Vejo minha fazenda ao longe, Piso o pé no acelerador, quero chegar logo na segurança de minha casa.O céu hoje está nublado contrastando perfeitamente com meu humor.
Me pego pensando em como Hilário é a vida, um dia você está vivo,no outro está morto. Quem diria que a três dias atrás eu havia visto Sofia viva, hoje eu testemunhei seu sepultamento, tão solitário, presidido apenas pelos órfãos do orfanato. Eu
me manti o tempo todo afastado, não suporto ser confortado, não queria que viesse me abraçar e dizer que ela era Uma boa pessoa e que estaria num bom lugar . É engraçado que diante da morte as pessoas se tornam hipócrita e os mortos se torna santos. Olivia não era uma pessoa fácil, a vida a converteu em um ser amargurado, tal como eu, hoje sou um homem pela metade.
Paro o saveiro,salto fora, o vento acaricia meus cabelos, o aroma de flor roça minhas narinas, sorrio ,é bom estar de volta às minhas raízes.
-Meu menino, estar de volta já?
-A bênção nana ,como tem passado. !?
-bem, umas dores nas costas de vez em quando mas tô acostumado já
Nana é a cozinheira da fazenda, ela me viu nascer tenho grande dívida com ela, ela estar em idade avançada mas não quer de maneira alguma parar de trabalhar.
-patraozinho
-Renata ,e exijo que me chame de patrão não gosto dessas intimidade .
Ela abaixa a cabeça envergonhada, não posso deixar ela me tratar assim mesmo que ela seja neta de nana até porque já notei que ela tem interesse amoroso em mim não quero dar esperanças, .
-EM BREVE VOCÊS TERÃO UMA nova moradora aqui.
-como meu menino?
- Eu trarei uma menina da capital para cá.
-o que ela é sua? indaga Renata
Não gostei do seu tom mas relevei.
-Ela vivia no orfanato da falecida sofia, mas parece ter completado maior idade Foi o último pedido de Sofia, não pude negar. Arrume um quarto de hóspedes para ela, entendido.
-sim patrão.
Eu adentro a casa e vou pra o meu quarto, arranco a roupa do meu corpo e me jogo na cama. Me pego pensando em como tudo muda em questão de segundos,
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