23. Lalisa Manoban é eleita jornalista do ano pela revista Scandal

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Não era a primeira vez que Jungkook tinha alguma informação sua revelada por sasaengs, geralmente eram números de celular, notas fiscais de restaurantes que frequentava ou horário de voos. Era uma merda, mas fácil de resolver: trocava de número, processava o local ou parava de frequentar, reagendava a viagem. Porém, agora não era somente ele que corria riscos...

O cantor batia o pé contra o piso de seu apartamento como se aquilo fosse acalmá-lo. Já não sabia há quanto tempo estava na mesma posição, tentando pensar numa maneira de falar com Taehyung, já que seu celular havia sido confiscado pela mãe e do lado de fora havia um segurança para lhe impedir de fugir.

Enraivecia-lhe saber que ninguém da empresa fora contra o "castigo", nem mesmo Bang PD-nim, que havia dito que ele era apenas um garoto no dia anterior. Tudo isso porque o solista se recusou a lhes dar o endereço ou mesmo dizer quem visitou. Talvez estivesse a beira de um ataque de estrelismo, mas poxa, aquelas pessoas só tinham um emprego porque Jeon era quem trazia o dinheiro. Ele é quem deveria mandar, e não ser mandado e desmandado como sempre, como se cada movimento seu tivesse que ser estratégico porque a indústria era um tabuleiro de xadrez.

Suspirando, caminhou preguiçosamente até seu quarto, onde se jogou na cama nova, sentindo vontade de gritar contra o travesseiro como em filmes dramáticos. No entanto, apenas fitou o teto, voltando a fritar os neurônios em busca de uma saída.

Pelo menos a falta do celular o impedia de ver os comentários maldosos nas redes sociais. Mesmo que a equipe de marketing tenha lhe dito que estava tudo sob controle, Jungkook não conseguia relaxar sabendo que "fãs" poderiam aparecer no prédio de Taehyung a qualquer momento e ele não saberia, justamente porque tentou avisá-lo e Jeon Sunhi lhe tomou o celular para que ele "deixasse de ser malcriado" e a escutasse quando estivesse falando.

Aish! Só queria, pelo menos, sair para comprar a porra de outro celular porque dinheiro ele tin-

Jungkook praticamente pulou da cama com a própria percepção. Correndo o mais rápido que podia, bateu as mãos contra o cofre construído em seu closet antes de apressar os dedos trêmulos a digitar a senha.

— Por favor, me ajuda — pediu o cantor às notas ali dentro.

Apanhou um bolo entre as mãos e partiu para a porta, suspirando pesado antes de criar coragem para abri-la.

O segurança que Jungkook ainda não conhecia direito, curvou-se assim que o viu, mas voltou à posição de estátua como se não tivesse sido orientado a jogar o garoto sobre os ombros e trancá-lo no apartamento, caso este tentasse fugir.

— Quatrocentos mil wons pelo seu celular — ofereceu o solista, limpando a garganta quando o homem nem sequer se mexeu — eu só quero fazer uma ligação!

Totalmente ignorado, Jeon observou a porta à frente, perguntando-se se alguém ainda estaria trabalhando ali no estúdio, pois mesmo que não fosse resolver nada, sentia vontade de dar um chilique.

— Seiscentos mil — tentou outra vez, mas o segurança não se moveu. — Oitocentos — ainda nada, — quanto você quer!?

— Só quero fazer o meu trabalho, Sr. Jeon — respondeu, finalmente.

Revirando os olhos, Jungkook encostou-se à parede ao lado do segurança. Até onde conseguiria correr pelas escadas antes que ele o alcançasse?

Eu pago seu trabalho, você deveria atender às minhas ordens — disse baixo.

— E-estou atendendo os comandos da Big Hit Entertainment — respondeu o homem sem mover um músculo sequer.

Scandal | kth + jjkOnde as histórias ganham vida. Descobre agora