Um Segundo Para Se Apaixonar...

By VRomancePlus

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CONTEÚDO ADULTO! Um casamento forçado levou a fuga de Eve Castellanos para um país totalmente desconhecido po... More

UM SEGUNDO PARA SE APAIXONAR
TODOS OS PERSONAGENS
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capitulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11 [NOVO]
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capitulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
BÔNUS
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Gente!!!!
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38 (Último)
EPÍLOGO

Capítulo 10

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By VRomancePlus

Já faz quatro dias que eu estou hospedada na casa do policial Frank, ele definitivamente desapareceu da minha vista, toda vez que acordo, por volta das sete da manhã, ele já não está mais, sempre vejo o café pronto encima da bancada, a todo momento acompanhado também de pão ou bolo; acho que ele sai para comprar antes de ir trabalhar.

Eu fico dentro do apartamento o dia inteiro, por duas vezes eu fui até o térreo novamente na intenção de encontrar Felipe e a sua sobrinha bonitinha que me encantou, mas todas em vão, não os vi mais. Durante o dia eu leio bastante, Ludmila colocou três livros dentro da mochila para mim, todos em inglês para que eu me aperfeiçoe mais e também cresça no conhecimento sobre as coisas, um deles é o dicionário e eu não sei porquê, mas gosto de ler ele, saber se estou falando as palavras de forma correta.

Quando Frank chega a noite, ele trás comida de algum lugar, com duas batidas na porta do quarto e sua voz dizendo sempre a mesma coisa: "Trouxe comida", ele se comunica comigo. Já procurei coisas para fazer aqui, mas parece que ele não faz compras ou está desanimado para fazer isso, então tudo que eu como é o que ele trás para mim, eu não me importo muito, sempre fui acostumada a comer em pequenas porções quando na Grécia as mulheres não podem ser acima do peso. Eu amo meu país, mas por diversas vezes eu também discordo de muitos aspectos, enfim.

De certa forma, a indiferença dele me fere, me magoa e me deixa estranhemente triste e abandonada, não sei o motivo disso e não pretendo descobrir, mas é que quando olho para ele, sinto-me protegida, gosto quando ele está, mesmo não estando perto de mim, apenas no quarto ao lado, já é o suficiente para que eu me sinta segura e quando ele age tão frio comigo, eu não sei o que pensar, parece que dói lá no fundo.

A verdade é que quando ouço sua voz ou sei que ele já chegou, meu coração se aquece de um jeito bom, pode ser gratidão por ele estar querendo me ajudar e a vontade de retribuir isso só aumenta, mas de que forma? Se ele não me deixa tocar em nada de sua casa. Certa vez eu o vi sem camisa, foi sem querer mesmo e... Céus! Eu pedi perdão a Deus por tudo que senti naquele momento, isso foi no segundo dia e até agora não consigo esquecer a sensação estranhamente boa que se instalou dentro do meu ventre, a ponto de fazer meu rosto enrubescer.

Estou na sala de estar, olho para o aparelho preto debaixo da televisão e constato que são quase nove horas da noite, geralmente, nesse horário eu já estou no quarto pronta para dormir, mas hoje não estou com sono, também estou um pouco preocupada com a demora do Frank, visto que ele sempre chega por volta das oito, exceto um dia que eu não sei nem se ele veio para casa, embora ele tenha deixado o café pronto no dia seguinte.

Encontro o controle remoto e ligo a televisão grande, começo a procurar por alguns canais que estejam passando alguma coisa interessante, de repente paro quando vejo cenas de lobisomens e vampiros, estranhemente eu gosto disso e então começo a assistir. É um seriado chamado True Blood, o qual envolve o sobrenatural e uma pitada de humor, hora sinto medo, hora estou dando gargalhadas e também admirando a beleza de alguns personagens.

Não vi a hora passar, mas me assusto com o barulho da campainha, ela é tocada duas vezes de forma sensível, me aproximo da porta e olho pelo olho mágico, vejo uma mulher aparentemente dois ou três anos mais velha que eu, magra, alta e de cabelos curtos na altura do maxilar, muito bonita em suas feições. Não sei se devo abrir, mas ela insiste e continua tocando, então eu pergunto: "Quem é?" Minha voz treme antes de eu engolir em seco.

"Eu que pergunto, quem é você? Abre a porta!" A arrogância em sua voz me deixa com medo.

"Não posso abrir." Respondo insegura.

"Por que não? Quem é você? Cadê o Frank?" A impaciência transparece e ela bate o pé.

Bom, ela conhece o Frank.

"Ele disse para eu não abrir a porta para estranhos..." Revelo ainda olhando pelo olho mágico.

"Eu não sou uma estranha, conheço o Frank muito mais do que você possa imaginar! Abre por favor!" Ela insiste.

Meu coração se aperta, será que ela é namorada dele? Uma estranha tristeza me atinge e eu abro a porta para ela, eu não moro aqui, não conheço ninguém aqui, ela disse que o conhece, eu não posso simplesmente não abrir a porta para as pessoas que ele conhece, depois irão se queixar com ele e ele irá pensar que sou uma grosseira mal educada.

"Quem é você?" A mulher me estuda da cabeça aos pés com expressão de nojo.

"Eu me chamo Eve Castellanos, muito prazer." Dou um sorriso forçado, tentando não deixar transparecer meu desafeto espontâneo.

"E você é o que do Frank?" Questiona cruzando os braços.

"Sou hóspede dele, estou passando alguns dias aqui." Respondo.

"Desde quando esse apartamento virou hospedaria? E desde quando o Frank faz caridade?" Sua pele fica vermelha e eu posso saber que é de raiva por estar me vendo aqui.

Isso só aumenta a veracidade da minha teoria de que ela é namorada dele.

"Me desculpe mas... Isso é um assunto meu e do Frank." Falo eu, tentando ser o menos grossa possível.

Seu olhar é quase uma metralhadora me estraçalhando em milhares de pedaços, acho que ela já me odeia sem ao menos me conhecer, embora eu também tenha sentido uma certa aversão a ela, estou tentando dizer para mim mesma que isso é coisa da minha cabeça e que eu não devo julgar as pessoas antecipadamente.

Alguns minutos de silêncio na sala, a mulher ainda me encara vez ou outra quando não está com o celular em mãos digitando sem parar, eu estou recostada na coluna perto da porta e finalmente sinto-me aliviada quando a vejo ser aberta e o rosto de Frank aparecer.

"Che diavolo..." Ele exclama em surpresa ao ver quem está aqui.

"Oi, que bom que chegou, preciso muito de você hoje." Ela faz um biquinho antipático e ergue os braços para ele. Meu sangue ferve incomumente.

"Ágata, estou cansado, estressado e com fome! Hoje eu não tenho tempo." Fala em tom duro para ela. "Eve." Frank me cumprimenta olhando para mim.

"Frank..." Murmuro seu nome.

"Eu trouxe comida, pode pegar o que quiser." Colocando as sacolas sobre a bancada da cozinha, ele fala e não para até que esteja com a porta da geladeira aberta olhando para dentro dela. Ele parece estressado com algo e bate a porta com força, fechando-a.

"Tudo bem, eu vou comer no quarto..." Falo em tom baixo me aproximando da sacola, não sei o que é, mas eu como qualquer coisa, portanto pego uma caixinha branca e vou em direção as escadas.

Ouço murmúrios mas me contenho para não olhar, subo alguns degraus e de soslaio olho para baixo, a cena me trás uma certa angústia, a tal Ágata com as mãos no ombro de Frank, massageado-os! Aperto os olhos com força, sinto algo que não faz parte de mim sentir, raiva!

Com isso, acabo me desequilibrando e caindo pelos degraus que havia subido. Grito, sentindo uma dor insuportável no tornozelo, me levando a crer que o torci.

"Aaaí."  Choro sem conseguir mover meu pé quando ele começa a latejar.


Os meus dias estão resumidos em uma única palavra: Estressante. Ultimamente, estou vivendo em um conflito interno comigo mesmo, as vezes precisando sair para respirar, porque ficar no mesmo lugar que essa garota vem me deixado doido. Sem falar no seu pai, que de repente resolveu que agora seria a hora perfeita para viajar para os Estados Unidos, ou seja, em alguns dias Herodes Castellanos e o outro filho da puta do ex noivo dela estará em território americano.

Com base nas pesquisas que ando fazendo, Eve tem grande chance – para não falar todas – de se dar mal por ter fugido de um casamento o qual ela estava sendo obrigada a ter. Quer dizer: se dar mal é eufemismo para o que ele vai realmente fazer com ela. Vê o quanto isso soa ridículo? Em que década estamos para os malditos pais decidirem por você, impor a você o que fazer? Te obrigando a passar o resto dos seus dias sendo infeliz para a felicidade de outros. É por isso que na maioria das vezes precisamos ser egoístas, e pensar somente em nós.

Encaro-a enquanto ela sobe as escadas e me sinto mal com o fato dela não querer permanecer na minha presença. Sento-me, fecho os olhos enquanto Ágata por sua vez massageia meus ombros e fala algo que não entendo. Eu poderia cortar de uma vez por todas esse contato íntimo, mas é que agora é tão bem vindo que eu não quero simplesmente mandá-la parar.

Um barulho alto, seguido de um grito me faz saltar do lugar. Eve está caída no chão gemendo enquanto chora. Merda! Ela não pode ter caído da escada. Caralho, mas é claro que pode. Me aproximo às pressas, toco seu rosto contorcido e engulo seco quando ela abre os olhos.

"Meu pé..." Choraminga.

"Porra Eve." Pego-a no colo, com o máximo de cuidado possível, levanto e caminho apressadamente em direção a porta.

"Que merda você está fazendo Frank?" Minha prima questiona parada com os braços cruzados.

"O que porra você acha que estou fazendo? Preciso levá-la ao hospital!" Exclamo.

Saio urgentemente pela porta, porém seu aperto forte em meu braço me faz olha-la. Já estamos em frente ao elevador quando ela diz:

"Não podemos ir ao hospital." pronuncia baixo.

"Porque não... Ah merda!" lembro-me do desgraçado do seu pai. ''Eve, seu pé está inchando muito."

"Eu... Sei." geme outra vez. "Está doendo muito." soluça.

Volto para o apartamento e logo coloco Eve no sofá com o pé apoiado em uma almofada, vou até o congelador e pego uma bolsa de gelo, ponho sobre seu pé e disco o número da irmã do James, uma médica que nos ajuda com polícias feridos, eu por muitas vezes precisei ser socorrido quando estava sem condições de me locomover até um hospital.


Encosto no batente da porta enquanto Jéssica examina o pé de Eve. Ela já parou de gemer de dor, porém toda vez que Jéssica toca o local, ela se contorce.

"Eve, vou prescrever alguns comprimidos para dor. Por favor, tome no horário certo, para evitar o remédio não fazer o efeito, certo?"

"Tudo bem." Ela responde.

"E Frank, terá que levá-la ao hospital, ao que parece não foi nada de mais, apenas uma torção, mas por via das dúvidas seria bom fazer um raio-x." Jessica diz, ao levantar e vir até mim.

Caminhamos para fora do quarto, acompanho-a até a porta depois de ouvir um sermão por querer paga-la.
Aguardo a mesma entrar no elevador, volto para o apartamento e minha raiva sobe ao ver que Ágata ainda continua aqui.

"Quem é essa garota? Não sabia que era tão caridoso." Debocha. Levanta, guarda o celular na bolsa e vem até mim.

"Não seja tão desgraçada Ágata, você viu o sofrimento da garota, e não fez nada."

Ela da de ombros.

"Não tinha o que fazer já que o herói da vez já estava fazendo tudo." Desdenha.

Respiro fundo. A frieza de Ágata ainda me impressiona.

"Você já pode ir para casa." Caminho até a porta, abro-a e gesticulo para que ela entenda que não quero vê-la mais por hoje.

"Tudo bem, querido primo. Eu só vim até aqui para trazer um recado da sua mãe."

Enrijeco.

"Que recado?" Indago tenso.

"O aniversário dela é em dois dias, para o caso de você ter esquecido já que não aparece. Ela quer ver você Frank, insiste para que vá." Ela diz séria. "É a sua mãe, não pode ficar o tempo todo se escondendo com medo de enfrentar tudo, ela não te culpa pelo que aconteceu com seu irmão."

Se aproxima, segura meus rosto com ambas as mãos e beija minha bochecha para então ir embora.

Ela pode não me culpar, mas eu me culpo pelo maldito incêndio, o qual causou a morte do meu único irmão. E isso é algo que eu não posso evitar.






Che diavolo - Mas que diabos.
Comentem bastante amores

ImEmili

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