O Homem da Boate.

By sabriinawalker

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Jason Williams leva todas as mulheres a loucura. O cabelo bagunçado, o olhar predador, o corpo tatuado fazem... More

Apresentação
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EPÍLOGO
Book Trailer
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By sabriinawalker

- Vem, sobe aí! - Jason fala me entregando um capacete.

- Você está ficando maluco? - pergunto sem alterar o tom de voz olhando para trás com receio.

- Eu não. - abre um sorriso galanteador - por que você acha isso? - ele só pode estar de brincadeira. Bufo fazendo-o franzir a testa. - O que foi?

- Como você me aparece aqui sem nem ao menos me avisar pedindo pra eu subir em sua moto enquanto minha mãe nos observa pela janela? - vejo-o encarando a janela atrás de mim e voltar a me encarar. Olho para trás e vejo minha mãe se esconder rapidamente atrás da cortina ao perceber que eu a peguei espiando. Suspiro e Jason ri.

- E o que tem? - pergunta com a maior calma do mundo - Tenho certeza que ela não irá se importar se você vir comigo. - encaro sua barba bem feita e volto em seus olhos verdes que me fitavam. - E aí?

- Jason, eu não vou subir nessa moto! - afirmo cruzando os braços.

- Achei que você fosse dar uma chance para a nossa amizade. - sua voz grave e calma amolece do meu coração.

- Pra onde? - olho para a janela onde minha mãe não se encontrava mais.

- Surpresa. - me estende o capacete.

- Só com uma condição. - imponho e ele pergunta "qual?" - Só vou com você se minha amiga Sofia poder ir também. - ele parece pensar um pouco mas logo responde.

- Tudo bem. - sorrio - Mas ela terá que ir com meu amigo Gael, que também está de moto.

- Fechado, só preciso me trocar antes. - Jason faz uma cara de tédio - Prometo que é rapidinho. - entro em casa onde minha mãe me aguardava parada no pé da escada. - É só um amigo mãe.

- Engraçado que eu não conheço esse seu amigo. - a olho sem saber o que dizer - Vão sair?

- Sim, ele me chamou para... - penso um pouco na palavra que irei utilizar - Um passeio. - concluo. Ela me olha desconfiada - Fique tranquila mãe, Sofia também vai.

- Okay, só tenha cuidado. - ela diz com a voz serena, aceno e continuo subindo as escadas. Pego meu celular para enviar uma mensagem à Sofia.

" Se arrume que eu, Jason e um amigo estaremos passando ae em 10 minutos. Não pergunte para onde vamos, pois nem eu sei. "

Não demora muito para ela responder a mensagem com emojis maliciosos, sorrio ao imaginar a felicidade em poder sair segunda feira a noite. Coloco uma calça jeans e uma t-shirt preta e calço meu coturno preto. Coloco meu celular no bolso da calça e amarro minha jaqueta verde militar na cintura por precaução caso esfriasse já que não sei o destino. Escovo os dentes e deixo meu cabelo solto. Desço as escadas respondendo a mensagem de Sofia.

- Caso chegue tarde e eu já esteja dormindo, a chave estará no vão da janela. - avisa minha mãe.

- Okay mãe. - me despeço dela e vou até Jason que mexia em seu celular apoiando-se no capacete entre suas pernas. Ele nota minha aproximação e me entrega o capacete já guardando seu celular. Subo na moto e ele dá a partida fazendo-me agarrar sua cintura com força, o que eu adorei fazer, não posso mentir para mim mesmo.

Gael estava logo atrás com Sofia. A velocidade em que corria impedia qualquer tipo de conversa, o que eu não me importo. Ter que encontrar um assunto não me incomodava mas também não faço questão. Vejo que saímos da cidade ao ver a placa de entrada deixada para trás. A curiosidade estava me matando, a onde será que estão nos levando? Depois de alguns minutos em cima da moto, Jason e Gael pararam para eu descer com Sofia em frente à um lugar deserto enquanto iam estacionar suas motos.

- Onde estamos? - Sofia perguntou arrumando seus cabelos castanhos que tinham sido bagunçados pelo capacete - E que gato é esse Gael. - completou me fazendo rir.

- Não sei onde estamos, provavelmente em uma cidade vizinha. - respondo colocando minha jaqueta por conta do vento frio. Jason e Gael se aproximaram de nós.

- Okay. - começa Jason - Aqui está rolando festa de inauguração. - passa a mão no cabelo - Não aceite bebida de ninguém, nunca se sabe qual são suas intenções.

- E se eu quiser uma bebida? - Sofia resmungou me fazendo a encarar - O que? - dá de ombros.

- Se vocês quiserem beber falem comigo, que eu arrumo pra vocês. - Gael responde fitando a morena.

- E você Jason? - pergunto.

- Eu estarei ocupado. - afirmou - Vocês vão ver. Agora vamos entrar. - Jason caminha por um corredor largo e escuro, o seguimos até darmos de cara com uma porta no qual Jason bate três vezes em sincronia. Uma janela que havia na porta se abre e vejo Jason mostrar um papel como se fosse um convite fazendo o homem abrir a porta. Fui bombardeada pela música que tocava alta, entramos e fomos o seguindo até chegar onde estava o amontoado de pessoas bebendo e dançando ao som da música eletrônica. - Não fiquem muito longe de Gael. - avisa e sai do meu ponto de vista.

- Eu quero algo para beber, de preferência com álcool. - Sofia fala se virando para Gael.

- Tudo bem. - ele diz e me olha - E você? - pergunta apontando para mim.

- Não, obrigada. - meus olhos rodeiam o lugar em busca de Jason, não o encontro em nenhum lugar. - Onde será que ele foi? - pergunto cutucando Sofia que me olha e dá de ombros. Cansada de procurá-lo desisto me sentando em um banco alto em frente ao bar. Não demora muito para as bebidas de Sofia e Gael ficarem prontas e o sorriso dela ganhar espaço em seu rosto. Procuro desesperadamente por Jason ao ouvir sua voz grave em um microfone seguido de gritos das pessoas tumultuando o lugar. Sinto Sofia me cutucar e apontar com o cotovelo em direção ao palco do local onde Jason estava sem sua jaqueta preta e com um fone em volta de seu pescoço e um microfone em sua mão incentivando a animação do público.

Jamais passou pela minha cabeça que Jason também era "DJ" ou cantasse rock. Todo mundo naquele bar lotado só tinha olhos para ele e ninguém conseguia parar de olhá-lo. Ele conseguia fazer a plateia sentir - de verdade - o que estava berrando no microfone, era uma coisa muito impressionante.

Confesso que não sou muito de ouvir música eletrônica. Para mim, são só batidas por cima de um som superbarulhento. Mas aquele som, aquela intensidade e aquela energia inegável, poderosa, que ele consegue transmitir só usando as mãos... Sei lá, tinha alguma coisa naquilo que me fez arrastar a Sofia até a frente do palco. Eu não conseguia parar de olhar. Sofia até me encarou com os olhos arregalados pela minha espontânea atitude.

Em um momento do show, ele levantou sua blusa branca e revelou seu abdômen musculoso, coberto por alguns tatuagens. E com aquele jeans preto mais justo que já vi alguém usar tomou todo o ar que ainda me restava. Ele iria a qualquer momento fazer a mulher que gritava absurdamente ao meu lado ter um orgasmo espontâneo.

Sofia começou a dançar ao meu lado de maneira divertida me incentivando a me movimentar conforme as batidas da música, me soltei de vez e me deixei levar pelo som alto que estrondava o lugar. Sinto minha pele queimar com o olhar de Jason sobre mim, olhei em seus olhos verdes e para seus lábios que mostrava com perfeição um sorriso malicioso. Ele começou a falar algumas coisas no microfone fazendo o público pular e gritar, Sofia me incentivava fazendo os mesmos movimentos. Jason ainda observava meu corpo a cada movimento que eu fazia.

Sofia estava mais animada que o normal, as bebidas começam a surtir efeito me fazendo rir das suas danças desengonçadas. As pessoas a minha volta pareciam não se cansar nunca, eu já havia sentado umas três vezes vencida pelo cansaço. Senti uma mão quente no meu ombro. Eu me virei e vi o Gael. Ele é alto e se sobressaia no meio das pessoas. Tive certeza, pelo jeito da boca dele, que pretendia ir embora. A Sofia nem esperou ele pedir, já foi virando para mim com aqueles olhos cor de whiskey e sinceros, dizendo:

- Então eu já vou com ele, okay? - perguntou depositando o copo que tomava a bebida em cima do balcão. Assinto. - Jason já saiu do palco, provavelmente já irá vir aqui pra ir embora também. - completou. Nos despedimos e ela sai com Gael.

Fiquei perto do bar, onde havia ainda algumas pessoas bebendo. Eu passei meia hora me livrando de cantadas e de ofertas de bebidas grátis de homens com cara de quem não viam banho nem lâmina de barbear há anos. Estava começando a ficar irritada e, por consequência, mal-educada. Quando uma mão conhecida pousou no meu joelho, olhei para cima e dei de cara com os olhos verdes de Jason, que sorria e pedia mais uma dose de tequila para ele e uma água para mim. Estremeci ao sentir seu toque, tentei disfarçar minha inquietação com seu corpo tão próximo ao meu.

- Está tudo bem por aqui? - ele pergunta virando a dose de tequila como se fosse água.

- Tudo sim. - respondo tomando um gole da minha água de verdade - De fato você não possui uma garganta.

Ele deu risada e se virou para falar com dois garotos que queriam dar parabéns pelo show. Quando virou de volta para mim, estava com um jeito meio envergonhado.

- Acho isso tão estranho, sempre achei - disse.

Eu fiz cara de espanto e cheguei mais perto automaticamente, quando percebi que uma ruiva de roupa justa estava circulando por ali, e perguntei:

- Por quê? Você foi demais, e é óbvio que as pessoas gostam. - Jason jogou a cabeça para trás e riu, e foi aí que reparei como o som da sua risada era agradável de se ouvir.

- As pessoas gostam, mas você não? - perguntou. Fiz uma careta e encolhi os ombros.

- Eu sou da roça como Sofia diz. - respondi, imaginando que ele ia entender que, por ser do Sul, eletrônico e rock não faz a minha cabeça.

- Bom, eu só vou guardar meus equipamentos e depois já vamos embora. - disse se levantando do banco ao meu lado.

- Claro!

Ele apertou o meu joelho, e eu tive que controlar a tremedeira que se apoderou do meu corpo. Definitivamente, Jason tinha algo. Só de encostar nele já fiquei toda tremendo. Eu me virei para o balcão e tentei fechar minha conta. Não fiquei surpresa quando o barman me disse que ela já estava paga. Dei a volta na banqueta e fiquei olhando com atenção as pessoas se aglomerando, tentando pedir uma bebida em um bar cheio de garotos entusiasmados demais e garotas óbvias demais. Não sou nenhuma santa, mas não tenho o menor respeito pelas meninas que ficam se rebaixando, se oferecendo para ter uma noite de prazer e nada mais.

Não sei o que estava acontecendo comigo, mas era algo além disso. Eu simplesmente não conseguia encontrar uma palavra que descrevesse o que eu sentia. E aquela noite eu não estava bêbada - ou fora do meu juízo normal - para ignorar esse sentimento.

Quando Jason voltou eu estava conversando com um homem que parecia empolgado demais para quem disse que estava triste quando começávamos a conversar. Jason fez um "toca aqui" com ele, mas, por trás, fez o gesto de quem estava mandando-o se ferrar.

- Vamos nessa, Merida. - chamou se referindo a princesa do filme Valente. Fiz uma careta para aquele apelido genérico, porque a minha vida inteira ouvi variações dele.

Segui Jason até o estacionamento onde havia algumas pessoas espremidas dentro de uma van enorme e gritando todo tipo de bobagem para a gente enquanto se mandavam do estacionamento. Jason só sacudiu a cabeça e usou o controle na chave para destrancar um carro branco, que parecia invocado e veloz. Fiquei surpresa.

- De quem é esse carro? E a moto? - perguntei intrigada.

- É meu. - respondeu sorrindo o que não me surpreendeu. - Meus equipamentos estão aí atrás. Um amigo meu levará a moto amanhã. - concordei e entrei no carro.

Ele abaixou a música, que estava no último volume. Aquela aparelhagem de som do carro, obviamente, tinha custado bem caro. A gente saiu do estacionamento sem falar uma palavra. Jason tinha vestido a jaqueta de couro que parecia ser a preferida dele. Minha cabeça estava começando a girar com aquela combinação de whiskey, tequila em excesso e cheiro inebriante de cigarro. Abri o vidro um pouquinho e fiquei olhando as luzes do centro da cidade passarem.

- Você está bem? - virei a cabeça na direção dele e vi uma preocupação verdadeira naqueles olhos claros. Pela luz escassa do painel do carro, aqueles círculos verde escuro brilhantes que emolduram a íris dos olhos dele pareciam uma auréola dos deuses.

- Estou sim, só um pouco cansada. - conclui passando a mão no interior do seu carro que aparentava ser novo e ele voltou seu olhar para a estrada. Ficamos em silêncio ao longo do caminho, senti meus olhos pesarem e aos poucos o cansaço tomou conta do meu corpo.

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Espero que tenham gostado do capítulo. Tentarei fazer capítulos mais longos como este.
Se gostou, comente e deixe sua estrela para me deixar feliz rs 😍

Obrigada. ❤️

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