Recomeço

By TheLince

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Anos após declarada paz entre a Capital e o Refúgio, alguns acontecimentos parecem sugerir que os experimento... More

Prólogo?
Mente
Alma
Via C-3
Modorra
A Aprendiz
Especial Que Sou
Ponto de Inflexão
A Novata
Fontes Quentes
A Primeira Viagem
Autocontrole

Corpo

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By TheLince

Suiko se retirou da mesa antes dos outros e deu uma desculpa qualquer para ir para o quarto mais cedo. Ela se esforçava para disfarçar a preocupação nos olhos. Andou lentamente para o quarto enquanto pensava no que deveria fazer. Entrou no quarto, fechou a porta e parou. "Já que me perguntou será o primeiro a saber, irmãozinho". Ela deu uma olhada no próprio quarto enquanto bolava um plano, "Eu sei que ele vai meditar antes de dormir, quando todos estiverem em seus quartos eu vou até lá". Ela andou de um lado para o outro no quarto por alguns minutos antes de sentar na cama e acariciar os cabelos numa tentativa de organizar os pensamentos. Suiko então se deixou cair na cama e esperou as horas passarem, sabia ser paciente quando precisava, mas fechou os olhos e adormeceu sem querer.

Algum tempo depois ela acordou sobressaltada e pulou da cama.

– Pelos deuses! Quanto tempo se passou? – perguntou ela, a si mesma. Olhou para a janela e viu que estava bem escuro lá fora – talvez ainda dê tempo...?

Ela abriu a porta do quarto cautelosamente e verificou que não tinha ninguém por ali. Andou pelo corredor que levava ao quarto do irmão e antes de entrar espiou o relógio antigo de parede, ao ver que era madrugada a moça hesitou em prosseguir, "talvez não seja boa ideia incomoda-lo enquanto dorme" pensou ela, "Não! Eu já estou aqui e não posso desperdiçar nem um dia sequer!" Então girou a maçaneta vagarosamente até que estivesse completamente destravada, segurou-a naquela posição e empurrou a porta. Ao entrar surpreendeu-se com o irmão que ainda estava acordado, porém meditando. "Ele não percebeu a minha chegada?" Pensou ela, então se colocou por completo para dentro do quarto e fechou a porta. Depois de admirar um pouco a flor-de-lótus que o irmão fazia para meditar, sentou-se ao seu lado e chamou com a voz calma:

– Lurien.

O rapaz reconheceu a voz e abriu os olhos.

– Vai me contar o que houve? – disse ele, sem cerimônia.

– Você se acha muito espertinho, mas me ouça: tenho maus pressentimentos em relação a essa viagem.

– Como assim? – perguntou Lurien, desfazendo a pose de meditação.

– Não sei como posso explicar isso. – Suiko se acomodou de joelhos no chão em frente ao irmão – Nunca aconteceu antes, a viagem não estraga nenhum de meus planos e eu até gosto de ir à Capital, mas por alguma razão senti um tremendo mal-estar quando Lia falou que iríamos para lá durante o festival.

Lurien limitou-se a assentir. Suiko continuou falando.

– Acho que pode estar relacionado a algo que li uma vez, uma coisa que Rafael falou quando ainda dava aulas de controle de Energia no Castelo. Depois de descobrir sobre o Projeto Veiuri ele disse que os descendentes dos Veiuri teriam as habilidades mais aterradoras da história da Ilha de Prata. E tive esse sonho com ele que...

– Espera um minuto. – interrompeu Lurien – Ele realmente usou a palavra 'aterradora'?

– Suponho que sim. Não me interrompa para fazer perguntas bestas, Lurien!

– Desculpe, pode continuar.

– Eu também desconfio que a reunião envolvendo nossos pais hoje teve como tema o desenvolvimento das suas habilidades. – então ela percebeu que Lurien parecia não estar prestando atenção – Lurien! Você está me ouvindo?

O rapaz inclinou um pouco a cabeça para ver o que estava atrás da sua irmã.

– Suiko, não olhe agora, mas... – Suiko olhou imediatamente para trás e pulou de susto.

– Amabel!? Como você entrou aqui garota?

– Não é a Amabel. – disse Lurien, se levantando também – é só uma alma dela.

Alma? Pelos deuses!

– Toque nela e verá.

Suiko esticou um dedo na direção da testa da menininha e a tocou.

– Parece bem consistente para mim.

– Não pode ser!

A moça tocou mais uma vez, e colocou força a ponto de empurrar a cabeça da irmã para trás.

– Amabel? – Lurien chamou, pensando que poderia ser uma brincadeira de mau-gosto da irmã, mas logo viu que estava errado – Não, eu tenho certeza que isso aí é uma alma. Não sei como eu sei, mas eu sei que sei.

– Quando Amabel aprendeu a fazer almas sólidas?

– Não faço ideia.

– Viu só? É disso que estou falando. – falou Suiko, puxando o irmão para longe da alma – Amabel está aí fazendo almas enquanto dorme, o pressentimento sobre a viagem está cada vez pior.

– Se é que ela está dormindo, né?

Os dois se entreolharam e falaram quase ao mesmo tempo:

– Vamos lá ver.

Suiko tirou a alma de Amabel do caminho e abriu a porta cuidadosamente, Lurien foi em vão segurar a alma para ela não cair, mas ela se equilibrava perfeitamente, e ficava bem quieta, com os olhos mirados para o nada, parecia respirar lentamente. Assustadora.

Os dois estavam no corredor escuro, quando Lurien soltou um suspiro de alivio:

– Suiko, tem uma coisa que quero te dizer.

– Agora não! – respondeu logo a irmã, fazendo um movimento com a mão que pedia silêncio.

O rapaz apertou os dentes.

Suiko tinha uma expressão séria e preocupada, quase como a que Lurien havia visto durante o jantar. Eles passaram pela frente do quarto dos pais e Lurien encostou o ouvido na porta para tentar descobrir se eles estariam acordados, mas logo percebeu que era uma ideia tola e continuou seguindo a irmã. Suiko já estava tentando girar a maçaneta da forma mais cautelosa que conseguisse quando o menino se aproximou e sussurrou:

– Eu acho que... – mas ela não o deixou terminar fazendo movimentos bruscos com o braço, visivelmente irritada.

Ela entreabriu a porta e colocou a cabeça para dentro retirando-a logo em seguida. Ao sair virou-se para Lurien e fez um movimento horizontal com a mão que ele não entendeu muito bem, mas pôde ler em seus lábios: "dormindo" então balançou a cabeça positivamente. Suiko fez mais um movimento com as mãos que dessa vez queria dizer claramente que eles deveriam voltar para o quarto. E assim fizeram.

De volta ao quarto perceberam que a alma não estava mais lá.

– Suiko, olha... – recomeçou ele, apesar do rosto tenso a irmã prestava atenção – Aconteceu uma coisa estranha comigo hoje... Envolvendo minhas habilidades... – ao ouvir essas três últimas palavras Suiko levantou o supercilio – Lembra que você reclamou comigo quando demorei no banho? – a irmã assentiu curiosa – Então, eu estava fazendo uma experiência com a banheira e água quente. Queria tentar explorar os limites atuais das minhas habilidades colocando a mim mesmo numa situação de limite. Eu estava totalmente mergulhado na água quente e de repente a água da banheira sumiu de uma forma que não consigo explicar. E o mais importante é que para mim só se passaram alguns minutos. – os olhos de Suiko pareciam brilhar.

– Isso é... – ela procurou a palavra certa –... Importante! – mas falhou.

Os dois ficaram apenas se encarando, Lurien com cara de réu primário e Suiko apertava os próprios dedos numa mistura de preocupação e satisfação.

Depois de algum tempo com os dois apenas aproveitando o silêncio, Lurien resolveu falar:

– Está bem tarde, é melhor irmos dormir.

– Ainda não. – respondeu a irmã – Tem mais uma coisa que nós precisamos acertar.

– E o que é?

– Peço aos deuses para que não seja necessário, mas eu acho melhor você começar a ter aulas de batalha e manejo de armas.

– O que? Para que? – Lurien pareceu assustado por um momento.

– É um pouco por causa da impressão que tive. Lurien... – Suiko coçou timidamente a nuca – Tenho medo de essa viagem acabar em problema para a gente e quero que esteja preparado para isso.

– Muito gentil da sua parte, Susui – Lurien deixou escapar um sorrisinho cínico – mas eu acho que sei me virar.

– Não me chama de Susui, idiota! E eu tenho certeza que você não sabe se cuidar coisa nenhuma. Quer ver? Se defenda de mim agora.

Suiko usou um pé para levantar no ar um pequeno banco de madeira e logo em seguida chutou ele na direção de Lurien acertando-o em cheio no peito. Lurien caiu para trás e tossiu para recuperar o fôlego roubado pela pancada, a irmã olhou de longe pensando se o teria machucado, mas Lurien logo se levantou e usou sua habilidade para desfazer tudo e o banco logo estava no seu local de origem, e o rapaz sem sentir nenhuma dor.

– Viu só. – disse Lurien apontando calmamente para o banco do lado da irmã.

– Lurien, presta atenção, eu estou impressionada, mas isso só te ajudou porque eu usei movimentos não letais. – Suiko chegou perto e segurou nos ombros do irmão – E eu fiz isso para te mostrar que você precisa aprender a evitar tais golpes.

Lurien abaixou a cabeça admitindo derrota e assentindo.

– Está bem... – sua voz estava desanimada – E o que devemos fazer?

Suiko se afastou um pouco e cruzou os braços.

– Vamos começar um treinamento intensivo. – Suiko impôs um olhar desafiador ao qual o irmão não soube corresponder – Amanhã mesmo começamos! Amanhã cedo!

– Certo, – sua voz ainda era desanimada – a Amabel vai participar desse "treinamento intensivo" também?

– Por ora, não. Eu prefiro que esse seja nosso segredinho. E ela se sai melhor numa briga do que você.

– Principalmente agora que ela está fazendo almas sólidas. – assentiu ele.

– Será que ela sabe das almas sólidas? Eu não a vi contar para ninguém.

– Provavelmente não, ela sempre conta tudo a todo mundo.

– Nunca se sabe... – Suiko se dirigiu à porta – Agora vou dormir, faça o mesmo, amanhã teremos um dia cheio.

Lurien se sentou na cama e observou a irmã sair cautelosamente. Antes d'ela fechar a porta ele perguntou:

– A que horas você disse que vamos começar amanhã?

Ela colocou o rosto para dentro do quarto e falou num sussurro gritante:

– Cedo! – e fechou a porta logo em seguida.

Enquanto se movia cuidadosamente para o próprio quarto Suiko pensava no que deveria fazer em relação à Amabel. "Ela é a principal interessada nessa viagem, eu suponho" pensava Suiko "E ela não vai descansar até que tenha visto a estátua de Rafael. Ugh. Só de pensar nele já sinto arrepios. Eu acho que nem falei sobre o sonho para Lurien, vou lembrar de fazer isso amanhã" ela deu uma olhada em volta, consumida por um sentimento estranho de medo. Nada viu. "Eu tenho que parar de pensar tanto nessa viagem para poder me concentrar no treinamento de Lurien, por enquanto". Ela já estava dentro do quarto quando ouviu um barulho de algo caindo no chão lá fora. "Maldição". Suiko sentou-se na cama decidida a não ir olhar o que tinha feito tal barulho e imaginou se Lurien tinha ouvido também.

Passou um tempo em silêncio para tentar desvendar apenas com a audição se havia algo lá fora quando ouviu a voz do pai. Ele parecia conversar com Lia e falava o nome de Amabel várias vezes, como estava difícil distinguir sobre o que a conversa se tratava, Suiko foi para perto da porta e encostou o ouvido nela.

– Ela está dormindo, você diz? – era a voz de Lia.

– Está sim, deve ser alguma manifestação do sono dela. – era a voz de Michel.

– Acha que deveríamos... – algo dificultou o entendimento nessa parte –... e talvez amanhã mesmo?

Suiko ouviu um clique bem alto perto da sua cabeça, ela automaticamente afastou a cabeça da porta e viu que a maçaneta estava sendo girada. Ela pulou para trás e se levantou. Michel abriu a porta logo em seguida e não escondeu a surpresa ao ver a filha de pé.

– Eu ouvi um barulho e ia ver o que era. – Suiko apressou-se em mentir.

– Tudo bem, aconteceu uma coisa com sua irmã, mas está tudo bem. Pode voltar a dormir. – Michel deu uma olhada em volta no quarto e deu uma piscada de confiança para Suiko antes de fechar a porta. Suiko pensou em mencionar a alma consistente de Amabel, mas não queria ter que contar o resto da história. Ela tinha agora a certeza de que o que fez aquele barulho foi uma alma da irmã.

Ela se sentou na cama novamente, sua mente estava cansada. Olhou para o cabide que guardava seu pijama perto da cabeceira da cama e decidiu que deveria dormir. Levantou-se, tirou a roupa do dia e pôs a roupa da noite. Jogou-se pesadamente na cama e adormeceu sem fazer esforço.

O dia amanheceu rápido e Suiko acordou sobressaltada. Levantou-se da cama e pisou na própria roupa do dia anterior que não havia guardado de nenhuma maneira. Andou até a porta, abriu-a e colocou o rosto para fora. "Ainda não tem ninguém acordado?" pensou, "Melhor assim". Fechou a porta, amarrou e enrolou o cabelo o topo da cabeça e começou uma serie de alongamentos e aquecimentos ali mesmo, de pijama. "Se eu conheço bem o Lurien, ele já deve estar acordado se preparando para o que quer que eu tenha para ele". Alguém bate levemente na porta. "É ele!" pensou Suiko visivelmente animada. Ela correu para atender e o deixou entrar.

– Você ainda está de pijamas. – observou ele.

– Não preciso de muito mais que esses pijamas para te dar uma surra. – brincou ela – Já se aqueceu? Eu te disse que o treinamento será intenso.

– Eu... hã?

– Não importa agora, apenas siga meus passos.

Os dois se posicionaram um de frente para o outro e começaram a esticar os músculos do corpo quando, depois de um tempo, Lurien resolveu puxar assunto:

– A mamãe comentou comigo que você não se despediu das visitas ontem – disse ele – e foi dormir com a roupa do dia.

– Ela disse o que? Ela entrou no meu quarto?

– Não sei. Mas sei que ela não gostou de não ter se despedido.

– Lia... – Suiko resmungou, voltando a concentração para o aquecimento.

– Não se preocupe tanto, eu sei que as visitas não se importaram tanto quanto a mamãe, você sabe como ela é...

– Sei...

– E Lucius te conhece bem, ele sabe que você não fez por mal. Ele já está acostumado com seu jeito da época que vocês treinavam juntos. – Lurien não conseguiu esconder o sorriso ao falar do treinador.

– Bons tempos. – Suiko sorriu também – Agora chega de papo, foco aqui.

Os dois passaram algum tempo se aquecendo. Depois uma troca de noções básicas de golpes e um pouco de uma boa e velha briga de irmãos. Passou-se uma hora, já podia-se ouvir ruídos vindos da casa indicando que os outros moradores já estavam acordados também, e Suiko resolveu encerrar o treino. Os dois sentaram no chão para relaxar e Lurien puxou assunto mais uma vez:

– Suiko, por que você nunca fala sobre suas habilidades? – sua expressão demonstrava que ele já vinha pensando em fazer essa pergunta há algum tempo.

– Não é importante. – respondeu a irmã, sem pensar muito.

– Desculpe-me, mas vou ter que discordar. – disse o rapaz – Você sabe o quanto o papai estimula o desenvolvimento de nossas habilidades. Comigo e com a Amabel pelo menos sempre foi assim. Você que veio antes não sei exatamente o que aconteceu.

– Não vou dizer que o Michel está errado, mas vou repetir para você, – ela olhou para ele com uma expressão quase ameaçadora – não é importante. – e soltou um suspiro longo.

Lurien desviou o olhar, desconcertado pela resposta enigmática da irmã. Ficou calado até que bateram na porta.

– Suiko? – era a voz de Amabel do outro lado.

– Quê? – respondeu ela.

– Lurien não está no quarto dele. Você o viu hoje?

A pergunta fez os dois se entreolharem e Suiko balançou a cabeça negativamente para Lurien, num sinal de desaprovação e descontentamento.

– Ele está aqui comigo. Pode entrar se quiser.

Ao ouvir isso, Amabel entrou imediatamente e se deparou com os dois irmãos sentados no chão do quarto.

– O que estão fazendo? – perguntou ela.

– Conversando. – respondeu Suiko, apressadamente.

Amabel se aproximou dos dois e sentou-se no chão.

– Sobre o que?

– Coisas da vida. – respondeu novamente Suiko, transparecendo que não queria que a irmã soubesse o verdadeiro assunto.

– Ah! Claro. – ao dizer isso, Amabel imitou o penteado da irmã enrolando seu próprio cabelo.

Lurien observou ela fazer isso imaginando o quanto uma alma sólida a ajudaria naquele momento.

– Você esqueceu a porta aberta, Bebel. – falou Suiko.

Antes que Amabel pudesse levantar para fechar a porta, Lurien intrometeu-se:

– Deixa comigo. – e ao terminar a frase, a porta já estava se movendo para ser fechada – Ela esteve fechada há pouco tempo, fazê-la voltar não é trabalho. – ele tentou explicar, mas enquanto Amabel olhava para a porta, Suiko deu uma cotovelada no irmão.

– Muito bom, Lurien! – disse Amabel, voltando sua atenção aos dois irmãos – Bom ver que suas habilidades estão em desenvolvimento. Sabem o que eu andei lendo?

– Aposto que um monte de coisa, Bebel. – a pergunta era retórica, mas Suiko não deixou de demonstrar sua insatisfação inexplicável.

– Sim! Mas especialmente esses dias venho lendo vários livros falando sobre Rafael.

– Essa não...

– Essa sim. Eu já tinha lido alguns livros falando sobre ele e sua influência na história da Capital, mas agora que vamos viajar para lá e vou poder vê-lo de perto, decidi ler todos os livros que puder para me informar mais sobre ele.

– Você está ciente que Rafael agora é uma estátua, não é?

– Claro que estou, Suiko! – Amabel soltou um longo suspiro em reação aos comentários desaprovativos da irmã e virou para o irmão – Você não está animado para essa viagem, Lurien?

Lurien percebeu os olhos da irmã pequena brilharem, quase o influenciando a dizer que sim.

– Mais ou menos, Amabel. – respondeu ele, sinceramente – Eu já fui à Capital antes e não vi nada de mais lá.

– Ora, não estraguem minha fantasia. – Nisso Amabel se levantou e parecia decidida a sair do quarto. – Lia e Michel estão nos esperando para o café da manhã. – Saiu e fechou a porta atrás de si.

Suiko e Lurien ficaram calados, sentados no chão do quarto por mais alguns minutos. Até que o rapaz se levantou e ofereceu a mão para ajudar a irmã a se levantar:

– Acho que não fomos muito receptivos com ela. – disse ele.

Suiko aceitou sua mão e o irmão o puxou para cima, colocando-a de pé.

– Você sabe que eu estou preocupada com essa viagem. – respondeu ela – E o fato da Amabel estar tão animada me deixa um pouco irritada.

– Às vezes eu não te entendo... – falou Lurien, andando até a porta.

– Não é pra me entender. – os dois saíram do quarto e foram em direção à cozinha – Mais tarde você terá sua aula de desenvolvimento, quero que me conte tudo que acontecer nela de agora em diante, tá bom?

Lurien apenas balançou a cabeça positivamente.

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