Cartas (Steve Rogers)

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Notas da tia:

1) Essa obra é uma fanfiction, e como direito do gênero, pode divergir do canon e ignorar alguns detalhes das obras originais - se for necessário - para que o texto faça sentido.

2) Usuários que tecerem comentários que eu considere ofensivos, seja com relação a mim, ou às minhas obras, serão bloqueados.

3) Declaro que a personagem protagonista dessa obra interativa é maior de idade.

4) Eu não pude evitar, mas eu vejo o Stan Lee no personagem original que eu criei, Stanley. Vocês vão entender quando lerem a história... HAHA!!! 

Boa leitura e beijos estelares!!!

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"CARTAS"

"A verdade é que você finge que é capaz de viver sem uma guerra, mas você não é. Você nasceu para ser um soldado. Nasceu para viver em um mundo de conflito. Cai na real, Steve!", exclamei, fechando os punhos na tentativa de controlar a minha raiva. Ele ficou em silêncio, olhando para mim com seus desconcertantes olhos azuis.

"Todos nós sabíamos que uma hora isso ia acabar acontecendo. Você ia acabar virando as costas para todos aqueles que ajudaram você... para todos que um dia foram os seus amigos. Tudo por causa de quem, hm? Bucky?", o nome do Soldado Invernal sempre tinha um gosto ruim em minha boca. "Já parou para pensar que o mundo seria bem melhor se você não fosse resgatado daquele gelo?"

"Não diga isso para mim... não você, S/N. Entre todas as pessoas daqui, eu achei que você seria a única que entenderia."

"Eu cansei. Cansei de tentar entender você. Eu estou fora!"

"Espera, S/N!"

"Adeus!", gritei, batendo a porta.

***

Quatro meses se passaram desde então. Steve sempre me mandara cartas, mas eu resolvi que nunca as leria. Ainda não sabia bem o motivo, mas eu as guardava. Todas elas. Uma vez Sam Wilson me perguntou o porquê. Eu apenas dei de ombros como resposta. Talvez fosse porque, dentro de mim, em algum canto obscuro, eu desejava vê-lo novamente. Desejava sentir suas mãos a trilharem meu corpo. Desejava ser encarada por aqueles olhos azuis, por minutos, em silêncio. Desejava tê-lo de volta para mim.

Não era certo.

Eu não devia ter me apaixonado por ele, pois é isso que acontece. As pessoas me desapontam. As pessoas me abandonam. Eu sou como um brinquedo, esquecido por uma criança, jogado em alguma caixa velha de papelão, no escuro... tudo porque ela ganhou um novo brinquedo. Era isso: as pessoas me substituiam... Steve me substituiu: Bucky era o seu novo velho brinquedo.

Em uma certa noite de verão, eu resolvi sair para beber. Foram incontáveis doses de uísque, intercaladas com uma cerveja barata com gosto de urina de rato. Não que eu me importasse... eu não me importava mais. Com absolutamente nada. Eu podia até me jogar de uma ponte, se eu não fosse covarde demais. Mas, eu era. Preferia estar lá, naquela merda de bar, bebendo seja-lá-o-que-fosse-aquilo, encarando o mais recente envelope que chegara. Esse era diferente. Era vermelho... não que isso fosse relevante.

"Vai encarar esse envelope a noite toda?", o bartender perguntou. Um senhor simpático, aquele. Já colocara para correr todos os bêbados filhos da puta que tentaram dar em cima de mim. Não que eu precisasse de ajuda, mas, talvez, minha aparência demasiada frágil deve ter passado a ele um alerta de que eu era apenas uma indefesa impala no território dos perigosos leões.

"Abre.", ele encorajou, servindo-me mais uma dose de uísque.

"Eu não posso.", murmurei. "Há coisas que devem ficar no passado."

Marvel Imagines [por: Star Sapphire]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt