Feliz ano novoooo!!! queria fazer uma nota bonitinha, mas to bolada pra isso, o que também afetou o capítulo, então... desculpa por ele desde já ):
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Taehyung desejou ser rico só para que pudesse quebrar os poucos enfeites de vidro da casa na cabeça de Kim Namjoon em um chique acesso de raiva. Como ele tinha coragem de fazer aquilo?
E agora? Como se explicaria para Jungkook? Não que os dois fossem namorados ou algo do tipo, mas droga! Mal tinha começado e já estava terminando, pelo visto. E como se não pudesse piorar, o loiro soltou o clichê dos clichês para o garoto ao telefone:
— Não é nada disso que você tá pensando.
— O quê!? — Responderam Jungkook e Namjoon ao mesmo tempo. Ambos indignados.
— Com quem você está falando? — perguntou Namjoon.
— Não te interessa! — Berrou Tae, totalmente frustrado. Seus lábios estavam franzidos enquanto encarava o homem a sua frente de forma ameaçadora. — Dê o fora daqui.
— Espere aí, baby, não é assim que você me trata quando estamos na minha cama — disse Namjoon, aproximando-se para tocar a cintura de Taehyung novamente.
— Hã!? — Exclamou Jungkook, ainda na linha. — Taehyung, eu... e-
— Eu te ligo depois — avisou Tae, finalizando a ligação abruptamente, antes de voltar a encarar Namjoon, enfurecido.
— Vai me dizer com quem estava falando ou podemos ir logo para o seu quarto, hein? — Sugeriu Namjoon, mordiscando o lábio inferior.
— A única coisa que eu vou te dizer é que já é a segunda vez que você me irrita e atrapalha as coisas, e se você não sair daqui agora eu chamo a polícia! — Impôs Tae, sem se preocupar com o sono de seus irmãos.
— Eu não estou te entendendo, Taehyung — confessou o mais alto. — Primeiro você me puxa para o banheiro de uma after party e me faz uma garganta profunda, depois vamos para minha casa e transamos igual dois animais para no dia seguinte você me dar um pé na bunda sem mais nem menos e agora dizer que estou te irritando?
— Isso mesmo, você entendeu tudo — parabenizou o Kim, sorrindo forçado. — Agora me dê licença.
— Calma aí, não é assim que funciona, não esqueça do que eu fiz por você — Namjoon se defendeu.
— O quê? Marcar a entrevista? A garganta profunda não foi gratidão suficiente para você? — Debochou Tae.
A facilidade de Taehyung em descartar pessoas quando estas já não lhe tinham utilidade era algo que sempre assustaria os outros, mas ele não se incomodava.
— Então você só estava comigo para isso mesmo...
— Eu nunca estive com você, Namjoon — explicou. — Era só sexo, muito bom se saber disso vai te deixar melhor, mas apenas isso. E agora eu não quero mais continuar, deu pra entender?
— É por causa da pessoa no telefone, né? — Desconfiou o moreno. — Quem é ele?
— Ah, por favor — Taehyung revirou os olhos. — Você não vai bancar o ex chato quando você nem sequer foi oficializado.
— Que merda tá acontecendo aqui? — questionou Chaeyoung, aparecendo no corredor toda descabelada e com o rosto inchado de sono, com Bambam logo atrás, utilizando máscara facial hidratante, tentando se esconder atrás da mesma.
— Quem é essa garota, Taehyung? — Esbravejou Namjoon, visivelmente enciumado.
— É a minha irmã, seu doente! — Disse o loiro, já em seu limite ao perceber que Namjoon havia conseguido causar um escarcéu.
Tae odiava que dessem pitaco em sua vida, e agora sabia que Bambam e Chaeyoung não parariam de falar do homem que apareceu às três da manhã com ciúmes do irmão.
— As partes por favor queiram se apresentar por conta própria, porque eu tenho outro caso a solucionar — declarou Taehyung, correndo para seu quarto já com o número de Jungkook discado.
Tentou cinco vezes, mas todas as chamadas foram perdidas. Não estava dando na caixa postal, pois chamava, mas logo era ignorado. Jeon estava desligando de propósito. Droga!
Respirou fundo, tentando reorganizar os pensamentos enquanto ouvia Chaeyoung esculachando Namjoon por este ter invadido sua nova casa bêbado e de madrugada. Boa menina. Que bom que ela não tinha resolvido tratar bem o homem só para deixar o irmão irritado.
Mas Taehyung não conseguiria mais ficar ali parado sem conseguir falar com Jungkook. Portanto, apanhou a carteira e calçou os sapatos. Precisava de um tempo para pensar sozinho.
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Se tinha uma coisa que Taehyung precisava admitir sobre morar em Seul é que adorava o fato de ser uma cidade que nunca dorme, o que o possibilitou adquirir um café quente num coffee shop não muito longe de casa, já que precisava organizar os pensamentos. Ele não se negligenciaria ao ponto de deixar a impulsividade causar mais estragos naquela noite.
A vontade que tinha era de correr para Jungkook e se explicar, o que lhe era estranho demais. O jornalista nunca se explicava para ninguém, era daquele jeito e pronto. Quem não gostasse que simplesmente fosse para o quinto dos infernos e não lhe torrasse a paciência, era o que pensava. Então o que diabos aquele garoto estava causando em sua mente?
Fazendo grande esforço para ser sincero consigo mesmo, Kim Taehyung acabou por perceber que estava mais envolvido do que gostaria e, infelizmente, isso não tinha absolutamente nada a ver com o fato de Jungkook ser famoso, o que o possibilitaria estar na mídia como uma notícia, não simplesmente por trás dela. Não, para a frustração do personagem insensível que criara para se proteger de decepções, Taehyung estava sentindo, sentindo demais.
Tamborilando na mesa com as unhas da mão esquerda, levou a destra até o peito na tentativa de refrear o aperto que experimentava ali... Taehyung já tinha perdido a conta de quantas bocas beijara, mas nenhum dono delas o fez sentir essa porra.
Ele não percebera o quanto a voz de Jungkook o encantava, bem mais do que simplesmente o excitar. Tampouco notou que o jeito ingênuo do garoto deslumbrado por saber de suas experiências passadas o fazia querer se manter por perto. O loiro, definitivamente, não tinha mais intenção nenhuma de publicar aquele áudio. Para falar a verdade, teria conversado com Jungkook a noite inteira naquela festa se Namjoon não os tivesse interrompido.
Não precisava nem refletir sobre o beijo para saber que não havia mentido para Jungkook quando disse que aquilo mexera consigo.
Taehyung umedeceu os lábios, lembrando-se da sensação da boca urgente do outro demonstrando que também o desejava...
Ele não iria deixar que aquilo simplesmente se dissolvesse, e bebendo o último gole de café, ergueu-se da mesa para que pudesse ir resolver de vez.
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Jungkook se sentia um lixo.
Como pôde ser tão idiota? É claro que o jornalista só estava tentando-o seduzir para levá-lo para a cama por uma noite apenas e, na pior das hipóteses, tentar obter fama ou dinheiro com isso. Aquele papinho de "eu tenho vontade de te desvendar" e "aquele beijo mexeu comigo"... Ugh. Jungkook era ingênuo demais!
E logo com Kim Namjoon? Seu assessor!? A traição era dupla. Agora tudo estava explicado.
Por isso Namjoon sempre demonstrou levar tudo para o lado pessoal, sempre dizendo que conhecia o jornalista e sabia que ele não era boa pessoa, Jeon apenas não imaginou que ele o conhecia assim tão bem... ao ponto de chamá-lo de baby... e dizer que Taehyung não agia daquele jeito quando estavam na cama...
O cantor estava quase chorando de tanta frustração. Não! Talvez frustração não fosse nem o nome certo, era uma sensação desconhecida, já que era a primeira vez que ele se entregava daquela forma... Arriscando toda a sua carreira por causa de um homem que, provavelmente, ria de seus sentimentos.
Encolheu as pernas na cama, abrançando-as de forma a dobrar-se inteiro, como se fosse um rolo pronto para ser recolhido e jogado fora. Nunca tinha se sentido tão dramático. Estava prestes a pedir o colo da mãe ou colocar os fones para ouvir sua playlist de músicas tristes da Avril Lavigne.
Seu celular tocou de novo e dessa vez Jeon deixou vibrar por algum tempo a mais que as outras chamadas. Não sabia o motivo, mas gostava de saber que Taehyung estava tentando...
E tocou de novo... e de novo, até uma mensagem subir na tela de notificações, a qual Jeon planejou ignorar, mas não conseguiu deixar de ler a primeira linha.
"Estou na recepção do
seu hotel. Autorize minha subida"
Antes que pudesse refletir sobre seus atos, o solista já estava digitando uma resposta. O coração palpitando freneticamente.
"Como assim????
Não vou autorizar nada!"
"Jeon... Eu só quero
conversar com você, por favor..."
"Não precisa, eu já entendi"
"Você está ciente que se
não me autorizar eu vou
dar um jeito de chegar aí
de uma forma ou de outra,
você sabe quem é Kim Taehyung"
Jungkook suspirou, massageando a têmpora. Não queria falar com o jornalista de jeito nenhum, mas tinha de admitir que, de uma forma ou de outra, ele já havia provado que acabava conseguindo tudo que queria mesmo, já que até fazer com que o cantor dissesse aquele tipo de pornografia no telefone ele havia conseguido. Logo, apenas por medo (ou assim tentava se enganar), ligou para a recepção antes que aquilo chegasse aos ouvidos de sua mãe.
Os minutos seguintes passaram devagar, dando tempo suficiente para que o cantor se arrependesse e ficasse apreensivo ao mesmo tempo.
O plano era ordenar que Taehyung não o procurasse mais. Estava ensaiando um fora calculadamente enquanto andava de um lado para o outro no quarto espaçoso do hotel, no entanto todas as palavras evaporaram de sua mente assim que ouviu as batidas na porta.
Hesitou antes de abrir, mesmo já sabendo que era Kim Taehyung, o cara que tinha conseguido fazê-lo enfrentar sua mãe e mentir para a própria empresa em poucas semanas e agora tinha finalmente se provado não valer a pena.
Ou talvez não. Foi o primeiro pensamento de Jeon ao abrir a porta e se deparar com aqueles cabelos tingidos emoldurando a face desafiadora pela qual tinha se deixado levar.
— Oi — disse o Kim. Uma só palavra e o idol já estava intimidado.
Quem diria? Para alguém que era acostumado a se apresentar na frente de multidões, ficar daquele jeito por causa de um homem só provava que dar o tal fora não seria nada fácil.
— Oi — devolveu Jeon, desviando o olhar rapidamente.
— Vamos ficar conversando aqui na porta até alguém do hotel divulgar as imagens daquela câmera ali ou você vai me deixar entrar? — Indagou Tae, apontando para a pequena câmera de segurança do corredor.
— Entre logo — pediu Jungkook, soando ríspido de propósito ao que deu espaço para que o loiro passasse por si.
Taehyung avaliou o espaço, parecendo um pouco decepcionado com o tamanho do quarto para um hotel de luxo. Ora, ele gostava de extravagância, mas visto que estava com as duas mãos dentro da calça moletom cinza que usava como pijama, juntamente com um sapato que não combinava, pois calçou a primeira coisa que apareceu na tentativa de sair de casa logo, decidiu que não estava no direito de exigir muito.
— Então é aqui que você pensa em mim — observou o loiro, fixando o olhar na cama.
Jungkook engoliu em seco, tentando caçar em sua mente tudo que havia ensaiado para dizer naquele momento.
— Por favor, vá embora — pediu, mantendo-se estático.
— Você me deixou subir apenas para me mandar ir embora? — Acusou o Kim, virando-se para encarar o mais novo com um sorrisinho.
— Você praticamente me obrigou — defendeu-se o Jeon.
— A decisão final sempre será sua — definiu Tae. — Mas já que estamos aqui, acho que lhe devo uma explicação.
— Com certeza deve — Jeon não foi capaz de se conter, franzindo os lábios e cruzando os braços ainda parado no mesmo lugar.
Taehyung apenas sorriu ladino, sentando-se na cama sem permissão e dando um tapinha ao seu lado, de forma a convidar o mais novo.
Jungkook torceu o nariz, mas acabou cedendo, apesar de não ter sentado tão perto quanto o mais velho havia sugerido. Seus braços ainda estavam cruzados.
Taehyung suspirou audivelmente, o ar se encontrando com a pontada que ainda estava sentindo no peito, e recapitulando tudo que pensara no coffee shop, deixou escapar em um fio de voz:
— Eu sou um filho da puta.
E agora Jeon o encarava de verdade. Os olhos que já eram grandes tornaram-se ainda maiores ao passo que ele os arregalava, exigindo por um desenvolvimento daquela declaração.
— Eu nunca fiz isso, tá? — ratificou antes de continuar. — você é a primeira pessoa que está ouvindo uma explicação minha sobre o que quer que eu tenha feito em relação a minha vida sexual e... romântica.
Dito isso, Jeon já não estava tão espantado assim, pelo contrário, a ruguinha entre suas sobrancelhas só explicitava sua irritação. Então o Kim umedeceu os lábios e suspirou mais uma vez, pensando que teria de ser forte para ter aquela conversa sem explodir de vez e depois roubar um beijo do garoto a sua frente.
— Eu tinha alguém antes de você, Jungkook, mas você precisa entender que era só... sexo, eu não sinto absolutamente nada por ele — explicou, baixando o olhar para o tecido branco dos lençóis.
— Você acha que eu nasci ontem? — Debochou Jungkook, atraindo o olhar do mais velho para si novamente. — Taehyung, você não é a primeira e nem será a última pessoa a tentar se aproximar de mim por intermediários.
— Eu sei que você deve estar pensando que eu sou mais uma dessas pessoas que só querem o seu dinheiro e a sua influência, mas a verdade é que eu não poderia ligar menos para isso quando você está a poucos centímetros de distância de mim em uma cama — Revelou o Kim, deixando seus olhos passarem pelo corpo de Jeon.
E ele não estava mentindo. É claro que foi sim uma dessas pessoas interesseiras, mas a atração sempre existiu e no momento estava falando mais alto. Bem mais alto. Taehyung queria Jungkook, e por mais que lhe incomodasse admitir, não queria somente por uma noite.
O solista ficou em silêncio diante daquela declaração safada e ao mesmo tempo encantadora. Ele sabia que não poderia esperar que as coisas dessem certo com o Kim, mas queria tanto... Adorava aquele jeito atrevido que ele possuía. Adorava cada palpitação acelerada que ele causava em seu coração.
— Não é só isso que eu quero — revelou Jungkook, desviando o olhar.
— ... Não é só isso que eu quero também, Jeon.
— O que mais você quer? — vociferou o cantor.
Mas sua pergunta apenas pairou no ar e o silêncio se fez presente outra vez pelo que pareceu uma eternidade. O Kim simplesmente não conseguia formular uma resposta coerente.
— Jungkook, eu gosto de você — revelou o loiro e foi uma das coisas mais sinceras que disse na vida.
Porém, apesar da repentina acelerada em seu coração, Jungkook mantinha o olhar baixo. Ele disse "eu gosto", não "estou gostando", e aquilo fazia diferença, pelo menos na cabecinha ingênua do solista.
E Taehyung, mesmo com a falta de respostas, não conseguia parar de encarar aquele rosto angelical.
— Ei... — Pediu por atenção. — Vem aqui.
Jungkook manteve-se imóvel, porém seu coração ainda estava acelerado, bem mais do que o normal de quando encontrava o jornalista. Apesar de já terem se agarrado e dito toda aquela sacanagem no telefone, estar na mesma cama que ele tão perto era diferente...
Por um impulso de nervosismo, Jeon ergueu-se na tentativa de fugir daquele olhar penetrante, seguindo para a janela, passando a observar a noite cheia de luzes de Seul.
Só não imaginou que Tae o seguiria, parando logo atrás de si, tão perto que era possível sentir a respiração dele em seu pescoço.
— Não fuja desse jeito — sussurrou o loiro.
— Eu ainda não te perdoei, você está me dando todos os motivos para não te querer por perto — disse Jungkook.
Pra falar a verdade, Taehyung não tinha dado uma explicação muito boa sobre sua relação com Kim Namjoon. Não era possível que contar a Jeon simplesmente não tivesse passado pela sua cabeça.
— O que eu tenho que fazer para conquistar esse perdão? — Solicitou o Kim, atrevendo-se a apoiar o queixo no ombro do mais novo.
Jungkook fechou os olhos brevemente, suspirando com aquela proximidade.
E se alguém do hotel já tivesse comunicado sua mãe sobre aquela visita? E se Taehyung não estivesse contando toda a verdade e estivesse apenas o enrolando? E quanto a Namjoon...? Eram tantas perguntas.
— Não minta para mim — respondeu Jungkook, engolindo em seco.
— Eu nunca minto — mentiu Tae.
— Estou falando sério, Taehyung — impôs. — se você gosta mesmo de mim e quer que isso dê certo, não minta mais, não esconda nada também.
Então finalmente atendendo ao seu pedido, Taehyung desandou a tagarelar sobre como Jeon foi sua primeira pauta trabalhando em uma revista de fofocas e que queria "mostrar serviço" sendo um verdadeiro pau no cu antiético, por isso procurou Jennie, que lhe deu o contato de Namjoon e, para a tristeza de Jeon, não poupou nenhum detalhe da curta relação que tivera com o assessor.
O monólogo de revelação foi tão extenso e tão sincero que, a essa altura, Jeon já sabia até que Pussycat era uma excelente caçadora de baratas e que Chaeyoung talvez fosse daquele jeito por ser hetero.
— E-eu sempre quis ter um gato — foi o que o cantor conseguiu formular ao final da explicação de Taehyung.
— Tem certeza que é só isso que você quer me dizer? — questionou o loiro, lentamente erguendo a destra para tocar o rosto do mais novo.
Não... Jungkook não queria dizer mais nada. Só queria sentir mais daquele toque. Então para fugir do olhar penetrante do Kim, sem precisar se afastar do contato, o solista simplesmente encostou a cabeça no ombro alheio, respirando o cheiro gostoso.
Aceitando de uma vez que aquele menino estava fazendo com que Taehyung quebrasse todas as regras que seu coração de pedra criara, o loiro o abraçou aninhando-o ali. Jungkook era tão fofo que o jornalista estava quase sentindo raiva, ou pelo menos achava que a vontade de apertá-lo contra si ainda mais e dar todo o carinho que ele merecia era isso.
Simplesmente levado pelo instinto, Taehyung pressionou um beijinho contra o cabelo macio do mais novo, que apenas tremelicou, deixando uma risada escapar, ao passo que reposicionou o rosto encostado no pescoço de Tae, escondendo-se mais ainda.
— Por que você está escondendo esse rostinho lindo? — questionou o loiro.
Jungkook deixou a risada escapar novamente, agora sentindo as bochechas esquentarem ao finalmente criar coragem para voltar a encarar o Kim.
— Você me deixa nervoso — confessou.
— Deixo? Por quê? — indagou Tae.
— É alguma coisa nos seus olhos... — explicou Jeon, tendo certeza de que estava parecendo um imbecil encarando o loiro daquele jeito deslumbrado.
— Eu posso fechá-los se você quiser — sugeriou Taehyung, já pesando as pálpebras, enquanto encurtava a distância ainda mais, tocando somente o lábio inferior do solista com o seu, antes de sugá-lo completamente.
E quando Jeon finalmente percebeu que estivera em transe, já estava sentindo a língua do mais velho se enrolando com a sua.
Era estranho admitir o quanto Jungkook gostava daquele tipo de surpresa vinda do Kim. Ele não tinha vergonha de usar os lábios daquele jeito descarado, era um tipo de beijo impróprio para a TV coreana mesmo se acontecesse entre um homem e uma mulher. Era molhado na medida certa, ousado além da conta.
Em poucos segundos, Jungkook estava perdido nos braços do outro, segurando suas madeixas loiras com as duas mãos, exigindo por mais.
Taehyung não estava muito diferente. O beijo de Namjoon não chegava nem perto daquilo, não que não fosse bom, mas geralmente era acompanhado de muita bebida e Jungkook simplesmente até cheirava à ingenuidade. A linguinha tímida que de início pouco se movimentou, agora acompanhava a de Taehyung em perfeita sincronia.
O corpo dele estava quente, mas tremelicava com os toques de Tae, que intensificava o beijo, deixando suas línguas se encontrarem de modo a enviar calor para suas partes baixas.
O loiro não costumava se excitar somente com beijos, mas ali estava depois de alguns minutos com aqueles lábios, já sentindo o tecido — que era até fino — apertá-lo. Como se estivesse duro por horas.
Os dois estavam tão colados que Jungkook logo sentiu a ereção do mais velho contra si. Aproveitando aquele momento de coragem, causado pela adrenalina que estava cada vez mais forte em suas veias, decidiu conduzir sua destra para o membro dele, de início apenas verificando a largura ainda por cima do tecido, e sorrindo entre o beijo ao agradar-se com o resultado.
Taehyung tomara aquilo como incentivo para levá-los de volta à cama, separando o beijo para ver a expressão surpresa de Jungkook quando o primeiro simplesmente o empurrou contra os lençóis. Não demorou a se juntar a ele, Jungkook ficara de joelhos para então se posicionar no colo do Kim; os olhos faiscantes de quem já não estava tão acompanhado pela lucidez.
— Jeon... — Taehyung deixou escapar, impressionado com a beleza do garoto. Até a luz amarelada do abajur conseguia favorecê-lo.
— Shhh — Jungkook pedira silêncio, posicionando o dedo indicador nos lábios do loiro, para os quais gostaria de retornar.
E assim o fez, deixando sua mão passar até o membro outra vez, agora atrevendo-se a tocá-lo por dentro do tecido, segurando com firmeza, mas não o suficiente para machucar, enquanto bombeava e deliciava-se com os suspiros de Taehyung.
Este último direcionou ambas as mãos para as nádegas de Jungkook, que empinou animado com aquele contato. Talvez ele não fosse tão inocente assim. O loiro se perguntou se ele por acaso já tinha realmente estado com outros caras, como dissera naquele after party, visto que era tão jovem e tão famoso para correr o risco, no entanto estava se mostrando... hm, entendido do assunto.
Dito isso, Taehyung segurou a mão de Jeon com cuidado, afastando-a porque não queria gozar apenas com uma punheta, e pela habilidade do mais novo, ele estava bem perto.
Mas antes, queria se livrar daquelas roupas, então tratou de puxar a camiseta de Jungkook para cima, e este não relutou. A pele dele era simplesmente perfeita e respondia com arrepios a cada toque, e os mamilos ficaram rijos simplesmente pela liberação do tecido. Lindo.
Não demoraram muito a remover o resto de suas roupas. As bochechas de Jungkook não eram a única coisa quente em seu corpo quando Taehyung inclinou-se por cima, puxando uma de suas pernas para lhe dar mais abertura.
Taehyung já estava muito ansioso, e mesmo desconfiando da experiência de Jeon, sabia que ele ainda precisaria de um lubrificante.
— Por favor, me diga que você tem — pediu Tae, mantendo a voz baixa próxima ao ouvido do garoto, antes de mordiscar o lóbulo do mesmo.
— O quê? — Indagou Jungkook, agora de olhos fechados, tanto pela leve vergonha de estar tão exposto assim para outro homem, como também para sentir tudo com mais intensidade.
— Você não quer que machuque, não é? — disse Tae, com uma risada breve.
— Ah!— exclamou Jungkook, entendendo finalmente.
Como resposta, apenas inclinou-se para abrir a gaveta única da mesinha de cabeceira, onde deixava o lubrificante disfarçado em uma embalagem de hidratante para que ninguém o flagrasse, o qual usava apenas para se masturbar.
Taehyung, por sua vez, vasculhou pela carteira dentro da calça já abandonada no canto da cama para apanhar a camisinha, item este que ele nunca se atreveria a não carregar consigo.
Fitaram-se rapidamente, antes de trocar os objetos. Taehyung fechou os olhos, suspirando profundamente ao sentir Jeon deslizando a camisinha por sua ereção. Estava tão perto de seu rosto, que este último fantasiou senti-lo em sua boca, mas os dois estavam ansiosos demais.
Taehyung não perdeu tempo em despejar o líquido pegajoso nos dedos e percorrer sem cerimônia pela entrada do garoto. Ele estava simplesmente deslumbrante naquela posição... deitado com as duas pernas inclinadas e o torso levemente arqueado, junto com os braços encostados no travesseiro, parecendo totalmente rendido.
O Kim sabia que devia preparar o garoto com seus dedos mais um pouco, mas apenas afastou suas pernas, agarrando as coxas possessivamente, enquanto introduzia-se devagar.
O mais novo apertou os lábios, nenhum som sairia dali se não quisesse que os outros hóspedes o ouvissem, mas não conseguia evitar as arfadas toda vez que sentia o membro de Taehyung deslizando mais fundo.
Apesar de não ser mais virgem, Jeon não estava acostumado com aquele tipo de dor, não era como se ele pudesse praticar o tempo todo.
Mas logo foi amenizando quando Taehyung conseguiu distrai-lo ao deslizar a destra por seu membro, espalhando o líquido pegajoso da glande por toda a extensão, enquanto mantinha o ritmo sincronizado de sua mão e suas estocadas gradualmente.
Jungkook precisou cobrir a boca com as duas mãos para segurar os gemidos que ameaçavam ecoar, mas o loiro não gostou nada daquilo, inclinando-se para removê-las e poder grudar seus lábios novamente.
O mais novo entrelaçou os dedos pelas madeixas tingidas do outro, decidindo abrir os olhos quando quebraram o beijo para que não perdesse nenhum detalhe do que antes acontecia apenas em sua imaginação.
Jeon Jungkook simplesmente adorava aquilo, mesmo com a dor inicial, adorava a ideia de ser penetrado daquela forma, principalmente pelo homem que vinha alimentando suas fantasias. Queria sentir cada vez mais fundo, por isso usou sua força para inverter as posições, voltando ao colo de Taehyung e introduzindo o membro dele em si novamente, com um sorrisinho nos lábios.
Movimentou-se quase como em uma dança sensual até atingir sua próstata, o que o fez não conseguir conter os gemidos que soltou, jogando a cabeça para trás, enquanto Tae segurava sua cintura fina para não deixá-lo escapar dali.
Estava enlouquecendo pelo prazer que estava sentindo, mas havia esperado muito por aquilo, não deixaria que acabasse rápido. Então torceu para que Taehyung estivesse disposto a dormir fora de casa, pois a madrugada ainda seria longa.
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Pô, vocês já viram alguém cortar um smut sem ejaculação? Sinto que cometi um crime, mas eu sou a lei. Até a próxima o/