para o casamento de vocês?"
"Semana que vem.", respondi secamente. "Eu o mataria antes. Jamais me casaria com um bruto como ele."
"Claro que não. Seus olhos sempre estavam sobre mim.", ele provocou.
"Loki...", eu disse em um tom de alerta.
Ele se aproximou, pousando a sua mão no meu rosto e a outra na minha cintura. Seus olhos deixaram os meus e pararam sobre os meus lábios. Engoli em seco, ficando nervosa precipitadamente pelo que viria a acontecer... mas nada aconteceu.
"Nós temos que ir...", ele disse, sorrindo do estado em que me deixara.
"Eu odeio você."
Ele pareceu se divertir ainda mais com as minhas palavras. "Acho difícil de acreditar, querida."
Loki me deu as costas, guiando-me em direção a uma nave, que ele ocultava com magia. Somente quando ele decolou, o tempo voltou ao normal.
"Não se esquece... você agora está em débito comigo."
"Você também está.", retruquei. "Por ter me provocado daquela forma."
Ele sorriu mais uma vez. "Você realmente não me conhece: eu sempre termino o que eu começo, querida. Mais cedo ou mais tarde."