Uma Gota De Vinho

By CarolSTM

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Se você não se entregar e deixar seus medos de lado, como saberá o que pode acontecer? Quando Melissa Cavicc... More

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Quatro - Parte Dois (Final)
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Onze
Capa Nova!
Capitulo Doze - Parte Um
Capítulo Doze - Parte Dois (Final)
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Bônus (Maitê)
Capítulo Dezenove
Aviso!
Capítulo Vinte
Bônus (Tadeu)
Book Trailer
Capítulo Vinte Um
Capítulo Vinte Dois
Bonus (Maitê)
Capítulo Vinte Três
Capítulo Vinte Quatro
Bônus (Tadeu)
Comunicado
Capítulo Vinte Cinco
Último aviso!
Capítulo Vinte Seis
Capítulo Vinte Sete
Capítulo Vinte Oito
Explicação
Capítulo Vinte Nove

Capítulo Dez

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By CarolSTM

 – Meu nome é Bruno. Bruno Leal, prazer! – O homem que eu já odiava, apenas por vê-lo com aqueles olhares para a Melissa e dançando com ela na Boate no sábado, se adiantou estendendo sua mão em minha direção. Melissa me olhava como se me matasse de várias formas possíveis em sua imaginação.

 Olho para a mão estendida do tal Bruno e fico tentado em não retribuir o gesto. Mas ao contrário do que queria, pego em sua mão e aplico um pouco mais de força no aperto, sorrindo cinicamente. – Realmente um prazer, Sr. Leal. – Respondo, controlando-me ao máximo para ser simpático. Já estava com medo daquelas caretas que Melissa me lançava.

 – Não me importo de modo algum que se junte a nós, e por favor, me chame de Bruno. – Assim que fala, soltando minha mão, Melissa finalmente reage e olha pra ele. Com certeza inventando uma morte para o seu... Não saberia dizer. Merda.

 – Então, por favor, vamos nos sentar. – Peço.

  Melissa se direciona de volta à sua cadeira. Ao mesmo tempo o sujeito e eu vamos para trás dela com a intenção de puxar sua cadeira. Lanço um olhar duro que dizia claramente: “Melhor você ir se sentar antes que eu quebre seus braços e, com isso, não possa puxar cadeiras por um bom tempo.” – O bom que ele percebeu e se afastou, voltando a se sentar. Puxei a cadeira para Melissa que bufou, sentando-se e puxando a cadeira para frente com força, se aproximando da mesa. Nem ao menos me agradeceu. Não sei porque mas gostei dessa Melissa, difícil e emburrada. Sorriu internamente.

 – Já pediram? – Pergunto, sentando-me, propositalmente, ao lado de Melissa e chamando o garçom.

 – Não, Bruno acabou de chegar também. – Retruca Melissa, mal humorada e se afastando discretamente. Pude perceber que ela se arrepiou com a minha aproximação. Fico feliz em saber que afeto ela tanto quanto me afeta.

 O garçom se aproxima e fazemos nossos pedidos: Melissa pede apenas um Temaki de Salmão com Cream cheese, para mim pedi apenas Chirashizushi, que era apenas sushi em tigela e o tal do Bruno pediu a mesma coisa que eu. Enquanto esperávamos nossos pedidos resolvi saber de uma vez por todas quem era aquele urubu que ficava cercando a minha Melissa. Minha? Para de ser louco, John!

 – Então... Bruno... O que vocês são? – Pergunto, nem um pouco discreto – odeio não ser direto –  enquanto dobrava as mangas da minha camisa até os cotovelos. Podia sentir o olhar da Melissa em cada ação que fazia. Suas pernas por baixo da mesa não paravam de cruzar, descruzar e cruzar. Tive que ter um bom autocontrole para não tocá-la por baixo daquela mesa. Quem sabe daqui a pouco...

 – Somos melhores amigos, nos conhecemos no ensino médio, estudamos juntos e agora somos inseparáveis. Não é mesmo, Andorinha? – Andorinha? Mas que porra de apelido era aquele? Bufo internamente.

 – Isso mesmo, Brûh! – Melissa diz manhosa, olhando-o com carinho. E não sei porque, queria que ela me olha-se e falasse assim comigo. Estava fervendo por dentro e não sabia explicar o porque ou o que era aquilo que estava sentindo. Acho que almoçar com eles foi uma péssima ideia.

 Desvio o assunto e começamos a falar de outra coisa, que sinceramente, não prestava atenção. Só conseguia observar certa mulher que estava do meu lado. Principalmente quando nossos pedidos chegaram, o jeito que ela comia era lindo de se admirar: pegava e mexia os pauzinhos como se já nascesse sabendo, mastigava devagar e às vezes fechava os olhos, suspirando. Comia com vontade. Coisa que era raro vindo de uma mulher. Até que desvio minha atenção dela para a conversa quando escuto “A boate no sábado”. Posso sentir que a Melissa ficou inquieta.

 – Perdão? – Pergunto, enquanto levava um Sushi em direção à boca e mastigava.

  – Fomos para uma boate no sábado. Melissa não queria ir de jeito nenhum, mas queríamos que ela comemorasse o novo emprego, já que ela mal se mudou para São Paulo e conseguiu um cargo rápido. – Conta Bruno. Interessante... Pelo menos para alguma coisa aquele sujeito servia.

  – É mesmo? Veio de onde, Melissa? – Pergunto, olhando diretamente para ela, que por sua vez ainda está com sua total atenção à comida.

  – Do litoral. Deveria saber disso, já que é meu chefe. – Responde, sem me olhar. Franzo a testa imediatamente. A verdade era que desde quando soube que era minha secretária não me preocupei em avaliar sua ficha ou procurar algo mais sobre sua vida. Só me concentrava naquele corpo e naquela língua que, agora, sabia que era bem afiada.

  – Não deixa de ter sua razão, Melissa. Mas a verdade é que não tive tempo o suficiente para lhe avaliar por completo... – Não pude deixar de mandar uma indireta. – Correrias... Mas não permitirei que tal atitude aconteça novamente.

  – A sua atitude não acontecer novamente, certo? Também espero que não permita. – Finalmente ela me olha e fico em dúvida em qual atitude ela está se referindo, em eu estar aqui ou ainda querer transar com ela. Escolho a segunda opção.

  – Não sou de prometer nada, Melissa... Às vezes posso não ter nenhuma vontade em não deixar acontecer. – Falo, olhando em seus olhos e posso ver que ela cora um pouco. Mas a provocadora sustenta meu olhar e ficamos nos encarando por um bom tempo.

  – Enfim... – Bruno fala, fazendo com que Melissa desvie os olhos e quebre nossa conexão. Eu tenho que parar de falar assim! – ...A nossa noite acabou rápido, tive que ligar para Melissa, que sumiu das minhas vistas, para ir embora, nossa outra melhor amiga passou mal.

 Então foi ele que ligou para ela e nos atrapalhou aquela noite... só não o nomeio de empata foda porque foi sua outra melhor amiga que passou mal. Grande filho da puta!

 – Uma verdadeira pena... Melissa estava onde? – Pergunto, olhando do sujeito para Melissa. Não podia perder por essa.

 – Em outro bar! O de cima. – Ela fala, antes que o quase empata responda.

 – Você me disse que estava no Banheiro. – Bruno afirma, confuso.

 – E estava... Mas antes estava no bar...

 Não me controlo e solto uma risada baixa. Melissa me olha, e arrisco dizer que está fazendo minha milésima morte. Resolvo salvá-la.

 – Bom... O horário de almoço já acabou e temos uma reunião para daqui a quinze minutos e temos que nos preparar. – Informo, olhando para o meu relógio.

 – Oh! É mesmo! Brûh, preciso voltar... – Melissa levanta da cadeira, olhando também para o seu relógio.

 – Tudo bem, Andorinha... – O desgraçado levanta e abraça a Melissa, sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Tento ignorar, pedindo a conta para o garçom que trás rapidamente e pago.

 – Não precisava pagar... – Diz Melissa.

 – Fiz questão. – Só não fiz questão em pagar o do seu “amiguinho” – Vamos?

 – Vamos...

 Me despeço do “Melhor amigo” da Melissa com um aceno de cabeça e guio-a pela cintura até a saída. Quando chegamos na calçada ela se afasta e me olha.

 – O que pensa que está fazendo, senhor Altherr? – Fala baixo, quase como um rosnado.

 – Oferecendo uma carona até a empresa. – Digo calmamente, indo até o meu carro, que ainda estava estacionado quase em frente ao restaurante e abrindo a porta. – Entre, Melissa.

 Ela cruza os braços e levanta o queixo. Como ela fica linda assim! Deus, tenho que parar com isso.

 – Não vou com você! Nos vemos em quinze minutos! – E começa a andar no sentido contrário.

 – Como é? – Abandono o carro e vou atrás dela, segurando seu braço, virando-a. – Ou você entra agora naquele maldito carro ou irei te jogar lá dentro.

 – Você não teria coragem! – Puxa seu braço, mas seguro firme.

 – Acha mesmo isso, Srta. Cavicchioli?

 – Acho...

 Não deixo ela terminar, me agacho, pegando ela pela cintura e a jogando de bruços em um dos meus ombros. Carrego-a até o carro – Enquanto grita, esperneia e me bate, mas não me importo. – e a coloco lá dentro, entrando junto e fechando a porta.

 – Para a Althermark, Sebastian. – Ordeno ao meu motorista, enquanto Melissa me olha de olhos arregalados, sem reação.    

_____________________________________________________________________________

 Olhava incrédula para aquele homem irritante, imprevisível, estúpido e lindo! Irresistivelmente lindo!

 Me arrependia de não ter entrado logo no carro, como ele mandou. Parece que ele não pensava! Faltava miolos naquela cabeça oca, só pode! Ele era um homem importante e fez uma cena grande daquelas no meio de uma rua em São Paulo, na qual era bem freqüentada. Já podia imaginar as notícias saindo: “Jonathan Altherr, o homem mais importante nos negócios de marketing, segura sua secretária como saco de batatas, colocando-a dentro de seu carro caríssimo e vai embora.” – Tá certo que não vai ser bem assim, mas alguma coisa parecida pode sair! Só fico imaginando se conseguiram uma foto... Meu Deus... Estava usando vestido!

 Mas não podia ignorar o fato de que no fundo, bem lá no fundo, gostei de sentir suas mãos em mim. Mas minha razão prevalecia, claro. Por isso me ouvi dizendo:

 – Se você fizer isso, ou encostar em mim de novo, juro que te processo, seu louco!

 E ele apenas ri. Cretino!

 – Me processe, faça o que quiser, Melissa. Você vale a pena. – Me olha e fala com a sua voz naturalmente rouca. Só Deus sabe como eu resisti todo o almoço.

 Cruzo meus braços e olho para a janela. Resolvo não falar mais nada e ficar na minha. Não adiantaria soltar os cachorros com o Jonathan, ninguém podia com ele. Muito menos eu, tendo meu corpo que é um traidor.

 Em questão de minutos chegamos à Althermark e rapidamente abro a porta do carro e desço, sem esperar pelo Jonathan e já vou entrando na empresa. Mas claro que ele já está ao meu lado e me segura ali mesmo, na recepção. Olho-o, esperando ele falar, mas quando ele abre a boca ouço uma voz feminina chamar pelo seu nome. Olho para trás e vejo uma mulher loira, alta e magra. Estava usando calça de couro vermelha, uma blusa branca e saltos pretos. Parecia uma modelo saída da revista de uma loja de roupas.

 Imediatamente sinto o Jonathan ficar tenso.

 – O que você pensa que está fazendo aqui? – Fala baixo e firme. Me arrepio com a frieza presente em sua voz. 

– Vim aqui conversar direito com você, amor! – Responde com uma voz melosa que me faz ter vontade de vomitar. Espera... amor?! Será que essa magrela era... Puta que Pariu!                                                                      

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