Ah, Lua cheia!
Inebria-me com sua magia
Que fica no alto, intocável ao céu
Me arrasta em seu rastro
Faz-me de escrava, sua amante.
Para onde viro vejo seu brilho cintilante
No portão, numa praça ou na condução. Estou diante de ti,
ou deveras atrás de mim...
revira-me, me deixa assim, cheia
de lembranças daquele sujeito
que dedica vários predicados
à mim.
Lua formosa qual o seu poder
sobre mim? Fico embriagada,
elevada em instâncias que
tiram-me daqui.
É tão luminosa, vívida, evidente, tirando-me o presente.
Faz-me viajar no tempo
Trazendo sensações...
Sinto a fragrância da liberdade,
uma completude. Expande-me,
me deixa em estado de graça.
VVelasco