ANSWER
Seokjin
Ano 22, 30 de agosto
Ela parecia agitada enquanto olhava fixamente para o diário que ela pensava ter perdido. Em cada página virada estavam os filmes que ela tinha gostado, os lugares aonde ela queria ir, as flores que ela preferia e o futuro que ela desejava.
Eu tinha feito isso por ela. As palavras "Me desculpe" não vinham facilmente. O diário vermelho colocado entre nós dois como um sinal de trânsito.
Eu queria fazê-la feliz. Eu queria fazê-la sorrir. Eu queria ser uma boa pessoa. Eu pensei que seguir as palavras do diário dela me ajudariam com isso. Mas não era assim que funcionava. Quanto mais eu tentava ser outra pessoa, mais assustado eu ficava. O meu verdadeiro eu não seria descoberto? Ela não ficaria desapontada e me deixaria? Desesperado, eu me escondi e me distanciei de mim mesmo. No entanto, exatamente como uma pessoa não pode terminar uma frase sem ela estar completa, o eu que perdi não podia melhorar e, em vez disso, ficava andando em círculos.
Eu sei que o eu que é incapaz e comete erros e fracassa ainda é uma parte de mim mesmo. Não importa o quanto as coisas sejam cruéis e impiedosas, apenas sendo verdadeiro comigo mesmo eu posso dar o passo seguinte. Eu me levantei e ela não me impediu. Eu saí para a rua e tirei meu chapéu. Enquanto eu jogava meu cabelo para trás, todas as horas que eu gastei tentando me moldar em outra pessoa escaparam pelos meus dedos. Eu levantei a cabeça e olhei para o meu reflexo na janela.
Encarando de volta estavam lábios pálidos, um rosto fraco, ombros magros. Eu parecia miserável. Eu ri. O eu na janela riu também.